domingo, 29 de março de 2015

13 respostas para ficar livre do RONCO

Se você ronca ou conhece alguém que não deixa ninguém dormir direito por causa do barulho, procure um especialista. O sintoma precisa ser tratado, pois pode desencadear um grave problema de saúde
 
Fabio Mangabeira 
 
Ninguém se preocupa com o ronco como deveria. Todos os especialistas ouvidos pela VivaSaúde são categóricos ao afirmar que o ronco é banalizado pela população. Claro, o ruído incomoda quem vive com o roncador e, às vezes, até acorda a pessoa que tem, mas as pessoas não encaram esse transtorno como uma doença. Se antigamente o ronco era sinal de sono profundo, agora ganhou status de alerta. Pode até parecer exagero, mas não é. Como você vai ver nas próximas páginas, o ronco poder ser sinal de um problema mais grave, como a apneia do sono, causar problemas de formação da mandíbula e até provocar distúrbios do sono no companheiro da pessoa que tem o problema.
Os médicos estimam que pelo menos 50% da população brasileira ronque eventualmente, e 20% tornam-se roncadores habituais após os 40 anos de idade. Muitos especialistas dizem que é um problema de saúde pública. “Não é uma doença nova e não é encarada com a seriedade necessária. Ela se mantém por muito tempo e, quando não tratada, leva a outras doenças piores. Toda pessoa que ronca precisa se consultar com um médico”, afirma José Antonio Pinto, otorrinolaringologista do departamento de Medicina do Sono da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e chefe dessa área no Hospital São Camilo (SP). Se você conhece alguém nessas condições ou se é você quem ronca, não perca mais tempo, marque uma consulta já. Aproveite para saber o que o ronco pode provocar e como se livrar dele, pelo bem da sua saúde e da do seu companheiro também.

1 Por que algumas pessoas roncam?
É um sinal de que existe uma dificuldade na passagem do ar pelas vias aéreas. Os motivos são vários, como flacidez na musculatura do nariz à garganta, malformação congênita (como queixo para trás), idade avançada (é mais comum a partir dos 40 anos), desvio do septo nasal, rinites, hipotireoidismo (aumenta o volume da língua e, assim, reduz o espaço da passagem do ar), etc. Acontece mais durante a inspiração do que na expiração. Quando há obstrução, os músculos da região torácica relaxam, e aí abrimos a boca para respirar. Ali o ar tem muita dificuldade para passar - ele tem pela frente a língua, a úvula e as amídalas. E aí há vibração e... o ronco. O grau de estreitamento da passagem do ar influencia a musculatura da região. Quanto mais flácida, mais alto pode ficar.

2 Pode causar problemas de sono?
Em geral, quem ronca regularmente não tem um bom sono. A pessoa sofre de mau humor matinal, sente cansaço o dia todo e aquela tremenda vontade de descansar. Pode afetar também o rendimento no trabalho. Você já não ouviu falar de alguém que parece estar sempre esgotado? Essa pessoa pode sofrer com o problema. Se você sente esses sintomas e mora sozinho (e nunca acordou com o próprio ronco) procure um otorrinolaringologista para fazer uma avaliação mais detalhada.

3 Qual a melhor posição na hora de dormir?
De lado, exceto os bebês, que, segundo as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria, devem dormir de barriga para cima. Para os adultos a regra é outra. Quando descansamos de barriga para cima, nossa língua relaxa, cede para baixo e obstrui parcialmente a passagem do ar, e aí o ronco aparece. Uma solução é colocar a cabeceira da cama para cima, literalmente, e não apenas usando mais um travesseiro ou uma almofada antirronco, vendida em lojas especializadas.

4 Crianças podem ter o problema?
Podem sim, mas não é tão comum como em adultos. A via aérea dos pequenos pode ser mais estreita porque os tecidos da garganta aumentam muito de volume. Quando ela está com uma infecção, como gripe, esses tecidos ficam maiores para proteger o organismo. Nesses casos, é indicado tratar com descongestionantes. Outro diagnóstico comum é adenoide e amídalas grandes. Às vezes a solução é a cirurgia, um procedimento simples. A criança fica apenas algumas horas no hospital e volta para casa no mesmo dia. “Quando não tratada, há alterações no crescimento da face, o que favorece o aparecimento da apneia”, afirma Fernando Tochine, otorrinolaringologista responsável por esse setor no Hospital São Luiz (SP).

5 O ronco pode provocar uma doença grave?
Pode sim. A mais conhecida é a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (Saos). É uma doença crônica, em que a pessoa para de respirar por alguns instantes e, depois, acorda, como se estivesse assustada. Essa reação é causada pelo nosso cérebro, que alerta para a falta de oxigênio. A apneia está relacionada a outras complicações, como hipertensão, infarto, alterações cardiovasculares, déficit de atenção e até perda de libido. “Ela reduz o tempo de vida das pessoas”, diz Pedro Luiz Mangabeira Albernaz, otorrinolaringologista do Hospital Albert Einstein (SP) e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Se a parada respiratória for maior de 10 segundos, pode trazer consequências graves. Em alguns casos elas alcançam ou ultrapassam 60 segundos, e aí pode ser fatal. Nem todos que roncam vão ter apneia. Acontece com mais frequência em obesos e pessoas de meia-idade.
6 Com qual médico devo me tratar?
Assim que a suspeita aparecer, procure um otorrinolaringologista — encare esse problema como se fosse um machucado muito grave ou uma doença que precisa ser tratada com urgência. A dona de casa Aparecida Alvez Tecchini, 62 anos, não via o ronco como algo grave, até o médico dizer que ela poderia sofrer de parada respiratória. Aí ela não perdeu mais tempo. “Toda a família sabia quando estava dormindo. Tinha trauma de dormir na causa de alguém por medo de roncar e acordar todo mundo. Hoje estou bem melhor, mais disposta”, diz. Na consulta, o médico vai avaliar suas vias respiratórias e preencher um questionário, o Epworth, para levantar dados sobre seus hábitos e verificar se há evidências de que você tenha algum distúrbio do sono. Você vai ouvir perguntas como: “Acorda cansado?”, “Dorme no cinema?”, “Já cochilou enquanto dirigia?”. Cada questão tem um determinado valor numérico. Se a soma total dos pontos for superior a dez, há uma suspeita muito forte de que você tenha dificuldades para dormir e relaxar durante o sono. Aí podem ser pedidos exames mais específicos.

7 Quais tipos de exames são pedidos?
Vai depender de cada caso. Não há uma regra. O especialista pode pedir uma endoscopia das vias aéreas superiores para verificar a existência de alguma obstrução. Outro teste pedido é a polissonografia, aquele exame em que você dorme no laboratório por um dia. É feita uma espécie de mapeamento do seu sono. Ela mede, dentre outras coisas, a atividade respiratória, se há ou não paradas enquanto você dorme (a chamada apneia) e a intensidade do ronco para fazer o diagnóstico final. Eletrodos colocados na sua cabeça passam essas informações para um computador, onde os dados são avaliados. Em alguns casos, pode ser indicada uma cirurgia. Mas fique tranquilo, pois os tratamentos cirúrgicos evoluíram muito e o paciente volta para casa rapidinho.

8 Dormir de boca aberta é um sinal ruim?
Sim, pois o ronco pode aparecer. Além disso, ficar de boca aberta durante o sono prejudica a formação da mandíbula e o lábio inferior fica caído. A face fica mais alongada e muda a dinâmica da respiração. É preciso investigar o porquê da condição - que pode ser desde uma rinite alérgica até o desvio de septo - e tratar o quanto antes. Ter um acompanhamento com um fonoaudiólogo ajuda a mudar o hábito. O profissional pode indicar exercícios com a língua, dentre outros.

Fabio Mangabeira

9 Obesidade atrapalha?
Você deve saber de cor pelo menos cinco malefícios provocados pelo excesso de peso. Agora vai conhecer mais um. A obesidade pode causar ronco — e 50% da população brasileira, divulgou recentemente o Ministério da Saúde, sofre com os quilos a mais. A deposição de gordura na região da garganta favorece o seu estreitamento. Nos homens é mais comum que nas mulheres. Como o ronco interfere na qualidade do sono, e a pessoa se sente naturalmente mais indisposta, ela não tem vontade (nem ânimo) de praticar alguma atividade física. E aí o ciclo se mantém.

