domingo, 21 de dezembro de 2014

Feliz Natal


Alimentação e Tireoide

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Alimentar-se de forma equilibrada é importante para a manutenção de peso ideal e da saúde plena. O mesmo se aplica para as pessoas com algum distúrbio na tireoide, seja ele hipotireoidismo ou hipertireoidismo. De acordo com a Dra. Laura Ward, presidente do Departamento de Tireoide da SBEM (Gestão 2011-2012), embora certos alimentos, quando ingeridos em excesso e por longos períodos, possam interferir com o metabolismo da tireoide, sua proibição não é usual para quem tem problemas com a glândula. “Apenas em situações especiais, como antes da realização de alguns exames ou tratamentos específicos, é que uma dieta direcionada é orientada. No geral, o ideal é que se mantenha uma alimentação saudável e balanceada em todos os nutrientes”, afirma.
Segundo a especialista, quem tem problemas na glândula deve ficar atento a excessos de determinados tipos de alimentos. “O ideal é que o paciente não coma sal em grande quantidade, já que o sal é iodado e o excesso de iodo pode piorar um distúrbio de tireoide latente (não manifestado clinicamente ainda) ou já em tratamento. Isso desregula totalmente o metabolismo do indivíduo”, alerta.
A endocrinologista chama atenção ainda para os alimentos que podem causar bócio, os chamados bociogênicos, ou que contenham isoflavonas em grande quantidade. “Alimentos como repolho, nabo, soja e couve podem ser consumidos uma ou duas vezes por semana, mas não todos os dias”, alerta Dra. Laura.
Atenção para a Soja
De acordo com Dra. Tânia Bachega, presidente da Comissão Nacional dos Desreguladores Endócrinos da SBEM, a partir da aprovação da rotulagem de alimentos com soja como protetores para doença coronariana pelo Food and Drug Administration (FDA), em 1999, o consumo destes produtos vem aumentando a cada dia. “Com o aumento no consumo de soja, cresceram as preocupações se este alimento poderia afetar o equilíbrio da função tireoidiana. Estudos in vitro demonstraram que os fitoestrógenos presentes na soja, além de diminuírem a ação periférica dos hormônios tireoidianos, também afetam a sua síntese por inibição da tireoperoxidase, uma enzima chave na síntese dos hormônios tireoidianos. Eles induzem ainda a proliferação dos tireócitos, predispondo ao hipotireoidismo e bócio”, explica. “É muito discutida a hipótese de que a ingestão da soja por indivíduos predispostos ao desenvolvimento de doença tireoidiana poderia desencadear ou acelerar a evolução para franco hipotireoidismo”, alerta.
Segundo dados de uma pesquisa, comentados pela especialista, em uma análise de mulheres com hipotireoidismo subclínico, observou-se que o consumo diário de 16 mg/dia de isoflavona, equivalente ao ingerido pelos vegetarianos, aumentou em três vezes o risco para o desenvolvimento de hipotireoidismo franco. “Este hipotireoidismo não foi reversível com a suspensão da ingestão de soja, sugerindo que as isoflavonas também possam atuar através da modulação do processo autoimune”, explica. “Outro aspecto importante que merece ser enfatizado é que os fitoestrógenos podem diminuir a absorção tanto do hormônio tireoidiano como do iodo, havendo a necessidade de um fino ajuste da dose da terapia com levotiroxina, especialmente nos portadores hipotireoidismo congênito”, reitera.

Em relação ao consumo ideal de soja, Dra. Tânia explica que não é possível determinar qual seria a dose isenta de efeitos nocivos: “Baseando-se no mecanismo de ação dos desreguladores endócrinos, doses pequenas podem alterar o funcionamento da tireoide, especialmente nos indivíduos de maior suscetibilidade: fetos, lactentes e adolescentes”, explica. Os fitoestrógenos podem também ser encontrados em outros alimentos como cevada, centeio, ervilha e algas.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Apneia do Sono Riscos


