quarta-feira, 23 de abril de 2014

Síndrome da apnéia obstrutiva do sono

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A  apnéia obstrutiva do sono, melhor chamada de síndrome (conjunto de sinais e sintomas) da apnéia obstrutiva do sono (SAOS), é caracterizada por um estreitamento recorrente , completo ou parcial, das vias aéreas respiratórias superiores durante o período do sono. 
O resultando deste processo são períodos de apnéia (falta total da respiração) durante a noite, queda dos níveis de oxigênio no sangue, despertares frequentes e, como consequencia, sonolência e fadiga durante o dia.Durante o sono, as alterações da respiração devem durar pelo menos dez segundos, podendo  ser de três tipos :  apnéias obstrutivas (ocorre uma completa obstrução das vias aéreas superiores e o fluxo de ar é interrompido , mesmo com um esforço respiratório contínuo), apnéias centrais (falta um estímulo do sistema nervoso central para que a respiração ocorra) e as hipopnéias (ocorre uma redução transitória e incompleta do fluxo de ar em pelo menos 50%, em relação ao fluxo aéreo normal, podendo ser de causa central ou obstrutiva).
Causas: 
A apnéia obstrutiva do sono,  têm sido associada aos seguintes fatores:  história familiar, obesidade, aumento da circunferência do pescoço , anormalidades das estruturas da garganta , aumento da relação cintura-quadril (depósito de gordura na região central do corpo, ou seja , acima da cintura), hipotireoidismo (falta de hormônio da tireóide), diabete melito, acromegalia (excesso do hormônio de crescimento), insuficiência renal crônica, gravidez, roncos, entre outros. 
A presença da apnéia obstrutiva do sono é  muito maior em pacientes com hipertensão arterial, pois há uma série de fatores de risco comuns, como a obesidade, sexo masculino e roncos . Estudos recentes sugerem que 40% dos indivíduos com hipertensão arterial  apresentam apnéia obstrutiva do sono.
Diagnóstico: 
Apesar de alguns estudos indicarem que a apnéia obstrutiva do sono seja uma doença relativamente comum, é freqüentemente não diagnósticada pelos médicos. O não reconhecimento da apnéia obstrutiva do sono é preocupante, devido as complicações associadas e ao risco de morte súbita nos pacientes com a doença.
A  apnéia obstrutiva do sono pode ser suspeitada em um paciente , quando  sua companheira (o) ou familiar, relata que  este ronca e para de respirar à noite  além, da menção de sonolência durante o dia. Este diagnóstico clínico isolado é capaz de detectar a doença em apenas 50-60% dos casos. A confirmação definitiva da apnéia obstrutiva do sono (95% de sensibilidade) é feita através do estudo do sono ou  polissonografia. 
Este exame é uma monitorização do sono do paciente em ambiente calmo e apropriado, sendo monitorizados o eletroencefalograma, eletromiograma, eletrocardiograma , concentração de oxigênio no sangue, fluxo de ar, esforço respiratório , freqüência cardíaca e a pressão arterial. A polissonografia avalia o número e a duração das apnéias e hipopnéias , classificando a SAOS em três graus: leve, moderado e severo.
Complicações:
Os portadores  da apnéia obstrutiva do sono  , apresentam um significativo prejuízo em sua qualidade de vida. Sonolência diurna, fadiga, dor de cabeça e indisposição geral, são queixas comuns nesses pacientes. Nos últimos anos, o interesse no estudo da apnéia obstrutiva do sono  tem se voltado para sua identificação como um fator de risco  para o surgimento de outras doenças.
A doença que tem sido mais estudada e correlacionada com aapnéia obstrutiva do sono é a hipertensão arterial. Hoje a apnéia obstrutiva do sono é considerada como uma causa curável de hipertensão arterial. Doenças como o  infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca , arritmias cardíacas, derrame cerebral, acidentes automobilísticos  entre outras, têm sido associadas a apnéia obstrutiva do sono, porém sem o mesmo nível de evidência que os estudos com hipertensão arterial.Têm sido descritos casos de morte súbita em portadores da apnéia obstrutiva do sono
Tratamento:
O tratamento da apnéia obstrutiva do sono , visa melhorar a qualidade de vida do paciente , bem como evitar o aparecimento de complicações associadas à doença.Em portadores de hipertensão arterial, o tratamento da SAOS pode diminuir a pressão arterial ou até mesmo normalizá-la. O risco de um infarto do miocárdio ou derrame cerebral também diminui com o tratamento dessa enfermidade. 
Além de medidas gerais , como a redução do peso e evitar a ingesta de álcool e tranqüilizantes, o tratamento da apnéia obstrutiva do sono depende de sua gravidade. Casos leves e moderados podem ser tratados através de uma prótese dentária , moldada e ajustada de acordo com o paciente , facilitando a respiração à noite. Em casos graves a opção inicial é por uma máscara que injeta ar durante à noite , através de uma pressão positiva contínua (CPAP). A cirurgia (uvalopalatoplastia) está em desuso , pois seus resultados são inferiores ao do CPAP.

