sábado, 30 de janeiro de 2016

Laboratório do Sono desenvolve técnica inédita para tratamento do ronco

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Dados da OMS - Organização Mundial da Saúde revelam que aproximadamente 40% da população dorme mal. Entre os principais fatores está a apneia obstrutiva do sono, eventos de pausas de sono com mais de dez segundos. Como consequência deste problema, a pessoa que sofre de SAOS - Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, tem alto grau de risco da ocorrência de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Também pode favorecer o desenvolvimento de síndrome metabólica, com o acúmulo de gordura, alteração do açúcar no sangue e hipertensão arterial.
O Hospital Samaritano de São Paulo realizou no mês de julho, pela primeira vez no Brasil, um procedimento de colocação de eletroestimulador (marca-passo) para tratamento da apneia obstrutiva do sono. Este procedimento utiliza um dispositivo desenvolvido nos Estados Unidos, com estudo clínico realizado na Bélgica, Itália, Alemanha, Austrália e Estados Unidos desde 2009 e que demonstrou eficácia em 77% dos casos.

Dr. Eric Thuler, coordenador do Centro de Tecnologia em Otorrinolaringologia do Hospital Samaritano de São Paulo, em conjunto com sua equipe e auxiliado pelo Dr. Ofer Jacobowitz (EUA), foi o responsável pela realização do procedimento. O especialista explica que há uma relação direta da perda da capacidade de sustentação da musculatura da faringe e da língua na causa da apneia obstrutiva do sono. “Esse dispositivo, através da eletroestimulação do nervo hipogloso, que inerva esta região, é capaz de manter o tônus da musculatura. O conceito é o mesmo adotado para o tratamento de outras doenças neuromusculares como Parkinson e bexiga neurgênica”.

O dispositivo foi colocado em caráter de exceção, como uso compassivo - produto importado pelo paciente, fabricado pela americana ImThera Medical e importado pela Ciclomed -, e ainda não é comercializado no Brasil (está disponível na Europa, Ásia e América Latina). “É indicado em casos de falha na adaptação ao tratamento com o CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas)”, completa o especialista.

A realização do procedimento e o teste de ativação dão início ao tratamento que ocorreu 30 dias após a realização do procedimento, para aguardar a cicatrização dos tecidos, sendo feita durante um exame de polissonografia. Na sequência, o eletroestimulador é acionado diariamente pelo próprio paciente, por controle remoto, antes de dormir. “O dispositivo não exige uma manutenção periódica, exceto a bateria que deve ser trocada a cada 15 anos”, explica Dr. Thuler.

Segundo o especialista, acredita-se que o tratamento da apneia obstrutiva do sono por meio da eletroestimulação seja o futuro para o controle deste tipo de doença.
“Estamos honrados em realizar a colocação deste implante pela primeira vez no Brasil. Acreditamos no benefício que este procedimento trará aos pacientes tanto na qualidade de vida, quanto na prevenção de outras doenças relacionadas, como infarto e AVC”.

Laboratório do Sono desenvolve técnica inédita para tratamento do ronco

Foto: Wikimedia Commons 

Quem nunca passou uma noite em claro por causa de um roncador insistente que atire o primeiro travesseiro. Segundo estimativas, cerca de 54% da população adulta sofre de ronco – com grande prevalência em obesos, idosos e mulheres na pós-menopausa (sim, nessa fase da vida feminina, muitas delas vão se tornar roncadoras, se nada for feito).
Se depender das estatísticas, os brasileiros vão roncar cada vez mais, já que dois dos fatores que levam ao ronco continuam a crescer no País: a obesidade pesa sobre 18% da população, e a progressão da idade continua a avançar (em 2030, 13% dos brasileiros terão mais de 65 anos). O prejuízo não é apenas das horas de sono ou do estigma social. O ronco pode ser um dos sinais de um problema ainda mais grave: a apneia obstrutiva do sono, fator de risco importante para as doenças cardiovasculares.
Pesquisadores do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desenvolveram uma técnica de tratamento pioneira que, se praticada diariamente e com orientação de fonoaudiólogo, reduz a frequência e a altura do ronco até ele se tornar quase imperceptível, em alguns casos. A nova técnica é efetiva também no tratamento da apneia do sono de grau leve e moderado, diminuindo o número de engasgos durante a noite. O estudo brasileiro foi publicado na revista acadêmica CHEST e seus resultados surpreenderam a comunidade médica e a imprensa internacional (como na ABCNews e na Medical Daily, entre outros).
Os tratamentos existentes para o ronco são muitos e incluem desde cirurgias para desobstrução das vias aéreas superiores, implantes no palato, dispositivos intraorais até orientações para perda de peso e mudança postural. O grande problema da maior parte dos estudos até hoje é que o ronco não foi medido de forma objetiva.
A técnica Incor de tratamento do ronco consiste numa série de seis exercícios para fortalecer os músculos envolvidos direta ou indiretamente na produção do ronco e na apneia obstrutiva do sono. Com duração de oito minutos, os exercícios são realizados três vezes ao dia e, para facilitar ainda mais a adesão do paciente ao tratamento, sempre incorporados às atividades rotineiras (como se alimentar, escovar os dentes ou no percurso para o trabalho, por exemplo).
“Embora seja de fácil execução e não tenha qualquer contraindicação, os exercícios devem ser prescritos, orientados e acompanhados por profissionais especializados”, reforça a fonoaudióloga Vanessa Ieto, autora do estudo que resultou na nova técnica.
Essa medida é necessária para que os desvios na execução dos exercícios sejam diagnosticados e corrigidos ao longo do tratamento. “Ao fazer o movimento errado, seja por um milímetro, serão trabalhados músculos que nada têm a ver com a cessação do ronco”, explica a especialista do Incor.

Até que o ronco nos separe


Foto: Wikimedia Commons
Foto: Wikimedia Commons
Foi a exigência da esposa (namorada, à época) que levou o condutor de trem do Metrô de São Paulo Gustavo Richieri, 30 anos, a procurar um tratamento para diminuir o barulho que incomodava sua parceira noites seguidas. “Ela reclamava e me cutucava para eu acordar. A qualidade do meu sono realmente não era boa. Eu me sentia bem cansado, indisposto durante o dia. Pensei que a única saída fosse a cirurgia”.
Gustavo é um dos 39 voluntários do estudo do Incor que teve melhora significativa no ronco. Hoje ele não abre mão dos exercícios diários. “Minha esposa comenta que o meu ronco diminuiu, e a apneia que eu tinha algumas vezes por hora cessou. Eu realmente me sinto mais recuperado e descansado quando acordo. O meu dia rende bem mais”.
Para Nelson Ieto, 65 anos, o sinal de alerta para o ronco veio do susto que ele levou ao ter um infarto, em 1999. Ele parou de fumar (vício que cultivava havia mais de 35 anos) e de beber e procurou se cuidar cada vez mais. Ao realizar o exame de polissonografia, ele teve o diagnostico de apneia do sono de grau moderado. “Eu não sabia do mal que pode estar por trás do ronco. As pessoas são leigas nisso, mas fiquei preocupado”. Aposentado e morando na pequena cidade de Lucélia, Nelson agora cumpre fielmente a série de seis exercícios principalmente durante as caminhadas diárias.

Os exercícios

De forma simplificada, os seis exercícios que compõem o tratamento antirronco do Incor são:
  1. Empurrar a língua contra o céu da boca e deslizá-la para trás;
  2. Sugar a língua para cima, pressionando-a por completo contra o céu da boca;
  3. Forçar a parte posterior da língua contra o “chão” da boca, mantendo a sua ponta em contato com os dentes incisivos inferiores;
  4. Elevar a parte de trás do céu da boca e a úvula (conhecida popularmente como “campainha”) enquanto diz a vogal “A”;
  5. Posicionar o dedo na parte interna da bochecha entre os dentes e pressionar a bochecha para fora (cada lado da boca);
  6. Durante a alimentação, manter uma mastigação bilateral alternada e deglutição usando a língua no palato.

A pesquisa

A técnica do Incor foi testada num grupo de 39 pacientes adultos (de 20 a 65 anos), de ambos os sexos, com queixas de ronco. Ela é uma evolução (porque mais simplificada e, portanto, de melhor adesão do paciente), de outra técnica também inédita desenvolvida pelo Laboratório de Sono do Incor, para tratamento da apneia do sono de grau moderado, que foi a tese da fonoaudióloga Katia Guimarães.Segundo o médico Lorenzi Filho, a simplificação da técnica original para o tratamento também do ronco só foi possível porque agora se consegue medir o ronco objetivamente, graças a outra tecnologia inédita desenvolvida pela parceria do Incor com o Instituto de Física (IF) da USP.
O aparelho de registro contínuo do ronco grava os sons concomitantemente à polissonografia e, por meio de um software, analisa e registra a intensidade e a frequência do ronco. “Antes disso, não tínhamos como medir o ronco de forma objetiva e, portanto, era-nos impossível avaliar também a sua melhora por meio dos exercícios”. Por meio do exame de polissonografia e do registro contínuo do ronco, os participantes do estudo foram diagnosticados em três grupos: ronco primário ou aquele associado à apneia obstrutiva do sono de grau leve ou moderado.
Depois disso, eles foram divididos em dois grupos: um que fazia os exercícios do Incor e o outro que foi submetido somente a exercícios respiratórios e uso de dilatador nasal. Além disso, a percepção do ronco foi avaliada pelo paciente e pelo seu parceiro de quarto, por meio da aplicação de questionário.