Cirurgia para correção da apnéia do sono


Apneia do sono pode dificultar a prática de atividades aeróbicas

Estudo constatou que quem sofre de apneia tem um menor consumo de oxigênio durante exercícios físicos como a corrida e o ciclismo

cansaço

Sofrer de apneia do sono pode diminuir a capacidade de realizar exercícios aeróbicos. Isso ocorre porque há um menor consumo de oxigênio durante a prática de atividades físicas extenuantes, como a corrida e o ciclismo. Essa foi a constatação de um estudo publicado na edição de novembro do periódico Journal of Clinical Sleep Medicine.
CONHEÇA A PESQUISA

Resultado: A apneia do sono diminui em 16% a capacidade do organismo de consumir oxigênio durante atividades físicas aeróbicas.
A apneia do sono ocorre quando uma via respiratória é bloqueada subitamente e interrompe a respiração durante o sono — o que pode acontecer diversas vezes em uma noite.
“Nós acreditamos que a própria apneia do sono provoca alterações estruturais nos músculos que contribuem para que os pacientes tenham dificuldade em realizar exercícios físicos aeróbicos”, explica Jeremy Beitler, coautor do estudo e professor na Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos.
Testes — Participaram da pesquisa 140 pessoas, das quais 50 tinham apneia moderada a severa. Os estudiosos mediram a taxa de metabolismo basal e o VO2 máximo de cada participante. O primeiro índice determina a quantidade de energia que o corpo necessita para desempenhar suas funções básicas. O segundo mostra o limite de oxigênio que o organismo consome durante um exercício físico extenuante.
Os pesquisadores constataram que as pessoas que tinham apneia apresentavam um VO2 máximo 16% menor do que os que não sofriam do distúrbio. De acordo com os cientistas, os resultados podem estimular o tratamento para a apneia do sono, um distúrbio negligenciado.

Pesquisas sobre apneia do sono

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Teste cardíaco para prever risco de vida

Quem fez: Equipe de médicos da Clínica Cleveland, nos Estados Unidos, coordenada pelo pesquisador Omar Minai
 
A pesquisa: Os autores do estudo analisaram os prontuários de 1.533 pacientes com apneia do sono que foram submetidos a um teste ergométrico (ou de esforço). Esse teste mede a capacidade cardiorrespiratória de uma pessoa, avaliando a quantidade de stress que seu coração consegue suportar sem que desenvolva uma arritmia cardíaca ou uma cardiopatia isquêmica (quando o fluxo sanguíneo que chega ao músculo cardíaco é insuficiente). No exame, o paciente geralmente é orientado a se exercitar em uma bicicleta ergométrica ou em uma esteira, e seu coração é monitorado por eletrocardiograma. Depois, os pesquisadores compararam o risco de vida entre os pacientes com e sem capacidade funcional cardíaca prejudicada. Sabe-se que a apneia do sono é um fator de risco para doenças cardíacas.
 
Conclusão: Pacientes com apneia do sono que apresentavam a capacidade funcional cardíaca prejudicada apresentaram um risco cinco vezes maior de morrer do que pessoas com apneia do sono, mas com uma capacidade cardíaca normal. Para os autores do estudo, essas informações são importantes por mostrarem que o teste ergométrico pode ser fundamental para ajudar os médicos a identificar, entre pacientes com apneia do sono, quais são aqueles que correm maior risco de vida.
 

Asma como fator de risco para apneia do sono

Quem fez: Pesquisadores da Universidade de Wisconsin, Estados Unidos
 
A pesquisa: Foram analisados os dados de um estudo iniciado em 1998 com cerca de 1.500 pessoas. Os pesquisadores analisaram o risco de esses indivíduos desenvolverem apneia do sono em um período de oito anos.
 
Conclusão: Pessoas com asma apresentaram um risco 70% maior de ter apneia do sono em um período de oito anos em comparação com indivíduos que não eram asmáticos. Esse risco foi ainda maior entre pessoas que desenvolveram asma na infância: nesse caso, a chance de ter apneia do sono foi mais do que o dobro do que a de não asmáticos. Além disso, a duração da asma pode interferir no risco: segundo o estudo, para cada cinco anos em que uma pessoa sofre de asma, as chances de desenvolver apneia do sono aumentam em 10% em um período de oito anos. Essas conclusões foram obtidas após os pesquisadores ajustarem os dados para outros fatores que contribuem com a apneia do sono – como índice de massa corporal (IMC) elevado, consumo de álcool e idade. Os resultados, no entanto, ainda não são suficientes para que o histórico de asma já seja tratado como um forte fator de risco para a apneia do sono. Para tanto, serão necessárias pesquisas mais amplas, segundo Paul Peppard, coordenador do estudo.
 

