domingo, 25 de maio de 2014

SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO (S.A.O.S.)


http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/336456/gd/1231954598/Diabetes-tipo-2-apneia-obstrutiva-do-sono.jpg

O que é SAOS?
É uma doença (síndrome) crônica, evolutiva, com alta taxa de morbidade e mortalidade, apresentando um conjunto sintomático múltiplo que vai desde o ronco até a sonolência excessiva diurna, com repercussões gerais hemodinâmicas, neurológicas e comportamentais.
É uma situação complexa que muitas vezes requer uma inter-relação de várias áreas médicas, tanto no diagnóstico quanto no tratamento.
Como ocorre?
O fator determinante da SAOS está localizado nas vias aéreas superiores (VAS), especialmente na faringe. O colapso de suas paredes durante o sono pode restringir, em parte, o fluxo aéreo, produzindo vibrações de baixa frequência, constituindo o ronco. O ronco não pode mais ser avaliado simplesmente pelo seu aspecto social e deve ser considerado um problema médico, pois pode preceder a SAOS em mais de 90% dos casos.
A quem procurar?
O otorrinolaringologista deve estar apto a avaliar cada caso, orientando o paciente em seu tratamento a seguir, seja ele clínico e/ou cirúrgico.
Quando a cirurgia está indicada?
A cirurgia está indicada quando são diagnosticadas obstruções das vias aéreas superiores, obstruções faríngeas e/ou laríngeas.
Quais são as cirurgias utilizadas?
As cirurgias utilizadas dependem do grau de obstrução e também dos locais de obstrução estudados e diagnosticados; dependendo também da idade e da constituição física de cada paciente, podendo ser desde cirurgias das adenóides, amígdalas, cornetos, desvios de septo, correções do palato mole incluindo úvula (campainha), língua, maxilares e mandíbula.
Algumas vezes os tratamentos são combinados com cirurgias e tratamento clínico com medicamentos.
Recomendações para pacientes com SAOS
 
perder peso
evitar álcool no mínimo quatro horas antes de dormir
evitar medicamentos sedativos do tipo hipnóticos, anti-alérgicos, anti-histamínicos, preferencialmente antes de dormir
evitar dormir de costas (barriga para cima)
evitar refeições pesadas antes de dormir
evitar bebidas cafeinadas no mínimo quatro horas antes de dormir (chá, café, chocolate)
evitar fumar no mínimo quatro horas antes de dormir
evitar comer no meio da noite
evitar privação de sono
procurar manter um horário relativamente constante para dormir e acordar
levantar a cabeceira da cama cerca de 15 a 20 centímetros
eventualmente, dormir sentado em uma poltrona
controlar infecções, inflamações, principalmente das vias aéreas
procurar seu médico otorrinolaringologista.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Existe perigo de vida para o paciente que apresenta apnéia e não trata?
Que doenças podem ser desencadeadas pela apnéia do sono?
Perdendo peso, poderia ficar livre da apnéia do sono?
Sonolência diurna é sinal de apnéia do sono?
Como posso saber se sou portador de apnéia do sono?