10 Qual é a influência da idade?
A partir dos 40 anos a musculatura da garganta fica mais flácida e o problema aparece. A aposentada Danunzia Victoria, 84 anos, procurou um especialista muito tarde, depois dos 65, porque não acreditava que roncava. Ela tem uma obstrução nas vias superiores, mas, devido à idade avançada, a cirurgia foi descartada. Como o ronco é muito alto, toda vez que viaja com a família precisa ficar em um quarto só para ela. Outro problema comum que afeta as mulheres é a chegada da menopausa. Não, ela não provoca ronco. Mas quando a mulher entra nessa fase, deixa de produzir estrogênio na mesma quantidade que não permitia que a musculatura cedesse.

11 É capaz de atrapalhar as relações sociais?
Em alguns casos, dizem os especialistas, há casais que contam que já não dividem o mesmo quarto. “O ideal é que o companheiro do paciente seja entrevistado também durante a consulta. Ele sabe tudo, até se a pessoa tem apneia ou não”, diz Carlos Alberto de Barros, chefe do serviço de Pneumologia da Casa de Saúde São José (RJ). O ronco atrapalha o sono do companheiro e pode até provocar distúrbios do sono na outra pessoa, já que ela não consegue descansar.

12 Bebidas alcoólicas e fumo provocam ronco?
Acredite: isso acontece, sim. O álcool sabidamente é capaz de relaxar o corpo, e o mesmo efeito se estende para a musculatura da garganta. O resultado você conhece... Com o fumo a história é bem parecida. Uma pesquisa australiana de 2008 com 110 pessoas, homens e mulheres de 45 a 80 anos, que eram fumantes e tinham colesterol alterado, mostrou que o estreitamento arterial era maior nos que roncavam mais intensamente. Apesar de ser um estudo inicial, os pesquisadores disseram que há um indício forte de que esse grupo teria mais chances de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

13 Existe algum aparelho que reduza o ruído?
Sim. Os mais simples são os ortodônticos. São placas usadas na boca durante o sono. Elas são reguladas para que a parte da frente empurre a mandíbula e, assim, amplia a passagem da via aérea. Outro se chama CPAP e é um modelo eletrônico. Ele não permite que o pulmão esvazie por completo, o que acontece quando dormimos, e assim evita o ronco. Você pode comprar ou alugar, desde que haja indicação médica. Geralmente é indicado para roncadores extremos. São vários os modelos — quanto menor, em geral, mais caro é. Para quem viaja bastante, por exemplo, o pequeno é o indicado.

Fabio Mangabeira

Cuidados básicos para o sono na terceira idade

 http://mesquitacomovai.com.br/terceiraidade/wp-content/uploads/2013/10/sono-idosos2.jpg

Especialistas dá dicas para dormir melhor nesse período da vida.
Estima-se que os indivíduos passam mais de 20 anos dormindo ao longo de sua existência. Isso mostra o quanto o sono é imprescindível para o ser humano, essencial para a manutenção da saúde do corpo e da mente, e não apenas uma necessidade de descanso físico e mental.
Durante a noite, por exemplo, acontece a troca e regeneração celulares, além da liberação do Hormônio do Crescimento (GH), que ocorre principalmente nas fases mais profundas do descanso. Além disso, o sono reequilibra o organismo produzindo a serotonina, o hormônio responsável pela sensação de prazer; impede a acumulação decortisol, que melhora o humor e a boa disposição; e aumenta a sensibilidade à leptina, hormônio responsável por informar ao organismo a ausência da fome.
No decorrer dos anos, no entanto, o sono tem seu padrão alterado conforme a idade do indivíduo se acentua. Na terceira fase da vida, por exemplo, o sono se torna mais leve, o adormecer fica mais demorado, ocorrem interrupções durante a noite e, geralmente, o sono não ultrapassa oito horas – período recomendado por especialistas.
Segundo a fisioterapeuta e especialista em Medicina do Sono, Carolina Elena Carmona de Oliveira, além destes fatores vivenciados pelos idosos, devem ser levadas em consideração as alterações da estrutura óssea. “No que diz respeito à densidade e arquitetura, é indispensável que o idoso mantenha o cuidado diário com a postura e adote medidas saudáveis para dormir, a fim de evitar dores e maiores problemas nas regiões da coluna cervical e lombar”, complementa.
Ainda de acordo com a fisioterapeuta, algumas substâncias químicas, como, cafeína, medicamentos para doenças respiratórias ou antidepressivos, podem alterar o padrão de sono constantemente. “Outros motivos que também podem causar essa irregularidade estão relacionados à viuvez, solidão, dificuldades financeiras, entre outros”.
Mesmo com o padrão do sono diferenciado na melhor idade, é importante garantir que ele seja de qualidade, para que o idoso desperte no dia seguinte disposto e cheio de energia para a vida. Carolina dá algumas dicas fundamentais para um repouso revigorante.
• Programe atividades pela manhã e pratique exercícios físicos regulares, sempre sob orientação médica, para que se sinta mais cansado à noite. As atividades diárias regularizam o sono noturno;
• Na hora de dormir, para que haja um descanso completo do corpo e da mente é necessário silêncio e concentração. Além disso, mantenha sempre as luzes apagadas, pois na claridade a produção de melatonina e cortisol é interrompida, o que acaba por interferir na qualidade do sono e causar sensação de cansaço pela manhã;
• O travesseiro, o colchão e até mesmo a temperatura do ambiente influenciam para um sono renovador. Portanto, na hora de dormir, utilize um travesseiro que complete exatamente o espaço compreendido entre a cabeça e o colchão (formando um ângulo de 90 graus no pescoço), alinhando assim toda a coluna com o tronco. Isso facilita a circulação sanguínea e permite que os estímulos elétricos sejam perfeitamente enviados pelo cérebro aos órgãos do corpo;
• No caso de levantar várias vezes durante a noite para ir ao banheiro, mantenha iluminado o trajeto com uma iluminação baixa que, nestes casos, pode ser muito útil. Retire tapetes soltos, use chinelo com solado antiderrapante e não caminhe de meias. O risco de quedas e fraturas é muito grande nesta situação;
• O sono do idoso é mais fragmentado, menos profundo e mais frequentemente interrompido por despertares noturnos. Por isso, é aconselhável que a pessoa idosa deite sempre no mesmo horário, evite dormir por várias horas durante o dia ou à tarde ou fique deitado na cama assistindo televisão. O ideal é que o idoso vá para a cama somente na hora de dormir.
(Fonte: iMirante)

Cuidados com o sono colaboram para a qualidade de vida na terceira idade

Cuidados com o sono colaboram para a qualidade de vida na terceira idade Stock Photos/Stock Photos
Manter o cuidado diário com a postura e adotar medidas saudáveis para dormir devem ser os primeiros passos Foto: Stock Photos / Stock Photos

A terceira idade é um período da vida que requer cuidados especiais para evitar problemas que possam compromoter a saúde e a qualidade do sono. Alguns hábitos errôneos colaboram para a mudança na posição do indivíduo e do seu centro de gravidade, causando dores, dificuldade respiratória, falta de equilíbrio e as temidas quedas.
- Manter o cuidado diário com a postura e adotar medidas saudáveis para dormir devem ser os primeiros passos para evitar riscos e garantir um sono realmente reparador — afirma a fisioterapeuta e especialista em medicina do sono, Carolina Elena Carmona de Oliveira.
Veja algumas dicas que podem auxiliar para a conquista de uma melhor qualidade de vida na terceira idade: 

Cuidado com a posturaAs principais causas de dores nas costas são, normalmente, uma combinação de fatores como sobrecarga, esforço físico, postura incorreta, obesidade, sedentarismo e até mesmo o estresse. Mantenha o cuidado com a postura durante as atividades diárias e também durante o sono. Além de evitar dores, previne lesões irreversíveis e, até mesmo, hérnia de disco.

Faça regularmente um check up
Visite o médico regularmente para avaliações. O conhecimento prévio de problemas com a saúde e um diagnóstico preciso auxiliam no alcance de uma melhor qualidade de vida, confiança e autoestima.

Atenção ao levantar da camaVire as pernas para o lado em que pretende levantar, apoie os braços na cama e erga o tronco.

E ao sentar...
Apoie os braços e se aproxime bastante do assento até encostar a parte de trás do joelho. Em seguida, apoie as mãos nos braços do assento e incline-se para frente, flexionando o joelho até sentar.