Associação entre apneia do sono e Alzheimer

Quem fez: Equipe de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York, Estados Unidos.
 
A pesquisa: Os autores do estudo avaliaram 68 idosos com uma idade média de 71 anos. Os participantes foram submetidos a duas noites de testes de sono e também a exames que indicam a presença de algum marcador biológico (substâncias medidas para detectar alguma doença ou desequilíbrio no organismo) para a doença de Alzheimer.
 
Conclusão: De acordo com a pesquisa, participantes com algum distúrbio respiratório do sono, como a apneia, são mais propensos a ter algum marcador biológico que indica um estágio inicial da doença de Alzheimer. A pesquisa não conseguiu, porém, explicar de que forma essa relação é estabelecida: se o distúrbio do sono causa Alzheimer, ou é o Alzheimer que desencadeia o distúrbio. "A prevalência de apneia do sono dispara entre idosos, e esse fato não tem recebido a atenção devida", diz Ricardo Osorio, coordenador do estudo. De acordo com ele, a prevalência de apneia do sono na população em geral é de 10% a 20%. Entre pessoas acima dos 65 anos, a incidência vai de 30% a 60%. "Não sabemos por que o problema se torna tão comum entre pessoas mais velhas, mas pode ser que seja porque esses indivíduos são mais propensos a se encontrarem em um estágio pré-clínico (antes do surgimento dos sintomas) do Alzheimer."
 
 

domingo, 7 de dezembro de 2014

Apneia do Sono e Ronco

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Roncar não é normal!
Já reclamaram do seu ronco? Você passa o dia muito cansado? Após dormir o número habitual de horas, você sente que não aproveitou o sono?
Preste atenção! Esses podem ser sinais de que você sofre de apneia do sono.

Como o sono funciona?

Durante o sono, o corpo exige menos esforço da respiração, que se torna mais lenta e pausada (hipoventilação), isto leva à diminuição da atividade metabólica e da produção do CO2 (gás carbonico). Logo após deitar, o corpo entra em um estado de sono sincronizado, chamado assim por não apresentar nenhum tipo de movimento ocular e nem agitações corporais.
Depois de aproximadamente 45 minutos de sono ininterrupto, você passa pelo sono tipo REM, que dura geralmente, de cinco a dez minutos. Nessa fase, o sono torna-se dessincronizado, apresentando movimentos oculares rápidos. Durante o REM, ocorre também a ativação do sistema simpático e a oscilação da pressão e da frequência cardíaca. Essa é uma característica habitual do sono, que se alterna entre as duas fases e, assim, acaba proporcionando ao corpo um maior repouso da atividade cerebral e muscular.

O que é apneia do sono?

O termo “apneia” deriva do grego e significa “falta de respiração”. A pessoa que sofre com essas crises, que podem ser obstrutivas, centrais ou mistas, tem sua respiração paralisada por cerca de 10 segundos durante o sono.
A parada obstrutiva da respiração caracteriza-se por um fluxo aéreo impedido pelo colapso das vias aéreas superiores. Já em relação à parada central da respiração, o sistema nervoso é incapaz de ativar a função do diafragma (músculo do tórax responsável pela respiração). As apneias mistas referem-se a uma pausa do centro respiratório e um consequente aumento de esforço sobre uma via obstruída.


A apneia acontece durante o sono, por meio de um achatamento das vias respiratórias. Com isso, o corpo fica com menos ar à disposição dos órgãos, portanto, diminui a concentração de oxigênio e aumenta a quantidade de gás carbônico, ambos no sangue arterial. A obstrução da via respiratória, que impede a respiração e a vibração dos tecidos da garganta, que acontece quando o ar passa, dão origem ao ronco.