Foto: Marcos Santos

O Grupo Controle não apresentou variação no ronco. Em contrapartida, o da Terapia obteve melhora significativa, segundo a percepção dos companheiros de quarto dos roncadores.A realização de novos exames e um registro contínuo do ronco também não deixou dúvidas: houve diminuição da frequência do ronco em 36% e de 60% em sua potência, que representa o barulho total do ronco durante a noite. Outro benefício não menos importante para o Grupo Terapia foi uma relevante, embora suave, diminuição da circunferência do pescoço, a conhecida “papada”.
Além do peso, da idade e, no caso das mulheres, o período pós-menopausa, existem outros fatores que levam ao ronco primário ou à piora daquele associado à apneia obstrutiva do sono, explica o médico Lorenzi Filho “Dormir de barriga para cima é uma delas, porque a língua cai para trás e obstrui a faringe; o consumo de álcool e de sedativos é outra, uma vez que eles relaxam a musculatura dessa região, favorecendo sua vibração ou colapso”. Além de se esmerar nos exercícios antirronco, os roncadores têm que maneirar na bebida alcoólica, para não deixarem seu companheiro de quarto insone.

O que é o ronco

O ronco é o barulho causado pela vibração dos tecidos da faringe quando o ar passa nessa região. A garganta do ser humano, especificamente a faringe, é muito estreita. Quando dormimos, há um relaxamento natural dessa musculatura e uma tendência de colapso nessa região que vibra quando o ar passa por ela. “A presença de outros fatores como a obesidade e a idade avançada aumentam a chance do ronco”, explica o diretor do Laboratório do Sono.
Essa condição fisiológica favorecedora do ronco é agravada no obeso pelo acúmulo de gordura na região do pescoço, que dificulta ainda mais a passagem do ar. Já em pessoas idosas e também nas mulheres depois da menopausa, o ronco é favorecido pela flacidez dos tecidos da faringe que, sob relaxamento da musculatura durante o sono, vibra na passagem do ar.
Segundo o Ministério da Saúde, mais da metade da população (52,5%) está com sobrepeso e, desses indivíduos, 18% já são considerados obesos. No quesito idade, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), não é diferente. Se hoje 8% dos brasileiros estão com idade superior a 65 anos, em 2030, serão 13% da população.

Ronco e apneia

A apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela obstrução parcial (hipopneia) e/ou total das vias aéreas (apneia) recorrente durante a noite (nesse último caso, ocorre a parada da respiração por pelo menos dez segundos nos adultos). O ronco está presente em 70% a 95% dos casos de apneia. A gravidade da apneia obstrutiva do sono é determinada pelo número de ocorrências de paradas da respiração por hora de sono: leve (5 a 15 paradas por hora), moderada (15 a 30) e grave (mais do que 30 eventos ou engasgos por hora de sono). “Existem pacientes que possuem dois ou três eventos de apneia por minuto”, comenta a fonoaudióloga Vanessa. Para esses casos, caracterizados como graves, o tratamento indicado é o uso do aparelho CPAP (Continuos Positive Airway Pressure/pressão positiva contínua na via aérea)
A diminuição do fluxo de ar para os pulmões e as paradas respiratórias resultam numa menor oxigenação do sangue e em alterações no sistema nervoso autônomo (simpático) que, somadas, acionam uma cascata de alterações no metabolismo. Estão firmadas, assim, as bases para o surgimento e/ou agravamento da hipertensão, da aterosclerose e da obesidade, todos eles fatores de risco isolados para as doenças cardiovasculares, as que mais matam no mundo. Quando conjugados, eles aumentam ainda mais o risco de infarto, AVC e arritmias.
De acordo com estudo realizado na cidade de São Paulo pelo Instituto do Sono, um a cada três adultos tem algum grau de apneia obstrutiva do sono. Grande parte dessas pessoas segue sem diagnóstico e, portanto, sem tratamento, o que aumenta enormemente o risco das doenças cardíacas. “A presença do ronco pode ser um termômetro para que mais pessoas procurem o médico, seja diagnosticadas e tratadas”, alerta o Lorenzi Filho.
Os sintomas mais comuns da apneia são o ronco e a sonolência excessiva diurna. Em casos mais graves, pode ocorrer ainda sensação de sufocamento, ao acordar nas interrupções mais prolongadas da respiração. O sono interrompido provoca cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, depressão, redução da libido, impotência sexual e cefaléia.
Da Assessoria de Imprensa do InCor

Clinomania: desejo constante de permanecer deitado é doença


Você sabia que aquele desejo excessivo de não sair da cama e ficar deitado, seja dormindo ou não, pode ser um distúrbio? Às vezes confundida com preguiça ou mesmo depressão, a clinomania tem características próprias.
Se você ficou na dúvida, vale a pena conferir as informações que a equipe do Doutíssima separou para você. Talvez o problema seja bem diferente do que você realmente imagina.

Sintomas da clinomania

Classificada como uma desordem de ansiedade, identificar a clinomania exige olhar para todos os outros males que podem ser associados erroneamente aos sintomas. Só então, a partir da exclusão, é possível identificar o que realmente está acontecendo.
Conforme explica o neurologista Shigueo Yonekura, na depressão o paciente sente falta de energia, tristeza, diminuição da libido e desânimo. Já a clinomania se caracteriza apenas pela intensa vontade de ficar deitado na posição horizontal, seja dormindo.
É comum ainda a confusão com a chamada síndrome da fadiga crônica, mas o especialista alerta que esse também não é o caso em questão. Ou seja, nada tem a ver com aquele sentimento conhecido de não estar a fim de fazer qualquer esforço. 

Os sintomas mais comuns da clinomania são o empobrecimento impulsivo, emocional e criativo. A voz, na maioria dos casos, se torna baixa, fraca e suave. Além disso, os movimentos se tornam mais lentos do que o normal.

Tratamento para o distúrbio

Na maioria dos casos, o diagnóstico da clinomania é feito a partir da exclusão, já que se trata de um tipo de distúrbio relativamente raro. Para a maioria das pessoas, o difícil é entender como a condição se manifesta.
A clinomania é mais comum entre as mulheres, especialmente na faixa dos 20 aos 40 anos, embora também possa acontecer em outras idades e também em homens. Por outro lado, vale lembrar que a condição tem cura, desde que seguidas todas as recomendações médicas.
Depois de feito o diagnóstico clínico, pode surgir a necessidade do uso de medicamentos específicos, para melhorar a qualidade de vida. O acompanhamento psicológico, aliado à psicoterapia e exercícios físicos, também é uma alternativa comum.


Grupos de WhatsApp: 5 dicas de convivência no aplicativo


Em um mundo cada vez mais conectado, não é difícil achar quem não consiga desgrudar de seus dispositivos móveis. Não é à toa que redes sociais e aplicativos são usados cada dia mais para trabalho e lazer. Práticos e gratuitos, os grupos de WhatsApp estão entre os mais populares da lista. 
No Brasil, 93% dos usuários de smartphones têm o aplicativo e o usam constantemente, apontou pesquisa realizada no ano passado pela Conecta, plataforma web do Ibope Inteligência.
Ou seja, quase todo brasileiro tem um grupo da empresa, dos colegas, dos amigos, da família. Uns com mais e outros com menos membros, mas todos com pessoas conscientes, que sabem utilizar a ferramenta, certo? Bom, nem sempre a realidade é exatamente essa.

Problemas mais comuns

Como os grupos de WhatsApp são criados pelo administrador, nem sempre você conhece todo mundo – e às vezes são esses justamente os que mais atrapalham. Certamente já se deparou com alguém que envia mensagens e áudios a toda hora e não deixa que o seu smartphone pare de vibrar e piscar.
Outras vezes, o grupo acaba se tornando uma extensão da sua empresa. Os membros só ficam falando de trabalho. É cliente para cá, metas e relatórios para lá e você não consegue descansar e sair do ambiente organizacional nem aos finais de semana.
Em situações como essas, o mais fácil seria simplesmente deixar os grupos e sair. No entanto, às vezes esse é o único canal de comunicação que se tem com aquelas pessoas, sem falar que abandonar o bate-papo de uma hora para outra pega mal e pode ser interpretado como falta de educação.

