domingo, 20 de dezembro de 2015

Quais repelentes as gestantes podem usar?

Estudos realizados em humanos durante o segundo e o terceiro trimestres de gestação, e em animais durante o primeiro trimestre, indicam que o uso tópico de repelentes à base de n,n-Dietil-meta-toluamida (DEET) por gestantes é seguro, informou a Anvisa. Mais quais repelentes as gestantes podem usar?

Melhores repelentes para grávidas

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Não há qualquer impedimento para a utilização de repelentes de insetos por gestantes, desde que estes repelentes sejam registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A informação da agência esclarece dúvidas que surgiram por causa da relação já comprovada pelo Ministério da Saúde entre o zika vírus e os casos de microcefalia diagnosticados no País. O zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e outras doenças.
Além do DEET (comprovadamente eficaz e com testes em gestantes), no Brasil também são utilizadas em cosméticos as substâncias repelentes Hydroxyethyl isobutyl piperidine carboxylate (Icaridin ou Picaridin ou Icaridina) e Ethyl butylacetylaminopropionate (EBAAP ou IR 3535), além de óleos essenciais, como citronela. Todos certificados pela Anvisa.
Embora não tenham sido encontrados estudos de segurança realizados em gestantes, estes ingredientes são reconhecidamente seguros para uso em produtos cosméticos conforme compêndios de ingredientes cosméticos internacionais.
Para saber se o repelente tem algum desses ingredientes, ao comprar um repelente, leia a composição na bula. Se estes ingredientes estiverem presentes e houver a informação de que são registrados pela Anvisa, eles poderão ser usados por gestantes.

Repelentes usados por gestantes nos EUA

Nos Estados Unidos, os repelentes são regularizados pela United States Enviromental Protection Agency (EPA). As seguintes substâncias estão presentes em produtos regularizados pela EPA: Catnip oil, Óleo de citronela; DEET; IR 3535; p-Menthane-3,8-diol e 2-undecanone ou methyl nonyl ketone. Portanto, os ativos utilizados no Brasil estão dentre os utilizados nos Estados Unidos.

O Center for Disease Control e Prevention (CDC), também nos EUA, recomenda o uso de repelentes por gestantes, uma vez que a EPA, responsável pela autorização de uso destes produtos nos Estados Unidos, não estabelece nenhuma restrição nesse sentido. Entretanto, destaca que as recomendações de uso da rotulagem devem ser consideradas.

Repelentes que crianças podem usar

Crianças entre 2 e 12 anos: O uso de repelentes em crianças entre dois e 12 anos tem restrições. A concentração da substância que age repelindo insetos deve ser de no máximo 10% e a aplicação deve se restringir a três vezes por dia.

Crianças maiores de 12 anos: Concentrações superiores a 10% são permitidas para maiores de 12 anos.

Crianças menores de 12 anos: Os repelentes não devem ser usados em crianças menores de dois anos.

É claro que se surgirem dúvidas você deve perguntar ao seu pediatra de confiança.

Repelentes ambientais e inseticidas permitidos para gestantes

Repelentes ambientais e inseticidas também podem ser utilizados em ambientes frequentados por gestantes, desde que estejam devidamente registrados na Anvisa e que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo.

A Anvisa não permite a utilização de substâncias que sejam comprovadamente carcinogênicas, mutagênicas ou teratogênicas em produtos saneantes. Entretanto, como os produtos são destinados a superfícies e ambientes, não são apresentados estudos com aplicação direta em pessoas, o que significa que uma superexposição da gestante ao produto pode não ser segura.

Dessa forma, a segurança para a utilização desses produtos em ambientes frequentados por gestantes depende da estrita obediência a todos os cuidados e precauções descritas nos rótulos dos produtos.

Exemplo de restrição trazida no rótulo é: “durante a aplicação não devem permanecer no local pessoas ou animais domésticos".

Os produtos comumente utilizados no combate e/ou no controle da população do mosquito Aedes aegypti são:

- Inseticidas

Indicados para matar os mosquitos adultos e são encontrados principalmente em spray e aerossol. Os inseticidas possuem substâncias ativas que matam os mosquitos e componentes complementares tais como solubilizantes e conservantes.

- Repelentes para o ambiente

Apenas afastam os mosquitos do ambiente, podendo ser encontrados na forma de espirais, líquidos e pastilhas utilizadas, por exemplo, em aparelhos elétricos. Os repelentes utilizados em aparelhos elétricos ou espirais não devem ser utilizados em locais com pouca ventilação nem na presença de pessoas asmáticas ou com alergias respiratórias. Podem ser utilizados em qualquer ambiente da casa desde que estejam, no mínimo, a dois metros de distância das pessoas.

Os inseticidas “naturais” à base de citronela, andiroba e óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia nem a aprovação pela Anvisa até o momento. Os produtos que se encontram atualmente regularizados na Anvisa com tais componentes possuem sempre outra substância como princípio ativo.

Portanto, todos os produtos apregoados como “naturais”, comumente comercializados como velas, odorizantes de ambientes, limpadores e os incensos, que indicam propriedades repelentes de insetos, não estão aprovados pela Agência e estão irregulares.

A consulta de produtos considerados repelentes ambientais e inseticidas regularizados na Anvisa pode ser feita por duas classes: registrados e notificados.
 
Vitamina B repele o mosquito da dengue? 
Não há medicamentos aprovados com a finalidade de repelir insetos. A Tiamina ou Vitamina B não apresenta eficácia comprovada como repelente e esta indicação de uso não é aprovada pela Anvisa.

Fonte: Anvisa


 

Repelentes contra o Aedes Aegypit: diferenças e segurança

Com forte suspeita de que o surto de microcefalia no Brasil esteja sendo causado pelo Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypit, o Ministério da Saúde tem recomendado o uso de repelentes como uma importante arma para se proteger contra as picadas, especialmente para as gestantes. Porém, ainda existe uma grande dúvida sobre quais os melhores repelentes contra o Aedes Aegypit, suas diferenças e uso com segurança.

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda três princípios ativos para se proteger do mosquito, que transmite o Zika vírus, a dengue e a Chikungunya, entre eles está o IR3535 - presente nos rótulos das loções repelentes como Ethyl Butylacetylaminopropionate -, o único recomendado para bebês a partir dos 6 meses, tendo a mesma eficácia em todas as idades. A substância se diferencia dos demais repelentes por possuir estrutura química semelhante à beta-alanina, um aminoácido encontrado no corpo humano, por tanto muito bem tolerado pelo organismo.

Repelentes contra o Aedes Aegypit: diferenças e segurança

Embora sejam seguros quando usados nas quantidades recomendadas, a maioria dos repelentes são substâncias tóxicas, classificadas como pesticidas. Se usados em excesso, podem causar neutoxicidade. Por isso, a quantidade de aplicações diárias também é um fator relevante, ao qual se deve prestar bastante atenção e seguir a recomendação do fabricante. Já o IR3535, é um biopesticida, com melhor perfil de segurança e sem restrições quanto à reaplicação, podendo ser usado inclusive por pessoas com pele sensível, idosos e gestantes.

Como usar o repelente: . Apenas as áreas expostas do corpo devem receber o repelente. O produto deve ser reaplicado conforme a indicação de cada fabricante e em caso de suor excessivo ou contato com água. Porém, é importante atentar para o limite de aplicações diária de cada produto.

- Apenas o IR3535 não possui restrição de aplicações diárias e pode ser usado em crianças a partir dos seis meses.

- O tempo de ação varia de acordo com a concentração de princípio ativo na fórmula.
 
- Existem repelentes específicos recomendados para as crianças, com formulações menos tóxicas. Por isso, prefira os produtos em que a embalagem traga escrito "uso infantil", "crianças", "kids", etc.

- Os bebês com menos de 6 meses devem ser protegidos com roupas adequadas e frescas, e proteção na casa e no berço. As mães devem ter cuidado redobrado para evitar que os mosquitos entrem em casa.

- Nenhum repelente é 100% eficaz, e, sendo assim, todas as medidas acima, bem como as que são apresentadas regularmente pelo Ministério da Saúde, devem ser seguidas.
  
Fonte: Grupo Merck

Por que dos 40 aos 60 anos a visão piora muito?

Especialista garante que não existe "botox para a visão", mas nem tudo está perdido

O processo de envelhecimento vem sendo cada vez mais desafiado pela ciência. Hoje em dia, quem tem 60 anos pode muito bem aparentar 40 – com ajuda de novas tecnologias empregadas pela indústria da beleza. Já com relação aos olhos a coisa não é tão simples assim. A visão, com o passar do tempo, sofre modificações resultantes do processo de envelhecimento e altera a forma com que a pessoa enxerga o mundo e se relaciona com tudo à sua volta.

 

“Nem todo mundo experimenta o mesmo nível de dificuldade para ver”, diz o oftalmologista Renato Neves – diretor do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo. “Ao envelhecer, a pessoa normalmente precisa de mais luminosidade para ler e perceber objetos próximos. Mas um dos maiores incômodos mesmo é a dificuldade encontrada para fazer coisas que antes pareciam simples e fáceis. Ler a bula de um remédio, por exemplo, ou fazer a barba, ou ainda tirar a sobrancelha, são atividades que podem se transformar num pesadelo diário para quem tem mais de 40 anos. Afinal, não existe ‘botox’ que impeça o processo de envelhecimento dos olhos”.