Os homens são mais atingidos pelas apneia do que as mulheres e o pico de incidência da doença acontece entre 40 e 50 anos de idade. Existem alguns fatores de risco, como a obesidade. Estima-se que 70% dos obesos apresentam a apneia. A doença também está ligada a fatores genéticos e doenças como a síndrome de Down.
Pesquisas afirmam que mais de 10% da população acima de 65 anos têm apneia obstrutiva do sono. O maior desafio é o descaso com a situação. O consenso de que “roncar é normal” faz com que muitas situações se agravem. Cerca de 90% das pessoas que roncam não procuram descobrir o que ocasiona o problema.

Ronco e apneia do sono

Entre 30 e 35 anos, cerca de 20% dos homens e 5% das mulheres roncam. Na faixa acima dos 60 anos, esses índices sobem para 60 e 40% respectivamente. Roncar, geralmente, acontece em decorrência da posição de dormir. A posição decúbito dorsal, na qual a pessoa dorme com a barriga virada para cima da cama, pode influenciar na ocorrência de roncos.
No entanto, roncar não é normal. O ronco alto e frequente é um sinal claro de que a pessoa tem uma forte tendência em ter apneia do sono. Apesar disso, o sintoma de emitir ruídos altos durante a noite é constantemente negligenciado. Com a apneia, o ronco é emitido assim que a pessoa consegue respirar. O som vem da vibração muscular. Interromper rapidamente esse ruído é um indicio de apneia do sono e, também, um sinal de que roncos mais fortes e altos virão a fim de forçar a abertura aérea para reiniciar a respiração.

Falta de sono

 
Quem tem apneia, geralmente, apesar de dormir por tempo adequado, ao acordar não se sente relaxada, uma vez que seu sono é mais agitado e mal aproveitado para o descanso do corpo. Por isso, uma das consequências mais claras da apneia, além do ronco, é o excesso de sonolência diurna, que está relacionada, também, à perda dos estágios de sono-REM.

A apneia do sono ainda pode causar: depressão, alteração de personalidade e problemas com as funções cognitivas (atenção), além de dificuldades com a memória e aprendizado. Algumas pesquisas relacionam a apneia com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio e arritmia.

A hipertensão também é um dos fatores de risco para desenvolver a apneia. Estima-se que mais de 50% dos pacientes com apneia são hipertensos e cerca de 40% dos pacientes hipertensos podem ter apneia não diagnosticada.

Sintomas

Os sintomas da apneia decorrem, em maioria, da falta de sono, entre eles estão: fadiga, excesso de sono durante o dia, irritabilidade, diminuição da libido, impotência e dores de cabeça matutinas. Os episódios de acordar durante a noite, dificilmente, são relatados pelos pacientes.
Por isso é importante à realização do processo de anamnese, que é uma espécie de entrevista realizada pelo médico com o paciente a fim de descobrir fatos importantes relacionados à doença.
Outras características também podem sinalizar pessoas que sofrem de apneia do sono. As mais comuns são: obesidade, hipertensão arterial e desvio de septo nasal.

Quais são os sintomas mais comuns?

• Sonolência excessiva durante o dia;
• Ronco alto e perturbador;
• Sono inquieto;
• Dificuldade de concentração;
• Depressão ou instabilidade;
• Dor de cabeça matinal;
• Pressão alta.

Como eu sei se tenho apneia?

Para diagnosticar a apneia do sono, o método mais eficiente é o estudo nos laboratórios do sono. Por meio da polissonografia, a pessoa é monitorada durante uma noite de sono, a fim de perceber variáveis como: movimentos oculares e abdominais, além de controlar o fluxo de ar inspirado.

Com esses dados, são calculados:
• A quantidade de vezes que acontece a apneia durante o período de sono;
• Média do tempo de duração dessas crises;
• Quantidade de oxigênio presente no sangue arterial.
Posteriormente, a chamada nasofibrolaringoscopia, exame feito por meio de um aparelho flexível, é eficaz para avaliar e entender as complexidades da via aérea da pessoa.


Como tratar?