Sindrome de Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono – “SAHOS”

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Na abordagem deste tema, coloco-me na condição de médico e de paciente octogenário portador do distúrbio. Por comodidade e/ou negligência, não me conscientizei suficientemente sobre os graves malefícios da chamada “Apneia Noturna do Sono” e quanto à necessidade de seu adequado tratamento. A vivência pessoal do problema, aliada às experiências profissionais como clínico do Banco do Brasil, por mais de vinte anos, e profissional integrante da equipe “PSF” em João Pessoa-Pb, por quase cinco, ditaram-me a necessidade e o dever de proceder a uma revisão da literatura médica sobre o assunto, dada a sua relevância como grave problema de saúde pública. 
Trata-se de uma condição clínica de prevalência alarmante e frequente, pois incide sobre 1 a 5% dos homens adultos e 1.2 a 2.5% das mulheres, mas alcança cerca de 10% da população acima de 65 anos (9% das mulheres e 24% dos homens). Mas, até as crianças, em percentuais de 1% a 3%, podem apresentar sintomas da patologia. Levantamento feito em São Paulo constatou que 36,8% da população geral apresentavam sintomas do transtorno, e que 26% dos motoristas de caminhão tinham alto risco de apneia do sono, admitindo já terem cochilado ao volante.
A “SAHOS” se caracteriza, sobretudo, pela ocorrência de episódios recorrentes de obstrução total ou parcial das vias aéreas superiores, de que resultam a interrupção do fluxo oronasal do ar e o surgimento de pausas respiratórias chamadas de apneias (falta de respiração) e/ou hipopneias (quase apneia), com duração de dez segundos ou mais, durante o sono noturno.
A enfermidade é multifatorial e tem como causas a interação de fatores anatômicos ou funcionais individuais que possam comprometer a livre passagem do ar pela garganta durante a respiração.
Seus fatores de risco são a idade avançada, o gênero (sexo masculino), a obesidade, maior estreitamento da garganta; macroglossia (língua grande, como ocorre na síndrome de Down), amídalas e adenoides hipertrofiadas, palato reduzido e tumores; hipotonias musculares da faringe; queixo pequeno, grande circunferência do pescoço (normais: homem, 42,5cm e mulher 37,6 cm) e deformidades craniofaciais evidentes, de origem genética.
Os sintomas e sinais mais comuns que acompanham a síndrome são a sonolência diurna excessiva; roncos ruidosos, paradas repetitivas da respiração durante o sono (percebidas pelo cônjuge ou familiares); despertares noturnos frequentes (sono fragmentado); fadiga, irritabilidade e mau-humor e cefaleia matinal; distúrbios cognitivos, como dificuldade de memorização, de atenção, de concentração e de raciocínio; boca seca, espasmos da laringe e vontade de urinar.
Para livrar-se da apneia, o paciente tem que despertar e, com isso, a musculatura da garganta retoma a força que a mantinha aberta, até que volta a fechar-se novamente por novo episodio de apneia. A repetição dessas pausas respiratórias, por dezenas e centenas de vezes durante a noite, conforme o caso tem como consequência uma diminuição do aporte de oxigênio ao sangue, com redução do índice de saturação de oxigênio da hemoglobina. Simultaneamente, pulsões de adrenalina são lançadas na circulação, desencadeando uma aceleração dos batimentos cardíacos e uma elevação da pressão arterial, o que vai predispor o paciente, com o decorrer do tempo, a doenças cardíacas e vasculares.
Essas oclusões vão além de noites mal dormidas e inconveniências com o parceiro de quarto. A mortalidade entre os portadores da síndrome não tratada é significativamente mais alta entre os que não recebem tratamento adequado ou entre os que apenas roncam sem experimentar momentos de pausas respiratórias. Diversos estudos constatam que a apneia está associada a riscos aumentados de infarto agudo miocárdio, arritmias cardíacas, bloqueios atrioventriculares, extrassístoles ventriculares, além de favorecer a irrupção de acidentes vasculares cerebrais (AVC). Ademais, verifica-se que a apneia do sono pode resultar em uma maior incidência de acidentes de trânsito (2 a 3 vezes superiores em relação à população normal) e de trabalho (tendência para “cochilos” involuntários durante o dia).
O diagnóstico tem por base a história clínica, o exame físico e a polissonografia (registro noturno do sono), teste-padrão que deverá ser feito em laboratório do sono, com supervisão por técnicos habilitados.
O objetivo do tratamento da síndrome é manter as vias aéreas permeáveis ao fluxo de ar durante a noite. O procedimento de escolha, nas apneias moderadas ou severas é a utilização de um pequeno aparelho denominado de “CPAP” (sigla do inglês “contínuous positive airway pressure”) que vem conectado a um tubo flexível que, por sua vez, liga-se a uma máscara nasal ou nasobucal ajustada à face por meio de tiras elásticas. Este dispositivo gera um fluxo de ar contínuo que exerce uma pressão positiva sobre os tecidos da garganta, não permitindo que eles entrem em colapso, e possibilitando, assim, que o ar passe livremente pela faringe. Na expiração, o gás carbônico exalado é drenado por meio de aberturas presentes na máscara. Os níveis pressóricos da máscara são ajustados individualmente, com base no estudo polissonografico. O aparelho automático dispõe de sensores que regulam automaticamente a pressão do ar durante a noite. Pressões inadequadas podem aliviar os sintomas sem diminuir os riscos cardíacos. Empregam-se também outros dispositivos (próteses orais) em casos especiais.
Cirurgias de amídalas, de adenóides e de septo nasal, retiradas de pólipos nasais, correções de palato e de maxilar, entre outras, poderão ser indicadas, a critério médico, com vistas à remoção de obstáculos anatômicos existentes nas vias superiores. Recomenda-se o equilíbrio do peso, em casos de pacientes obesos, e que sejam evitadas posturas do decúbito dorsal (de barriga para cima) na hora de dormir. Bebidas alcoólicas, sedativos, cafeinados e exercícios físicos intensos deverão se evitados à noite.
O sono repousante é indispensável à manutenção da saúde do corpo, da mente, do coração, dos pulmões e de outros sistemas orgânicos. Não tratada, a “SAHOS" revela-se significativamente danosa em relação à busca de uma vida de boa qualidade, além de ser letal, por si mesma, ou quando associada a outras patologias.
O êxito do tratamento dependerá de programa terapêutico elaborado e acompanhado por uma equipe multidisciplinar que inclui, entre outros profissionais, o neurologista, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo e fisioterapeuta, entre outros.