Cuidado ao escolher o colcão e o travesseiro
O travesseiro, o colchão e até mesmo a temperatura do ambiente influenciam para um sono renovador. Portanto, na hora de dormir, utilize um travesseiro que complete exatamente o espaço compreendido entre a cabeça e o colchão (formando um ângulo de 90 graus no pescoço), alinhando assim toda a coluna com o tronco. Isso facilita a circulação sanguínea e permite que os estímulos elétricos sejam perfeitamente enviados pelo cérebro aos órgãos do corpo. 

Bancos, assentos e cadeiras
Fique atento quanto à segurança de cadeiras, bancos ou assentos. O encosto deve acomodar a coluna e os pés devem estar apoiados no chão ou em algum suporte. O material do assento deve ser firme e de fácil higienização.

Evite ficar encurvado
Mantenha a postura firme. Para não ficar encurvado procure deixar os pés um pouco mais afastados e posicione o quadril alinhado ao tronco, com os pés firmes no chão.

Vá para cama somente quando tiver sono
Evite assistir televisão ou ler um livro deitado, já que o sono no idoso é mais fragmentado e menos profundo, sendo menos concentrado à noite e mais disperso no dia, por conta do ritmo biológico. Além disso, procure deitar sempre na mesma hora e evite café e chás, pois funcionam como estimulantes. 

Aproveite o diaPrograme atividades pela manhã e pratique exercícios físicos regulares, sempre sob orientação médica, para que se sinta mais cansado à noite. As atividades diárias regularizam o sono noturno.

Chuvas: cuidados para combater dengue e febre chikungunya devem ser reforçados


dengue
Estados têm de intensificar combate ao mosquito da 
dengue nesta época do ano   Arquivo Agência Brasil

Com alerta de chuva em pelo menos dez estados brasileiros, os cuidados no combate à dengue e à febre chikungunya – ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti – devem ser redobrados. O alerta é da infectologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal Eliana Bicudo.
Em entrevista à Agência Brasil, ela lembrou que a dengue é uma doença grave e que apresenta quadro mais agudo que o da febre chikungunya. O principal sinal de alerta para as duas doenças, segundo ela, é a febre, sobretudo quando desacompanhada de outros sintomas gripais, como dor de garganta e coriza.

“Às vezes, misturam-se um pouco os quadros virais. Se tenho febre sem dor de garganta, mas com dor muscular, diarreia, deve-se pensar em dengue ou chikungunya, que têm a mesma sintomatologia”, explicou.
Para evitar o aumento de casos de ambas as doenças, a orientação da infectologista é que as pessoas reforcem as ações para eliminar criadouros do mosquito. As medidas incluem, por exemplo, verificar se a caixa d’água está bem fechada, não acumular vasilhames no quintal, verificar se as calhas estão entupidas e colocar areia nos pratos dos vasos de planta.
“A febre chikungunya só entrou no país e fez essa festa toda porque temos mosquito demais devido à água parada” , disse Eliana. “O que a gente tem como reflexo é a não adesão aos cuidados com a água parada. Afinal, não existe mosquito sem água parada”, concluiu.
Dados do Ministério da Saúde indicam que 2015 registrou um aumento de 57,2% dos casos notificados de dengue no mês de janeiro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 40.916 notificações no primeiro mês deste ano, contra os 26.017 em janeiro de 2014.
No caso da febre chikungunya, o balanço mostra um total de 23 casos da doença, sendo 22 na Bahia e um em Goiás. Em 2014, foram confirmados 2.847 casos, sendo 94 importados, ou seja, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela e Ilhas do Caribe.

Distúrbios na tireoide: saiba como reconhecer e combater

 O ultrassom vem sendo considerado uma alternativa segura na avaliação dos nódulos na tireoide
O ultrassom vem sendo considerado uma alternativa
segura na avaliação dos nódulos na tireoide (Reprodução / Internet)

Trezentos milhões. Esse é o assustador número de pessoas atingidas por problemas na tireoide ao redor do mundo, e pasme, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) atesta que mais da metade dos casos não são diagnosticados. Não significa que esses distúrbios passem incólumes pelo corpo humano, até porque, a glândula em questão tem por função armazenar e liberar os hormônios que afetam quase todas as células, ajudando a regular o metabolismo. Nesse ponto, manter os olhos mais abertos aos sintomas e buscar fazer os exames necessários para a detecção dos problemas significa não apenas ser menos um no preocupante alto índice de casos não diagnosticados, mas mais importante, ser mais um no rol dos que os venceram.
Como doenças autoimunes, o hipo e hipertireoidismo são preocupantes porque sua evolução máxima significa a autodestruição da glândula até o ponto em que esta não funciona mais. O hipotireoidismo acontece quando a produção dos hormônios tireoidianos (TSH e T4 Livre) decai; já o hipertireoidismo representa o contrário, ou seja, uma fabricação destes em excesso.
De acordo com a endocrinologista Bruna Rodrigues, o hipotireoidismo é o mais comum. Seus indícios podem ser facilmente confundidos com outros advindos de outro mal do século: o estresse da vida moderna.
“Queda de cabelo, cansaço, indisposição, distúrbios do humor, alteração do ciclo menstrual, unhas fracas e quebradiças, dificuldade de perder peso”, elenca a médica. “Mas nossa vida está tão atribulada, as pessoas estão cada vez mais cansadas e estressadas, que esses sintomas passam batido mesmo. Ou vice-versa: acontece muito no meu consultório de pessoas acharem que estão com problemas de tireoide e às vezes nem é”, diz Dra. Bruna.
Já o quadro de hipetireoidismo pode ser traçado a partir do emagrecimento abrupto, choro fácil, tremor das mãos, taquicardia, fome excessiva e aumento da pressão arterial.
Tratamento
Dra. Bruna Rodrigues frisa que a melhor forma de se ter certeza do hipo ou hipertireoidismo é a partir da dosagem dos hormônios TSH, T3 e T4 livre, feita por meio de exame de sangue. O histórico familiar também deve ser levado em conta.
“O tratamento funciona da mesma forma para ambos os casos. Se for hipo, faz-se reposição de hormônios. Se for hiper, o medicamento será para reduzir a produção destes”, explica a endocrinologista.
Nódulos: e agora?
Embora os nódulos na tireoide sejam tipicamente benignos, entre 5% e 15% podem apresentar malignidade. E encontrá-los é mais corriqueiro do que se imagina. Nesse caso, recomenda-se a punção, um exame padrão realizado para conhecer o tipo de células que constituem o nódulo. A primeira biópsia costuma detectar 85% dos casos, mas mesmo assim, quando realizada uma segunda vez, o nível de detecção pode ser substancialmente menor. 
Nesses casos, o ultrassom vem sendo considerado uma alternativa segura na avaliação do nódulo – principalmente depois que a punção não se mostra conclusiva.
O radiologista Osmar Saito, do Centro de Diagnósticos Brasil, em São Paulo, diz que nos últimos anos houve aumento no diagnóstico de câncer de tireoide. Mas, como a doença vem sendo diagnosticada em estágio inicial, houve queda de mortalidade. “A presença do nódulo não significa que seja câncer. Mas, pacientes com história de irradiação prévia na região do pescoço ou doença tumoral tireoidiana na família deverão ser submetidas a uma pesquisa clínico-laboratorial e exames de imagem mais minuciosos”, diz.
Público atingido
Qualquer um pode sofrer com distúrbios da tireoide, porém, estes acontecem mais em mulheres e a partir dos 30 anos. “Nas crianças, quan-do acontecem, são casos mais agressivos”, alerta Dra. Bruna.
De acordo com o perfil de cada um
A partir do próximo mês, chegará às farmácias de todo o Brasil quatro novas apresentações de Puran® T4 (levotiroxina sódica), medicamento da marca Sanofi para o tratamento do hipotireoidismo. Com dosagens de 12,5mcg, 37,5mcg, 62,5mcg e 300mcg, a linha passa a oferecer mais opções para auxiliar médicos na administração de doses de acordo com o perfil de cada paciente em tratamento contra a doença.
“Com esse lançamento, a linha Puran® T4 (levotiroxina sódica), que já contava com 10 apresentações, ganha uma gama ainda mais completa de produtos para atender as diferentes necessidades de médicos e pacientes”, diz Renato Gonçalves, gerente de produto da Sanofi.
Presente no Brasil há mais de 35 anos, a linha Puran® T4 (levotiroxina sódica) é indicada para o tratamento do hipotireoidismo e conta com 14 opções de dosagens: 12,5mcg, 25mcg, 37,5mcg, 50mcg, 62,5mcg, 75mcg, 88mcg, 100mcg, 112mcg, 125mcg, 150mcg, 175mcg, 200mcg, 300mcg. Mais informações podem ser encontradas no link: http://goo.gl/xY1iJc

domingo, 22 de março de 2015

Aplicativos monitoram o sono e prometem mais disposição

Dispositivos para smartphone despertam o usuário no momento em que sono está mais leve

 http://www.aplicativosdesaude.com.br/wp-content/uploads/2014/11/sleep-bot-monitorar-sono.jpg