Os tratamentos indicados para a apneia do sono procuram incentivar uma respiração noturna adequada, reduzir a recorrência dos roncos e diminuir a quantidade de vezes que o paciente desperta durante a noite. Para casos de apneia diagnosticados, existem três tipos de tratamentos: comportamental, clínico e cirúrgico. A escolha do tratamento depende do grau de apneia que a pessoa apresenta.
Há uma série de medidas associadas ao tratamento clínico. O tratamento é baseado no exame físico, história e resultados da polissonografia do paciente. Medicamentos geralmente não são efetivos no tratamento a apneia. Oxigênio e ventilação mecânica somente são necessários nos casos raros de apneia central.
O CPAP (aparelho de pressão positiva contínua nas vias aéreas superiores) é o tratamento mais efetivo para apneia. O aparelho geralmente tem o tamanho aproximado de um telefone fixo e é conectado a uma máscara que é ajustada ao nariz do paciente. Em casos mais raros, onde ocorre muito vazamento pela boca, uma máscara que cobre a boca e o nariz é necessária. O aparelho aumenta a pressão do ar, gerando uma coluna de ar na via aérea superior, forçando sua abertura contínua. A pressão do ar é ajustada para cada paciente de modo a ser suficiente para prevenir o fechamento da via aérea durante o sono. O CPAP fornece então uma pressão constante que previne o fechamento da via aérea. Ele costuma ser bem tolerado, entretanto muitas vezes requer que o paciente se acostume.
O tratamento cirúrgico, como o nome já afirma, é à base de procedimentos mais invasivos. Dentre eles, três se destacam:
•    Traqueostomia: utilizada, geralmente, com pacientes obesos para garantir a permeabilidade das vias aéreas;
•    Cirurgia para a correção de anomalias nasais, entre elas: desvio de septo e extração de pólipos;
•    Uvulopalatofaringoplastia: o nome grande revela a cirurgia mais popular. Ela funciona ao remover o excesso de tecido na parte posterior da garganta.
No entanto, o tratamento mais simples talvez seja o de cunho comportamental. Ele baseia-se no cuidado com outras doenças de base da apneia, como é o caso do hipotireoidismo e da rinite. Além disso, é aconselhável uma mudança de hábitos, como fazer exercícios para melhorar a qualidade do sono.
Para manter-se longe da apneia também é importante promover uma higiene do sono, veja como:


Procurando ajuda médica

Se você está muito sonolento, acha que está roncando muito, tendo pausas respiratórias durante o sono ou mesmo tendo outras dificuldades para dormir bem, agende uma consulta com um médico.
Os distúrbios do sono têm tratamento. Seu médico pode sugerir um especialista na área. Muitos desses especialistas têm acesso a um laboratório do sono para referi-lo ao exame de polissonografia, que determinará com certeza o seu grau de apneia do sono ou de outro distúrbio do sono.