Domingo é o Dia Internacional da Tireoide

Domingo, 25 de maio, marca o Dia Internacional da Tireoide. Os testes de diagnóstico de disfunções tireoidianas são simples, de baixo custo, muito eficazes e acessíveis para maioria da população, incluindo os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).
“A mensuração do TSH é o exame de triagem inicial. Quando normal, afasta-se alterações da função tireoidiana e deve ser repetido a cada cinco anos em indivíduos acima de 35 anos. Quando alterado, um segundo exame deve ser realizado, acompanhado da dosagem de T4 Livre para confirmação do diagnóstico”, explica Dr. José Augusto Sgarbi, especialista da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP).
Hipotireoidismo
É a doença mais frequente entre as disfunções tireoidianas e compromete cerca de 8% da população brasileira adulta. Mais comum na pós-menopausa, pode atingir até 20% dos idosos.
Os sintomas são muitas vezes confundidos com outras doenças ou sinais da própria idade. São eles: cansaço, alteração do humor, obstipação intestinal, ressecamento de pele e de cabelos. Por isto, indivíduos de risco, incluindo mulheres na pós-menopausa, idosos, pessoas com antecedentes familiares de doenças tireoidianas, com depressão e aumento de colesterol devem ser submetidos ao exame de triagem.
O próximo domingo, 25 de maio, marca o Dia Internacional da Tireoide (Foto: Divulgação)
O próximo domingo, 25 de maio, marca o Dia Internacional da Tireoide (Foto: Divulgação)
Hipotireoidismo na gravidez
O hipotireoidismo não detectado, ainda que leve, está associado às complicações obstétricas e fetais, como parto prematuro, baixo peso ao nascimento, morte fetal, além de poder afetar o desenvolvimento neurológico da criança, com comprometimento cognitivo variável, desde leves até o retardo mental. Assim, Gestantes também fazem parte do grupo de pessoas que devem realizar exames para detectar disfunções tireoidianas.
“Não há um consenso para triagem universal da função tireoidiana durante a gestação e o assunto é bastante polêmico. No Brasil, estamos elaborando o Consenso Brasileiro de Disfunções Tireoidiana na Gestação. Há duas posições hoje, uma a favor do screening universal e outra favorável apenas para pacientes com alto risco. Esperamos concluir este consenso ainda durante o mês de maio”, informa o Dr. Sgarbi, que é responsável pela coordenação deste consenso.
Tratamento - Embora produza alterações mais agudas e sintomáticas, o Hipertireoidismo é geralmente curável por medicamentos, cirurgia ou iodo radioativo. Já o Hipotireoidismo, uma vez detectado, costuma ser definitivo, com utilização de medicamento para o resto da vida. No entanto, o tratamento é simples, de baixo custo, muito eficaz e praticamente desprovido de efeitos colaterais.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Instituto do Ronco e Apnéia do Sono


Cidadão Benemérito

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Meu pai Dr. Neife Abrahão recebendo titulo de Cidadão Benemérito de Três Lagoas do Vereador Luis Antonio Empke. Obrigado pai por esse legado .

Mencius Abrahao participou do Curso de Cirurgia


Curso de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da USP em São Paulo . Professores e colegas da especialidade reunidos no I SECCAP no Centro de Convenções Rebouças em SP .

Crianças com apneia do sono têm cinco vezes mais risco de TDAH

Estudo sugere que distúrbio do sono persistente também está ligado a problemas de aprendizagem e notas baixas na escola

 http://www.isaude.net/img/img/24485/295/resultados-indicaram-que-as-chances-de-t.jpg
Crianças com apneia obstrutiva do sono, forma comum de distúrbio respiratório do sono, têm maior risco de desenvolver Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), bem como outros problemas comportamentais e de aprendizagem.
As descobertas trazem informações úteis para os profissionais médicos que atuam na busca por tratamentos deste distúrbio do sono e seus reflexos no comportamento do paciente. "Também deve ser considerada a possibilidade de que a apneia obstrutiva do sono contribua para dificuldades como hiperatividade, aprendizagem e transtornos comportamentais e emocionais na sala de aula", afirma a autora da pesquisa Michelle Perfect.
A pesquisa, feita ao longo de cinco anos, examinou 263 crianças hispânicas e caucasianas de 6 a 11 anos, que passaram por avaliações neurocomportamentais.
A análise mostrou que 23 crianças tiveram incidentes de apneia ao longo do estudo, e 21 apresentaram o distúrbio de maneira persistente. Outras 41 crianças que inicialmente
Os resultados indicaram que as chances de ter problemas de comportamento eram quatro a cinco vezes maiores em crianças com incidência de apneia do sono e seis vezes maiores nas crianças que tinham apneia do sono persistente.
Em comparação com os jovens que nunca tiveram apneia, as crianças com a condição eram mais propensas a problemas nas áreas de hiperatividade, atenção, comportamentos disruptivos, comunicação e sociabilidade. Crianças com apneia do sono persistente também tinham sete vezes mais chances de ter problemas de aprendizagem e três vezes mais chances de ter as notas baixas na escola.
"Mesmo que a apneia pareça diminuir na adolescência, ter uma abordagem de 'esperar para ver' é arriscado e famílias e clínicos devem identificar potenciais tratamentos", afirma Perfect.
De acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono, apneia obstrutiva do sono ocorre em cerca de 2% das crianças que são saudáveis. As crianças com apneia do sono têm, geralmente, amígdalas e adenoides maiores do que outras crianças da sua idade, e a maioria das crianças com apneia do sono têm uma história de ronco alto. Opções de tratamento eficazes para crianças incluem a remoção cirúrgica das amígdalas e adenoides.