Como anda seu sono? Quantas horas você tem dormido nas últimas noites? O sono de boa qualidade se tornou um verdadeiro objeto de desejo. Nada melhor do que acordar de forma natural e descansado. Pensando nisso, selecionamos alguns dos melhores dispositivos no mercado que nos ajudam a monitorar o sono. É importante ficar claro que eles não são 100% eficazes em medir o número de horas de sono. A tecnologia é uma grande aliada, mas não dispensa boas rotinas de sono. 
Existem duas formas de detectarem que estamos dormindo. Uma das formas é medir nossos movimentos corporais diretamente. São pulseiras ou sensores que ficam em contato com nosso corpo e inferem o período do sono pela redução dos movimentos corporais. 
A segunda forma é por meio aplicativos de smartphones que analisam os dados captados pelo acelerômetro do aparelho (que percebe quando seu telefone está em pé). O acelerômetro detecta indiretamente nossos movimentos na cama.  Alguns aplicativos conseguem também detectar oscilações nos movimentos durante o sono, que podem corresponder às diferentes fases do sono. É uma tecnologia interessante, que pode, por exemplo, nos acordar num período de sono mais leve, dando maior sensação de descanso ao acordar. Outras funções destes aplicativos incluem gravação de sons para detectar fala ou ronco e a possibilidade de tocar uma música leve para ajudar no início do sono. A maioria destes aplicativos tem a desvantagem de consumir bateria.  O ideal é usar o smartphone conectado à tomada.
Vamos falar um pouco mais de alguns dos melhores aplicativos disponíveis:

Sleep Better

Desenvolvido pela empresa Runtastic, conhecida por aplicativos para gerenciamento de informações de saúde. Está disponível em português para iOS e Android. O usuário precisa fazer um cadastro na Runtastic para iniciar.
A programação começa com o alarme inteligente. O usuário seleciona um intervalo para ser despertado. O app o acordará no melhor momento, onde o sono for mais leve, desde que não ultrapasse o limite de horário escolhido. Podem ser introduzidas informações numa espécie de diário, como o dia em que tomou bebida alcoólica, café, alimentou-se tarde ou praticou exercício físico e até mesmo detalhes dos sonhos. O app fornece medidas de qualidade do sono da noite anterior e faz comparações entre as noites, dando estimativas de quanto os hábitos podem influenciar na qualidade do sono. 

Sleep Cycle

Permite ao usuário ajustar o intervalo de despertar entre 10 e 90 minutos, podendo ser desligado nos finais de semana. O aplicativo o acordará na melhor fase dentro do intervalo selecionado. Disponível para iOS e Android, não possui versão em português. Possui uma biblioteca de melodias para despertar e também permite que o usuário escolha uma música para a função. Fornece estatísticas e gráficos das noites de sono e permite acrescentar notas sobre hábitos relacionados à noite de sono e ao humor ao acordar. Dispõe de uma função teste para checar se o celular está bem posicionado no colchão (próximo ao travesseiro). Não grava sons. A ótima precisão permite que funcione bem com 2 pessoas usando o app na mesma cama. Os movimentos da pessoa ao lado são reconhecidos como movimentos menores e são filtrados. Adicionalmente, pode apresentar a previsão do tempo do dia seguinte.

Sleepbot

Possui confortável tela azul. Disponível para iOS e Android, não possui versão em português. Alarme inteligente com intervalo de 30 minutos (a desvantagem é de que não permite ao usuário escolher o intervalo). Ao acordar, o aplicativo pergunta ao usuário sobre a qualidade do sono e permite que adicione observações sobre a noite dormida. Dá ao usuário a possibilidade de inserir o número de horas que deseja por noite e acompanha se o objetivo está sendo alcançado nas noites seguintes. Também é capaz de lembrar ao usuário do horário de ir para cama. Dispõe de gráficos fáceis de interpretar que analisa noites de sono nos últimos seis meses com informações variadas, como duração e qualidade do sono e despertares. Como outros aplicativos, possui uma lista de toques para alarme e permite ao usuário escolher seu toque próprio como uma música.

MotionX 24/7

Possui funções adicionais de pedômetro e monitor cardíaco. Disponível apenas para iOS em inglês. Permite ao usuário estabelecer metas variadas, como perda de peso, número de passos por dia e número de horas por noite. Possui gravador de som. Armazena informações sobre as últimas 30 noites e permite exportar os dados para arquivo e compartilhar em redes sociais. Os gráficos possuem menos detalhes que similares no mercado, mas o aplicativo tem seu mérito pela multifuncionalidade. 

Twilight

Ajusta automaticamente o brilho do dispositivo, reduzindo a luz azul ao longo do dia, uma vez que a luz azul emitida pela tela pode desregular o ritmo circadiano e atrasar o início do sono. O aplicativo introduz um filtro vermelho, mais confortável para os olhos, que vai sendo aumentado ao longo das horas do dia, baseado nas horas locais do nascer e do pôr do sol do local. Disponível para Android, o aplicativo não monitora o sono, mas foi incluído nesta lista por ser muito útil no uso de smartphones e tablets à noite!

Foi útil para você? Se as informações acima não ajudarem, procure um especialista do sono. Distúrbios como a apneia do sono necessitam de orientação médica e tratamento específico!

 

Sono na adolescência: entenda as mudanças no ritmo do sono dessa fase

Adolescentes tendem a ter necessidade de dormir mais tarde e tendem a sofrer com privação de sono

 http://www.sinaldafenix.com.br/site/wp-content/uploads/2015/03/sono_18187_250_375.jpg

O sono é uma atividade fisiológica fundamental para a saúde e o desenvolvimento (crescimento e aprendizado) do ser humano. Sendo a adolescência uma fase de grande importância no que diz respeito a estes dois fatores, a atenção a este momento do dia deve ser redobrada. Segundo o CDC, o tempo ideal de horas dormidas para os jovens é em torno de nove horas. 
Mas é justamente nesta fase que percebemos alterações no ritmo de sono, como se o relógio biológico funcionasse diferente. E de fato funciona. As mudanças no padrão do sono têm diversas causas, fisiológicas e sociais. Ao entrar na adolescência, alterações hormonais fazem com que o sono venha um pouco mais tarde empurrando, consequentemente, o despertar para mais tarde. A melatonina produzida pela glândula pineal e altamente envolvida no ciclo do sono passa a ter seu pico de excreção mais tarde, atrasando a sensação de sono nos jovens. Sua produção também é afetada com a exposição à luz, o que acontece quando, por exemplo, aparelhos eletrônicos são usados antes de dormir. Coincidindo com esta mudança fisiológica, aparecem as mudanças sociais, ou seja, por conta do início de uma vida social mais intensa os adolescentes tendem a dormir mais tarde. Ao mesmo tempo a escola aumenta sua exigência, aumentando a carga de trabalho do dia a dia. 
As vivências da adolescência, com suas descobertas e frustrações, o aumento de exigência de responsabilidade por parte das escolas e da sociedade e as variações hormonais fisiológicas já são motivo suficiente para as alterações de humor experimentadas nesta fase da vida. Mas esta característica se torna muito mais evidente em adolescentes com carência de sono. 
Em 2009 uma escola britânica fez um teste para avaliar a relação dos resultados escolares com a privação de sono do adolescente e passou a iniciar as aulas às dez horas da manhã (normalmente elas começam as nove horas neste país). O resultado foi que a abstinência escolar caiu e a capacidade de memorização aumentou. Os alunos apresentaram também menos mau humor e sonolência. No Brasil as aulas começam bem mais cedo, em torno das sete e meia da manhã, desrespeitando este ciclo normal do sono do adolescente. Aparentemente a capacidade de aprendizado aumenta a partir das dez horas da manhã, quando os alunos estão mais despertos e capacitados para absorver as informações passadas por seus professores. 
Além da questão do aprendizado e do humor, observa-se nos jovens com carência de horas de sono maiores índices de doenças metabólicas como sobrepeso, obesidade e diabetes tipo 2, crescimento estatural menor do que o esperado e distúrbios psicológicos. 
As dicas para um sono tranquilo e reparador, que estimule a saúde e o desenvolvimento em qualquer faixa etária, são: 
  • Ter horários regulares para dormir e despertar, evitando grandes variações nos finais de semana
  • Ir para a cama somente na hora dormir, evitando realizar outras atividades na cama, como jogos eletrônicos, acesso a redes sociais, televisão
  • Ter um ambiente de dormir adequado: limpo, escuro, sem ruídos e confortável
  • Não fazer uso de álcool ou café, determinados chás e refrigerantes próximo ao horário de dormir
  • Não fazer uso de medicamentos para dormir sem orientação médica
  • Se tiver dormido pouco nas noites anteriores, evite dormir de dia
  • Jantar moderadamente em horário regular e adequado
  • Não levar problemas para a cama
  • Realizar atividades repousantes e relaxantes preparatórias para o sono
  • Ser ativo física e mentalmente, mas evitar atividade física após as 19 horas.