terça-feira, 15 de abril de 2014

cuidados com a saúde

Tireoide

A tireoide ou tiroide é uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), que fica localizada na parte anterior pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão (ou popularmente, gogó). É uma das maiores glândulas do corpo humano e tem um peso aproximado de 15 a 25 gramas (no adulto).
Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais; na fertilidade; no peso; na memória; na concentração; no humor; e no controle emocional. É fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo.

Comparada a outros órgãos do corpo humano é relativamente pequena ela. É responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo.

Quando a tireoide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (hipertiroidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).
Hipotireoidismo
Se a produção de “combustível” é insuficiente provoca hipotireoidismo. Tudo começa a funcionar mais lentamente no corpo: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória; cansaço excessivo; dores musculares e articulares; sonolência; pele seca; ganho de peso; aumento nos níveis de colesterol no sangue; e até depressão. Na verdade, o organismo nesta situação tenta "parar o indivíduo", já que não há “combustível” para ser gasto.
Hipertireoidismo
Se há produção de “combustível” em excesso acontece o contrário, o hipertiroidismo. Nesse caso, tudo no nosso corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara; o intestino solta; a pessoa fica agitada; fala demais; gesticula muito; dorme pouco, pois se sente com muita energia, mas também muito cansada.

Tanto no hipo como no hipertireoidismo, pode ocorrer um aumento no volume da tireoide, que chama-se bócio, e que pode ser detectado, através do exame físico. Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres.

Diagnosticar as doenças da tireoide não é complicado e o tratamento pode salvar a vida da pessoa.

Nódulos de Tireoide

Um dos problemas mais frequentes da tireoide são os nódulos, que não apresentam sintomas. Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. O que não significa que sejam malígnos. Apenas 5% dos nódulos são cancerosos. O reconhecimento deste nódulo precocemente pode salvar a vida da pessoa e a palpação da tireoide é fundamental para isso. Este exame é simples, fácil de ser feito e pode mudar a história de uma pessoa. Uma vez identificado o nódulo, o endocrinologista solicitará uma série de exames complementares para confirmar a presença ou não do câncer.

Veja como fazer o autoexame da tireoide.

I Congresso Internacional de Otorrinolaringologia do Hospital Israelita Albert Einstein

VIII Simpósio de Tratamento da Síndrome da Apneia obstrutiva do Sono
 Sobre o evento
 

O evento contará com a participação de profissionais renomados que irão discutir inovações tecnológicas, diferenciais de tratamento e novas abordagens cirúrgicas. Os temas em pauta interessam a médicos, residentes e enfermeiros que atuam ou querem conhecer mais sobre essa especialidade.

Voltado para pediatras, otorrinolaringologistas, pneumologistas, neurologistas e clínicos gerais, o Simpósio Internacional sobre Ronco e Apneia do Sono chega, em 2014, à sua oitava edição. O evento abordará novidades na área, tratando de aspectos que irão aprimorar a prática dos participantes no seu dia a dia no que diz respeito ao ronco e à apneia obstrutiva leve, moderada e grave, dos pontos de vista clínico e cirúrgico. Serão convidados para o evento profissionais de reconhecida experiência para discussão da bibliografia recente. Este ano unificamos todos os eventos Apneia e Cirurgia da Face num único momento para acompanhar a evolução de todas as áreas da nossa especialidade.

Diferenciais da programação

  • Revisão dos principais diagnósticos e tratamento para apneia obstrutiva do sono.
  • Atualidades de disacusia neurosensorial, vertigem e seu tratamento atualizado.
  • Novas abordagens da cirurgia otológica
  • Atualidades no tratamento da rinossinusite

31 de julho a 02 de agosto de 2014

I Congresso Internacional de Otorrinolaringologia do Hospital Israelita Albert Einstein
VIII Simpósio de Tratamento da Síndrome da Apneia obstrutiva do Sono

Sobrepeso traz riscos assim como a obesidade

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A obesidade é hoje a epidemia de maior crescimento estável mundial. Além das questões óbvias relacionadas à infraestrutura das cidades, que não comporta esses indivíduos - como transporte público e banheiro adaptados - a estrutura relacionada à saúde também não permite que eles tenham acesso a todos os procedimentos. Como exemplo, podemos citar a maioria das esteiras ergométricas e mesas de hemodinâmica disponíveis, que toleram até 130 kg. A tomografia computadorizada também tem limite de peso e tamanho do paciente, levando os indivíduos que não estão aptos a realização do exame completá-lo em tomógrafos veterinários, habituados a pacientes de grande peso. Isso ainda falando da questão estrutural em saúde. E quando migramos para o microuniverso do paciente?