É fato que, depois dos 40 anos, os olhos encontram muito mais dificuldade para focar objetos próximos com a mesma habilidade de antes, na faixa dos 20 ou 30 anos. Até mesmo dirigir à noite se torna mais perigoso, já que a formação de halos e reflexos aumenta consideravelmente. Mas um dos problemas que mais preocupam os oftalmologistas é a redução na produção de lágrimas.

“Isso é um problema que tem de ser controlado e observado de perto, principalmente em pacientes do sexo feminino na fase pós-menopausa. Afinal, se os olhos começam a ficar ressecados, a irritação ocular é uma constante – provocando um mal-estar frequente nas pacientes. Ter uma certa quantidade de lágrimas é essencial para manter os olhos saudáveis e a visão clara”, diz Neves.
 
Na opinião do oftalmologista, entre os 40 e os 60 anos de idade as pessoas têm de cuidar muito bem da visão, impedindo que as modificações que naturalmente ocorrem comprometam sua qualidade de vida, as relações familiares, ou ainda o desempenho profissional.

Sobre a presbiopia

“A presbiopia é um problema que costuma deixar o paciente muito aborrecido. Quando menos se espera, ele não consegue ler mensagens no celular, ver as horas ou checar o cardápio de um restaurante sem colocar os óculos para perto. Isso tudo porque o cristalino vai perdendo elasticidade com o passar dos anos até que, em determinado momento da meia-idade, o sistema de acomodação da visão de perto fica totalmente ineficiente”.
 
Neves diz que a cirurgia a laser ainda é um dos recursos mais indicados para quem tem presbiopia e quer pôr fim ao interminável tira-e-põe dos óculos. “Além do grau, a cirurgia personalizada a laser trata de pequenas aberrações da córnea de cada paciente, com resultados tão precisos que permitem que o paciente fique sem óculos em mais de 90% dos casos, inclusive para perto. O implante de lentes intraoculares para corrigir vista cansada leva menos de meia hora. Uma lente fina e circular é implantada no lugar do cristalino. Além de corrigir vista cansada, a lente multifocal e a acomodativa corrigem problemas para enxergar de perto, média distância, e de longe. Já para quem sofre de astigmatismo, as lentes tóricas são mais indicadas”. Para o paciente, trata-se de um grande ganho em qualidade de vida.
Além da presbiopia, é nessa fase, também, que aumenta o risco de se desenvolverem outros problemas de visão. Sendo assim, ainda que não tenha necessidade de usar óculos, qualquer adulto com mais de 40 anos deve ser examinado para que se descarte outras doenças oculares, como hipertensão ocular, glaucoma, degeneração macular etc. Pessoas que já sofrem de doenças como diabetes, hipotireoidismo, colesterol alto, hipertensão, depressão e artrite – e que tomam medicamentos regularmente – estão sempre mais sujeitas a efeitos colaterais que resultam em doenças oculares importantes. Sendo assim, o médico recomenda que, ao menos uma vez por ano, esse tipo de paciente faça uma consulta com seu oftalmologista.

Fonte: Prof. Dr. Renato Augusto Neves, cirurgião-oftalmologista com mais de 60 mil cirurgias a laser realizadas, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo - www.eyecare.com.br, www.drrenatoneves.com.br

10 dicas para uma vida mais saudável

Garanta mais disposição e saúde com alertas de médicos e nutricionista

10 dicas para uma vida mais saudável 

1 - Evite refrigerantes e atenção aos sucos prontos. O consumo de refrigerantes normais está relacionado a diabetes e obesidade, enquanto o de não adoçados (como light, diet e zero) causa piora do funcionamento dos rins. Já a frutose proveniente das frutas e que adoça os sucos prontos, quando consumida em excesso pode provocar aumento da pressão arterial.
2 - Distribua melhor as refeições ao longo do dia. Tente se alimentar a cada três horas para evitar redução do metabolismo e sobrecarga em determinadas refeições (principalmente à noite). Além disso, evite que o corpo entre na chamada "reserva de energia", que é quando o organismo entende que, pelo jejum prolongado, precisa armazenar calorias, dificultando a perda de peso.
3 - Aumente o consumo de líquido ao longo do dia, preferencialmente água. A ingestão contínua de líquidos mantém o metabolismo em constante movimento, assim como a atividade das células corporais e o funcionamento do intestino. Não espere a sede. Se ela chegar, é sinal de que o corpo já está desidratado.
4 - Prefira alimentos integrais em substituição aos carboidratos refinados. Os integrais levam mais tempo para serem digeridos, promovendo maior tempo de saciedade e melhor funcionamento do intestino.
5 - Não consuma alimentos muito calóricos no jantar, isso pode prejudicar o sono. Além disso, como o metabolismo fica mais lento à noite, o gasto de calorias nesse período será menor, podendo gerar ganho de peso.
6 - Pratique atividades físicas, elas são fundamentais para promover condicionamento, aumentar a longevidade e diminuir o estresse. Para quem tem mais de 35 anos, exercícios físicos ajudam a manter a massa muscular. A prática é importante porque parte do metabolismo depende da massa muscular.
7 - Só consuma medicamentos sob orientação médica. Sem o acompanhamento profissional, as pessoas tendem a tomar medicação em excesso ou a deixar de tomar medicamentos que realmente precisam.
8 - Durma bem. Para um sono mais tranquilo, evite: refeições pesadas à noite, cafeína depois das 17 horas e exercícios físicos extenuantes no período noturno.
9 - Tenha um hobbie ou faça atividades de que goste bastante, saindo da rotina. É uma ótima maneira de escapar do círculo de pensamentos preocupantes e de manter a motivação.
10 - Procure informação e ajuda para parar de fumar ou de consumir álcool em excesso. O cigarro é fator de risco para inúmeras doenças e sobrecarrega muito o aparelho pulmonar e o sistema circulatório. Já o álcool, além de trazer problemas comportamentais, é bastante nocivo ao fígado e ao pâncreas, que são fundamentais para o nosso metabolismo.
Fontes:
Dr. Mário Sérgio Rossi Vieira, fisiatra
Dr. Bento Fortunato, nefrologista
Érika Teixeira, nutricionista

Boatos perigosos à saúde: verdades e mentiras sobre zika e microcefalia

Fiocruz emitiu comunicado de esclarecimento sobre mentiras que circulam nas redes sociais. Veja os quatro mitos mais comuns e saiba a verdade 

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Desde que os casos de microcefalia relacionados ao zika vírus começaram a ganhar destaque nos veículos de comunicação, vários boatos começaram a circular nas redes sociais. O zika deixa sequelas neurológicas em crianças e idosos? Devo parar de amamentar porque possso passar o vírus pelo leite? Deixo de tomar vacinas indicadas estando grávida? Essas e outras dúvidas surgem em quem ouve áudios enviados a grupos do WhatsApp. De acordo com os órgãos de pesquisa e gestão de saúde do país, tudo não passa de boato.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lembrou que, como o zika é uma doença recente e que ainda não foi suficientemente estudada pelos pesquisadores, ainda irão surgir muitas dúvidas e perguntas, bem como boatos e informações desencontradas, especialmente nas redes sociais. “É importante, num momento como este, que a população busque informações de fontes seguras e confiáveis”, destacou o órgão.

A microcefalia é uma condição em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor que o normal. O esperado é que bebês nascidos após nove meses de gestação tenham pelo menos 33cm de perímetro cefálico.

O Diario separou os boatos mais difundidos nas redes sociais para esclarecer as informações. Confira o que especialistas dizem.


Mito:Crianças de sete anos e idosos têm sintomas neurológicos decorrentes do Zika
Verdade:
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) esclareceu que essas informações não têm fundamentação científica. Até o momento, não há registro de crianças ou idosos apresentando sintomatologias neurológicas relacionadas ao vírus zika. “É importante também esclarecer que, assim como outros vírus, a exemplo de varicela, enterovírus e herpes, o zika poderia causar, em pequeno percentual, complicações clínicas e neurológicas em adultos e crianças, sem distinção de idade”, esclareceu a Fiocruz.

Mito:
O Zika vírus não é causado pelo Aedes aegypyti
Verdade:
Segundo a Fiocruz, trata-se de mais um boato. “Quanto ao vetor, até o momento, não existem estudos científicos que apontem para o envolvimento de outras espécies de mosquitos além do Aedes aegypti na transmissão da doença no Brasil”, explicou. A fundação ressaltou ainda que está trabalhando em parceria com o Ministério da Saúde na investigação da doença. “(A Fiocruz) prima pela transparência e pela seriedade na divulgação de informações para a sociedade”, informou.
  
Mito: Mães com Zika devem parar de amamentar
Verdade:
Órgãos de saúde, porém, esclareceram que não se deve parar o aleitamento. “À luz dos conhecimentos científicos atuais, não dispomos de evidências para alterar as condutas assistenciais e técnicas no que concerne ao aleitamento materno e aos Bancos de Leite Humano frente ao cenário epidemiológico do vírus zika”, pontuam os médicos Carlos Maurício Maciel, diretor do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz); e João Aprígio Guerra, coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.

