Temida por muitos pais e comum entre as adolescentes, a anorexia nervosa se desenvolve silenciosamente.

- A anorexia nervosa, conhecida popularmente por anorexia e por Ana
aos que possuem o distúrbio, afeta por volta de 1% das mulheres jovens
nos países de primeiro mundo.
Segundo o Abp Comunidade,
ela é caracterizada pela perda de peso com o intuito de emagrecer e
aversão por engordar. Na maioria dos casos as moças enxergam seus corpos
no espelho de forma distorcida, acreditando que estão fora do padrão de
beleza.
As jovens que possuem o distúrbio começam a retirar
alimentos que elas acreditam que engordam da sua dieta, e em pouco
tempo, a comer cada vez menos. No início elas sentem fome por pular
refeições ou comer menos que o necessário, porém, o organismo acaba
acostumando. Ele também passa a retirar os nutrientes da musculatura, já
que não são ingeridos. E mesmo assim as jovens continuam achando que
precisam emagrecer.
A parte psíquica também é afetada, deixando a
pessoa irritada, depressiva, medrosa, com sentimento de culpa, além de
outros distúrbios psicossociais.
Normalmente surge na
adolescência, porém há relatos de meninas que a partir dos nove anos já
apresentavam os sintomas, em sua maioria discretos e difíceis de serem
percebidos por seus pais ou responsáveis.
Como descobrir
Refeições em família são sempre
uma ótima oportunidade para que os pais observem se as jovens estão com
comportamento alimentar diferenciado. Nas conversas com elas,
especialmente as informais, é possível identificar as mudanças
comportamentais e dos pensamentos relativos à alimentação.
Nem
sempre a jovem está com o distúrbio, às vezes é apenas uma fase em que
ela acaba agindo semelhantemente às colegas da escola. Conversar e
observar é a melhor maneira de saber se será necessário a intervenção
médica ou não.
Crianças costumam não gostar de certos alimentos,
ou não querer fazer a refeição no horário porque desejam continuar a
brincadeira ou terminar de ver o programa. Nem sempre será a indicação
de anorexia nervosa. Uma conversa a sós com o pediatra pode ajudar, onde
os pais falam das atitudes que acham estranhas e podem ouvir um
especialista.
Além das adolescentes demonstrarem claramente que
estão evitando certos alimentos ou determinadas refeições, elas buscam
práticas de exercício constante. Tudo isso para que não engordem e saiam
do padrão de beleza que o mundo estabeleceu.
Crianças com
problemas de adaptação social na tenra infância, que sofreram abusos ou
não, são mais propensas a apresentarem este quadro de anorexia na
adolescência.
Com estes sinais evidentes fica mais fácil determinar se ajuda será necessária e se realmente existe um transtorno alimentar.
Como prevenir
Infelizmente não existe uma fórmula secreta para que este mal não entre na família. Algumas coisas
podem ser feitas para prevenir e nem sempre surtirão o efeito desejado.
São atitudes familiares que promovem a união e fortalece os vínculos.
Algumas delas:
- Manter bons hábitos alimentares na família, além de ensinar a importância da alimentação constante e correta.
- Incentivar a atividade física a cada membro da família. Pode ser uma prática conjunta.
- Quando
os pais estão bem consigo mesmos, os filhos costumam aceitar melhor
toda a mudança corporal que surge na adolescência. Porém, sempre é
necessário conversar nesta fase difícil, explicar que as mudanças são
inadiáveis e que as pessoas são bonitas pelo que são, não pelo que o
mundo diz que devam ser.
- Conversar abertamente sobre este
e outros distúrbios alimentares, explicando as consequências e
problemas que poderão advir. Caso os pais não tenham muito conhecimento,
a família pode pesquisar junta.
- Enquanto as filhas
crescem é importante elogiar seus talentos, desenvoltura, e não apenas
dizer como ela é linda. Elas estão formando a maneira como se veem
através do que ouvem e o ambiente familiar é o local de maior peso
nisso.
- Observar atentamente os períodos de estresse e como os filhos reagem a eles. Estar sempre a postos para ajudar e apoiar.
- Incentivar os sonhos dos jovens e orientar no que for possível para que eles possam se tornar realizáveis.
- Estar
atento a fatores predeterminantes na primeira infância e acompanhar sem
alarde. Não é necessário dizer à jovem que como ela já teve problemas
psicológicos quando era menor, ela vai desenvolver algum distúrbio na
adolescência. O ideal é apenas ficar mais atento às reações e outros
fatores descritos acima.
- Amar incondicionalmente.
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