A obesidade do indivíduo

De uma forma acadêmica, é importante diferenciar obesidade de sobrepeso. Uma forma simples de diferenciar os dois é pelo índice de massa corporal (IMC). Esse é o peso em kg dividido pela altura em metros elevada ao quadrado. Um resultado entre 18,5 e 25 é normal. Entre 25 e 29,9 é sobrepeso. 30 ou mais é obesidade. Estudos dizem que IMC maior que 25 aumentam as chances de doenças, e acima de 30 já quase garante a associação da obesidade com pelo uma dessas condições: hipertensão, diabetes ou pré-diabetes e apneia do sono.
 
 
Mas como diferenciar um halterofilista de um obeso? Já que o peso e a altura podem ser iguais. Nesse cenário, a medida da circunferência abdominal vai ajudar e muito. Uma fita métrica pode ser utilizada para medir o contorno do abdome com o indivíduo em expiração (não forçada), na altura do umbigo. O normal eh abaixo de 82 cm em mulheres e abaixo de 95 cm em homens.
Mas ainda sim temos mais algumas coisas a considerar. Orientais, por exemplo tem maior tendência ao aumento de gordura visceral, que significa que a pessoa tem mais tendência a guardar gordura em locais nobres, como vasos sanguíneos. Isso quer dizer que a barriguinha de chope pode estar escondida nos asiáticos, como nas coronárias, como nas carótidas, como na aorta. E não só nos asiáticos: as mulheres e os idosos também guardam maior risco de estocar gordurinhas nesses lugares.

Entendendo a obesidade de cada um

O aumento de peso deve ser tratado como problema sério.
O aumento de peso deve ser tratado como problema sério. Alguns estudos nos fazem crer que uma pessoa com sobrepeso aos 20 anos de idade vai perder um ano de vida, enquanto um obeso da mesma idade vai perder cerca de quatro anos de vida. Olhando apenas os obesos, obesidade moderada (35-40 de IMC) rouba cerca de dois a quatro anos de vida, enquanto a obesidade grave rouba de oito a 10 anos!
Que a obesidade pode reduzir a expectativa de vida, muitos já sabem. Então, o que podemos acrescentar a esse quadro dramático? Muito! Um exercício importante que deve ser feito para começar a tratar a obesidade é dar um passo para trás e ver se existe algum tipo de condição passada que possa estar afetando a perda ou o ganho de peso dessa pessoa. Muitos não fazem isso (eu também não fiz por muito tempo), mas é essencial para entender a condição daquela pessoa especificamente e o que pode ser feito para trata-la. Veja alguns exemplos:
  • A apneia do sono pode alterar toda a fisiologia do armazenamento de calorias durante a noite, bagunçar o ciclo diário de cortisol e atrapalhar a redução do peso. Pessoas com obesidade se beneficiam ainda mais do tratamento por conta disso
  • Existem também doenças que limitam a locomoção, como artrose ou lesões em joelhos pelo desgaste, que impedem uma orientação para caminhadas. Nesse caso, o melhor a fazer é orientar atividades na agua, onde o empuxo reduz a carga, ou exercícios que podem ser feitos deitado, como abdominais ou bicicleta
  • Existem medicações atrapalhando a perda de peso? Alguns remédios tem como efeito colateral ganho de peso, como antidepressivos tricíclicos, propranolol e lítio. Uma decisão a se tomar é entender se essas medicações não essenciais ou podem ser substituídas, para não atrapalharem o tratamento da obesidade
  • Parou de fumar recentemente? Parabéns, mas é bom lembrar que o primeiro ano após parar de fumar costuma estar associado a aumento de peso. Previna-se já iniciando a substituição do tabagismo por alguma atividade física
  • Tem relato de "efeito sanfona", ou seja, variações de peso na tentativa de emagrecer que te fazem engordar novamente? Nesse caso, as estratégias em longo prazo, com maior enfoque em reeducação alimentar, tem mais efeito que dietas dramáticas
  • Existem sinais de depressão? Depressão e distúrbios alimentares estão fortemente ligados. Algumas perguntas simples podem direcionar a pessoa para uma avaliação mais profunda por um psicólogo ou psiquiatra. Você se ente cansado durante a maior parte do dia? Triste? Problemas para dormir ou sono o tempo todo? Sensação de incapacidade ou inutilidade ou ainda culpa? Falta de concentração ou memoria? Pensamentos em morte ou suicídio? Nesses casos, a abordagem por uma equipe multiprofissional é essencial.

Hora de mudar

A pessoa precisa estar preparada para mudar. Então pense:                               
  • O quão importante é para você a mudança?
  • Você acha que consegue?
  • Existe algum obstáculo impedindo isso?
  • Como você acha que sua família e amigos vão encarar isso? Eles vão entender e ajudar?
Responder a essas perguntas ajuda a preparar o terreno e entender o campo de batalha. É bom lembrar que a perder 2kg já reduz pressão arterial e melhora apneia do sono, perder 5kg permite melhor controle de glicemia e redução do pré-diabetes, e perder 6 kg reduz dores articulares em joelhos. Esse cenário todo também ajuda a reduzir o risco de morte, AVC e infarto.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Alimentação saudável

60 dicas para você

60 dicas de alimentação saudável
Se você deseja emagrecer, não sabe por onde começar e pretende partir para o "tudo ou nada", espere um pouco e reflita. Será que vale a pena arriscar a sua saúde para ficar magro rapidamente? Pense bem, será que não é hora de adotar uma alimentação saudável?

O nosso corpo, quando entra em uma alta restrição alimentar, não entende o que está acontecendo.

