domingo, 11 de setembro de 2016

Anorexia na adolescência: como descobrir e como prevenir

Temida por muitos pais e comum entre as adolescentes, a anorexia nervosa se desenvolve silenciosamente.

 

  • A anorexia nervosa, conhecida popularmente por anorexia e por Ana aos que possuem o distúrbio, afeta por volta de 1% das mulheres jovens nos países de primeiro mundo.
    Segundo o Abp Comunidade, ela é caracterizada pela perda de peso com o intuito de emagrecer e aversão por engordar. Na maioria dos casos as moças enxergam seus corpos no espelho de forma distorcida, acreditando que estão fora do padrão de beleza.
    As jovens que possuem o distúrbio começam a retirar alimentos que elas acreditam que engordam da sua dieta, e em pouco tempo, a comer cada vez menos. No início elas sentem fome por pular refeições ou comer menos que o necessário, porém, o organismo acaba acostumando. Ele também passa a retirar os nutrientes da musculatura, já que não são ingeridos. E mesmo assim as jovens continuam achando que precisam emagrecer.
    A parte psíquica também é afetada, deixando a pessoa irritada, depressiva, medrosa, com sentimento de culpa, além de outros distúrbios psicossociais.
    Normalmente surge na adolescência, porém há relatos de meninas que a partir dos nove anos já apresentavam os sintomas, em sua maioria discretos e difíceis de serem percebidos por seus pais ou responsáveis.
  • Como descobrir

    Refeições em família são sempre uma ótima oportunidade para que os pais observem se as jovens estão com comportamento alimentar diferenciado. Nas conversas com elas, especialmente as informais, é possível identificar as mudanças comportamentais e dos pensamentos relativos à alimentação.
    Nem sempre a jovem está com o distúrbio, às vezes é apenas uma fase em que ela acaba agindo semelhantemente às colegas da escola. Conversar e observar é a melhor maneira de saber se será necessário a intervenção médica ou não.
    Crianças costumam não gostar de certos alimentos, ou não querer fazer a refeição no horário porque desejam continuar a brincadeira ou terminar de ver o programa. Nem sempre será a indicação de anorexia nervosa. Uma conversa a sós com o pediatra pode ajudar, onde os pais falam das atitudes que acham estranhas e podem ouvir um especialista.
    Além das adolescentes demonstrarem claramente que estão evitando certos alimentos ou determinadas refeições, elas buscam práticas de exercício constante. Tudo isso para que não engordem e saiam do padrão de beleza que o mundo estabeleceu.
    Crianças com problemas de adaptação social na tenra infância, que sofreram abusos ou não, são mais propensas a apresentarem este quadro de anorexia na adolescência.
    Com estes sinais evidentes fica mais fácil determinar se ajuda será necessária e se realmente existe um transtorno alimentar.
  • Como prevenir

    Infelizmente não existe uma fórmula secreta para que este mal não entre na família. Algumas coisas podem ser feitas para prevenir e nem sempre surtirão o efeito desejado. São atitudes familiares que promovem a união e fortalece os vínculos. Algumas delas:
    • Manter bons hábitos alimentares na família, além de ensinar a importância da alimentação constante e correta.
    • Incentivar a atividade física a cada membro da família. Pode ser uma prática conjunta.
    • Quando os pais estão bem consigo mesmos, os filhos costumam aceitar melhor toda a mudança corporal que surge na adolescência. Porém, sempre é necessário conversar nesta fase difícil, explicar que as mudanças são inadiáveis e que as pessoas são bonitas pelo que são, não pelo que o mundo diz que devam ser.
    • Conversar abertamente sobre este e outros distúrbios alimentares, explicando as consequências e problemas que poderão advir. Caso os pais não tenham muito conhecimento, a família pode pesquisar junta.
    • Enquanto as filhas crescem é importante elogiar seus talentos, desenvoltura, e não apenas dizer como ela é linda. Elas estão formando a maneira como se veem através do que ouvem e o ambiente familiar é o local de maior peso nisso.
    • Observar atentamente os períodos de estresse e como os filhos reagem a eles. Estar sempre a postos para ajudar e apoiar.
    • Incentivar os sonhos dos jovens e orientar no que for possível para que eles possam se tornar realizáveis.
    • Estar atento a fatores predeterminantes na primeira infância e acompanhar sem alarde. Não é necessário dizer à jovem que como ela já teve problemas psicológicos quando era menor, ela vai desenvolver algum distúrbio na adolescência. O ideal é apenas ficar mais atento às reações e outros fatores descritos acima.
    • Amar incondicionalmente.

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