5 dicas de convivência nos grupos de WhatsApp

A situação parece difícil? Confira cinco dicas de etiqueta nos grupos de WhatsApp que podem tornar a convivência bem mais simples e amigável:
  • Não abuse do horário
Ninguém é obrigado a ter a mesma rotina maluca que você. Respeito o horário e evite as mensagens durante a madrugada. Salvo emergências, nenhuma novidade é tão especial que não possa ser contada na manhã seguinte.
  • Avalie a relevância do conteúdo
Refletir é sempre bom. Pense duas vezes antes de mandar uma mensagem no grupo. Se não interessar ou envolver boa parte das pessoas, mande em particular para o interessado. Não deixe constrangido um membro ao perguntar algo específico.
  • Evite áudios
Apesar de serem mais práticos, só mande áudios em último caso. Afinal de contas, ninguém gostaria de apertar o play e ouvir uma brincadeira ecoando do seu telefone no meio do trabalho
  • Respeite a construção das frases
As orações – frases com sujeito, verbo e predicado – foram criadas para serem usadas. Se você é daqueles que mandam uma palavra por mensagem, saiba que a culpa do silenciar grupo é toda sua. Vale muito mais a pena perder alguns segundinhos a mais escrevendo do que digitar palavras soltas.
  • Maneire nos emojis
Eles são bonitos, coloridos e fofos, mas os emojis precisam ser usados de maneira moderada. Afinal, quantos anos você tem para ficar mandando desenhos em grupos? É preciso saber a hora de usar.

Está no sufoco? Saiba para quem pedir socorro



Passar por situações delicadas é algo que ninguém quer. Infelizmente, todo mundo está sujeito a enfrentar algo que foge do seu controle. De enchentes a incêndios, de vazamento de produtos químico à intoxicação e envenenamento, a melhor saída é saber para quem pedir socorro – só não vale passar trote.

Seis telefones úteis para pedir socorro

Se uma emergência acontecesse agora, você saberia a quem recorrer? Além de amigos e familiares, é importante contar com ajuda especializada. Confira uma lista com seis telefones úteis para esses momentos e fique atento à finalidade de cada um para não errar durante a ligação:
  • Polícia Militar – 190
O 190 é o serviço de emergência da Polícia Militar, que atende aos cidadãos em casos de riscos, ameaças contra a vida, denúncias de roubos, atentados e proteção pública. Pode ser acionado de telefones fixos e celulares.
  • Polícia Rodoviária Federal – 191
As atribuições da Polícia Rodoviária Federal são definidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). É ela a responsável por fiscalizar diariamente rodovias e estradas federais para exercício do direito de locomoção de veículos.
Caso queira reportar um incidente que esteja nessa jurisdição, basta discar 191. Para ocorrências em estradas estaduais, por outro lado, ligue para o 198. Este é o número da Polícia Rodoviária Estadual.
  • Samu – 192
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu, é um dos mais solicitados pelos brasileiros. No entanto, nem todo mundo sabe em quais situações ele é mais indicado e às vezes acaba confundido com a atuação do Corpo de Bombeiros.
Quer solicitar uma ambulância de pronto-socorro? Só ligue para o 192 em casos de dores agudas e inesperadas, intoxicação e envenenamento, queimaduras graves, atropelamentos, traumas e fraturas, além de sangramentos e hemorragias
  • Corpo de Bombeiros – 193
Conhecidos os principais atendimentos do Samu, fica mais fácil saber quais são as atribuições do Corpo de Bombeiros. Veja alguns casos em que você deve ligar para o número 193: incêndios, deslizamentos e desabamentos, choque elétrico, acidente com pessoas presas às ferragens, vazamento de produtos tóxicos e resgate em alturas
  • Defesa Civil – 199
A Defesa Civil é responsável por precaver, socorrer, assistir e ajudar na recuperação da população em caso de desastres, sejam chuvas ou outras situações de risco. Para denúncias e pedidos de auxílio, ligue no 199
  • Direitos Humanos – 100
Dedicado a atender crimes que atinjam mais diretamente os direitos humanos, o disque 100 recebe denúncias contra violência, abuso sexual, agressões físicas e psicológicas cometidas contra crianças e adolescentes, ocorrências de cidadãos em situação de rua, da população LGBT, de pessoas com deficiência e idosos
  • Central de Atendimento à Mulher no Brasil – 180
Criado para dar mais informações sobre direitos femininos, o número 180 também oferece apoio psicológico a mulheres em situação de violência, além de receber denúncias específicas sobre cárcere privado e tráfico de mulheres.

Pedra no rim: descubra o que fazer quando o problema aparece

 A dor causada pela passagem do cálculo é intensa. Foto: iStock, Getty Images


Só quem já teve pedra no rim sabe a dor que ela pode causar. Com tamanhos que variam de um caso para o outro, os cálculos são formados quando os níveis de minerais e sais dissolvidos na urina são excessivos. Mas você já parou para pensar por que isso acontece? A resposta pode estar no seu dia a dia.


Beber pouca água pode causar pedra no rim

As pedras nos rins, conhecidas também como cálculos renais, são formadas quando não existe líquido suficiente na urina para diluir elementos como cálcio, oxalato e fósforo. Esses resíduos químicos tornam-se concentrados e cristais começam a se criar.

De acordo com a National Kidney Foundation, é por isso que a falta de água é apontada como uma das principais causas desse problema. Segundo a fundação, as pedras são mais comumente encontradas em pessoas que bebem menos líquido do que o recomendado - cerca de oito a dez copos por dia.

A insuficiência de água também torna mais difícil a diluição do ácido úrico, elevando o nível de pH dos rins e criando um ambiente propício à formação de pedras. Problemas médicos como a doença de Crohn, infecção do trato urinário, hiperparatireoidismo e doença de Dent foram igualmente identificadas como possíveis causadores.

Além disso, um estudo realizado pela Creighton University Medical Center sugere ainda que o excesso de cálcio e vitamina D podem aumentar o risco de desenvolver pedra no rim. Vale lembrar que os cálculos renais podem variar de tamanho - alguns pequenos como um grão de areia, outros grandes como uma pérola ou uma bola de golfe.

Geralmente, permanecem assintomáticos até que se movam para a uretra. A partir daí, sintomas aparentes incluem dor na virilha, sangue e pus na urina, vômitos, náuseas, sensação de queimação durante a micção e desejo persistente de ir ao banheiro.

Diagnóstico e tratamento

Se você sentir os sintomas de pedra no rim, é preciso consultar um médico para revelar o diagnóstico preciso. Uma análise da urina irá identificar se existe sangue nela e também a presença de uma infecção subsequente.

A tomografia computadorizada do abdômen é a maneira mais aprofundada para verificar o estado do ureter, bexiga e rins. Ele também identifica com precisão a existência, o tamanho e a localização exata da pedra. Feito o diagnóstico, exames simples de raio-x são realizados para acompanhar o progresso do cálculo no sistema excretor.

Quando pequenas, as pedras geralmente passam através do trato urinário sem tratamento. Mesmo assim, pode ser necessária a ingestão de líquidos para ajudar a movê-la, além de medicação para dor - oral ou intravenosa, conforme a intensidade.

Já os casos em que a pedra é maior - ou bloqueia o fluxo de urina e causa grande dor - podem exigir um tratamento chamado litotripsia, em que o médico utiliza uma máquina para quebrar a pedra em pedaços menores.

Para prevenir a ocorrência, costuma ser recomendada moderação na dieta e grande ingestão de líquidos. As pessoas que já tiveram pedras compostas de oxalato de cálcio devem ainda evitar alimentos ricos nesse elemento, como espinafre, nozes e farelo de trigo.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Conheça os perigos de alguns medicamentos para engravidar


Os medicamentos para engravidar  são alternativa para os pais que esperam ansiosamente por um bebê, mas que sofrem com os mais variados problemas. Mas, apesar de eficazes, alguns deles também escondem riscos. Ou seja, vale a pena avaliar antes de começar o tratamento.