Mito: Vacinas contra rubéola vencidades causaram micricefalia
Verdade:
A rubéola, quando contraída por grávidas, também pode causar microcefalia em bebês. No início deste ano, o Brasil foi declarado oficialmente livre da rubéola pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Circularam em grupos do Whatsapp áudios alertando que lotes vencidos de vacinas aplicadas em gestantes teriam causado o surto de microcefalia. Em comunicado, a Secretaria Estadual de Saúde explicou que as vacinas são seguras e eficazes. “Não há evidências na literatura nacional e internacional sobre a associação do uso dessas vacinas com a microcefalia”, pontuou o órgão.

Novo método poderá melhorar o diagnóstico do câncer de tireoide

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Pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Oncogenômica (INCITO), do A.C. Camargo Cancer Center, identificaram um conjunto de genes que servem de biomarcadores para o diagnóstico da forma mais prevalente de câncer tireoidiano.

A descoberta possibilitou a criação de um método preciso, barato e rápido para identificar o carcinoma papilífero de tireoide, para o qual já foi solicitada a patente.
Os resultados do estudo, realizado durante o doutorado de Mateus de Camargo Barros Filho, foram divulgados no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.

A pesquisa foi orientada por Luiz Paulo Kowalski, coordenador do INCITO – um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) apoiados pela FAPESP em São Paulo. Silvia Rogatto, membro do INCT e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu, foi coorientadora do projeto.
“A biópsia pela punção aspirativa por agulha fina é hoje o principal método para determinar se um nódulo tireoidiano é benigno ou maligno. Mas em torno de 20% dos casos o resultado é indeterminado e, por precaução, o paciente é submetido à cirurgia para retirada da glândula. Análises posteriores, no entanto, revelam que em 60% dos pacientes com diagnóstico indeterminado a cirurgia seria desnecessária”, contou Rogatto.
Embora seja possível fazer a reposição artificial dos hormônios produzidos pela tireoide, comentou Rogatto, a retirada cirúrgica da glândula costuma trazer efeitos adversos e requer tratamento para o resto da vida. “Em alguns casos, a paratireoide deixa de funcionar e o paciente torna-se dependente de suplemento de cálcio. Ocorre um descontrole na absorção de fósforo, magnésio e outros minerais importantes para o organismo”, disse.
Segundo o banco de dados Surveillance, Epidemiology and End Results (SEER), do National Cancer Institute (Estados Unidos), a incidência do câncer de tireoide triplicou nos últimos 35 anos. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou 9.200 casos novos em 2014, sendo 8.050 em mulheres.
Estudos brasileiros indicam que a cidade de São Paulo apresenta uma das maiores taxas, com um aumento de incidência ainda superior ao dos Estados Unidos. Entre as causas apontadas estão a melhora no diagnóstico, graças ao exame de ultrassonografia com punção por agulha fina.
“Esse aumento na incidência de câncer tireoidiano é quase exclusivamente atribuído ao carcinoma papilífero de tireoide (CTP), que é o subtipo mais frequente. Embora esse tumor tenha, de maneira geral, um bom prognóstico, representa um problema de saúde pública por ser muito comum e requerer procedimentos cirúrgicos”, comentou Rogatto.
A busca por biomarcadores
Com o intuito de aumentar a precisão diagnóstica e reduzir o número de cirurgias desnecessárias, o grupo do INCITO iniciou em 2011 uma busca por marcadores moleculares que ajudassem a diferenciar as lesões benignas das malignas.
O estudo foi feito com amostras de tecido tireoidiano extraídas cirurgicamente de mais de 350 pacientes – armazenadas no biobanco do A.C. Camargo Cancer Center. Foram incluídas tanto amostras com diagnóstico de câncer e lesão benigna confirmada histopatologicamente quanto amostras não neoplásicas. Nesta casuística também se encontravam os casos indeterminados.
Por um método conhecido como microarray, os pesquisadores analisaram a expressão de transcritos codificadores de proteína, os RNAs mensageiros.
“Inicialmente fizemos estudos com amostras pareadas, isto é, comparando o perfil de expressão do tecido normal e tumoral de um mesmo indivíduo. Depois comparamos várias amostras de tecidos normais com várias amostras de tumores, não pareadas. Por último comparamos o perfil final das análises feitas com amostras pareadas e não pareadas e encontramos enorme concordância dos resultados”, contou Rogatto.
Em seguida, foi feita a validação dos biomarcadores em um grupo diferente de amostras (138 pares de carcinoma papilífero e tecido não neoplásico adjacente) de tecido tireoidiano com bancos de dados externos, armazenadas no banco do The Cancer Genome Atlas (TCGA), consórcio ligado ao National Cancer Institute que reúne dados genômicos e clínicos de pacientes de diversos países, e do Gene Expression Omnibus (GEO).
“Observamos uma identidade muito grande, mostrando que nossos achados têm validação externa e não são específicos da população brasileira”, disse Rogatto.
Com o auxílio de ferramentas estatísticas, os pesquisadores selecionaram uma lista de genes que permitisse diferenciar nódulos benignos e malignos. As primeiras validações foram feitas por meio de simulações computacionais, até chegar a um grupo de cinco genes que apresentaram alta seletividade e especificidade para identificar o carcinoma papilífero de tireoide.
“Três desses genes estão diferencialmente expressos no tumor e os outros dois servem como referência”, explicou a pesquisadora.
Foi desenvolvido um método para avaliar a expressão desses cinco genes-alvo por meio de um ensaio baseado na PCR (reação da cadeia da polimerase) em tempo real – patenteado pelo grupo do INCITO. Segundo Rogatto, a análise também permite identificar os pacientes com maior risco de comprometimento dos linfonodos cervicais e que, portanto, necessitam de uma cirurgia mais agressiva.
“É possível fazer o ensaio com uma pequena amostra de tecido, com baixo custo. Acreditamos que seria viável desenvolver um kit diagnóstico muito útil para a prática clínica”, disse Rogatto.
Antes, porém, o grupo pretende validar o método com tecido tireoidiano obtido por meio de biópsia. “Estamos aguardando autorização do Comitê de Ética da nossa instituição para testar a metodologia em restos de tecido que sobram após o exame citológico feito após a biópsia”, contou.
Paralelamente, o grupo do INCITO trabalha na validação de outros biomarcadores que permitam diferenciar o carcinoma papilífero de outros subtipos de câncer tireoidiano menos frequentes e mais agressivos, como o carcinoma folicular e o carcinoma anaplásico

Nove alimentos para deixar a imunidade nas alturas

Transforme-os em aliados e deixe a saúde perfeita

Sua imunidade anda baixa? Ou, melhor ainda, você não quer dar chance para que nenhum mal afete a sua saúde? Aposte em um prato de comida bem equilibrado, principalmente com os ingredientes certos. "Os alimentos são ricos em vitaminas, minerais e outras substâncias que auxiliam na manutenção do sistema imunológico", afirma Ioná Zalcman, mestre em nutrição pela Universidade Federal de São Paulo. De acordo com a nutricionista, atingir a recomendação diária de consumo de frutas e vegetais já garante uma defesa melhor. "O consumo deve ser de cinco porções por dia: três frutas e dois vegetais", completa. A seguir, confira a lista de campeões da blindagem e conheça os motivos que tornam esses alimentos poderosos aliados do organismo.

Frutas cítricas - Foto: Getty Images 

Frutas cítricas

Frutas cítricas, como laranja, acerola, kiwi, tomate, além de brócolis, couve e pimentão verde e vermelho são ricos em vitamina C, antioxidante que aumenta a resistência do organismo

Vegetais - Foto: Getty Images 

Vegetais verdes escuros

Vegetais verdes escuros (brócolis, couve, espinafre), feijão, cogumelo (shimeji) e fígado são alguns dos alimentos que apresentam ácido fólico. O nutriente auxilia na formação de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo



Leguminosas - Foto: Getty Images

Alimentos ricos em zinco

Carne, cereais integrais, castanhas, sementes e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico), são ricos em zinco, nutriente que combate resfriados, gripes e outras doenças do sistema imunológico

Noz e castanha - Foto: Getty Images

Oleaginosas

Noz, castanha, amêndoa e óleos vegetais (de girassol, gérmem de trigo, milho e canola) são ricos em vitamina E. Ela é benéfica, principalmente para os idosos, agindo no combate à diminuição da atividade imunológica por conta da idade

Tomates - Foto: Getty Images

Tomate

Rico em licopeno, o tomate é forte aliado para combater doenças cardiovasculares, removendo radicais livres do organismo

Comida Japonesa - Foto: Getty Images
 

Alimentos fonte de ômega-3

O ômega-3 presente, por exemplo, no azeite e no salmão, auxilia as artérias a permanecerem longe de inflamações, ajudando a imunidade do corpo

Cogumelos - Foto: Getty Images 

Antioxidantes

A castanha-do-Pará e cogumelos (Champignon) contêm selênio, um forte antioxidante que combate os radicais livres, melhorando a imunidade do corpo e acelerando a cicatrização do organismo

Gengibre - Foto: Getty Images 

Gengibre

Rico em vitaminas C, B6 e com ação bactericida, o gengibre vai além de ajudar a tratar inflamações da garganta e auxilia nas defesas do organismo


Pimentas - Foto: Getty Images 

Pimenta

A pimenta é fonte de betacaroneto, substância que se transforma em vitamina A, nutriente que protege o organismo de infecções



domingo, 13 de dezembro de 2015

Alimentação e Tireoide

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Alimentar-se de forma equilibrada é importante para a manutenção de peso ideal e da saúde plena. O mesmo se aplica para as pessoas com algum distúrbio na tireoide, seja ele hipotireoidismo ou hipertireoidismo. De acordo com a Dra. Laura Ward, presidente do Departamento de Tireoide da SBEM (Gestão 2011-2012), embora certos alimentos, quando ingeridos em excesso e por longos períodos, possam interferir com o metabolismo da tireoide, sua proibição não é usual para quem tem problemas com a glândula. “Apenas em situações especiais, como antes da realização de alguns exames ou tratamentos específicos, é que uma dieta direcionada é orientada. No geral, o ideal é que se mantenha uma alimentação saudável e balanceada em todos os nutrientes”, afirma.