 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Ainda pouco conhecido, autoexame da tireoide pode ajudar na detecção de nódulos

Não é incomum ouvir histórias de pessoas que ao perceberem alguma alteração no corpo procuraram um médico e ajudaram no diagnóstico precoce. Porém, o ideal não é tomar uma atitude somente quando algo aparecer, e sim, periodicamente, com a realização de autoexames ou de exames complementares simples como o ultrassom. Infelizmente, alguns deles, como no caso da tireoide, são pouco conhecidos pela população, mas importantíssimos para manter a saúde em dia.
A tireoide é uma glândula localizada no pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão, que regula importantes funções de órgãos como coração, cérebro, fígado e rins, além de produzir os hormônios T3 e T4, que atuam no funcionamento de grande parte do corpo.
De acordo com o endocrinologista dos hospitais Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz, em São Paulo, e do Instituto Santista de Oncologia e do Hospital da Beneficência Portuguesa, em Santos, Dr. Ivan Cesar Correia de Sousa, o autoexame ajuda a detectar nódulos. "Uma saliência pode significar um tumor benigno, maligno, um cisto, ou mostrar que a tireoide não está funcionando bem, com excesso ou diminuição na produção de hormônio", explica.
O que mais preocupa a área médica é a falta de conhecimento das pessoas não só sobre a importância da tireoide, como também da existência do autoexame. Uma enquete realizada pelo site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) relevou que 35,6% dos internautas nunca tinham ouvido falar da prática e 40,8% disseram não fazer.
"Falta muita divulgação. É muito mais comum um familiar ou amigo notar, sem querer, a alteração no pescoço. Outra situação que ocorre é um médico de outra especialidade diagnosticar o nódulo, como o clínico geral, ginecologista, ou o ultrassonografista (ao fazer exames de ultrassom das mamas ou das carótidas não é raro o médico examinador avaliar de uma forma não específica a tireoide). Raramente é o próprio paciente.", avalia o especialista.
O autoexame ajuda a detectar nódulos (Foto: Divulgação)
O autoexame ajuda a detectar nódulos (Foto: Divulgação)
Ainda segundo a SBEM, estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. "Apenas 5% dos casos são câncer. Apesar da baixa incidência, é muito importante que seja diagnosticado rapidamente para aumentar as chances de cura, já que uma metástase (disseminação) eleva muito a mortalidade", alerta o médico.
As mulheres têm quatro vezes mais risco de desenvolver nódulos na tireoide, mas além disso, idosos, pessoas com histórico familiar de hipotireoidismo, pessoas que sofreram radiação na cabeça ou pescoço ou com doenças autoimunes devem passar por consultas periódicas com um endocrinologista.
Sintomas
Na maioria dos casos, o paciente não apresenta sintomas. Raramente, alguns se queixam de dor de garganta, no maxilar ou ouvido. Quando o crescimento do nódulo ocorre rapidamente e comprime estruturas do pescoço, o paciente pode apresentar tosse seca, dificuldade para engolir e rouquidão.
Autoexame (fazer em intervalos de 6 meses)
Para realizar o autoexame, você vai precisar de um espelho com cabo e um copo com água.
- Segure o espelho procurando em seu pescoço a região abaixo do pomo de Adão (gogó). Sua tireoide está localizada nesta área.
- Focalize esta área com o espelho estendendo a cabeça para trás para facilitar a visualização.
- Beba um gole d´água.
- Ao engolir, observe em seu pescoço se existe alguma saliência ou elevação localizada. Repita este teste várias vezes, se necessário.
- Observe se existe algum nódulo ou saliência. Ao notar alguma alteração, procure um endocrinologista para obter orientações.