Dia Mundial do Sono terá ações no Parque da Jaqueira, no Recife

Especialistas vão orientar de graça população sobre distúrbios do sono.
Ação da Interne Soluções começa a partir das 7h, nesta segunda (23).

http://portalarapiraca.com/images/noticias/8748/pa200315008.jpg

O Dia Mundial do Sono é lembrado no Recife com ações de conscientização para a população no Parque da Jaqueira, na Zona Norte da cidade, nesta segunda-feira (23). A partir das 7h, o evento da Interne Soluções dará esclarecimentos à população sobre distúrbios do sono, como insônia, ronco, sonambulismo, apnéia do sono, bruxismo e síndrome das pernas inquietas.
Também estarão presentes especialistas no assunto, profissionais da odontologia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, enfermagem e técnicos para orientar gratuitamente a população, com explicações sobre os diversos tipos de tratamentos, além de dicas para melhorar a qualidade do sono. O evento deve seguir até as 16h.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados em 2014, apontam que 40% dos brasileiros têm dificuldade para dormir entre seis a oito horas, resultado de problemas como apnéia (parada respiratória durante o sono), ronco e insônia. O Dia Mundial do Sono foi comemorado pela primeira vez em 2001, durante simpósio sobre o tema realizado em Paris.

Dengue

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O seu principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue.
Existem quatro tipos de dengue, pois o vírus causador da dengue possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros três.
Embora pareça pouco agressiva, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue, caracterizadas por sangramento e queda de pressão arterial, o que eleva o risco de morte. A melhor maneira de combater esse mal é atuando de forma preventiva, impedindo a reprodução do mosquito.
Em 1865 foi descrito o primeiro caso de dengue no Brasil, na cidade de Recife, sendo considerada epidêmica em 1846, quando se espalhou por vários estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Acredita-se que o mosquito Aedes aegypti chegou ao Brasil pelos navios negreiros, uma vez que as primeiras aparições do mosquito se deram no continente africano. No início do século XX, o médico Oswaldo Cruz implantou um programa de combate ao mosquito que chegou a eliminar a dengue no país durante a década de 1950.
A dengue voltou a acontecer no Brasil na década de 1980, tendo seus primeiros novos casos em Roraima pelos vírus DEN1 e DEN4. Em 1990, houve a introdução do vírus DEN2 no Rio de Janeiro, atingindo várias áreas do Sudeste, levando a uma epidemia em 1998, com mais de 500.000 casos no país. Em 2000, o vírus DEN3 foi isolado no Rio de Janeiro, e uma nova epidemia de dengue aconteceu entre 2001 e 2003. Antes dessa década, os casos de dengue hemorrágica no país eram raros, mas com a introdução do novo vírus diversas pessoas contraíram a dengue pela segunda ou terceira vez.

Devemos dizer "a dengue" ou "o dengue"?

A forma mais correta, sob o ponto de vista da gramática, é "o dengue", no masculino. Entretanto, também está certo dizer "a dengue", que hoje em dia é a forma mais utilizada pela população e até aceita em dicionários.

Getty Images
O mosquito da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve
em áreas tropicais e subtropicais

Tipos

O vírus da dengue possui quatro variações: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Todos os tipos de dengue causam os mesmo sintomas.
Quando uma pessoa é infectada com um determinado tipo de vírus, cria anticorpos no seu organismo e não irá mais contrair a doença por esse mesmo vírus, mas ainda pode ser infectada pelos outros três tipos. Isso quer dizer que só é possível pegar dengue quatro vezes.

Caso ocorra um segundo ou terceiro episódio da dengue, há risco aumentado para formas mais graves da dengue, como a dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue.
Na maioria dos casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas da dengue, combatendo o vírus sem nem saber que ele está em seu corpo. Para aqueles que apresentam sintomas, os tipos de dengue podem se manifestar clinicamente de quatro formas:

Dengue clássica

A dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sintomas como febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, entre outros.

Dengue hemorrágica

A dengue hemorrágica acontece quando a pessoa infectada com dengue sofre alterações na coagulação sanguínea. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte. No geral, a dengue hemorrágica é mais comum quando a pessoa está sendo infectada pela segunda ou terceira vez. Os sintomas iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e somente após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. Na dengue hemorrágica, ocorre uma queda na pressão arterial do paciente, podendo gerar tonturas e quedas.

Síndrome do choque da dengue

A síndrome de choque da dengue é a complicação mais séria da dengue, se caracterizando por uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhado de inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que sofreu choque por conta da dengue pode sofrer várias complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural. Além disso, a síndrome de choque da dengue não tratada pode levar a óbito.

Causas

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida.
O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito da dengue adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de três a 15 dias para a doença se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.
A transmissão da dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito da dengue podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.
O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento.
A fêmea do Aedes aegypti voa até mil metros de distância de seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do mosquito é maior do que os especialistas acreditavam.

domingo, 15 de março de 2015

Ronco e paradas respiratórias à noite podem indicar apneia do sono

Bem Estar convidou a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono.
Cardiologista Roberto Kalil falou sobre como problema afeta o coração.

Dormir ao lado de alguém que ronca não é tarefa fácil. No Brasil, 30% dos homens têm esse problema, contra 10% das mulheres. Mas quem produz o barulho também sofre, muitas vezes sem saber. Isso porque ele pode indicar um distúrbio mais grave: a apneia do sono, que provoca pequenas e constantes paradas respiratórias durante a noite.
Para aprofundar as causas e consequências desse transtorno, que muitas vezes também desencadeia alterações cardiovasculares, o Bem Estar desta terça-feira (31) convidou o cardiologista Roberto Kalil e a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono  e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Apneia do sono (Foto: Arte/G1)

A apneia também leva a microdespertares, uma forma de o cérebro forçar o indivíduo a respirar. Alguns têm flacidez nos músculos da faringe e, quando deitam, o palato mole (“campainha”) vai para trás e obstrui ainda mais a passagem do ar.
Beber demais e estar cansado pode piorar o ronco, pois há um maior relaxamento dos músculos da garganta. Um exame chamado polissonografia, que grava e monitora o sono, é o mais indicado para diagnosticar apneia. Ele é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas as filas costumam ser grandes.

Dormir com um oxímetro (aparelho que mede a oxigenação) já ajuda o médico a verificar se o paciente tem falta de oxigenação durante a noite. Casos graves podem ser resolvidos com o uso de um aparelho que fornece oxigênio por meio de uma máscara. Mas esse equipamento é de difícil acesso pelo SUS e até pelos planos de saúde. As cirurgias de garganta, por sua vez, são eficientes apenas em casos bem específicos e com a técnica adequada.
Deitar de lado em geral ajuda a melhorar a apneia. Já a posição de barriga para cima favorece a obstrução do ar. Uma dica é usar um travesseiro comprido (aquele de abraçar com braços e pernas) e prender uma bolinha de tênis nas costas do pijama, para que a pessoa se sinta desconfortável e durma sempre de lado.
O programa desta terça também mostrou a história do motoboy Sandro Serrano, que parava de respirar 582 vezes por noite, o equivalente a 77 vezes por hora e mais de uma vez por minuto. A mulher dele se assustava com a cena repetida, que sempre era seguida por um ronco alto.