Segundo a especialista, quem tem problemas na glândula deve ficar atento a excessos de determinados tipos de alimentos. “O ideal é que o paciente não coma sal em grande quantidade, já que o sal é iodado e o excesso de iodo pode piorar um distúrbio de tireoide latente (não manifestado clinicamente ainda) ou já em tratamento. Isso desregula totalmente o metabolismo do indivíduo”, alerta.

A endocrinologista chama atenção ainda para os alimentos que podem causar bócio, os chamados bociogênicos, ou que contenham isoflavonas em grande quantidade. “Alimentos como repolho, nabo, soja e couve podem ser consumidos uma ou duas vezes por semana, mas não todos os dias”, alerta Dra. Laura.

Atenção para a Soja
De acordo com Dra. Tânia Bachega, presidente da Comissão Nacional dos Desreguladores Endócrinos da SBEM, a partir da aprovação da rotulagem de alimentos com soja como protetores para doença coronariana pelo Food and Drug Administration (FDA), em 1999, o consumo destes produtos vem aumentando a cada dia. “Com o aumento no consumo de soja, cresceram as preocupações se este alimento poderia afetar o equilíbrio da função tireoidiana. Estudos in vitro demonstraram que os fitoestrógenos presentes na soja, além de diminuírem a ação periférica dos hormônios tireoidianos, também afetam a sua síntese por inibição da tireoperoxidase, uma enzima chave na síntese dos hormônios tireoidianos. Eles induzem ainda a proliferação dos tireócitos, predispondo ao hipotireoidismo e bócio”, explica. “É muito discutida a hipótese de que a ingestão da soja por indivíduos predispostos ao desenvolvimento de doença tireoidiana poderia desencadear ou acelerar a evolução para franco hipotireoidismo”, alerta.

Segundo dados de uma pesquisa, comentados pela especialista, em uma análise de mulheres com hipotireoidismo subclínico, observou-se que o consumo diário de 16 mg/dia de isoflavona, equivalente ao ingerido pelos vegetarianos, aumentou em três vezes o risco para o desenvolvimento de hipotireoidismo franco. “Este hipotireoidismo não foi reversível com a suspensão da ingestão de soja, sugerindo que as isoflavonas também possam atuar através da modulação do processo autoimune”, explica. “Outro aspecto importante que merece ser enfatizado é que os fitoestrógenos podem diminuir a absorção tanto do hormônio tireoidiano como do iodo, havendo a necessidade de um fino ajuste da dose da terapia com levotiroxina, especialmente nos portadores hipotireoidismo congênito”, reitera.

Em relação ao consumo ideal de soja, Dra. Tânia explica que não é possível determinar qual seria a dose isenta de efeitos nocivos: “Baseando-se no mecanismo de ação dos desreguladores endócrinos, doses pequenas podem alterar o funcionamento da tireoide, especialmente nos indivíduos de maior suscetibilidade: fetos, lactentes e adolescentes”, explica. Os fitoestrógenos podem também ser encontrados em outros alimentos como cevada, centeio, ervilha e algas.

Proteja-se do Câncer de Tireoide

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Apesar de pouco comum, é preciso estar atento ao câncer de tireoide. Diagnosticado a partir de um tumor maligno de crescimento dentro da glândula da tireoide, possui excelentes perspectivas de tratamento. Assim como o câncer de mama, atinge na sua maioria mulheres acima de 35 anos. Porém, atinge também homens e mulheres entre 25 e 65 anos, principalmente, sendo três vezes mais frequente em mulheres.

Geralmente, o câncer de tireoide é descoberto pelo próprio paciente através do autoexame, que pode ser realizado a qualquer hora do dia, em qualquer lugar. Desse modo, no caso de encontrar alguma alteração (uma protuberância ou nódulo) na base do pescoço, é importante que consulte imediatamente um endocrinologista. Concluído o exame físico, pelo autoexame e pelo exame realizado pelo médico, ele solicitará novos exames para um diagnóstico conclusivo.

Algumas vezes, o câncer de tireoide pode reaparecer, após seu tratamento, ou se espalhar por outras partes do corpo. Por este motivo, os médicos recomendam um acompanhamento por meio de exames periódicos.

Algumas evidências científicas mostram que a exposição à radioatividade (a irradiação) externa, na cabeça ou no pescoço, pode provocar o câncer de tireoide. Pessoas expostas à radiação (terapias com Raios-X) entre as décadas de 20 e 60 (para o tratamento de acnes, amigdalite ou adenoides, por exemplo) têm maior risco de desenvolver o carcinoma de tireoide.

Os Números do Câncer

O câncer de tireoide ou carcinoma primário de tireoide (carcinoma tireoideano) é uma forma relativamente comum de doença maligna. Os nódulos tireoideanos são encontrados em 10% da população adulta, sendo benignos em mais de 90% dos casos. A maioria dos doentes apresentam uma excelente sobrevida a longo prazo.

A incidência da doença aumentou 10% na última década, mas o número de mortes relacionadas ao carcinoma tireoideano diminuiu. Cerca de 85% dos pacientes com doença diagnosticada e tratada em estágio inicial se mantém vivos e ativos.

De 65 a 80% destes cânceres são diagnosticados como câncer de tireoide papilar; 10 a 15%, como folicular; 5 a 10%, como medular e 3 a 5%, como anaplásico. Muitos médicos acreditam que os exames realizados dos primeiros 5 a 10 anos após a cirurgia de extração do tumor na tireoide são críticos.

Tipos de Câncer de Tireoide

Carcinoma papilifero – é o tipo mais comum. Pode aparecer em pacientes de qualquer idade, porém predomina entre os 30 e 50 anos. Devido à longa expectativa de vida, estima-se que uma entre mil pessoas tem ou teve este tipo de câncer. A taxa de cura é muito alta, chegando a se aproximar de 100%.

Carcinoma folicular – Tende a ocorrer em pacientes com mais de 40 anos. É considerado mais agressivo do que o papilifero. Em dois terços dos casos, não tem tendência à disseminação. Um tipo de carcinoma folicular mais agressivo é o Hurthle, que atinge pessoas com mais de 60 anos.

Carcinoma medular – Afeta as células parafoliculares, responsáveis pela produção da calcitonia, hormônio que contribui na regulação do nível sanguíneo de cálcio. Esse tipo de câncer costuma se apresentar de moderadamente a muito agressivo, sendo de difícil tratamento.

Carcinoma anaplásico ou inmedular – É muito raro. Porém é o tipo mais agressivo e tem o tratamento mais difícil, sendo responsável por dois terços dos óbitos de câncer da tireoide.

Bolo de chocolate emagrece se consumido no café da manhã e moderadamente

Tudo o que é bom engorda? Para a nossa felicidade, nem sempre. É que uma pesquisa recente realizada pela Universidade de Tel Aviv e publicada no Daily Mail revelou que – pasmem – comer bolo de chocolate e pudim no café da manhã pode ajudar a emagrecer.

O estudo, realizado com 193 pessoas, provou que comer fatias de bolo de chocolate emagrece se comido no café da manhã pode ajudar não apenas a perder alguns quilinhos, como também a manter o peso.


bolo de chocolate emagrece
Bolo de Chocolate
Os voluntários da pesquisa (hum, quero ser voluntária num estudo desses) foram divididos em dois grupos distintos: os que podiam comer doce no café da manhã, e os que tinham um limite de 300 calorias na refeição matinal.

No decorrer de 32 semanas, os indivíduos do primeiro grupo perderam mais peso do que os outros, porque não deixaram de comer o que gostavam, inclusive o bolo de chocolate emagrece no café da manhã. O segundo grupo até conseguiu perder peso, mas recuperou os quilos assim que voltou a comer os alimentos antes proibidos na dieta.

Por que adotar esse hábito de comer bolo de chocolate pela manhã funciona para emagrecer ou manter o peso?

A explicação é simples e até intuitiva para quem sabe que, se comer em pequenas porções, nada engorda: comer doces de forma equilibrada, evita que as pessoas tenham compulsão alimentar por doces.

Como no começo do dia o nosso metabolismo queima mais calorias, liberando energia para o organismo realizar as tarefas, então não haveria problema em matar a vontade de comer um doce pela manhã, desde que apenas um pedaço pequeno. Fonte: Daily Mail.