Ele não sabe distinguir se a deficiência energética é porque desejamos ter um corpo mais bonito ou se esperamos ficar mais saudáveis.
Imagine-se no deserto, onde há pouca comida, pouca água. O que acontecerá quando encontrar alimento e bebida? Você sentirá vontade de devorar o mundo e comer tudo que vê pela frente, não é verdade? Nada mais natural, já que o nosso organismo entende que devemos nos preparar para a próxima restrição, armazenando uma parte do que ingerimos, o que dificulta o emagrecimento.
O que isso significa? Que altas restrições alimentares não são boas para você, definitivamente não é alimentação saudável e não irá ajudá-lo a eliminar peso com saúde e muito menos o ajudará no período de manutenção. (Veja como eliminar peso com saúde. Faça uma avaliação de peso!)
Então, esqueça o "tudo ou nada" e siga as próximas 60 dicas para que possa ter uma alimentação saudável e uma vida melhor.
1. Evite dietas milagrosas em que há uma grande eliminação de peso em um curto período de tempo.
2. Não faça uma alimentação baseada em um único tipo de alimento ou nutriente.
3. Mesmo tendo exagerado nos dias anteriores, faça, pelo menos, 5 refeições por dia.
4. Pequenos lanches entre as refeições principais irão evitar a vontade de devorar o primeiro prato que encontrar pela frente.
5. Não belisque entre as refeições.
6. Esqueça dos snacks (salgadinhos) e da bolacha recheada.
7. Deixe na gaveta do escritório barrinha de cereais, bolacha integral (ingira, no máximo, 3 unidades).
8. Frutas e iogurtes light são excelentes lanches.
9. Se tiver vontade de comer um doce, coma-o. Mas lembre-se: somente um pedaço ou unidade. Isso é melhor do que devorar uma caixa de bombom no final do dia.
10. Comece sempre a refeição com um caprichado prato de saladas.
11. Evite o uso de óleos para temperar as saladas. Use vinagre ou suco de limão.
12. Macarrão é permitido, mas cuidado com o molho.
13. Molho branco, quatro queijos, bolonhesa são muito mais calóricos quando comparados com o ao sugo. Portanto, não abuse!
14. Não repita a refeição.
15. Evite beber refrigerantes, mesmo os light ou diet.
16. Evite água gaseificada. Bebidas com gás dilatam o estômago dando uma falsa sensação de saciedade.
17. Bebidas isotônicas devem ser evitadas. São calóricas e, para não atletas, a água ainda é o melhor hidratante.
18. Prefira sucos naturais.
19. Utilize adoçante nos sucos e no cafezinho.
20. Beba, no máximo, 4 xícaras pequenas de café por dia.
21. Ingira bastante água durante o dia. No mínimo, 1,5 litro ou 8 copos.
22. Leve sempre uma barrinha de cereais na bolsa. Quando bater aquela vontade de comer alguma coisa, você já sabe a que recorrer.
23. Ingira legumes todos os dias.
24. Coma pelo menos 2 frutas diariamente.
25. Prefira ameixa, melancia, melão, morango que são menos calóricas.
26. Cuidado com as frutas secas. Por serem desidratadas é fácil ingerir mais calorias com as naturais.
27. Ingira carnes menos calóricas como peixe, frango (peito), peru, patinho, contrafilé.
28. Cuidado com o salmão. Ele apresenta mais calorias do que outros peixes.
29. Retire a pele das aves. Ela contém basicamente gordura.
30. Evite atum e sardinha conservados em óleo. Já existe a versão light.
31. Miúdos e vísceras são ricos em gorduras saturadas. Então, minimize o consumo desses alimentos.
32. Retire a gordura visível das carnes, como por exemplo, a da picanha.
33. Evite alimentos fritos. Dê preferência aos grelhados ou cozidos.
34. Embutidos (mortadela, presunto, salame) devem ser evitados.
35. Enlatados são ricos em sódio; por isso, prefira os alimentos naturais.
36. Manteiga, creme de leite, chantilly, massa podre são ricos em calorias e colesterol. Evite-os.
37. Queijos amarelos (mussarela, provolone, prato, parmesão) devem ser evitados.
38. Dê preferência aos queijos brancos como o de minas, frescal, ricota e cottage.
39. Evite as preparações gratinadas.
40. Dê preferência aos alimentos desnatados como leite e iogurtes.
41. Se não tem boa aceitação ao leite desnatado, fique com o semidesnatado.
42. Evite chocolates, inclusive o diet.
43. Ingira alimentos ricos em fibras como legumes, verduras e frutas.
44. Consuma maçã, pêra, uva com a casca.
45. Pizza prefira as menos calóricas como de escarola, rúcula, mussarela. Mas fique somente na primeira fatia.
46. Tomate seco, por ser conservado em óleo, deve ser evitado.
47. Bebidas alcoólicas são calóricas. Consuma esporadicamente e em pequena quantidade.
48. Uma taça de vinho diariamente faz bem para a saúde. Mas nada adiantará se não tem o hábito da boa alimentação e é sedentário.
49. Em barzinhos evite os petiscos como amendoim, batata frita, castanha de caju, carne seca ou salgadinhos.
50. Evite os fast-food. Os alimentos servidos são normalmente ricos em gorduras.
51. Se não tiver saída, prefira uma unidade de cheeseburguer, refrigerante light e batata frita pequena. Dispense a sobremesa.
52. Em restaurantes por quilo, passe primeiro por todas as opções antes de escolher os alimentos. Isso evitará exageros.
53. Para a sobremesa, prefira frutas da época.
54. Evite sorvetes de massa. Opte pelo picolé de fruta.
55. Em sorveteria por quilo, prefira os sorvetes de frutas. Passe reto pelas coberturas e chantilly.
56. Nunca vá ao supermercado com fome. Vá sempre após uma refeição. Isso evitará pegar balas, chocolates e salgadinhos.
57. Não compre alimentos que devem ser evitados.
58. Compare os rótulos dos alimentos e verifique se os light e diet são menos calóricos. Nem sempre isso é verdade.
59. Nunca acumule a fome. Por isso deixe na geladeira legumes picados (cenoura, pepino, salsão) e gelatina diet. Eles não prejudicarão o seu emagrecimento.
E, por fim, vale essa dica:
60. Movimente-se!! Você não precisa ir à academia! Caminhar 3 vezes por semana pelo bairro, por 40 minutos cada sessão, irá ajudá-lo a ter mais saúde!