Ronco aumenta risco de problemas de comportamento na infância

Lista de problemas inclui falta de atenção, hiperatividade e depressão.
Uma em cada dez crianças ronca regularmente, segundo especialistas.

 https://saudeebemestargeia.files.wordpress.com/2012/03/notc3adcia-279-ronco-aumenta-risco-de-problemas-de-comportamento-na-infc3a2ncia-06_03_2012-1.jpg

Um estudo realizado com mais de 11 mil crianças ao longo de seis anos constatou que transtornos de respiração ao dormir podem gerar problemas de comportamento, segundo um artigo publicado nesta segunda-feira (5) pela revista "Pediatrics".

De acordo com os pesquisadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, em Nova York (EUA), entre os transtornos de comportamento vinculados aos problemas de respiração se encontram a hiperatividade e a agressividade, ao lado de outros problemas emocionais.
"Este estudo proporciona as provas mais consistentes, até o momento, de que transtornos como ronco, respiração pela boca e a apneia podem ter consequências de conduta e emocionais em crianças", afirmou a principal autora da pesquisa, Karen Bonuck.
"Os pais e os pediatras deveriam prestar mais atenção na ocorrência de transtornos na respiração das crianças enquanto elas dormem, talvez desde o primeiro ano de vida", acrescentou Karen.
Estes transtornos costumam atingir crianças entre dois e seis anos, mas também ocorrem em idades menores.
Aproximadamente uma em cada dez crianças ronca regularmente, e entre 2% a 4% têm apneia, segundo a Academia Americana de Otorrinolaringologia. Entre as causas mais comuns destes transtornos estão o tamanho excessivo das amígdalas e adenoides.
A pesquisa analisou os efeitos combinados do ronco, apneia e respiração pela boca em meninos e meninas registrados no Estudo Longitudinal Avon de Pais e Filhos, projeto que tem sede no Reino Unido.
Pais e mães respoderam a um questionário sobre os sintomas respiratórios de seus filhos durante vários intervalos, dos seis meses até os cinco anos e nove meses de idade.
Quando as crianças tinham entre quatro e sete anos, os pais responderam outro questionário para avaliar o comportamento delas.
Este teste tem escalas que examinam a falta de atenção, hiperatividade, ansiedade, depressão e problemas de relacionamento com os pais.
O questionário também é usado na avaliação de problemas de conduta como agressividade e a transgressão da regras, e o comportamento socialmente positivo, como compartilhar jogos e posses e mostrar disposição a ajudar.
Os pesquisadores relativizaram 15 possíveis variáveis que podem confundir os resultados, como peso do bebê ao nascer, status socioeconômico e se a mãe fumava no primeiro trimestre da gravidez.
"Constatamos que as crianças com transtornos de respiração ao dormir eram de 40% a 100% mais propensas a desenvolver problemas neurológicos de comportamento por volta dos sete anos de idade, comparados com as crianças que não apresentavam transtornos da respiração', explicou Bonuck.
"A principal ocorrência foi na hiperatividade, mas reparamos aumentos significativos em todos os tipos de conduta", acrescentou.
As crianças cujos sintomas chegaram ao pico entre seis meses e um ano e meio, tiveram entre 40% a 50% mais chances de desenvolverem problemas comportamentais aos sete anos de idade se comparados com meninos e meninas que respiravam normalmente.
As crianças que apresentaram os problemas de conduta mais graves foram aquelas que tiveram problemas de respiração ao longo de todo o período de avaliação e chegaram ao auge aos dois anos e meio.
Os pesquisadores assinalaram em seu artigo que os transtornos de respiração ao dormir poderiam causar problemas de comportamento porque diminuem os níveis de oxigênio e aumentam os de dióxido de carbono no córtex pré-frontal do cérebro.
Além disso, estes transtornos interrompem os processos de restauração durante o descanso e perturbam o equilíbrio de vários sistemas celulares e químicos.

 

Distúrbio do sono


http://www.guanambifm.com.br/fotos2013/113138201411021.jpg

O que é Distúrbio do sono?

Distúrbios do sono consistem nas dificuldades relacionadas ao sono. O sono tem quatro fases, e cada uma delas é responsável por uma atividade diferente. Dificuldades em qualquer uma das fases do sono pode trazer prejuízos a curto e longo prazo.
Entenda como funciona cada fase do sono:

  • Fase 1: Abrange 10% da noite. Nesta fase, ocorre a transição entre a vigília e o sono. Quando escurece, ocorre a liberação da melatonina no organismo, que induz a sonolência
  • Fase 2: Abrange 45% da noite. Na fase 2, diminuem os ritmos cardíaco e respiratório, os músculos relaxam e a temperatura corporal baixa. É a fase do sonho leve
  • Fase 3: Abrange 25% da noite. O corpo funciona mais lentamente e o metabolismo cai. O coração passa a bater em ritmo mais lento e a respiração também fica mais leve
  • Fase REM: Abrange 20% da noite. Esta é a fase do sono profundo. REM, em inglês, significa “Rapid Eye Movement” (movimento rápido dos olhos). É nesta fase em que ocorrem os sonhos, a pessoa tem descargas de adrenalina e há picos de batimentos cardíacos e pressão arterial.
Durante as três primeiras fases do sono, o corpo economiza energias, promove a restauração de tecidos, o aumento da massa muscular e libera o hormônio de crescimento. Já na fase REM, há a consolidação da memória e do aprendizado. Quando a pessoa está dormindo e é acordada, ela volta imediatamente à fase 1 do sono, comprometendo esse processo.

Tipos

Mais de 100 distúrbios do sono e do despertar já foram identificados. Eles podem ser agrupados em quatro categorias principais:

  • Dificuldade de adormecer ou permanecer dormindo
  • Problemas para permanecer acordado
  • Problemas para conseguir manter uma rotina regular de sono
  • Comportamentos incomuns durante o sono.

Dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo

A insônia inclui qualquer combinação de dificuldade para adormecer, para permanecer dormindo, falta de sono intermitente e despertar nas primeiras horas da manhã. Os episódios podem aparecer e desaparecer (transitório), durar até duas ou três semanas (curto prazo) ou ter longa duração (crônico).

Fatores comuns associados à insônia:

  • Doença física
  • Depressão
  • Ansiedade ou estresse
  • Ambiente insatisfatório para o sono (p. ex.: com barulho ou luz excessiva)
  • Cafeína
  • Álcool ou outras drogas
  • Uso de determinados medicamentos
  • Fumo em excesso
  • Desconforto físico
  • Cochilos durante o dia
  • Deitar-se cedo
  • Passar muito tempo acordado na cama.
Os distúrbios incluem:

  • Insônia psicofisiológica, uma condição em que o estresse causado pela insônia dificulta ainda mais o adormecer
  • Síndrome do atraso da fase do sono: seu relógio interno está constantemente fora de sincronia com as fases de dia e noite "aceitas"
  • Distúrbio do sono com dependência de hipnóticos: insônia que ocorre quando você para de tomar ou desenvolve tolerância a determinados tipos de medicamentos para dormir
  • Distúrbio do sono com dependência de estimulantes: insônia que ocorre quando você para de tomar ou desenvolve dependência a determinados tipos de estimulantes.

Dificuldade para permanecer acordado

Os distúrbios de sonolência excessiva são chamados de hipersônia. São eles:
  • Hipersônia idiopática (sonolência excessiva que ocorre sem uma causa identificável)
  • Narcolepsia
  • Apneia do sono central e obstrutiva
  • Distúrbio do movimento periódico dos membros
  • Síndrome das pernas inquietas.

Problemas para conseguir manter uma rotina regular de sono

Os problemas também podem ocorrer quando você não mantém uma rotina de sono e despertar consistentes. Isso ocorre durante viagens entre diferentes fuso-horários e com pessoas que trabalham por turnos em escalas alternadas, principalmente quem trabalha à noite.