Comentários Saúde com Ciência

O resultado da pesquisa pode parecer óbvio para a maioria, mas não para todos. Então, basta imaginar que se você se privar de doces por vários dias, quando tiver uma chance de comer um pedaço de bolo de chocolate, provavelmente não irá parar de comer na primeira fatia... Além disso, se você já matar sua fome de doces logo pela manhã, correrá menos riscos de cair em tentação após o almoço, ao passar por uma doceria. E se mesmo assim o desejo vier lembre-se de já ter matado a sua vontade pela manhã e tente se controlar. Não deu? Coma um bombom pequeno. Afinal, você come para viver ou vive para comer... Doces! Renata Fraia

Recomendações da farmacêutica Renata Fraia

- Se você é diabético esse hábito pode não ser saudável para você.
- Aliar uma alimentação equilibrada a exercícios físicos regularmente é a melhor forma de emagrecer.

Antioxidantes

Antioxidantes, o que são e como beneficiam nosso organismo

Para retardar o envelhecimento das células provocado pelos radicais livres os antioxidantes são extremamente eficazes. Os antioxidantes protegem o organismo da ação dos radicais livres.


proteínas que aceleram reações químicas) e os minerais zinco e selênio.

As vitaminas são obtidas pela alimentação. Não se sabe exatamente qual a quantidade de vitaminas com ação antioxidante é a ideal para o combate aos radicais livres. 


O que se sabe é que uma alimentação saudável e rica em frutas, legumes e verduras é a maneira ideal de se conseguir os antioxidantes. Uma suplementação vitamínica requer supervisão de um médico ou nutricionista.


Alimentos com maior poder antioxidante

Legumes ricos em antioxidantes:

Repolho, beterraba, pimenta vermelha, feijões, lentilha, vagem, ervilha fresca, cenoura, rabanete, abóbora, tomate, batata-doce, inhame,brócolis, espinafre, batata, nabo, milho.

Frutas ricas em antioxidantes: 

morango, laranja, ameixa, uva, maçã, banana, pêra, melão, açaí, blueberry (mirtilo), kiwi.

Verduras ricas em antioxidantes: 

Todas as folhas verde-escuras (couve, agrião, espinafre, brócolis, rúcula, bertalha, taioba etc.),

Outros alimentos ricos em antioxidantes: 

Arroz (de preferência integral), aveia, quinoa, germe de trigo, tofu (queijo de soja), peixes, ovos (gemas, principalmente), sementes, castanhas do caju e pará, iogurte natural, alho, vinho tinto, cebola e mais recentemente descobriu-se o poder antioxidante do alecrim. E quanto ao chocolate amargo? Quem diria que ele seria uma fonte tão importante de antioxidante.



Cuidado com os excessos nas compras de Natal

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O ano de 2015 não foi fácil e 2016 também promete não ser. A crise afetou grande parcela da população e, por isso, deixou todo mundo mais atento às finanças. Ainda assim, o Natal continua sendo uma época do ano em que se gasta bastante e, por isso, desenvolvi algumas orientações para as compras de fim de ano:
1) Por maiores que sejam as facilidades de compra nesse momento, o consumidor deve observar a sua real situação financeira e projetá-la pelos próximos 12 meses, no mínimo, para ter certeza de que o que foi gasto não fará falta;
2) Faça uma análise aprofundada de qual é a sua real disponibilidade financeira e quanto dinheiro pretende gastar nesse momento;
3) Você deve relacionar seus gastos normais e os típicos de fim e início de ano, como despesas com viagens, ceias (natal e virada de ano), IPVA, IPTU, matrícula, material escolar, etc. A partir desse registro, você saberá quanto dinheiro terá para as suas compras de final de ano;
4) É importante observar que, antes de ir às compras, você deve guardar parte desse dinheiro para outros sonhos (objetivos e metas), como dinheiro para cursos de especializações, aposentadoria e independência financeira;
5) Antes de sair às compras, liste as pessoas que irá presentear, o quanto pretende gastar com cada uma e o que esse presente irá agregar para o presenteado;
6) Presenteie-se! Você também merece recompensas por tudo que trabalhou durante o ano; portanto, procure algo que agregará valor ao seu futuro. Uma boa dica é um livro;
7) Antecipe suas compras, evitando, assim, filas. Você também vai encontrar preços melhores e terá maior prazo para negociação. Mas avalie! Caso essa compra possa ser prorrogada, aguarde o início do ano, que as promoções certamente chegarão;
8) Pesquise os preços dos produtos em, pelo menos, cinco lugares, não se esquecendo da internet, que, algumas vezes, pode ter ofertas interessantes;
9) Busque o menor preço à vista, negocie e lembre-se de que as lojas quase sempre têm margens para negociar. Caso não consiga com o vendedor, chame o gerente da loja;
10) Evite parcelamentos, principalmente os longos. Em caso de impossibilidade de pagamento à vista, faça parcelas curtas e negocie os juros. Não se esqueça de que essas parcelas serão somadas com outras já existentes em seu orçamento.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Chocolate amargo - beneficios

HOCOLATE AMARGO FAZ BEM. É ISSO MESMO. Veja como aproveitar seus benefícios.

 chocolate amargo benefícios

 Chocolate amargo - Quanto comer para obter benefícios e quais são eles?

Estudos recentes têm mostrado que o chocolate amargo oferece potentes benefícios para a saúde. O chocolate escuro é rico nos flavonoides epicatequina e ácido gálico, que são antioxidantes que ajudam a proteger os vasos sanguíneos, prevenir câncer e promover a saúde do coração.

Também tem sido demonstrado de forma efetiva que o consumo de chocolate escuro combate a hipertensão de intensidade média.

"Dose" ideal de chocolate amargo a ser consumida

Esses estudos demonstram que, ao que tudo indica, uma porção de chocolate (20 g) a por três dias (até 6.7 g por dia) consecutivos e 14 g para crianças de até três anos de idade, foi associado aos menores níveis de inflamação.

Acima dessa dose, os efeitos são mais discretos. Ou seja, muito chocolate amargo também não é interessante.

"Traduzindo", um quadradinho da barra por dia, seria ideal, nem mais nem menos.

Ampla Variedade de chocolates com diferentes graus de amargor

No mercado já existem várias opções de concentração de massa de cacau (quanto mais massa de cacau, mais amargo diz-se que o chocolate é). Há opções de 40% , 50% , 70% e até 85%.

Curiosidades sobre o chocolate amargo e seus benefícios

  • De fato, o chocolate escuro tem mais flavonóides que qualquer outro alimento rico em antioxidantes como vinho tinto e chá verde e preto.
  • Acredita-se que o chocolate estimule a produção de serotonina, melhorando o humor, isso explicaria a compulsão por chocolate e os ataques ao doce por mulheres na TPM.
  • Para quem acha o chocolate amargo 'muito' amargo, há o meio amargo, que proporciona quase os mesmos benefícios.

O clã colombiano que pode ajudar a encontrar a chave para frear o Alzheimer

Cerca de 50% dos moradores de Yarumal tem possibilidade de desenvolver Alzheimer

 