Cientistas australianos utilizam impressão 3D para tratar apneia do sono

apneia do sono impressão 3D 
Uma equipa de cientistas australianos descobriram um tratamento pioneiro para a apneia do sono, com o auxílio da tecnologia de impressão 3D criaram boquilhas que previnem as paragens da respiração durante o sono.
Este trabalho de pesquisa teve inicio com a parceria entre investigadores da CSIRO e a Oventus - companhia dentária australiana – e utilização a tecnologia de mapeamento 3D para criar um mapa digital da boca de cada paciente, tornando assim possível a produção de boquilhas únicas e 100% compatíveis com cada individuo.
Impressas em titânio e com uma camada externa em plástico de classe médica, estas boquilhas tem dois canais de ar distintos que permitem o fluxo interrupto de ar até à garganta. Espera-se que este avanço tecnológico seja disponibilizado ao público em geral durante o próximo ano, passando assim a ajudar milhões de pacientes que sofrem com apneia do sono.
apneia
“As possibilidades da impressão 3D são intermináveis e o facto de que agora conseguimos desenhar e criar boquilhas totalmente personalizadas para cada paciente é revolucionário”, disse John Barnes, especialista em impressão 3D da CSIRO.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Problemas na tireoide podem estar relacionados ao diabetes.

Uma importante glândula do organismo humano, a tireoide é responsável pela produção de hormônios reguladores do metabolismo. Quando esta glândula não funciona adequadamente pode levar a repercussões em todo o corpo em graus de severidade que variam desde sintomas que muitas vezes passam despercebidos até alterações orgânicas graves, trazendo riscos à saúde.
Glandula tiroide e a diabetesDe acordo com a Dra. Denise Reis Franco, endocrinologista, mestre pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), diretora científica da Associação de Diabetes Juvenil, a tireóide produz os hormônios T4 e T3, que possibilitam a utilização adequada de energia do corpo.
Em geral, é possível encontrar diferentes alterações na tireoide. O excesso de hormônio tireoidiano, conhecido como hipertireoidismo, e a falta dele, o hipotireoidismo, são os principais distúrbios e é preciso estar atento aos sintomas. No hipertireoidismo, os mais comuns são palpitações, nervosismo, aumento da transpiração, fraqueza muscular, perda de peso e de cabelo. E no hipotireoidismo, a lentidão, cansaço, sensação de frio, depressão, sonolência durante o dia, mesmo após uma noite bem dormida, ganho de peso, cabelos secos e finos, pele seca e áspera são os sintomas mais freqüentes.
Alguns estudos evidenciam que as doenças da tireoide acometem 12% da população geral. Aproximadamente 10% das mulheres acima de 40 anos e em torno de 20% acima de 60 anos manifestam algum problema na tireoide.
A Dra. Denise explica que os problemas tireoidianos podem estar mais presentes nos pacientes com diabetes do tipo 1 que é uma doença auto-imune e pode estar associada a outras auto-imunes, como as doenças da tireoide. “Estudos evidenciam uma chance de 25% de diabéticos do tipo 1 apresentarem os anticorpos contra a tireoide que podem estar presentes em doenças como o hipotireoidismo e o hipertireoidismo. Por isso, checamos a tireoide de quem tem diabetes tipo 1 uma vez por ano”, conta a especialista, destacando que a estimativa de problemas na tireoide é de 23,4% para pacientes com diabetes tipo 1 e 10,8% para portadores de diabetes tipo 2.
A médica ressalta que no hipertireoidismo o aumento dos hormônios da tireoide provoca a elevação na produção de glicose no organismo. “Em uma pessoa que não tem diabetes essa alteração é compensada pela produção de insulina, mas em quem tem diabetes isso pode significar piora para o controle glicêmico, exigindo um acompanhamento mais freqüente”, diz.
No hipotireoidismo, ao contrário, os hormônios da tireoide estão diminuídos no limite mínimo da normalidade e o hormônio da hipófise, o TSH, encontra-se elevado. Além dos sintomas comuns, o controle da glicemia também pode ficar difícil, com maior incidência de episódios de hipoglicemia. E o hipotireoidismo também provoca acúmulo de gorduras no sangue (colesterol), acarretando em risco de complicações do diabetes.
Controlando a glicemia
A Dra. Denise afirma que o tratamento da doença tireoidiana dependerá da disfunção hormonal, ou seja, varia conforme houver excesso ou falta de hormônio. No caso de hipertireoidismo, o especialista prescreverá uma determinada medicação para redução da produção do hormônio. No hipotireoidismo, o hormônio será substituído pela medicação na forma oral, que é calculada de acordo com o peso do paciente, resultando na dose semelhante ao índice que deveria estar produzindo.
“Em pacientes com diabetes, a monitorização da glicemia é fundamental no tratamento, pois a pessoa poderá ter o seu controle glicêmico alterado com o ajuste das doses da medicação e estabilização da alteração da tireóide”, lembra a médica.
A endocrinologista enfatiza que o acompanhamento da função da tireoide pode ser feito com dosagens hormonais de TSH, T4 livre e T3, além do ultra-som da tireoide  A avaliação do médico é importante no seguimento do tratamento para o ajuste das doses, tanto das medicações para tireóide quanto para o diabetes.
Prevenindo o surgimento
Nos casos de diabetes tipo 1, a Dra. Denise informa que, devido à freqüência da associação com outras doenças auto-imunes, é necessário investigar a possibilidade da existência da doença tireoidiana, principalmente, quando há dificuldade em ajustar a dose da insulina ou de manter o controle adequado. “O simples exame de TSH pode ser suficiente para detectarmos a presença de uma doença tireoidiana associada ao diabetes. Mesmo para aqueles que já têm hipotireoidismo ou hipertireoidismo é possível verificar se há necessidade de ajuste na dose da medicação do controle da tireóide e com isso auxiliar no controle da glicemia”.
No diabetes tipo 2, a avaliação das dosagens de TSH é necessária para afastar os quadros de doença subclínica que podem estar associados a maior risco cardiovascular e de arritmias.