Distúrbios de interrupção do sono:

  • Distúrbios da transição sonovigília
  • Síndrome do Jet lag
  • Pessoa que dorme pouco naturalmente (a pessoa dorme menos horas do que o normal, mas não apresenta sinais de doença)
  • Insônia paradoxal (na verdade, a pessoa dorme um número de horas diferente do que ela imagina)
  • Distúrbio do trabalho em turnos.

Comportamentos que perturbam o sono

Os comportamentos anormais durante o sono são chamados de parassônia e são muito comuns em crianças. São eles:
  • Terrores noturnos
  • Sonambulismo
  • Distúrbio comportamental do sono REM (um tipo de psicose na qual a pessoa "representa" seus sonhos de uma forma tão violenta que ela pode machucar a pessoa que dorme ao seu lado).

domingo, 8 de março de 2015

Estudo prova que ronco pode ser eliminado com exercícios de canto

Grupo de 60 pacientes que seguiu método conseguiu bons resultados no tratamento do transtorno no Reino Unido.

 Exercícios têm objetivo de lidar com músculos flácidos da garganta (Foto: BBC)

Exercícios têm objetivo de lidar com músculos flácidos da garganta (Foto: BBC)

Um estudo realizado na Grã-Bretanha provou que o ronco pode ser reduzido ou mesmo eliminado com exercícios de canto.
Durante três meses, 60 pacientes participantes dos testes clínicos no hospital Royal Devon and Exeter, na cidade de Exeter (sudoeste da Inglaterra) fizeram os exercícios para melhorar a tonificação dos músculos da garganta desenvolvidos por uma professora de canto local, Alise Ojay, especificamente para pessoas que roncam.
'Foi um teste consideravelmente grande, tivemos 60 pessoas com roncos simples e outros 60 com apneia do sono. A metade deles estava nos grupos de controle onde não fizeram nada, enquanto os outros fizeram os exercícios', explicou Ojay à BBC.
Segundo ela, pacientes que fazem estes exercícios de voz, pronunciando os sons 'ung' e 'gar' juntos e em tons diferentes conseguiram diminuir e até acabar com o ronco.
A diretora de coral afirmou à BBC que os exercícios precisam ser feitos diariamente, durante três meses, para o paciente conseguir alguma melhora. Estes exercícios diários são realizados durante 12 minutos no primeiro mês e 18 minutos nos meses seguintes.

Academia
Depois de anos de estudo e testes com voluntários que roncavam, os estudiosos descobriram que os exercícios vocais funcionam para as pessoas que sofrem de uma forma simples do problema e aquelas com apneia do sono suave ou moderada.
Existem diferentes causas para o ronco. Mas, de acordo com Ojay, a maioria dos que começam a roncar com o passar do tempo, como parte do processo de envelhecimento, o fazem devido à falta de tônus muscular na garganta.
'Quando se deitam para dormir, os tecidos obstruem a garganta, a respiração é mais turbulenta e forçada. É quando qualquer tecido solto começa a vibrar', disse a especialista.
'E estes exercícios foram elaborados especificamente para as pessoas que roncam porque os músculos da garganta ficaram flácidos', acrescentou.
A diretora de coral gravou um CD com os exercícios para tonificar a garganta que, segundo ela, são diferentes do que simplesmente o ato de cantar.
'Trabalho com sons que soam vigorosamente e movimentos fortes e repetitivos no músculo importante para a pessoa que ronca', afirmou.
Ojay acrescenta que estes exercícios são como ir à academia para trabalhar uma área específica de músculos, de uma forma repetitiva.

Ronco aumenta risco de problemas de comportamento na infância

Lista de problemas inclui falta de atenção, hiperatividade e depressão.
Uma em cada dez crianças ronca regularmente, segundo especialistas.

 http://www.interne.com.br/novidades/images/stories/1criana%20dormindoii.jpg

Um estudo realizado com mais de 11 mil crianças ao longo de seis anos constatou que transtornos de respiração ao dormir podem gerar problemas de comportamento, segundo um artigo publicado nesta segunda-feira (5) pela revista "Pediatrics".

De acordo com os pesquisadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, em Nova York (EUA), entre os transtornos de comportamento vinculados aos problemas de respiração se encontram a hiperatividade e a agressividade, ao lado de outros problemas emocionais.
"Este estudo proporciona as provas mais consistentes, até o momento, de que transtornos como ronco, respiração pela boca e a apneia podem ter consequências de conduta e emocionais em crianças", afirmou a principal autora da pesquisa, Karen Bonuck.
"Os pais e os pediatras deveriam prestar mais atenção na ocorrência de transtornos na respiração das crianças enquanto elas dormem, talvez desde o primeiro ano de vida", acrescentou Karen.
Estes transtornos costumam atingir crianças entre dois e seis anos, mas também ocorrem em idades menores.
Aproximadamente uma em cada dez crianças ronca regularmente, e entre 2% a 4% têm apneia, segundo a Academia Americana de Otorrinolaringologia. Entre as causas mais comuns destes transtornos estão o tamanho excessivo das amígdalas e adenoides.
A pesquisa analisou os efeitos combinados do ronco, apneia e respiração pela boca em meninos e meninas registrados no Estudo Longitudinal Avon de Pais e Filhos, projeto que tem sede no Reino Unido.
Pais e mães respoderam a um questionário sobre os sintomas respiratórios de seus filhos durante vários intervalos, dos seis meses até os cinco anos e nove meses de idade.
Quando as crianças tinham entre quatro e sete anos, os pais responderam outro questionário para avaliar o comportamento delas.
Este teste tem escalas que examinam a falta de atenção, hiperatividade, ansiedade, depressão e problemas de relacionamento com os pais.
O questionário também é usado na avaliação de problemas de conduta como agressividade e a transgressão da regras, e o comportamento socialmente positivo, como compartilhar jogos e posses e mostrar disposição a ajudar.
Os pesquisadores relativizaram 15 possíveis variáveis que podem confundir os resultados, como peso do bebê ao nascer, status socioeconômico e se a mãe fumava no primeiro trimestre da gravidez.
"Constatamos que as crianças com transtornos de respiração ao dormir eram de 40% a 100% mais propensas a desenvolver problemas neurológicos de comportamento por volta dos sete anos de idade, comparados com as crianças que não apresentavam transtornos da respiração', explicou Bonuck.
"A principal ocorrência foi na hiperatividade, mas reparamos aumentos significativos em todos os tipos de conduta", acrescentou.
As crianças cujos sintomas chegaram ao pico entre seis meses e um ano e meio, tiveram entre 40% a 50% mais chances de desenvolverem problemas comportamentais aos sete anos de idade se comparados com meninos e meninas que respiravam normalmente.
As crianças que apresentaram os problemas de conduta mais graves foram aquelas que tiveram problemas de respiração ao longo de todo o período de avaliação e chegaram ao auge aos dois anos e meio.
Os pesquisadores assinalaram em seu artigo que os transtornos de respiração ao dormir poderiam causar problemas de comportamento porque diminuem os níveis de oxigênio e aumentam os de dióxido de carbono no córtex pré-frontal do cérebro.
Além disso, estes transtornos interrompem os processos de restauração durante o descanso e perturbam o equilíbrio de vários sistemas celulares e químicos.

 

Fonoaudióloga cria camiseta que promete diminuir roncos

Pijama impede que usuário durma virado para cima, melhorando respiração.
Feito com bolinhas de pingue-pongue, produto já teve estoque esgotado.