Há alguns anos uma família colombiana da cidade de Yarumal se transformou em uma espécie de "laboratório natural" para ajudar cientistas a compreender melhor como a doença de Alzheimer se desenvolve.
Yarumal é a cidade com o maior número de pessoas que têm Alzheimer no mundo. Cerca de 50% dos habitantes da cidade na região central da Colômbia têm chance de desenvolver a doença.
A família que pode ajudar na compreensão da doença é um clã de 5 mil pessoas no qual, segundo previsões dos médicos, a metade dos membros vai desenvolver Alzheimer precocemente, aos 45 anos (alguns podem desenvolver até antes) e o resto, por volta dos 65 anos.
Cientistas do mundo todo decidiram analisar as mutações genéticas que afetavam este grupo de pessoas.
Os integrantes desta família são descendentes de um conquistador espanhol que, segundo pesquisas, introduziu a variante genética que causa a doença no início do século 17.
O neurologista Francisco Lopera, que descobriu esta descendência, disse à BBC Mundo em 2011 que esperava que as provas sobre estas mutações genéticas permitissem "encontrar uma cura potencial para os que sofrem de Alzheimer no mundo todo".
As previsões otimistas agora estão se transformando em realidade: os cientistas dizem que encontraram uma rede de genes e suas mutações posteriores que aceleram ou atrasam a aparição da doença.
De 30 a 70 anos
O principal pesquisador do caso, Mauricio Arcos-Burgos, professor associado da Universidade Nacional Australiana (ANU, na sigla em inglês), disse que alguns dos membros da família desenvolveram a doença em idades muito diferentes, que variavam entre os 30 até os 70 anos.
"Esta comunidade ajudou muito aos cientistas. Foram muito pacientes e seguiram todas as recomendações dos neurocientistas, especialmente do doutor Francisco Lopera", disse Arcos-Burgos no programa Newsday, do Serviço Mundial da BBC.
De acordo com o cientista, Lopera está analisando este caso há mais de 30 anos e conhece cada um dos pacientes, assim como o histórico familiar.
A descoberta deste gene é muito importante para as pesquisas sobre a doença de Alzheimer. De acordo com os cientistas, o gene chamado E280A atrasa o início da doença em média em 17 anos.
Ele é uma variante do gene APOE que consegue deter o avanço do Alzheimer.
O gene da apolipoproteína E (APOE) é conhecido por nos proteger contra o desenvolvimento de placas que aderem ao cérebro. Os cientistas acreditam que a mutação deste gene melhora esta ação.
O objetivo dos pesquisadores é conseguir desenvolver um medicamento que imite os efeitos deste gene para frear a expansão da doença.
"Se encontrarmos a forma de desacelerar a doença poderemos conseguir um grande impacto", disse Arcos-Burgos, que também é médico geneticista da Escola de Pesquisa Médica John Curtin (JCSMR) da Austrália.
"O Alzheimer é muito heterogêneo, quando você começa a investigar encontra muitas variantes", disse o cientista à BBC.
"Mas este caso é único pois se trata de uma mutação específica em um ambiente específico, com um estilo de vida e cultura determinados. E nos chamou a atenção o fato de que eles desenvolvem a doença em idades tão variadas."
Atrasando a doença
O estudo, publicado na revista científica Molecular Psychiatry, reuniu vários cientistas das Alemanha, Austrália, Colômbia e Estados Unidos.
"Acho que teremos mais sucesso se orientarmos as pesquisas para atrasar a aparição da doença do que em preveni-la por completo", afirmou Arcos-Burgos.
Yarumal já foi conhecida pelos altos índices de violência mas agora é conhecida como local com grande incidência de Alzheimer
"Se conseguirmos atrasá-la um ano, isto vai significar milhões de pessoas a menos sofrendo de Alzheimer em 2050."
No total os cientistas identificaram nove mutações genéticas vinculadas ao Alzheimer. Algumas delas atrasam a aparição da doença e outras aceleram seu avanço.
"Estas mutações genéticas desafiam completamente a história natural sobre o Alzheimer e os efeitos nas pesquisas são enormes", disse Arcos-Burgos.
Cerca de 99% dos testes de medicamentos para tratar da doença fracassaram.
Por isso que, em vez de tentar encontrar uma cura, a equipe de cientistas espera poder conseguir evitar sua aparição antes que seja tarde demais.
Estas descobertas também vão permitir que os cientistas compreendam melhor cada caso individualmente.
O Alzheimer é um tipo de demência que afeta a capacidade de aprender, lembrar e raciocinar. A doença mata cerca de 60 mil pessoas por ano, segundo a organização de caridade britânica Alzheimer Society.
Especialistas calculam que deverá haver mais de 46,8 milhões de pessoas com demência em 2015 no mundo todo, e este número deve dobrar, chegando aos 74,7 milhões em 2030.
Até o momento não há nenhum tratamento que consiga frear o avanço do Alzheimer.
Mas Arcos-Burgos está otimista.
"Esta é a primeira vez que vinculamos um gene do APOE ao atraso da aparição do Alzheimer. Esperamos encontrar a forma de poder reproduzi-lo", afirmou.

Chocolate estimula a inteligência

E mais um efeito benéfico associado ao chocolate foi apontado... E o que antes era vilão agora está muito mais para bonzinho. O chocolate estimula a inteligência, embora os estudos quanto a esse benefício ainda não estejam concluídos.


Já foi descoberto que o chocolate ajuda no combate dos problemas do coração, que é útil na prevenção do câncer de intestino, que ajuda a aliviar as dores, que cuida da saúde do cérebro, que estimula o fluxo arterial e dá energia para o dia a dia.

Chocolate estimula a inteligência
Chocolate estimula a inteligência - foto.

A última novidade é do estudo de Franz Messerli, um cardiologista que relacionou os benefícios do flavonoide do cacau com as habilidades de cognição com estatísticas históricas: ele concluiu que os países que mais ganharam prêmios Nobel são também os que possuem um alto consumo de chocolate por pessoa. E, sendo os ganhadores do prêmio Nobel, sem dúvida, inteligentes, ficaria fácil imaginar que chocolate e a inteligência andam de mãos dadas.
A Suíça, que já conquistou 29 premiações, tem uma média altíssima de consumo de chocolate per capita: 10 quilos ao ano. Suécia e Alemanha estão logo ao lado.
O estudo foi feito na Universidade de Linkoping, na Suécia e os resultados ainda não foram conclusivos.
É bom lembrar que os benefícios do chocolate são associados aos chocolates amargo e meio amargo, porque eles têm maiores quantidades de flavonoides.

Renata Fraia - Saúde com Ciência

Por que o Brasil não consegue combater o mosquito da dengue?

 

Casos de dengue, chikungunya e zika, todos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, aumentam no país a cada ano, apesar das inúmeras campanhas de conscientização e mutirões de combate a focos. Em 2015, mais de 1,5 milhão de pessoas foram infectadas com um dos três vírus no Brasil.
Por que isso acontece? Por uma série de fatores, cujo culpado está longe de ser o mosquito. O acúmulo de água parada em recipientes e no lixo somados ao clima tropical favorável fazem o problema ser tanto do governo, que precisa investir em políticas públicas de combate, quanto da população, que deve estar atenta ao acúmulo de água parada em casa.

Por que é tão difícil combater o mosquito?

O Aedes aegypti é um mosquito urbano, que vive no interior das residências ou a poucos metros das casas. Isso porque as fêmeas, únicas transmissoras de doença, precisam do sangue humano para fabricar seus ovos.
"É um mosquito oportunista, vai acompanhar o homem sempre. Quanto maior o número de criadouros e de pessoas para picar, mais ele vai viver", diz a bióloga Denise Valle, pesquisadora da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Para sua proliferação, basta ter água limpa parada, como a água da chuva acumulada dentro de vasilhas. "O Brasil tem áreas de grande densidade populacional onde há muito resíduo espalhado, muito lixo com garrafas pet, sacos plásticos, copos descartáveis", explica Érico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

O que é feito para eliminar o mosquito?

A maior parte dos criadouros são encontrados em residências. Por isso, campanhas de conscientização da população costumam ser feitas em períodos de chuva. Além disso, agentes sanitários visitam imóveis para encontrar focos de larvas do inseto e exterminá-las com larvicidas e inseticidas mais potentes do que os vendidos no mercado.
Entrar em imóveis particulares é um complicador, segundo o infectologista Kleber Luz, professor do Instituto de Medicina Tropical do Rio Grande do Norte. Muitos moradores não permitem a entrada dos funcionários públicos com medo de serem falsos agentes prontos para um assalto.
Outra forma comum de combater o mosquito é dispersar uma nuvem de inseticida – técnica popularmente conhecida como "fumacê". Essa maneira, no entanto, não é muito eficiente, pois o componente químico tem de entrar em um espiráculo localizado embaixo da asa. Portanto, o inseto precisa estar voando, algo difícil tratando-se de uma espécie que fica na maior parte do tempo em repouso.

É possível erradicar o Aedes Aegypti do país?

"Hoje consideramos impossível erradicar o Aedes aegypti. O programa de erradicação se tornou inviável. A ideia agora é manter a quantidade de mosquitos a níveis seguros para impedir a transmissão de doenças", afirma Valle.
A bióloga diz que a adoção de fumacês, por exemplo, gera mosquitos mais resistentes. "Hoje, levamos de 20 a 30 anos para desenvolver um inseticida e, em dois anos, ele perde sua eficácia por causa do uso abusivo."

O que pode ser feito para reduzir o número de mosquitos?

O país vem buscando usar as novas tecnologias para combater o mosquito. A maior aposta é o uso de mosquitos Aedes aegypti transgênicos, ou seja, cujo genoma é modificado em laboratório e "pode promover uma população de mosquitos estéreis", ressalta Arruda, da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Testes com a espécie estão sendo feitos na Bahia e em São Paulo, com resultados promissores. O mosquito transgênico, no entanto, ainda não é a resposta.
Outra possibilidade é a compra de larvicidas para uso em casa. Uma empresa paranaense lançou um produto que promete atrapalhar a proliferação dos mosquitos por meio do princípio ativo piriproxifen, que impede que as larvas transformem-se em mosquitos.
No entanto, a melhor solução ainda é a conscientização da população para evitar a criação de novos focos.

O que fazer dentro de casas para evitar os criadouros?

Algumas das medidas indicadas para combater a proliferação do Aedes são: tampar os grandes depósitos de água, como caixas d'água, reservatórios, tanques e piscinas que não são usadas com frequência, e não abandonar lixos e outros objetos, como pneus velhos e garrafas, em quintais ou nas ruas.
"O fato de as pessoas terem que guardar água em casa em períodos secos, como o que vem acontecendo em São Paulo, em cisternas, baldes, caixa d'água e tonéis é um prato cheio para o mosquito", reitera o infectologista Kleber Luz. Usar cloro na água acumulada evita o surgimento das larvas.
(Com informações da BBC e da Deutschewelle)

A história por trás da foto do pescador que 'perdeu vida para a lama’

 Fotos: Instituto Últimos Refúgios

De um lado, o dinheiro emergencial pago a moradores de distritos cobertos pela lama em Mariana. De outro, o decreto presidencial que libera o uso de fundos do FGTS para trabalhadores formais afetados. No vácuo entre eles, estão pescadores, quilombolas, índios e pequenos agricultores que perderam suas fontes de sustento - e não recebem qualquer apoio financeiro desde então.
É o caso do pescador Benilde Madeira, cuja foto em preto e branco com os olhos cheios d'água, vidrados, às margens do rio Doce, foi compartilhada por milhares de brasileiros na semana passada.
Após a repercussão da imagem, a BBC Brasil localizou o pescador, que vive em Aimorés (MG), com o filho e a mãe de 81 anos. Com voz fraca e melancólica, ele comenta os impactos da tragédia e fala sobre dor, impotência e revolta.
"A primeira coisa que me veio quando vi aqueles peixes morrendo foi que minha vida acabou e meu rio morreu", disse em entrevista por telefone. "O culpado era uma grande mineradora, e por mais que eu pudesse lutar contra ela, não tem como (lutar) com um gigante desses. Mesmo que eu quisesse lutar, seria inútil, eu perderia essa batalha."


Sem trabalho ou renda, Madeira diz que tem buscado "bicos", como a limpeza de terrenos baldios. "Me sinto como um cachorrinho que caiu da mudança. Perdido", diz. "Não sei como vou pagar minhas contas, não sei como vou viver, eu não sei, eu não sei, eu simplesmente não sei."
À reportagem, o procurador do Trabalho Geraldo Emediato de Souza, do Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais, disse que espera que a Samarco pague pelo menos um salário mínimo, mais 20% por dependente, para os pescadores e ribeirinhos
A BBC Brasil procurou a Samarco, a Casa Civil, a secretaria da Pesca e o Ministério Público de Minas Gerais em busca de respostas sobre a situação de Benilde e outros que não tiveram as casas soterradas pela lama, nem têm recursos no FGTS, por falta de trabalho formal, mas que perderam sua fonte de renda após a "morte" do rio Doce.
As respostas não são animadoras: nenhum dos órgãos entrevistados tem um plano com soluções imediatas para estes afetados.

'Ele é apenas um exemplo'

Fotos: Instituto Últimos Refúgios 

A Samarco, dona da barragem de rejeitos de mineração que se rompeu há quase um mês, disse que "está profundamente consternada por todos os impactos causados por esta situação tão triste" e que "Benilde é apenas um exemplo de tantas pessoas que foram impactadas de forma tão inesperada".
Sem informar prazos ou valores, a empresa diz estar fazendo um "cadastramento de famílias diretamente impactadas, como pequenos agricultores, pescadores e areieiros" para "subsidiar temporariamente as famílias que tiveram seu recursos de subsistência afetados".
Em nota enviada à reportagem, a mineradora controlada pela Vale e pela BHP Billiton diz que "diariamente, mais de 700 pessoas de várias áreas social e ambiental da empresa atuam nos municípios atingidos, oferecendo às pessoas atingidas algum conforto, seja ele de forma material ou psicológica" (veja o texto completo abaixo).
Já o ministério da Agricultura, responsável pela secretaria da Pesca (que perdeu status de ministério), pediu desculpas e informou que está com "a equipe desfalcada" e não conseguiu "ninguém para responder à demanda".
A pasta conduzida pela ministra Katia Abreu (PMDB-TO) foi procurada porque suspendeu, em outubro, o pagamento do seguro defeso, uma espécie de "seguro desemprego" que garante um salário mínimo mensal a pescadores durante o período de reprodução dos peixes.
O corte fez parte do ajuste fiscal anunciado pelo governo para reequilibrar as contas públicas.

Decreto

 

Há duas semanas, a presidente Dilma Rousseff assinou o Decreto 8.572/2015, que "libera o saque do FGTS às vítimas do rompimento de barragens em Mariana (MG)". Segundo o governo, "o saque é opcional e limitado a R$ 6.220 do saldo do trabalhador no fundo".
Mas o que acontece com quem não tem fundos do FGTS?
A BBC Brasil fez a pergunta à Casa Civil, que disse que "o governo está estudando como encaminhar a reposição de prejuízos econômicos e sociais aos que perderam tudo e aos que não tem como sobreviver em consequência da lama".
A pasta, que não quis comentar o caso específico do pescador Benilde, promete "fechar uma posição esta semana sobre o impacto do desastre sobre os prejuízos econômicos e sociais à população".
A Casa Civil não sabe quantas pessoas foram afetadas direta ou indiretamente pela lama e diz que "caberá às prefeituras das localidades fazer o levantamento e o cadastramento das pessoas necessitadas".
Já o procurador do Trabalho Geraldo Emediato de Souza, do Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais, disse que se reunirá na próxima sexta-feira com representantes da Samarco e da Vale para definir o valor da ajuda financeira destinada aos ribeirinhos - e o prazo para pagamento.
"Estamos falando de 5 de novembro. O valor que for definido será retroativo até esta data", diz Souza.

'Abandonar minha casa'


Fotos: Instituto Últimos Refúgios 

Hoje, o pescador Benilde lembra com tristeza do rio onde aprendeu a pescar com o pai, ainda criança.
"(Pescar) era meu lazer, era a minha vida, né? Conviver ali na natureza, comer peixe que você sabe que não tem toxina... Por menos que eu retirasse do rio, (a pesca) era minha sobrevivência, minha autonomia."
"Eu chorei naquele momento de tristeza, de revolta", diz. "Agora não tenho como sobreviver no meu próprio país, no meu território, nem como tomar um banho sequer no meu rio."
O futuro é incerto. "Preciso abandonar minha casa, meu canto e procurar outro rio para poder trabalhar", diz. "Acho que o rio não vai voltar como era. Eu perdi as esperanças aqui. E chorei por causa disso. Mas eu espero um dia me reerguer".

Nota enviada à reportagem pela mineradora Samarco:
A Samarco reforça que está profundamente consternada por todos os impactos causados por esta situação tão triste. Diariamente mais de 700 pessoas de várias áreas social e ambiental da empresa que atuam nos municípios atingidos, oferecendo às pessoas atingidas algum conforto, seja ele de forma material ou psicológica. O Benildes é apenas um exemplo de tantas pessoas que foram impactadas de forma tão inesperada. A empresa informa que foram iniciados os trabalhos de levantamento de impactos socioeconômicos ao longo da Bacia do Doce. A empresa reforça que não está medindo esforços para que esse processo aconteça no menor prazo possível. Para este levantamento, a Samarco contratou a Golder Associates, empresa reconhecida internacionalmente.
Uma das etapas do trabalho consta do cadastramento de famílias diretamente impactadas, como pequenos agricultores, pescadores e areieiros. As informações serão “cruzadas” com as bases oficiais já disponibilizadas pelas prefeituras, associações e colônias de pescadores. O cadastro está sendo realizado em parceria com a empresa Praxis. Além das duas empresas contratadas, os representantes da Samarco não medem esforços para agilizar o processo.
A empresa esclarece ainda que irá subisidiar temporariamente as famílias que tiveram seu recursos de subsistência afetados pelo deslocamento da pluma de turbidez no Rio Doce. Paralelamente, a Samarco desenvolve um plano de mitigação dos impactos sociais e ambientais, com ações de curto, médio e longo prazos.
*Colaborou Thiago Guimarães, da BBC Brasil em Londres

Por que o mosquito Aedes aegypti transmite tantas doenças?

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No mundo, ele é chamado de mosquito da febre amarela. No Brasil, é conhecido como mosquito da dengue – e, mais recentemente, também da zika e da chikungunya.
Considerado uma das espécies de mosquito mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o Aedes aegypti – nome que significa "odioso do Egito" – é combatido no país desde o início do século passado.
A partir de meados dos anos 1990, com a classificação da dengue como doença endêmica, passou a estar anualmente em evidência. Isso ocorre principalmente com a chegada do verão, quando a maior intensidade de chuvas favorece sua reprodução.
Agora, um novo sinal de alerta vem da epidemia de zika, uma doença com sintomas semelhantes aos da dengue, em curso desde o meio do ano.
Foi confirmado pelo governo federal que o zika vírus está ligado a uma má-formação no cérebro de bebês, a microcefalia, que já teve neste ano ao menos 1.248 casos registrados em 311 municípios em 14 Estados, a maioria deles no Nordeste.
O Aedes aegypti também esteve no centro de um surto de febre chikungunya ocorrido no país no ano passado, quando este vírus chegou ao Brasil e se espalhou com a ajuda do mosquito.
E, apesar de a febre amarela ter sido considerada erradicada de áreas urbanas brasileiras em 1942, casos de contaminação foram confirmados em cidades de Goiás e no Amapá em 2014.
"O Aedes aegypti está ligado ainda a males mais raros, do grupo flavivírus", afirma Felipe Piza, infectologista do hospital Albert Einstein.
"Entre os agentes de contaminação, esse mosquito é o que tem a capacidade de transmitir a maior variedade de doenças."

Eficiência

Alguns fatores contribuem para tornar o Aedes aegypti um agente tão eficiente para a transmissão desses vírus. Entre eles estão, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, sua capacidade de se adaptar e sua proximidade do homem.
Surgido na África em locais silvestres, o mosquito chegou às Américas em navios ainda na época da colonização. Ao longo dos anos, encontrou no ambiente urbano um espaço ideal para sua proliferação.
"Ele se especializou em dividir o espaço com o homem", afirma Fabiano Carvalho, entomologista e pesquisador da Fiocruz Minas.
"O mosquito prefere água limpa para colocar seus ovos, e qualquer objeto ou local serve de criadouro. Mesmo numa casca de laranja ou numa tampinha de garrafa, se houver um mínimo de água parada, seus ovos se desenvolvem."
Mas a falta de água limpa não impede que o Aedes aegypti se reproduza. Estudos científicos já mostraram que, nesse caso, a fêmea pode depositar seus ovos em água com maior presença de matéria orgânica.
Os ovos também podem permanecer inertes em locais secos por até um ano, e, ao entrar em contato com a água, desenvolvem-se rapidamente – num período de sete dias, em média.
"Outros vetores não têm essa capacidade de resistir ao ambiente", afirma Pizza, do Albert Einstein. "Por isso ele está presente quase no mundo todo, a não ser em lugares onde é muito frio."