Por:
Roberta Stella
Nutricionista formada pela Universidade de São Paulo (USP)

Dicas para você parar de roncar

Uma sinfonia de roncos seguidos de verdadeiros cortes na respiração. Essa é a apnéia do sono, doença que rege sérios desarranjos no organismo

Diogo Sponchiato

ronco
Foto: Nik
A cama aguarda mais uma noite de orquestra e, num piscar de olhos, começam os roncos nos mais diversos tons. A platéia, seleta, muitas vezes é composta de uma única pessoa: o companheiro de cama. A respiração ruidosa, porém, não representa o auge do espetáculo. Ela precede um bloqueio na passagem do ar inspirado pelo maestro dessa desafinada orquestra. Na ânsia de recuperar o fôlego, ele tem uma espécie de engasgo, volta a respirar e, em seguida, engata uma nova série de sons barulhentos. Brincadeiras à parte, essa ópera que persiste madrugada adentro é coisa séria e atende pelo nome de apnéia do sono.
O ronco é o mais sonoro sinal da doença. Sete em cada 100 pessoas têm o distúrbio em grau acentuado e outras 20 em cada 100 o apresentam pelo menos uma noite ao longo da vida, estima a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. A apnéia costuma surgir por volta dos 40 anos, sobretudo nos homens, e com uns quilos a mais. A partir dessa faixa etária, a musculatura da faringe fica mais flácida, explica o neurologista Rubens Reimão, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Quando o indivíduo se deita, então, esse tubo se estreita e, com a ajuda de possíveis amontoados de gordura na região da garganta, interrompe o caminho do ar. Esse estreitamento provoca uma vibração, o ronco, seguida de uma parada silenciosa da respiração, descreve o otorrinolaringologista Lucas Lemes, pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A faringe se fecha por no mínimo dez segundos e, em casos graves, pode ficar assim por um minuto, completa Reimão.
O regente dos roncos e dos breques na respiração nem percebe o sufoco. Quem tem apnéia dorme até demais, mas dorme mal porque não respira direito, sentencia Dalva. É um sono que não repõe as energias. E o pior: a falta de ar e a inconstante entrada de oxigênio disparam a pressão arterial. Um fenômeno que, no início, se restringe à madrugada, mas, com o tempo, ganha o dia e a vida do apnéico.
Quando a pressão já está nas alturas, a apnéia pode torná-la incontrolável. Ou seja, mais do que predispor ao problema, ela agrava a situação. Não à toa, novas diretrizes da Associação Americana do Coração estabeleceram a importância de tratar o distúrbio do sono para eliminar a hipertensão resistente quadro em que a pressão não cai mesmo quando se usam três medicamentos. A associação entre os males também foi flagrada por um trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Aliás, esse foi um dos primeiros estudos no mundo a demonstrar que o elo entre ambas as doenças independe de fatores como idade, sexo ou obesidade. A apnéia aumenta em cinco vezes o risco de hipertensão resistente, calcula o pneumologista e especialista em sono Denis Martinez, um dos autores. 
Por isso, enquanto a apnéia não é tratada, a pressão alta também não cede. Se você acha que o ronco esporádico ou uma apnéia leve não oferecem riscos, o médico Lucas Lemes, autor do livro Viver sem Roncos (Editora Revinter), alerta: A apnéia pode evoluir com a idade, ainda mais se a pessoa engordar. E Martinez completa: Quanto mais grave ela for, maior seu efeito sobre a pressão. 
A parceria entre esse distúrbio do sono e os problemas cardiovasculares culmina num círculo vicioso um agrava os outros, e vice-versa. Aliás, a apnéia afeta até o ritmo cardíaco, (veja quadro acima). E, a exemplo da hipertensão, as arritmias podem perpetuarse quando o indivíduo está acordado. 
Outro problema duro na queda que faz da apnéia uma aliada é o diabete. Quem vive às voltas com os picos de açúcar no sangue torna-se mais facilmente apnéico, e o apnéico, por sua vez, está mais suscetível a desenvolver resistência à insulina, ficando a um passo de se tornar diabético (volte ao quadro acima). Não à toa, a Federação Internacional de Diabetes passou a considerar o roncar um dos fatores decisivos para o desequilíbrio da glicose. 
A apnéia do sono é um tremendo ruído para a saúde. Por isso, se os roncos ou a sonolência diurna ganharem acordes mais intensos, é hora de procurar um médico e iniciar o tratamento. Só garantindo uma respiração adequada durante o sono é que se fecha a cortina para um concerto de problemas que não param de fazer barulho pelo corpo.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

10 Coisas que Você Precisa Saber sobre Tireoide


Com forma bem parecida com a de uma borboleta, a glândula tireoide é localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão. Reguladora da função de importantes órgãos como o coração, o cérebro, o fígado e os rins, ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina).