Os Perigos da Automedicação

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Quem nunca tomou um remédio sem prescrição após uma dor de cabeça ou febre? Ou pediu opinião a um amigo sobre qual medicamento ingerir em determinadas ocasiões? A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina.

A medicação por conta própria é um dos exemplos de uso indevido de remédios, considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINTOX), em 2003, os medicamentos foram responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação.

O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos.

Outra preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro.

O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.

Conceito

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existe o uso racional de medicamentos (URM) quando “os pacientes recebem medicamentos apropriados às suas necessidades clínicas, em doses e períodos adequados às particularidades individuais, com baixo custo para eles e sua comunidade”. A definição foi proferida durante Conferência de Nairobi, Quênia, em 1985.

Tipos de Uso Irracional de Medicamentos
  • Uso abusivo de medicamentos (polimedicação);
  • Uso inadequado de medicamentos antimicrobianos, freqüentemente em doses incorretas ou para infecções não-bacterianas;
  • Uso excessivo de injetáveis nos casos em que seriam mais adequadas formas farmacêuticas orais;
  • Prescrição em desacordo com as diretrizes clínicas;
  • Automedicação inadequada, frequentemente com medicamento que requer prescrição médica.
Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS)
  • Em todo o mundo, mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada.
  • Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a medicamentos essenciais.
  • Em todo mundo, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta.
Ações para o Uso Racional de Medicamentos

O Ministério da Saúde criou, em março de 2007, um Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM) – uma instância colegiada, representativa de segmentos governamentais e sociais afins ao tema e com caráter deliberativo.

O Comitê tem como papel propor estratégias e mecanismos de articulação, de monitoramento e de avaliação de ações destinadas à promoção do URM. Para garantir as implementações das ações, foi criado o Plano de Ação, composto por vertentes em quatro áreas: regulação, educação, informação e pesquisa.

Educanvisa

Com o objetivo de facilitar o aprendizado de temas complexos em saúde para o ensino fundamental, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou os jogos educativos Trilha da Saúde e Memória, disponíveis no site da Anvisa. O material didático serve como apoio ao aprendizado sobre propaganda e o uso racional de medicamentos.

O lançamento dos jogos educativos aconteceu em Santa Catarina, durante encontro realizado para apresentação do Programa Educanvisa, no projeto político-pedagógico das escolas para o biênio 2008/2009. A Educanvisa contempla orientações sobre o consumo responsável de medicamentos e de outros produtos sujeitos à vigilância sanitária, além dos riscos da automedicação e da influência da propaganda enganosa, abusiva e errônea.

Hospitais Sentinelas

Para incentivar o uso racional de medicamentos, a Anvisa também desenvolve ações na área de farmacovigilância. Um exemplo é o programa Rede de Hospitais Sentinela, que reúne um conjunto de hospitais e unidades de todo o país. Cada hospital integrante da rede possui um responsável por notificar efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos.
Fonte: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde