domingo, 20 de dezembro de 2015

Boatos perigosos à saúde: verdades e mentiras sobre zika e microcefalia

Fiocruz emitiu comunicado de esclarecimento sobre mentiras que circulam nas redes sociais. Veja os quatro mitos mais comuns e saiba a verdade 

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Desde que os casos de microcefalia relacionados ao zika vírus começaram a ganhar destaque nos veículos de comunicação, vários boatos começaram a circular nas redes sociais. O zika deixa sequelas neurológicas em crianças e idosos? Devo parar de amamentar porque possso passar o vírus pelo leite? Deixo de tomar vacinas indicadas estando grávida? Essas e outras dúvidas surgem em quem ouve áudios enviados a grupos do WhatsApp. De acordo com os órgãos de pesquisa e gestão de saúde do país, tudo não passa de boato.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lembrou que, como o zika é uma doença recente e que ainda não foi suficientemente estudada pelos pesquisadores, ainda irão surgir muitas dúvidas e perguntas, bem como boatos e informações desencontradas, especialmente nas redes sociais. “É importante, num momento como este, que a população busque informações de fontes seguras e confiáveis”, destacou o órgão.

A microcefalia é uma condição em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor que o normal. O esperado é que bebês nascidos após nove meses de gestação tenham pelo menos 33cm de perímetro cefálico.

O Diario separou os boatos mais difundidos nas redes sociais para esclarecer as informações. Confira o que especialistas dizem.


Mito:Crianças de sete anos e idosos têm sintomas neurológicos decorrentes do Zika
Verdade:
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) esclareceu que essas informações não têm fundamentação científica. Até o momento, não há registro de crianças ou idosos apresentando sintomatologias neurológicas relacionadas ao vírus zika. “É importante também esclarecer que, assim como outros vírus, a exemplo de varicela, enterovírus e herpes, o zika poderia causar, em pequeno percentual, complicações clínicas e neurológicas em adultos e crianças, sem distinção de idade”, esclareceu a Fiocruz.

Mito:
O Zika vírus não é causado pelo Aedes aegypyti
Verdade:
Segundo a Fiocruz, trata-se de mais um boato. “Quanto ao vetor, até o momento, não existem estudos científicos que apontem para o envolvimento de outras espécies de mosquitos além do Aedes aegypti na transmissão da doença no Brasil”, explicou. A fundação ressaltou ainda que está trabalhando em parceria com o Ministério da Saúde na investigação da doença. “(A Fiocruz) prima pela transparência e pela seriedade na divulgação de informações para a sociedade”, informou.
  
Mito: Mães com Zika devem parar de amamentar
Verdade:
Órgãos de saúde, porém, esclareceram que não se deve parar o aleitamento. “À luz dos conhecimentos científicos atuais, não dispomos de evidências para alterar as condutas assistenciais e técnicas no que concerne ao aleitamento materno e aos Bancos de Leite Humano frente ao cenário epidemiológico do vírus zika”, pontuam os médicos Carlos Maurício Maciel, diretor do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz); e João Aprígio Guerra, coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.

Mito: Vacinas contra rubéola vencidades causaram micricefalia
Verdade:
A rubéola, quando contraída por grávidas, também pode causar microcefalia em bebês. No início deste ano, o Brasil foi declarado oficialmente livre da rubéola pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Circularam em grupos do Whatsapp áudios alertando que lotes vencidos de vacinas aplicadas em gestantes teriam causado o surto de microcefalia. Em comunicado, a Secretaria Estadual de Saúde explicou que as vacinas são seguras e eficazes. “Não há evidências na literatura nacional e internacional sobre a associação do uso dessas vacinas com a microcefalia”, pontuou o órgão.

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