Medicamentos para engravidar podem trazer riscos

A maioria dos pacientes que recebem tratamentos de fertilidade não apresenta problemas médicos graves. Isso não significa que esses tratamentos sejam livres de risco. Pelo contrário, qualquer procedimento médico apresenta perigo de efeitos colaterais ou complicações. É importante conversar com um médico antes de ir adiante.
Quando você está com dificuldades para conceber, os profissionais de saúde costumam tentar alguns medicamentos padrões. Um dos mais conhecidos é o clomifeno, que estimula hormônios do cérebro a fazer com que o óvulo se desenvolva e seja liberado pelos ovários. Há também as gonadotrofinas, que estimulam diretamente os ovários.
Há mulheres que ainda precisam combinar essas drogas com inseminação intrauterina ou procedimento de reprodução assistida, como fertilização in vitro. Nesse último caso, é provável que elas tenham que tomar outros medicamentos para preparar o revestimento do útero para a gravidez e prevenir riscos aos ovários.
Os cientistas têm se preocupado com os efeitos dessas drogas. Um dos principais focos de pesquisa é a possível relação entre a alteração hormonal por elas causada e o aparecimento do câncer de mama.
Pesquisadores do National Institutes of Health observaram que os medicamentos parecem reduzir o risco desse câncer em mulheres jovens, mas que ele aumenta quando elas engravidam. Foram estudadas 1.400 mulheres diagnosticadas com câncer de mama antes dos 50 anos e mais de 1.600 que nunca tiveram a doença.
No total, 288 relataram o uso de medicamentos para engravidar, capazes de estimular a ovulação. Dessas, 141 admitiram gravidez com duração de 10 semanas ou mais após tomá-los. 
Os dados mostraram que mulheres que tomaram as drogas e não engravidaram tiveram risco ligeiramente menor de câncer de mama antes dos 50 anos – e que aquelas que haviam tomado e relataram gravidez com duração de 10 semanas ou mais tinham um risco ligeiramente aumentado. A pesquisa foi publicada no Journal of the National Cancer Institute.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Água Fonte de Vida

A Água é o elemento mais importante que temos em nosso organismo e na natureza. Por isso o nome Água Fonte de Vida pois, cada ser vivo neste planeta precisa dela para sobreviver. A água participa de vários processos tanto no nosso corpo quanto na natureza e por este motivo é tão essencial. Você sabia que um ser humano pode passar no máximo 3 dias sem consumir água?

água fonte de vida

- Água Fonte de Vida e seus Benefícios:
– Água não possui calorias
A água não possui calorias e é uma ótima aliada para quem quer perder peso. Além disso, ela é repleta de nutrientes necessários para nosso organismo, sendo considerada a fonte natural da vida.

– Não possui sabor (imagine uma água com sabor de jiló)

Por não ter sabor, seu consumo é de fácil aceitação. Existem diversos alimentos que devemos consumir por serem saudáveis como folhas, verduras, legumes. Não possuir sabor é um diferencial pois torna seu consumo mais agradável. Além disso, você pode saborizar sua água colocando rodelas de limão ou laranja, se preferir.

– Auxilia no bom funcionamento do intestino

No processo digestivo, quanto menos água o indivíduo ingerir, mais ressecadas ficarão as fezes. Além disso, a falta de água no organismo pode ocasionar prisão de ventre.

– Mata a sede

A sede nada mais é que nosso corpo expressando sua necessidade em ingerir água. Por isso, quanto mais água bebemos, menos nosso organismo pedirá.

água fonte de vida 

– Regula o funcionamento dos rins

Quanto mais água consumimos, melhor o funcionamento dos rins. Isto ocorre pois a eliminação de toxinas é mais fácil por estarem diluídas na água, tornando todo o processo menos desgastante para os rins e para o corpo em geral.

– Hidrata o corpo

O consumo regular e correto de água regula as substâncias no sangue, nas células e no corpo todo. Nosso corpo demanda uma quantidade mínima de água diariamente e se não atendermos a esta necessidade, o corpo fica desidratado e casos mais extremos podem levar à morte.

– Fornece elasticidade e vigor á pele

Nossa pele necessita de água para produzir o colágeno, substância responsável pela elasticidade. Outro bom aproveitamento da água para a pela é na limpeza dela uma vez que ajuda a eliminar toxinas, tornando a pele mais limpa e saudável;

– Prepara o estômago para uma nova rotina (se consumida em jejum)

Consumir um copo de água em jejum ao acordar garante ao estômago um bom funcionamento durante o dia pois limpa os resquícios substanciais do dia anterior e da noite.
Os benefícios da água são incontáveis. Por este motivo é tão importante ingerir a quantidade recomendada de água diária. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que sejam ingeridos, no mínimo, 2 litros de água por dia. Esta quantidade deve ser aumentada em épocas de altas temperaturas como o verão.

Cuidados com o Sol

Os cuidados com o sol devem ser redobrados já que o clima, no nosso país, é tropical e tendemos a altas temperaturas, principalmente no nordeste que apresenta temperaturas elevadas quase o ano todo. É possível presenciar durante o verão temperaturas de até 40°C, sendo a sensação térmica pode chegar na casa dos 50º, e devemos nos atentar para os cuidados com o sol nesta época.
O verão é uma das estações mais amadas pela maioria das pessoas, principalmente no sul e sudeste do Brasil. Além de alegre, o verão torna os dias mais bonitos pela presença constante e marcante do sol. Mas mesmo que o sol seja uma bonita paisagem, devemos tomar alguns cuidados pois ele pode, em excesso, causar alguns malefícios.

cuidados com o sol

Quais são os cuidados com o sol no verão?

Para se cuidar durante o verão, lembre-se dessas quatro palavras:
  • Água
  • Filtro Solar
  • Alimentação
  • Roupas
Água
No verão devemos nos hidratar além do normal. Se em qualquer época do ano o recomendado é ingerir no mínimo 2 L de água por dia, aumente essa quantidade. Com o calor, nosso corpo perde muito líquido através do suor e temos que repor os líquidos que perdemos. Se puder, inclua água de coco e chás gelados caso não goste de beber muita água, mas não deixe de se hidratar bem.

Filtro Solar
Os problemas que a exposição ao sol podem causar à pele são inúmeros e usar filtro solar é o mínimo de cuidado que temos que ter com nosso corpo. Além disso, devemos evitar a exposição ao sol no horário de 10h às 16h. Neste horário o sol está muito forte e a exposição a ele é prejudicial ao organismo, podendo causar problemas de pele e desidratação. O filtro solar atua como uma máscara que protege o corpo portanto sua utilização é muito importante quando estamos expostos ao sol.

Alimentação
Durante períodos de altas temperaturas, a temperatura interna corporal também aumenta e nosso organismo tem dificuldade de processar certos tipos de alimentos como frituras e alimentos de difícil digestão. Portanto, evite comer frituras e alimentos de difícil digestão durante o verão pois seu corpo ficará agradecido.

Roupas
Durante o verão o cuidado com as roupas que temos que utilizar também é redobrado. Nossa pele precisa respirar em meio a altas temperaturas e utilizar roupas leves permite que isto seja possível. Além disso, tecidos muito grossos podem aumentar a temperatura interna corporal, causando mal-estar e incômodo.

Conclusão:
1 – Horários críticos: Evite, se possível, se expor ao sol em horários críticos. O conselho é válido, sobretudo, entre às 10h00 e 16h00.
2 – Crianças: No caso das crianças, dê preferência pelo uso de chapéus, bonés ou camisetas de manga curta. Outra dica: Dependendo do caso, opte ainda, por um protetor solar.
3 – Depilação: Após uma depilação ou peeling, o indicado é o uso de calças ou vestidos. Isso evitará, entre outras coisas, que uma possível irritação possa ocorrer.
Sol em excesso não é nada bom, a queimadura solar pode aumentar o risco de câncer na pele. Então lembre-se, sempre que for “pegar sol” use o protetor solar, que além de te proteger, vai te livrar de “ficar vermelho e ardido como um pimentão”.
Lembre-se sempre de que cada pequeno cuidado é importante para ter um verão tranquilo e sem problemas. Além disso, prevenir é sempre melhor do que remediar.

O que é Distúrbios da tireoide?

 

Sinônimos: Desordens da tireoide
Distúrbios da tireoide são condições que afetam a tireoide, uma glândula em forma de borboleta localizada na parte inferior do pescoço. A tireoide tem um papel importante na regulação de numerosos processos metabólicos de todo o corpo. Diferentes tipos de distúrbios podem afetar a estrutura ou a função da tireoide.
Uma área fina de tecido em meio da glândula, conhecido como o istmo, une os dois lóbulos da tiroide em cada lado. A tireoide utiliza o iodo para produzir os hormônios vitais, sendo que os principais são a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3). Esses hormônios são responsáveis pelo nosso metabolismo basal, ou seja, é ele que estimula as células a trabalharem e garante que tudo funcione corretamente no corpo.
A função da glândula tireoide é regulada por um mecanismo de auto controle que envolve o cérebro. Quando os níveis de hormônios da tiroide estão baixos, o hipotálamo no cérebro produz um hormônio conhecido como liberador de tirotropina (TRH), que faz com que a glândula pituitária (localizado na base do cérebro) libere o hormônio estimulador da tireoide (TSH).

Os distúrbios da tireoide ocorrem quando essa glândula pára de funcionar corretamente, podendo produzir mais ou menos hormônios do que o normal. Uma vez que a glândula tireoide é controlada pela glândula pituitária no e pelo hipotálamo, distúrbios de estes nestes tecidos também podem afetar a função da tireoide.
Existem quatro tipos principais de doença da tireoide:
  • Hipertireoidismo (excesso de hormônio da tireoide)
  • Hipotireoidismo (redução de hormônio da tireoide)
  • Nódulos e Bócio benignos da tireoide (não cancerígena)
  • Câncer da tireoide.
Alguns distúrbios da tireoide comuns são:
  • Bócio
  • Bócio congênito
  • Bócio nodular tóxico
  • Câncer da tireoide
  • Carcinoma anaplasico da tireoide
  • Carcinoma da tireoide medular
  • Carcinoma papilar da tireoide
  • Hipertireoidismo
  • Hipotireoidismo
  • Neoplasia endócrina múltipla (MEN) II
  • Tireoidite silenciosa (sem dor)
  • Tireoide subaguda
  • Tireoidite crônica ou autoimune (doença de Hashimoto).

Sintomas

Sintomas de Distúrbios da tireoide

Os sintomas de hipertireoidismo, em que o corpo produz muitos hormônios da tireoide, podem incluir:
  • Perda de peso
  • Aumento do apetite
  • Aumento da frequência cardíaca, palpitações cardíacas, aumento da pressão arterial, nervosismo e transpiração excessiva
  • Evacuações mais frequentes, às vezes com diarreia
  • Fraqueza muscular, mãos trêmulas
  • Desenvolvimento de bócio (aumento do volume do pescoço - “papo”)
  • Alteração dos ciclos menstruais e fertilidade.
Os sintomas de hipotireoidismo, em que o corpo não produz menor quantidade de hormônios tireoidianos, podem incluir:
  • Letargia, processos mentais mais lentos ou depressão
  • Frequência cardíaca reduzida
  • Aumento da sensibilidade ao frio
  • Formigamento ou dormência nas mãos
  • Desenvolvimento de bócio
  • Prisão de ventre
  • Alteração dos ciclos menstruais e fertilidade
  • Pele e cabelo secos
  • Unhas quebradiças.
Tireoidite subaguda:
  • Leve dor na glândula tireoide
  • Tireoide sensível ao toque
  • Dor ou desconforto ao engolir ou virar a cabeça
  • Apresentar esses sintomas pouco depois de uma infecção viral, tais como da gripe ou sarampo.
Nódulos Benignos ou malignos (câncer de Tireoide):
  • Presença de deformidades na região cervical, especialmente na região da tireoide
  • Alteração da mobilidade da glândula à deglutição
  • Sinais e sintomas de hipertireoidismo ou hipotireoidismo de inicio abrupto
  • Por isso a necessidade do autoexame de forma regular.
Por ser uma doença muitas vezes silenciosa, é importante acrescentar aos exames de rotina a dosagem dos hormônios tireoidianos e TSH.

Tratamento e Cuidados

Tratamento de Distúrbios da tireoide

O tratamento da doença de tireoide depende do tipo de disfunção. Pode incluir apenas acompanhamento clínico, bem como o uso de medicamentos de forma contínua, iodoterapia ou cirurgia.

Diagnóstico e Exames

Exames

Além da história médica completa e exame físico, exames especializados são usados para diagnosticar distúrbios da tireoide. Veja:
  • Exames de sangue para medir os níveis de hormônios tireoidianos e TSH
  • Exames de imagem para investigar o tamanho e a presença de nódulos na tireoide
  • Biópsia e Punção aspirativa por agulha fina
  • Cintilografia de Tireoide

Fontes e referências

  • Revisado por: Myrna Campagnoli, endocrinologista do laboratório Pasteur – CRM PR 22616
  • Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Tireóide / Função da Tireóide

 

A função da tireóide é produzir, armazenar e liberar hormônios tireoideanos na circulação sangüínea.
Os hormônios tireoideanos principais são os triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). A função destes hormônios é controlar o metabolismo e a homeostase (equilíbrio entre os sistemas)do corpo.
A falta destes hormônios se chama hipotireoidismo e seus sintomas são:
  • Cansaço
  • Depressão
  • Atividade cerebral lenta
  • Falta de iniciativa
  • Pele seca e fria
  • Prisão de ventre
  • Diminuição da freqüência cardíaca
  • Inchaço duro
  • Diminuição do apetite
  • Sonolência
  • Reflexos mais vagarosos
  • Intolerância ao frio
  • Diminuição de libido
  • Alterações menstruais
O excesso de hormônios da tireóide se chama hipertireoidismo e seus sintomas são:
  • Insônia
  • Nervosismo e irritação
  • Aumento da freqüência cardíaca
  • Intolerância ao calor
  • Sudorese abundante
  • Taquicardia ( coração acelerado )
  • Perda de peso resultante da queima de músculos e proteínas
  • Tremores
  • Olhos saltados
  • Bócio
A tireóide é controlada pela hipófise que por sua vez é controlada pelo hipotálamo. Se o hipotálamo e a hipófise detectam baixa circulação de hormônios tireóideos, a hipófise produz TSH (Thyroid-Stimulating Hormone) que é o hormônio que estimula a tireóide a produzir mais T3 e T4.
Portanto, para diagnosticar hipotireoidismo ou hipertireoidismo deve ser realizada uma dosagem sangüinea de TSH. Para investigação mais aprofundada o endocrinologista pode ainda solicitar exames para dosagem de T4 livre, T4 e T3 sangüíneos.

10 Coisas que Você Precisa Saber sobre Tireoide

 

Com forma bem parecida com a de uma borboleta, a glândula tireoide é localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão. Reguladora da função de importantes órgãos como o coração, o cérebro, o fígado e os rins, ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina).

Quando a tireoide não funciona de maneira correta, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente, causando o hipotireoidismo,  ou em excesso, ocasionando o hipertireoidismo. Nessas duas situações, o volume da glândula pode aumentar, o que é conhecido como bócio.

Confira, abaixo, as 10 coisas que você precisa saber sobre Tireoide.

1 – A tireoide atua no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, no peso, na memória, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, na concentração, no humor e no controle emocional.

2 – Quando ocorre o hipotireoidismo, o coração bate mais devagar, o intestino não funciona corretamente e o crescimento pode ficar comprometido.

3 – Diminuição da memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, aumento dos níveis de colesterol no sangue e depressão também são sintomas de hipotireoidismo.

4 – No caso de hipertireoidismo, que geralmente causa emagrecimento, o coração dispara, o intestino solta, a pessoa fica agitada, fala demais, gesticula muito, dorme pouco, sente-se com muita energia, embora também esteja cansada.

5 – Em um adulto, a tireoide pode chegar a até 25 gramas.

6 – Disfunções na tireoide podem acontecer em qualquer etapa da vida e são de simples de se diagnosticar. Além disso, elas podem ocorrer mesmo sem o bócio.

7 – O reconhecimento de um nódulo na tireoide pode salvar uma vida. Por isso, a palpação da glândula é de fundamental importância. Se identificado o nódulo, o endocrinologista deve solicitar uma série de exames complementares para confirmar ou descartar a presença de câncer.

8 – Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. Mas isso não significa que sejam malignos. Apenas 5% são cancerosos.

9 – Além de se parecer com uma borboleta, a tireoide também lembra o formato de um escudo. Daí o surgimento de seu nome: uma aglutinação dos termos thyreós (escudo) e oidés (forma de).

10 – Algumas crianças podem nascer com hipotireoidismo. Para detectá-lo, é realizado o chamado Teste do Pezinho, que deve ser feito, preferencialmente, entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Excesso de peso favorece o ronco e problemas como apneia do sono

Gordura corporal comprime a garganta e torna a respiração mais difícil.
Saiba quais são os grupos de risco, sintomas e tratamentos do distúrbio.

Controlar o peso pode ser fundamental não só para evitar problemas como colesterol alto e diabetes, mas também para não roncar.

Isso porque o excesso de gordura corporal aumenta também os músculos da língua e o volume ao redor da traqueia, comprimindo a garganta e tornando a respiração mais difícil, principalmente durante o sono, quando o corpo está relaxado e o estímulo do cérebro para respirar diminui.

Apneia x obesidade (Foto: Arte/G1)

Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern e a pneumologista Lia Bittencourt, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a maioria dos pacientes com apneia tem a garganta (faringe) estreitada e com um formato mais arredondado, devido ao acúmulo de gordura na região e à posição da mandíbula e do maxilar, que se projetam para trás.
Quando a respiração é interrompida, a pessoa desperta – sem necessariamente recuperar a consciência e abrir os olhos.
As pausas respiratórias costumam demorar mais de 10 segundos e são consideradas anormais quando ultrapassam a frequência de cinco por hora.
O músculo da garganta também fica mais flácido com o envelhecimento, o consumo excessivo de álcool, o fumo, o sedentarismo e o uso de remédios sedativos. Para evitar o problema durante à noite, dormir de lado e de bruços ajuda.
Para o tratamento, existem dois aparelhos de pressão que são colocados nas vias aéreas, por meio de uma máscara: o CPAP e o Bipap. O primeiro joga ar em alta velocidade para desobstruir a garganta e ajudar o ar entrar com o mesmo nível de pressão na inspiração e na expiração.
No Bipap, a pressão de ar na inspiração é maior do que na expiração. Essa diferença facilita o movimento do tórax e ventila mais o indivíduo. O Bipap é indicado para casos mais graves e quando há outras doenças associadas, como bronquite crônica, obesidade grave e doenças neuromusculares.

Outros sintomas da apneia
- Sono agitado
- Aumento da micção de madrugada
- Sonolência excessiva durante o dia
- Alterações na memória e no raciocínio
- Impotência sexual

Grupos de risco
- Obesos
- Homens
- Pessoas acima dos 45 anos
- Indivíduos com alterações dos ossos da face
- Crianças e adolescentes com aumento das adenoides e amídalas
- Quem consome bebida alcoólica em excesso
- Fumantes
- Sedentários

Problemas decorrentes
- Hipertensão
- Arritmia cardíaca
- Infarto
- Derrame cerebral

Mitos
- Roncar significa estar em um sono bom e profundo
- Todo homem ronca e mulher nunca ronca

Verdades
- Dormir de lado e de bruços ajuda a evitar a apneia
- Roncar e parar de respirar durante o sono traz riscos à saúde

Como evitar
- Controle o peso
- Não coma demais nem tome bebidas alcoólicas à noite
- Evite usar remédios para dormir
- Trate problemas de nariz e garganta, como rinite, desvio de septo, sinusite, adenoides e amídalas
- Procure dormir de lado
- Se ronca com frequência, procure um médico

Segundo os médicos, quem ronca e desperta várias vezes por noite também tende a acordar mais cansado e ter problemas de aprendizado e memória durante o dia. Isso sem contar o risco de acidentes no trânsito e no trabalho.
Halpern explicou que uma mulher com circunferência de pescoço acima de 43 cm é uma grande candidata a apneia do sono. Na gravidez, essa região costuma inchar, como todo o corpo da gestante, e favorecer o ronco. O problema também piora na menopausa, quando ocorre uma diminuição hormonal no corpo feminino.
Nos homens, o volume do ronco pode chegar a 90 decibéis, comparável a um motor de caminhão ou turbina de avião, de acordo com a médica Lia Bittencourt.
Apneia1 (Foto: Arte/G1)
 
Dica de alimentação do dia
Não abuse do pão francês, principalmente se você quer emagrecer ou controlar a glicemia no sangue. Uma unidade equivale a duas colheres e meia de açúcar puro.
Troque o pão branco por uma opção integral, que contém mais fibras, aumenta a saciedade e ainda ajuda no funcionamento intestinal.
Veja abaixo o resultado da nossa enquete:

Enquete ronco (Foto: Reprodução)

Apneia do sono leva à pressão alta e a outros problemas circulatórios

A apneia do sono é uma doença que ataca durante a noite, e a pessoa muitas vezes nem sabe que tem, mas o corpo vai sofrendo aos poucos, e o sistema circulatório pode ficar comprometido. Apesar dessas características, a apneia não pode ser considerada uma doença silenciosa, já que o seu principal sintoma é o ronco – repetido e bem alto.
Apneia, literalmente, é a ausência de respiração. Se ocorre quando o indivíduo dorme, é chamada de apneia obstrutiva do sono, pois a passagem do ar é dificultada. A falta de oxigênio leva a pessoa a acordar várias vezes durante a noite, muitas vezes sem perceber.

Apneia x obesidade (Foto: Arte/G1)

Em determinados momentos, o paciente literalmente para de respirar. As asfixias duram pelo menos 10 segundos, mas podem ser bem mais longas. Quando o cérebro percebe a falta de oxigênio, o corpo libera adrenalina e a pessoa acorda para respirar. Nesse processo, a pressão arterial sobe e o coração dispara.
Esse é o grande risco oferecido pela doença. A pessoa fica com arritmia cardíaca, que é quando o coração se acelera muitas vezes, e então ele corre maior risco de falhar. Além disso, a constante falta de oxigenação faz aumentar a pressão sanguínea, e com isso crescem os riscos de infartos e de acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
O ronco é o principal sinal da apneia, mas nem todo mundo que ronca tem a doença. Outros sinais são cansaço e sonolência durante o dia, falta de energia, baixa concentração, perda de memória, pressão alta, dores de cabeça matinais, irritação e até impotência sexual.
O principal fator de risco é a obesidade, mas é cada vez mais comum encontrar o problema em quem não é obeso. Mulheres depois da menopausa e crianças com amídala ou adenóide aumentada também podem sofrer apneia. Além disso, pessoas com alguma alteração de mandíbula, como queixo para trás, têm mais propensão a ter a doença.

Tratamento
Para detectar a apneia, existe um exame chamado polissonografia. Ele mede quantas vezes por hora a pessoa deixa de respirar durante o sono. Quando isso acontece mais de 30 vezes por hora, o caso é considerado grave.
Para melhorar a respiração durante o sono e evitar a apneia existe um aparelho chamado CPAP – é a sigla em inglês para pressão positiva contínua do ar. O paciente tem que dormir com uma máscara que puxa o ar de fora e o lança para dentro das vias respiratórias.

Com isso, a pressão do ar abre o caminho obstruído, leva oxigênio até os pulmões e evita o ronco porque a pessoa não precisa mais abrir a boca para respirar.
O aparelho é regulado com uma pressão diferente para cada paciente. Isso é importante, porque se a pressão for forte demais, pode provocar irritação nas vias respiratórias.
O exame de polissonografia é oferecido gratuitamente pela rede pública em alguns lugares, mas o tratamento com CPAP não. O aparelho custa por volta de R$ 1 mil.

Ronco e paradas respiratórias à noite podem indicar apneia do sono

Dormir ao lado de alguém que ronca não é tarefa fácil. No Brasil, 30% dos homens têm esse problema, contra 10% das mulheres. Mas quem produz o barulho também sofre, muitas vezes sem saber. Isso porque ele pode indicar um distúrbio mais grave: a apneia do sono, que provoca pequenas e constantes paradas respiratórias durante a noite.
Para aprofundar as causas e consequências desse transtorno, que muitas vezes também desencadeia alterações cardiovasculares, o Bem Estar desta terça-feira (31) convidou o cardiologista Roberto Kalil e a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono  e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Apneia do sono (Foto: Arte/G1)

A apneia também leva a microdespertares, uma forma de o cérebro forçar o indivíduo a respirar. Alguns têm flacidez nos músculos da faringe e, quando deitam, o palato mole (“campainha”) vai para trás e obstrui ainda mais a passagem do ar.
Beber demais e estar cansado pode piorar o ronco, pois há um maior relaxamento dos músculos da garganta. Um exame chamado polissonografia, que grava e monitora o sono, é o mais indicado para diagnosticar apneia. Ele é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas as filas costumam ser grandes.
Dormir com um oxímetro (aparelho que mede a oxigenação) já ajuda o médico a verificar se o paciente tem falta de oxigenação durante a noite. Casos graves podem ser resolvidos com o uso de um aparelho que fornece oxigênio por meio de uma máscara. Mas esse equipamento é de difícil acesso pelo SUS e até pelos planos de saúde. As cirurgias de garganta, por sua vez, são eficientes apenas em casos bem específicos e com a técnica adequada.
Deitar de lado em geral ajuda a melhorar a apneia. Já a posição de barriga para cima favorece a obstrução do ar. Uma dica é usar um travesseiro comprido (aquele de abraçar com braços e pernas) e prender uma bolinha de tênis nas costas do pijama, para que a pessoa se sinta desconfortável e durma sempre de lado.
O programa desta terça também mostrou a história do motoboy Sandro Serrano, que parava de respirar 582 vezes por noite, o equivalente a 77 vezes por hora e mais de uma vez por minuto. A mulher dele se assustava com a cena repetida, que sempre era seguida por um ronco alto.

Pneumologista comenta novo tratamento para apneia do sono

"Marca-passo" para a língua ajuda a controlar problema ligado ao ronco.
Tecnologia pode ser opção para quem não se adaptar a outros métodos.

Os novos "marca-passos" para musculatura da língua, destinados a combater a apneia do sono, se juntam a uma série de outros tratamentos que vem sendo usados para solucionar o problema. Para o pneumologista Geraldo Lorenzi, a nova tecnologia pode se tornar uma opção para quem não consegue se adaptar a outros métodos para prevenir o problema. Veja vídeo acima.
O implante de um “marca-passo” sob a mandíbula funciona por meio de pequenos choques elétricos, impedindo a musculatura da língua e da faringe de relaxar e consequentemente obstruir a passagem de ar.
A apneia obstrutiva do sono – caracterizada por interrupções de pelo menos 10 segundos no fluxo de ar durante a noite – pode aumentar o risco de vários problemas de saúde, como hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto. O paciente também pode ter sonolência excessiva durante o dia, cansaço e dor de cabeça.
O tratamento de eletroestimulação seria uma alternativa às duas principais técnicas contra a doença utilizadas hoje. Uma delas é o CPAP, sigla em inglês para pressão positiva contínua do ar, em que o paciente usa uma máscara conectada a um aparelho que “empurra” o ar para as vias respiratórias. A outra é a cirurgia para correção de características anatômicas do aparelho respiratório que possam estar levando às obstruções no fluxo de ar.
O procedimento cirúrgico para implante do "marca-passo" contra apneia já foi feito com sucesso uma vez no Brasil, pelo Hospital Samaritano, em São Paulo. O paciente obteve uma autorização especial da Anvisa para receber o equipamento por uso compassivo, concedido nos casos em que o produto ainda não obteve registro na agência, mas já foi aprovado em outros países e se mostra promissor para o tratamento de determinada doença.
Atualmente, está em curso uma avaliação por parte da agência para concessão de registro para o eletroestimulador da marca ImThera. Existe ainda um eletroestimulador com a mesma finalidade produzido pela empresa Inspire Medical Systems.

Eletroestimulador para tratamento de apneia (esq.) e controle remoto (dir.): equipamento passa por análise da Anvisa para obtenção de registro (Foto: ImThera/Divulgação) 
Eletroestimulador para tratamento de apneia (esq.) e controle remoto (dir.): equipamento passa por análise da Anvisa para obtenção de registro (Foto: ImThera/Divulgação)

Como funciona?
O médico Eric Thuler, que coordenou o primeiro implante do marca-passo no Brasil, afirma que, nos últimos anos, estudos têm demonstrado que a causa mais comum de apneia é o relaxamento da musculatura da língua e da faringe durante o sono. A ocorrência de anormalidades anatômicas do aparelho respiratório que justificariam a parada de respiração no meio da noite é menos frequente.
 
A ideia do equipamento é justamente impedir esse relaxamento ao aplicar pequenos choques elétricos, de intensidade muito baixa, de forma que os músculos da língua e faringe permaneçam como se a pessoa estivesse acordada.O dispositivo é implantado perto do nervo hipoglosso, que inerva os músculos da língua e da faringe e fica sob a mandíbula. “São choquinhos de miliamperes, imperceptíveis ao paciente, que conseguem simular uma situação similar a quando o paciente está acordado”, diz o especialista.
O implante é feito por uma cirurgia simples, que dura cerca de 40 minutos, e o equipamento é ligado um mês depois do procedimento. Com um controle remoto, o paciente liga o "marca-passo" somente quando vai dormir. "Nas primeiras semanas, o paciente refere que sente como e estivesse com um formigamento na região. Depois, se torna imperceptível."

Quem poderia ser beneficiado?
Caso a técnica seja aprovada no Brasil, ela deve ser usada em pessoas que já tentaram outros tratamentos, mas não se adaptaram.
Segundo Thuler, a primeira opção para tratar a apneia continua sendo o CPAP, que é a técnica menos invasiva. Estudos mostram, porém, que cerca de 40% dos pacientes não conseguem se adaptar ao equipamento. Nesses casos, exames específicos devem revelar se o paciente possui alguma obstrução mecânica ao fluxo de ar que possa ser corrigida com cirurgia.
Se isso não for identificado e a causa da apneia for o relaxamento muscular da língua e da faringe, aí sim o tratamento de eletroestimulação seria indicado.

Paciente brasileiro
A primeira pessoa a se submeter ao tratamento de eletroestimulação para apneia no Brasil foi o médico oftalmologista Murilo Valladares Domingues, de 48 anos. Ele descobriu a doença há cerca de um ano, depois de fazer um exame para descobrir a causa de seus roncos. Domingues considerou o uso do CPAP desconfortável e soube que existia uma alternativa fora do Brasil. Depois de obter o aval da Anvisa, ele passou pela cirurgia do implante em julho.

“Foi mais para prevenir. Se não tratar, posso ter diabetes, pressão alta, AVC”, diz. Ele conta que os choquinhos não provocam dor e que ele tem precisado de menos horas de sono desde que ativou o dispositivo.

O brasileiro Marcelo Lima, presidente da empresa ImThera, com sede nos Estados Unidos, conta que cerca de 100 pacientes já receberam o implante no mundo. O equipamento já foi aprovado na Europa, onde já está sendo comercializado, e aguarda autorização nos Estados Unidos pelo FDA (Food and Drug Administration) e no Brasil pela Anvisa.

Lima esclarece que o objetivo do dispositivo é tratar a apneia e que ele só terá o efeito de inibir o ronco caso ele tenha como causa a obstrução das vias aéreas durante o sono.
A apneia do sono é um fator de risco relevante na incidência de hipertensão. Veja abaixo em vídeo comentário do cardiologista Roberto Kalil sobre esse problema, que liga a apneia a uma maior probabilidade de males cardiovasculares.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Não atinge orgasmo? Tem dor? José Bento tira dúvidas sexuais

Em entrevista ao Terra, o ginecologista falou sobre problemas que afetam a vida sexual

 Fazer sexo é um dos momentos de maior conexão dos casais por unir intimidade e prazer, mas para algumas mulheres transar pode ser sinônimo de dor e problemas na vida sexual. Com o objetivo de orientar o público feminino sobre como ter mais saúde, o ginecologista José Bento lançou em junho deste ano o livro A Saúde da Mulher - manual prático de saúde física e emocional para todas as fases da vida , pela Editora Alaúde, que aborda temas como puberdade, gravidez e menopausa. 

José Bento, ginecologista, obstetra e autor do livro A Saúde da Mulher - manual prático de saúde física e emocional para todas as fases da vida 

José Bento, ginecologista, obstetra e autor do livro A Saúde da Mulher - manual prático de saúde física e emocional para todas as fases da vida
Foto: Divulgação
 
Em entrevista ao Terra por telefone, o médico falou sobre as doenças que afetam a prática sexual. “Sexo foi feito para dar prazer, e não para dar dor”, disse. Comum entre mulheres a partir dos 19 anos, o vaginismo começa com uma dor na entrada da vagina. Por sentir esse incômodo, a mulher contrai involuntariamente toda a musculatura perineal, impedindo a penetração. “Ela não sente prazer em momento nenhum, só dor, angústia, desânimo e frustração de não conseguir ter e nem dar prazer”, explicou.
Ao falar sobre a doença, o obstetra lembrou do caso de uma paciente que tinha uma vida sexual ativa, mas após um parto cesárea desenvolveu a disfunção. Segundo ele, como a vagina fica muito seca depois da gestação, ela teve primeiro a dispareunia [entenda a definição abaixo] e avançou para o vaginismo. “Ela não conseguia ter relação, a musculatura perineal fechava a vagina de uma maneira que não entrava um lápis, quanto mais um pênis”.
Vaginismo é a contração involuntária da musculatura perineal que impede a penetração do pênis
Vaginismo é a contração involuntária da musculatura perineal que impede 
a penetração do pênis
Foto: iStock
Em quadros como este, o tratamento mais indicado, de acordo com o Dr. José Bento, são sessões de fisioterapia, que podem variar de acordo com a gravidade, mas com 10 já é possível notar melhora. “A fisioterapia laceia essa musculatura através de massagens locais, tirando a sensibilidade excessiva. Às vezes são necessários estímulos elétricos, por meio de um aparelho colocado na entrada da vagina próximo à região da musculatura das nádegas”.
No caso da paciente citada pelo ginecologista, a doença atingiu diretamente a relação dela com o companheiro, que cogitou até o divórcio, após eles ficarem um ano sem praticar sexo. “O marido foi na clínica e me disse que eu era a única esperança dele, porque ele ia se separar, e ela ficou olhando sem saber o que fazer”.
Após 15 consultas com a fisioterapeuta e a conscientização da própria paciente, que procurou relaxar no momento de intimidade com seu parceiro, ela conseguiu se curar da doença. Entre risadas, o obstetra lembrou da última conversa que teve com o marido. “Dr., eu vim te agradecer, porque agora até sexo anal estou fazendo com a minha esposa”. Eu respondi: “me poupe dos detalhes”, contou rindo. 