Quando a tireoide não funciona de maneira correta, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente, causando o hipotireoidismo,  ou em excesso, ocasionando o hipertireoidismo. Nessas duas situações, o volume da glândula pode aumentar, o que é conhecido como bócio.

Confira, abaixo, as 10 coisas que você precisa saber sobre Tireoide.

1 – A tireoide atua no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, no peso, na memória, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, na concentração, no humor e no controle emocional.

2 – Quando ocorre o hipotireoidismo, o coração bate mais devagar, o intestino não funciona corretamente e o crescimento pode ficar comprometido.

3 – Diminuição da memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, aumento dos níveis de colesterol no sangue e depressão também são sintomas de hipotireoidismo.

4 – No caso de hipertireoidismo, que geralmente causa emagrecimento, o coração dispara, o intestino solta, a pessoa fica agitada, fala demais, gesticula muito, dorme pouco, sente-se com muita energia, embora também esteja cansada.

5 – Em um adulto, a tireoide pode chegar a até 25 gramas.

6 – Disfunções na tireoide podem acontecer em qualquer etapa da vida e são de simples de se diagnosticar. Além disso, elas podem ocorrer mesmo sem o bócio.

7 – O reconhecimento de um nódulo na tireoide pode salvar uma vida. Por isso, a palpação da glândula é de fundamental importância. Se identificado o nódulo, o endocrinologista deve solicitar uma série de exames complementares para confirmar ou descartar a presença de câncer.

8 – Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. Mas isso não significa que sejam malignos. Apenas 5% são cancerosos.

9 – Além de se parecer com uma borboleta, a tireoide também lembra o formato de um escudo. Daí o surgimento de seu nome: uma aglutinação dos termos thyreós (escudo) e oidés (forma de).

10 – Algumas crianças podem nascer com hipotireoidismo. Para detectá-lo, é realizado o chamado Teste do Pezinho, que deve ser feito, preferencialmente, entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê.

O que é Distúrbio do sono?

Os distúrbios do sono são todas as dificuldades relacionadas ao sono, incluindo a dificuldade de adormecer ou de permanecer adormecido, dormir em momentos inapropriados, tempo total de sono em excesso ou comportamentos anormais relacionados ao sono.

Causas

Mais de 100 distúrbios do sono e do despertar já foram identificados. Eles podem ser agrupados em quatro categorias principais:
  • Dificuldade de adormecer ou permanecer dormindo (insônia)
  • Problemas para permanecer acordado (sonolência excessiva durante o dia)
  • Problemas para conseguir manter uma rotina regular de sono (problema de ritmo de sono)
  • Comportamentos incomuns durante o sono (comportamentos que perturbam o sono)

Dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo

A insônia inclui qualquer combinação de dificuldade para adormecer, para permanecer dormindo, falta de sono intermitente e despertar nas primeiras horas da manhã. Os episódios podem aparecer e desaparecer (transitório), durar até duas ou três semanas (curto prazo) ou ter longa duração (crônico).
Fatores comuns associados à insônia:
  • Doença física
  • Depressão
  • Ansiedade ou estresse
  • Ambiente insatisfatório para o sono (p. ex.: com barulho ou luz excessiva)
  • Cafeína
  • Álcool ou outras drogas
  • Uso de determinados medicamentos
  • Fumo em excesso
  • Desconforto físico
  • Cochilos durante o dia
  • Deitar-se cedo
  • Passar muito tempo acordado na cama
Os distúrbios incluem:
  • Insônia psicofisiológica: uma condição em que o estresse causado pela insônia dificulta ainda mais o adormecer
  • Síndrome do atraso da fase do sono: seu relógio interno está constantemente fora de sincronia com as fases de dia e noite "aceitas"
  • por exemplo, os pacientes se sentem melhor se puderem dormir das 4 h ao meio-dia
  • Distúrbio do sono com dependência de hipnóticos: insônia que ocorre quando você para de tomar ou desenvolve tolerância a determinados tipos de medicamentos para dormir
  • Distúrbio do sono com dependência de estimulantes: insônia que ocorre quando você para de tomar ou desenvolve dependência a determinados tipos de estimulantes

Dificuldade para permanecer acordado

Os distúrbios de sonolência excessiva são chamados de hipersônia. São eles:
  • Hipersônia idiopática (sonolência excessiva que ocorre sem uma causa identificável)
  • Narcolepsia
  • Apneia do sono central e obstrutiva
  • Distúrbio do movimento periódico dos membros
  • Síndrome das pernas inquietas

Problemas para conseguir manter uma rotina regular de sono

Os problemas também podem ocorrer quando você não mantém uma rotina de sono e despertar consistentes. Isso ocorre durante viagens entre diferentes fusos horários e com pessoas que trabalham por turnos em escalas alternadas, principalmente quem trabalha à noite.
Distúrbios de interrupção do sono:
  • Distúrbios da transição sonovigília
  • Síndrome do Jet lag
  • Pessoa que dorme pouco naturalmente (a pessoa dorme menos horas do que o normal, mas não apresenta sinais de doença)
  • Insônia paradoxal (na verdade, a pessoa dorme um número de horas diferente do que ela imagina)
  • Distúrbio do trabalho em turnos

Comportamentos que perturbam o sono

Os comportamentos anormais durante o sono são chamados de parassônia e são muito comuns em crianças. São eles:
  • Terrores noturnos
  • Sonambulismo
  • Distúrbio comportamental do sono REM (um tipo de psicose na qual a pessoa "representa" seus sonhos de uma forma tão violenta que ela pode machucar a pessoa que dorme ao seu lado)

Exames

Os testes variam e dependem do distúrbio do sono específico. Pode-se realizar um estudo do sono (polissonografia).

    Sintomas de Distúrbio do sono

    Os sintomas variam e dependem do distúrbio do sono específico.

    Buscando ajuda médica

    Marque uma consulta com seu médico se a falta de sono, o sono em excesso ou os comportamentos incomuns durante o sono estiverem interferindo no seu dia a dia.
    Suspeita-se que as pessoas que roncam muito alto, acordam frequentemente para urinar durante a noite, e as que não se sentem descansadas ao acordar de manhã sofrem de apneia do sono.

      Tratamento de Distúrbio do sono

      Os tratamentos variam e dependem do distúrbio do sono específico.
      Consulte:
      • Insônia
      • Hipersônia
      • Terrores noturnos
      • Sonambulismo

      Expectativas

      O resultado varia de acordo com o tipo de distúrbio. Alguns distúrbios podem desaparecer sem tratamento.

        Prevenção

        Os fatores a seguir podem ajudar a prevenir muitos distúrbios do sono.
        • Hábitos de sono regulares (como deitar e acordar nos mesmos horários todos os dias)
        • Ambiente de sono tranquilo
        • Exercícios regulares
        • Manter-se saudável e em boas condições físicas gerais

        Falta de sono eleva risco de doenças e causa estresse e aumento de peso

        Bem Estar desta quarta (26) deu dicas para melhorar a qualidade do sono.
        Dormir mal também faz a pessoa sentir dores no corpo e indisposição.

        Uma boa noite de sono é melhor do que qualquer remédio. Dormir pouco pode causar aumento de peso e estresse e ainda elevar o risco de algumas doenças, como diabetes, obesidade, hipertensão e outras doenças cardiovasculares.
        Para dar dicas de como melhorar o sono, o Bem Estar desta quarta-feira (26) recebeu o endocrinologista Alfredo Halpern e o professor de Medicina Marco Túlio de Mello.
        A falta de sono pode gerar uma série de alterações no organismo, como disse o endocrinologista Alfredo Halpern. A secreção de alguns hormônios está relacionada ao sono, e quando há privação de descanso, ocorrem mudanças que contribuem para o acúmulo de gordura corporal e podem causar estresse e dores no corpo.

        Relógio biológico (Foto: Arte/G1)


        Segundo o professor de Medicina Marco Túlio de Mello, uma pessoa que dorme pouco fica mais mole, mais fraca, irritada e com menos vontade e disposição para praticar atividades físicas.
        Além disso, é comum que essa pessoa sinta dores no corpo porque há diminuição na secreção de substâncias, como a serotonina e a endorfina, que são associadas a respostas dolorosas.
        Fora isso, dormir pouco aumenta o risco de doenças porque o sistema imunológico precisa de descanso para responder à ameaças com eficiência. Doenças como obesidade, colesterol alto e hipertensão podem ser desencadeadas pela falta de sono.
        Alguns fatores que contribuem para uma boa noite de sono é ter um ambiente escuro, a queda de temperatura do corpo e a secreção da melatonina, hormônio que induz o sono. Mas existem também alguns alimentos que podem ajudar a pegar no sono, como o chá de camomila, o suco de maracujá, o leite e o sanduíche de queijo.
        Para quem tem dificuldades para dormir, é importante evitar café, exercícios físicos, computador e muita luz antes de se deitar. A alimentação deve ser mais leve, com carboidratos, leites e derivados e até mesmo carnes, que podem ajudar a induzir o sono.
        Mas esse problema é ainda mais complicado para quem trabalha na madrugada, que além de não conseguir manter uma rotina de sono, também tem dificuldades para seguir uma dieta saudável. Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, o ciclo da alimentação e a queima calórica dessas pessoas são diferentes.

        Quem come durante a madrugada deixa de ter horários normais para as refeições, os hábitos mudam e a alimentação fica desregrada. Além disso, o metabolismo é mais lento na madrugada e isso dificulta a queima de calorias. O padrão de sono desordenado também faz com que a pessoa coma mais durante o dia, o que favorece o aumento de peso.
        De acordo com o especialista em sono Marco Túlio de Mello, quem dorme durante o dia tem 6 horas e 40 minutos de sono, enquanto quem dorme à noite tem, em média, 7h40 de sono. Estudos do Instituto do Sono apontam que no primeiro ano de trabalho na madrugada, as pessoas engordam entre 5 e 6 quilos; e depois deste período, de 2 a 3 quilos anualmente.

        A dica dos especialistas para quem troca a noite pelo dia é evitar alimentos gordurosos, não beliscar e não dormir logo que chegar em casa pela manhã.
        A recomendação é que essa pessoa faça todas as refeições do dia: tome café da manhã ao chegar do trabalho, almoce, durma no fim da tarde e jante antes de voltar ao trabalho.
        Se bater a fome durante a madrugada, é melhor optar por alimentos leves como pães integrais, queijo franco, alface, tomate ou uma fruta. Essa rotina vai ajudar a manter a alimentação próxima do normal e, nos dias de folga, é importante que a dieta continue com a ordem de café da manhã, almoço e jantar.

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