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Microcefalia: a doença que passou a assombrar as grávidas no Brasil

O mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika vírus

O nascimento de 739 bebês com um perímetro cerebral menor do que o normal até a última sexta-feira acendeu um alerta vermelho na saúde pública brasileira. O aumento, considerado pelo Ministério da Saúde como “inusitado”, de casos de microcefalia ainda não tem um motivo oficial, mas a principal suspeita é que ele tenha relação com o contágio das mães pelo zika vírus, transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o que coloca em foco a dificuldade do país em combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro do feto não se desenvolve de maneira adequada. O bebê, quando nasce, apresenta um perímetro cefálico menor do que os 33 centímetros considerados normais. Além de trazer risco de morte, a condição pode ter sequelas graves para os bebês que sobrevivem, como dificuldades psicomotoras (no andar e no falar) e cognitivas (como retardo mental).
O número de casos suspeitos de microcefalia neste ano é mais de 400% maior do que o registrado no ano passado, quando 147 bebês nasceram com o problema – em 2013, foram 167 casos. Até o momento, o aumento anormal foi registrado em 160 municípios de oito Estados do Nordeste e em Goiás, com um óbito possivelmente relacionado. A maior parte dos casos (487) se concentra em Pernambuco. “Uma vez que a causa da microcefalia ainda não é conhecida, as mulheres que planejam engravidar neste momento devem conversar com sua família e a equipe de saúde sobre a conveniência de engravidar neste momento ou não”, chegou a afirmar o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Claudio Maierovitch, no portal do órgão, em orientação às mulheres do Nordeste.
Nesta terça-feira, em uma coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, confirmou que há uma correlação positiva entre o vírus e os casos de microcefalia. "É o primeiro caso no mundo e, pelo ineditismo, não temos relatos em literatura e em outros países que pudessem nos orientar."
O pediatra infectologista Marco Aurélio Safadi, professor da Santa Casa de São Paulo e secretário do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, concorda com a orientação de Maierovitch. “Não tem vacina, tratamento e intervenção que possa alterar essa consequência. É o momento de se evitar a gravidez, especialmente nessas áreas mais afetadas.”
Para ele, a dificuldade de se estabelecer a relação direta entre o contágio pelo vírus e os casos de microcefalia acontece porque a infecção pelo zika ocorreu, provavelmente, no primeiro trimestre da gravidez, período no qual há maior risco de se gerar a malformação congênita. Por isso, não era mais possível realizar exames para confirmar a hipótese, já que quando o bebê nasceu a infecção da mãe já havia passado. Mas, depois da suspeita de correlação, as equipes de saúde começaram a realizar punção do líquido amniótico de gestantes com fetos diagnosticados com microcefalia. Em duas dessas gestantes, na Paraíba, se detectou a presença do vírus. Essa foi a primeira vez, no mundo, em que se percebeu a presença do zika no líquido amniótico, o fluído que envolve o feto e ajuda a alimentá-lo.
Safadi ressalta que até o momento pouco se conhecia sobre as sequelas possíveis do zika, já que ele é um vírus de circulação bastante restrita a áreas remotas. “Agora, pela primeira vez, está circulando em local de alta densidade e com serviço de vigilância epidemiológica bem formado. Só agora é que se pode ter percepção da implicância neonatal que ele tem”, ressalta.
Surto no Brasil
O vírus zika é semelhante filogeneticamente aos da dengue e da febre amarela. Ele foi descoberto pela primeira vez na floresta de Zika, em Uganda, em 1947, em macacos usados como sentinelas da febre amarela (animais usados para que se monitore o aparecimento de uma doença). Mas, até 2007, ele era relativamente desconhecido, até que surgiu um grande surto em ilhas próximas aos Estados Federados da Micronésia (acima da Austrália). Entre outubro de 2013 e fevereiro de 2014, um novo surto atingiu a Polinésia Francesa, com 8.264 casos suspeitos. Nesta ocasião, foram identificados 38 casos de pessoas que haviam sido infectadas pelo zika e que desenvolveram a síndrome de Guillain-Barré, uma doença caracterizada por uma inflamação aguda do sistema nervoso. Isso seria um indicativo de que o zika tem uma atração pelo sistema nervoso, o que ajuda a explicar a existência da microcefalia como uma das consequências da doença.
Em fevereiro de 2015, começaram a surgir no Brasil casos que depois foram atribuídos à doença. Segundo um boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, eles se concentravam na região Nordeste do país e, na maioria, atingiam pessoas de 20 a 40 anos. Uma das suspeitas iniciais era de que a entrada do vírus no país tivesse relação com a Copa do Mundo, ocorrida sete meses antes. Agora também se acredita que o vírus possa ter chegado com atletas de um campeonato de canoagem ocorrido em agosto passado no Rio de Janeiro, que tinha forte presença de atletas dessa região da Oceania afetada pelo vírus.
De acordo com o boletim, já foram registrados casos de zika vírus em 18 Estados, entre eles Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo um relatório da coordenação do Programa Nacional do Controle da Dengue, também do Ministério da Saúde, haviam sido notificados no Brasil até o mês passado 84.931 casos de zika por algum dos sistemas de vigilância do país -esses dados, entretanto, não são finais e podem estar bastante subestimados, já que a doença não era de notificação compulsória.
Em Pernambuco, onde estão concentrados os maiores casos de microcefalia, só há registros de dois casos de zika neste relatório. Para Gessyanne Vale Paulino, secretária municipal de Saúde de Jaboatão dos Guararapes (Grande Recife) e presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Pernambuco, uma das explicações possíveis para isso é que muitos serviços de saúde desconheciam a existência do zika e, por isso, podem ter notificado casos da doença como sendo dengue. Segundo o mesmo relatório do ministério, o Estado notificou 80.338 casos suspeitos de dengue do início de 2015 a 19 de outubro  – número muito superior ao do mesmo período do ano passado (8.762). Isso pode ter se repetido em diversos Estados, já que a notificação de casos de dengue disparou neste ano: foram 1,4 milhão de casos prováveis até a mesma semana de outubro, diante de 538.050 casos no mesmo período de 2014. Outro vírus novo transmitido pelo mesmo mosquito vetor, o chikungunya, pode ter contribuído também para o estouro de casos, já que possui os mesmos sintomas da dengue.
Os dados de contágio por zika no país inteiro estão, provavelmente, bastante subestimados, já que a doença, por ser nova e ter sintomas parecidos e mais brandos que os da dengue, não foi colocada pelo Ministério da Saúde no grupo de doenças de notificação compulsória  -aquelas que os hospitais são obrigados a avisar para as secretarias de saúde. Além disso, o ministério estima que em 82% dos contaminados ela se desenvolva silenciosamente, sem apresentar qualquer sintoma.
Mas, para o infectologista Celso Granato, do Fleury, ainda existem perguntas sem resposta em meio ao aumento dos casos de microcefalia. "É surpreendente esse relato, já que houve epidemias grandes na Polinésia que não tiveram esse mesmo resultado. Por que aqui houve tantos casos e não lá? Por que houve mais casos em Pernambuco do que em qualquer outro lugar do Brasil?", questiona ele. Entre as explicações possíveis para isso estão a questão genética (diferente entre Brasil e Oceania) e a interação com outro fator externo, como um medicamento, por exemplo. Há a possibilidade até de que os casos não sejam, de fato, causados pelo zika -apesar de o ministério apontar que a correlação é de 90%. "Parece ter uma peça faltando", ressalta Granato.
De qualquer maneira, para especialistas o caso já demonstra a incapacidade do Brasil de conseguir controlar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor de quatro tipos de dengue, do chikungunya e do zika. “A única ferramenta efetiva para combater a doença é controlar o vetor. A gente tem sido derrotado constantemente. O mosquito tem ganhado a batalha há muitos anos”, destaca Safadi.
Paulino, secretária de Saúde de Jaboatão dos Guararapes, afirma ainda que neste ano, mesmo depois de ter sido registrado um pico enorme de notificações de casos de dengue no país, o Ministério da Saúde atrasou o repasse dos larvicidas usados pelos agentes para matar as larvas do mosquito. "Teve uma insuficiência da quantidade solicitada. Nos últimos três meses recebemos larvicida pela metade", disse ela. O Ministério da Saúde confirmou em coletiva que houve um atraso, mas disse que o sistema de logística já está normalizado.
O ministro da Saúde afirmou ainda que existem algumas tecnologias possíveis para ajudar no combate ao mosquito, como a implementação de mosquitos trangênicos que impedem a continuidade do ciclo biológico do Aedes aegypti, o desenvolvimento de uma bactéria que contamina o mosquito, distribuir telas em casas de pessoas e a distribuição de repelentes. "São tecnologias nunca usadas em nenhum lugar do mundo. O que nos resta no momento é atacar de maneira mais efetiva o mosquito", disse Castro. "Vamos ter que mobilizar toda a sociedade nesse combate. Estamos enfrentando um problemão muito grande para resolver."