Dispareunia
Ao ter uma relação sexual e sentir dor, você pensa “transar dói, é assim mesmo, tenho que aguentar, acontece com minhas amigas também?”. Cuidado, pode tratar-se de uma dispareunia, que é a dor sentida repetidamente durante as relações sexuais.
Dispareunia é a dor sentida repetidamente durante as relações sexuais
Dispareunia é a dor sentida repetidamente durante as relações sexuais
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“Muitas mulheres passam por disfunções sexuais e acham que é normal, mas não é, elas devem procurar a ajuda de um especialista”, alertou o Dr. José Bento.
Segundo o médico, há dois tipos de dispareunia, a que ocorre na entrada da vagina, em que a mulher sente dor no início da atividade sexual, mas com o estímulo da penetração, ela atinge uma elasticidade e lubrificação maiores, e a dor desaparece. A outra é a de profundidade com a presença de bioma e endometriose, e pode sinalizar o aparecimento de alguma doença mais grave, como o vaginismo.
Comum entre mulheres de 50 a 60 anos, que estão perto da menopausa, o obstetra explicou que a dificuldade ocorre pela pouca elasticidade vaginal. A doença tem cura por meio de tratamentos com reposição hormonal, que pode ser local ou sistêmica. “A mulher pode fazer reposição à base de cremes vaginais ou de gel. A partir da aplicação do produto, o hormônio é absorvido pela pele e, dessa forma, ela repõe aqueles hormônios que estão faltando no organismo”. 

Anorgasmia
Há quem diga que o sexo só é bom quando se chega ao orgasmo, mas a falta dele faz parte da realidade de muitas mulheres. De acordo com o médico, há aquelas que não têm vontade de fazer sexo, não sentem prazer e consequentemente não atingem o ápice. E existem as que sentem desejo, têm prazer com as carícias, mas também sofrem da anorgasmia, que é a incapacidade de chegar ao orgasmo.
Anorgasmia é a incapacidade de chegar ao orgasmo
Anorgasmia é a incapacidade de chegar ao orgasmo
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Entre 80% e 90% dos casos, o ginecologista atribuiu essa dificuldade ao tipo de relacionamento e a questões psicológicas, mas ele ressaltou que há situações em que a mulher sofre de uma disfunção hormonal por conta da diminuição da progesterona e da quantidade de hormônios tireoidianos. “Essas alterações orgânicas justificam a incapacidade de ter orgasmo”.
Para mudar esta condição, o ginecologista recomendou a mudança de alguns hábitos. “O tratamento deve ser na própria mulher, de forma que ela cuide melhor da sua autoestima, fique menos estressada, cuide mais da alimentação e pratique exercícios físicos”. 

Perda da libido
Chegou a hora de ir para a cama e em vez de namorar o maridão você preferiu desejar boa noite e virar para o lado? Se você se comporta deste jeito, não está no grupo de 60% das mulheres, que declararam ter uma vida sexual satisfatória, de acordo com o obstetra.
Perda da libido pode ser ocasionada por questões psicológicas ou disfunções sexuais
Perda da libido pode ser ocasionada por questões psicológicas ou disfunções sexuais
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Certamente você faz parte do grupo 40%, que afirmou ter perdido a libido. Segundo o especialista, desse número, 20% passam por dificuldades ocasionadas por questões como pós-parto, menopausa, alterações hormonais, problemas financeiros, estresse, entre outros. “Um dos períodos mais críticos é após o parto, onde o interesse sexual da mulher fica bem comprometido. Às vezes a perda de interesse dura o tempo da amamentação, de seis meses a um ano”, comentou.
Os outros 20% são por disfunções sexuais detectadas através de exames. Nesses casos, o tratamento deve ser feito em um trabalho conjunto com com ginecologista, psicoterapeuta e sexólogo. 

Terra

O que uma latinha de Coca-Cola pode fazer ao seu corpo?

Blog Truth Theory mostra efeitos de 10 minutos até mais de 1h após ingestão do refrigerante

Você já se perguntou o que acontece com o corpo depois do consumo de uma lata de refrigerante? Uma ilustração compilada pelo blog Truth Theory, do ex-farmacêutico Niraj Naik, apresenta os efeitos de uma lata de Coca-Cola ou outra bebida similar açucarada e com cafeína a partir de 10 minutos de sua ingestão até depois de 60 minutos. Os dados foram divulgados pelo jornal Daily Mail, que ouviu a opinião de alguns profissionais sobre o assunto. Confira:  

 

10 minutos

10 colheres de chá de açúcar atingem seu sistema (100% de sua ingestão diária recomendada). Você não vomita imediatamente devido à doçura esmagadora porque o ácido fosfórico corta o sabor.

20 minutos

O açúcar no sangue tem um pico, causando uma explosão de insulina. Seu fígado responde a isso transformando todo o açúcar que pode obter em gordura.

40 minutos

A absorção de cafeína está completa. As pupilas dilatam, a pressão arterial sobe, como resposta seu fígado despeja mais açúcar em sua corrente sanguínea. Os receptores de adenosina no seu cérebro são bloqueados, impedindo sonolência.

45 minutos

O corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do seu cérebro. Essa é fisicamente a mesma maneira que a heroína funciona.

60 Minutos

O ácido fosfórico prende o cálcio, magnésio e zinco no intestino grosso, provocando mais um aumento no metabolismo. Essa situação é agravada por doses elevadas de açúcar e adoçantes artificiais também aumentando a excreção urinária de cálcio.

Mais de 60 Minutos

Propriedades diuréticas da cafeína entram em jogo (fazem com que a pessoa urine). Agora, é certeza que você vai evacuar a junção de cálcio, magnésio e zinco que deveriam ir para seus ossos, bem como o sódio, eletrólitos e água.

Mais de 60 minutos

Como o delírio dentro de você morre, vai começar a ter um choque de açúcar. Pode tornar-se irritado e/ou lento. Você também terá, literalmente, urinado a água que estava no refrigerante. Mas não antes de levar junto alguns nutrientes que seu corpo poderia ter usado para até mesmo ter a capacidade de hidratar o organismo e fortalecer ossos e dentes.

O que dizem os especialistas

“Coca-Cola não tem apenas muito xarope de milho com alta frutose, mas também é embalado com sais refinados e cafeína. O consumo regular desses ingredientes nas quantidades elevadas que você encontra na Coca-Cola e outros alimentos e bebidas processados pode levar ao aumento da pressão arterial, doença cardíaca, diabetes e obesidade”, comentou o ex-farmacêutico em seu blog.
“O Serviço Nacional de Saúde acabou de mudar a permissão do total de açúcar adicionado de 10 colheres de chá por dia para 7,5 colheres de chá por dia. Isso faz com que apenas uma lata tenha mais do que o total de açúcar permitido para o dia inteiro”, disse a nutricionista Ella Allred, da NutriCentre.com.
Segundo a nutricionista, essa alta quantidade de açúcar faz com que o pâncreas trabalhe mais para produzir insulina, aumentando as chances de desenvolver diabetes tipo 2 e causando acúmulo de gordura abdominal, elevando o risco de doenças cardíacas. “A enorme quantidade de açúcar com que seu corpo precisa lidar utiliza reservas de nutrientes valiosos como magnésio e cálcio, sendo nossas maiores reservas nos ossos. Também faz com que se torne desidratado, fazendo você se sentir sonolento e cansado, novamente precisando de mais energia. O açúcar e a cafeína estimulam os mesmos centros de prazer no cérebro como drogas, como cocaína e heroína, deixando você desejando mais, o que piora ainda mais o efeito em seu corpo.”
O dentista Sameer Pate, diretor clínico da Elleven Dental Practice, no Reino Unido, disse que as bebidas gaseificadas, como as do tipo cola, estão cheias de açúcar e ácido, que prejudicam os dentes. “Quando o líquido está na boca, pode então levar a erosão ácida e cárie dentária. As bebidas gaseificadas de cor mais escura aumentam a probabilidade de coloração dos dentes também”, comentou.
Quanto mais tempo demorar para terminar de beber a lata, pior é para o dente. “Leva apenas 20 segundos para que as bactérias produzam ácido no interior da boca, mas os efeitos podem durar até 30 minutos. Se você gastar 30 minutos bebendo, esses efeitos de bactérias se multiplicam substancialmente. Se você está bebendo refrigerantes, use um canudo e consuma com a refeição para minimizar o contato do açúcar com os dentes, o que leva a problemas dentários. Masque chiclete sem açúcar quando tiver terminado para ajudar a neutralizar o ácido na boca”, recomendou. 

O jornal Daily Mail entrou em contato com a Coca-Cola para comentar o assunto, mas não obteve resposta até o momento da publicação.