A fonaudióloga Iara Frainer desenvolveu o conceito da camiseta (Foto:  Foto: Arquivo Pessoal/Iara Frainer)

Iara Frainer criou o conceito da camiseta
(Foto: Foto: Arquivo Pessoal/Iara Frainer)

O ronco é um problema mais comum do que se pensa e costuma atrapalhar a vida de muitos casais e famílias. Com uma ideia simples, a fonoaudióloga Iara Frainer, de Porto Alegre, diz ter encontrado uma solução para esse incômodo cotidiano, que pode até fazer mal à saúde. A camiseta “Para o Sono” promete diminuir o ronco e a apneia e melhorar a qualidade de vida de quem sofre com o problema.
Iara já trabalhava com distúrbios do sono, fazendo palestras sobre a importância de tratar esses problemas, quando decidiu passar da teoria para prática. Partindo da conclusão de que é possível diminuir o ronco e a apneia do sono ao dormir de lado, ela desenvolveu uma camiseta com bolinhas na coluna.
A fonoaudióloga explica que distúrbios de sono são, muitas vezes, causa de problemas na vida das pessoas, como dificuldade de aprendizado, aumento de peso, alterações de humor, resultando até mesmo em perda de produtividade trabalho. Ela acredita que acrescentou um olhar diferente a um conceito já disseminado por médicos.
Funciona assim: três bolinhas de pingue-pongue são costuradas na parte de trás do pijama e posicionadas através de técnicas do shiatsu. Entre elas, foram coladas várias camadas de tecido, para amortecer. A gola da camiseta também é mais baixa do que o normal, seguindo os mesmos princípios do shiatsu. “A camiseta provoca um leve despertar toda vez que a pessoa usando tenta deitar de barriga para cima”, explica.
Após meses de pesquisa, a tecnologia foi apresentada no I Simpósio de Fonoaudiologia Aplicada ao Sono, em São Paulo e, segundo Iara, aprovada. “A camiseta recebeu o aval de confiabilidade dos médicos, dentistas e colegas fonoaudiólogos presentes", orgulha-se. Ela ressalta que o pijama é um recurso, mas que não muda a necessidade de quem tem distúrbios do sono consultar um médico especialista.
Sobre os resultados, Iara conta que recebe muitas respostas positivas de pessoas que passaram a roncar menos. No site, é possível ler vários depoimentos de usuários. “Algumas pessoas têm dificuldade de adaptação no início, outras que não conseguem usar. Mas é isso mesmo, ela é feita para incomodar”, esclarece. Para ela, o principal são os relatos de pessoas que tiveram a qualidade do sono melhorada. “Esse é o objetivo”.

As camisetas são vendidas por R$ 83, pela internet. As cem unidades do estoque piloto já estão esgotadas, mas Iara garante que está correndo para produzir mais camisetas antironco.

 

domingo, 1 de março de 2015

Conheça os prós e contras de cada posição para dormir

A melhor posição é a de lado, mas as outras podem ser corrigidas

Poucos hábitos são tão eficientes para melhorar a saúde do que dormir: fortalece a memória, ajuda a controlar a hipertensão e o diabetes, diminui riscos de doenças cardiovasculares e até mesmo previne a obesidade e a depressão! Mas para conseguir todos esses benefícios, só tendo uma noite muito bem dormida. E um dos fatores que podem estragar tudo isso é a posição em que nos deitamos. "Para podermos descansar e relaxar a musculatura, precisamos de suporte adequado para não torcer ou tensionar as articulações", comenta o ortopedista Cássio Trevizani, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Mecidina da Universidade de São Paulo (FMUSP). "Ao dormir em uma posição não adequada, a pessoa pode acordar com dores nos músculos, membros, músculos ou na cabeça, além de sensação de sono não profundo", completa o especialista.

Ficou preocupado com a forma como você dorme? Para você saber se está errando ou acertando nessa hora, desvendamos as principais posições para dormir e indicamos como deixá-las melhores ou até mesmo a aprender a mudar e adotar uma forma mais saudável na hora do sono! 

Moça dormindo de lado - Foto: Getty Images 

Dormir de lado

Se você costuma deitar-se completamente de lado, parabéns! Essa é considerada a melhor posição para dormir. Você sabe por quê? "A questão é que ao se deitar de lado, você consegue manter a coluna mais alinhada", ensina o ortopedista Cássio Trevizani, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Além disso, é uma posição que permite que tanto a cabeça quanto os pés fiquem da altura do coração, o que facilita muito a circulação, fazendo com que o corpo funcione normalmente durante o período em que você está dormindo. 

Moça dormindo de lado corretamente - Foto: Getty Images

Como melhorar a posição de lado

Porém, não adianta apenas ficar deitado do jeito certo, alguns ajustes são necessários. Primeiro, o travesseiro: "o ideal é que ele tenha a altura do ombro, para a cabeça não ficar inclinada", estabelece o ortopedista Alexandre Podgaeti, coordenador da Comissão de Campanhas da Sociedade Brasileira de Coluna, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. "Colocar um travesseiro entre os joelhos também é bom, porque um joelho bate no outro e assim eles ficam alinhados ao tronco", conclui o especialista.

A coluna também é um ponto a se ter atenção: tente respeitar as curvas naturais dessa estrutura, nada de tentar ficar retinho! Manter as pernas levemente flexionadas e o quadril relaxado também são ótimas pedidas para não forçar o nervo ciático. Quanto aos braços, nada de colocá-los para cima. "Dormir com o braço esticado em cima da cabeça pode fazê-lo acordar com dor no ombro, bursite ou tendinite... Isso é um reflexo de um travesseiro muito baixo", reflete Podgaeti. 

Moça dormindo de barriga para cima - Foto Getty Images

Dormir de barriga para cima

Essa não é a posição mais indicada, mas também não é de todo ruim para o corpo. O lado bom é que as articulações conseguem relaxar de forma satisfatória, impedindo torções e dores. Porém, a coluna não fica perfeita. "Você acaba retificando seu corpo, e o melhor jeito de manter as curvas da colina perfeita é deitando de lado", pondera Podgaeti. Outra questão é a maior chance de problemas como a apneia ou ronco aparecerem em que se deita nesta posição. "A língua vai para trás, atrapalhando a respiração", comenta o especialista. Lembrando que esse não é único fator que pode causar esses processos. 

Moça dormindo de barriga para cima - Foto Getty Images

Como melhorar a posição de barriga para cima

Uma das formas de garantir que você durma melhor de barriga para cima é com o travesseiro. Ao contrário da posição de lado, em que ele fica mais alto, ao deitar-se virado para cima ele deve ser bem baixinho. "Assim, evita-se uma tensão na musculatura cervical", explica Trevizani. Uma forma de garantir um relaxamento das pernas é colocar um travesseiro embaixo dos joelhos, o que permite que eles fiquem menos entendidos, relaxando os músculos da lombar e das coxas.

Já os braços, ao deitar-se de barriga para cima, devem ficar ao longo do corpo, ou com as mãos pousadas levemente sobre o abdômen. Sem por força, é claro, ou você acabará prejudicando a respiração. "Não é indicado colocar os braços para alto, pois acaba ficando desconfortável ao longo da noite", friza o especialista.
 
Moça dormindo de bruços - Foto: Getty Images

Dormir de bruços

Se dormir de barriga para cima é aceitável, dormir de bruços é completamente contraindicado! Além de deixar o corpo reto também, da mesma forma que a primeira posição, ainda tem o agravante do pescoço. "Ao se deitar de lado, você precisa se virar para respirar, torcendo o pescoço cerca de noventa graus. Quando você coloca um travesseiro, então, além de torcer, você o hiperestende, causando dores cervicais", descreve o ortopedista Podgaeti. Infelizmente, no caso dessa posição, não há muito o que resolver, de acordo com os especialistas. "Mesmo que muitas pessoas estejam adaptadas a essa posição e se sintam confortáveis, podem ocorrer problemas de cervicalgia, dor nos ombros, bursite, tendinite e até dor nas costas", enumera o especialista.

Moça que se mexe dormindo - Foto: Getty Images

E se mudo de posição ao longo da noite?

Infelizmente, só dá para controlar mesmo nossa posição antes de adormecer, depois disso, é normal que nosso corpo busque adaptação para ficar mais confortável, e nós acabemos nos movimentando um pouco. "Isso é normal, então o que você pode fazer é sempre começar seu sono numa melhor posição, o resto não dá pra controlar", aconselha Podgaeti.

Porém, se você se mexe até demais, pode ser indicativo de outros problemas de sono. "Quem se vira muito na cama a noite precisa verificar se não há alteração no sono que pode gerar agitamento. Para isso existem tratamento específicos e é importante procurar um especialista em sono", recomenda Trevizani. 

Dormindo profundamente - Foto: Getty Images

Dá para mudar a posição em que eu durmo?

Outro problema é tentar mudar uma posição a qual seu corpo já está tão acostumado, não é mesmo? Mesmo os pequenos ajustes nas posições normais podem ser incômodos. Para o ortopedista Podgaeti, tudo é uma questão de treino e de insistência. "No começo sem dúvida você acaba voltando a posição ruim sozinho mesmo, mas com o tempo o corpo vai ficando cada vez mais na posição ideal e vai se acostumando", indica o especialista. Pode ser um processo cansativo, mas vale a pena tentar melhorar, para garantir um sono mais leve e reparador, que vai inclusive recuperar você de todo esse esforço!