Cirurgias para ronco e apnéia do sono: dúvidas mais frequentes

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1) Estou roncando. Existe alguma cirurgia que possa me ajudar?
Sim e não. Sim, porque existem diversas modalidades cirúrgicas que podem ser direcionadas ao tratamento do ronco e apnéia do sono. E, não, até que você seja avaliado por um médico especialista, o qual identificará se você é um “bom candidato” a algum procedimento cirúrgico com esse objetivo.
2) E o que é ser um “bom candidato” para uma cirurgia de ronco ou apnéia do sono?
O “bom candidato” é aquele paciente que possui alterações estruturais significativas das vias aéreas superiores (em nariz, faringe, base de língua ou na estrutura óssea facial) que, quando corrigidas, possam de fato melhorar ou normalizar o fluxo de ar por esse trajeto, principalmente durante o sono. Traduzindo: se seu nariz, garganta ou ossos da face são “normais”, não há (na grande maioria das vezes) motivos para você ser operado, independente da intensidade de seu ronco ou gravidade de sua apnéia. Nesse caso, deve ser optada por uma opção dentre os diversos tratamentos clínicos disponíveis.
Entretanto, para toda e qualquer cirurgia para ronco e apnéia do sono, melhores resultados geralmente são obtidos em pacientes mais jovens e mais magros, o que por exemplo não exclui definitivamente a possibilidade de bons resultados em um idoso com sobrepeso, desde que bem indicado pelo especialista que o acompanha.
3) E quais as cirurgias mais comuns que geralmente são indicadas com esse propósito?
- cirurgias nasais: para desvios de septo nasal (septoplastia), aumento de volume de conchas nasais (turbinectomia, turbinolpastia ou radiofrequência em conchas nasais), aumento de volume de adenóides (adenoidectomia), presença de pólipos ou lesões nasais (polipectomia ou exérese de lesões nasais ou nasossinusais).
- cirurgias de garganta: para aumento de volume amígdalas (amigdalectomia) ou excesso/flacidez de tecido mucoso ou muscular na região da úvula ou próximo às amígdalas (uvulopalatofaringoplastia, redução volumétrica de palato mole por radiofreqüência, injeção roncoplástica, implantes de pilares palatais, faringoplastia lateral).
- cirurgias de base de língua: para aumento de volume lingual ou para línguas proporcionalmente grandes para o tamanho da cavidade oral (glossectomia, ablação lingual por radiofreqüência, avanço do músculo genioglosso, miotomia e suspensão do hióide).
- cirurgias ósseas faciais: para correção de defeitos de posicionamento ou de dimensões de maxila e/ou mandíbula (avanço maxilo-mandibular, distração osteogênica da mandíbula e/ou maxila e expansão maxilar rápida).
Interessante ressaltar que, em muitos casos, o paciente possui alterações em mais de um ponto das vias aéreas superiores, podendo ser indicados em uma mesma cirurgia dois ou três procedimentos concomitantes, como por exemplo uma septoplastia, associada a uvulopalatofaringoplastia e ablação lingual por radiofreqüência. Nesses casos, os resultados certamente serão otimizados, pois foram corrigidas diversas alterações em um único tempo cirúrgico.
4) Meu vizinho ronca e tem apnéia do sono, assim como eu. Fizemos o exame do sono e, por coincidência, tivemos o mesmo resultado (apnéia do sono grave). Marcamos consulta com o mesmo especialista em sono e, curiosamente, para meu vizinho foi indicada uma cirurgia de garganta e, para mim, um aparelho chamado CPAP. Por que essa diferença de tratamento, se temos a mesma doença?
Esse é, sem dúvida, o ponto mais delicado do tratamento do ronco e da apnéia do sono – a adequação do tratamento a cada perfil de paciente. Essas diferenças de conduta entre pacientes semelhantes, mesmo que possuam quadro clínico e resultados de exames idênticos, existem devido a diferenças interpessoais de idade, peso, sexo, grau e localização de alterações de vias aéreas superiores e presença de outras doenças associadas (diabetes, pressão alta, arritmias cardíacas, doenças pulmonares, neurológicas ou neuromusculares, etc.). A avaliação global desses fatores é determinante para a indicação de qualquer cirurgia.
Ou seja: o tratamento cirúrgico do ronco e apnéia do sono é sempre individualizado, e depende em parte de resultado de exames e, em sua maior parte, das particularidades físicas de cada paciente. Um bom tratamento para seu vizinho pode ser péssimo para você, ou vice-versa, mesmo que possuam quadros clínicos semelhantes.
E esse julgamento deve ser criteriosamente feito por um médico especialista na área, para minimizar erros ou resultados insatisfatórios (infelizmente bastante comuns no cenário atual).
5) E como saber se meu problema será melhor resolvido com, sem ou também com cirurgia?
A avaliação por um especialista é sempre o caminho mais seguro, sem dúvida. Uma cirurgia não é um “corte de cabelo”, sendo que devem ser considerados em conjunto com o paciente os riscos, prós e contras de todo e qualquer procedimento, mas que quando bem indicados podem trazer resultados muito satisfatórios e duradouros. Além disso, a “pílula mágica” para a cura do ronco e apnéia do sono ainda não foi descoberta, sendo que a cirurgia, quando indicada, faz parte de um “processo de tratamento”, e não deve ser encarada como “o” tratamento. Idade, sexo, peso e outras doenças concomitantes influenciam no grau e duração dos resultados cirúrgicos, o que deve sempre ser de conhecimento do paciente.
Dr. Murilo Lima

domingo, 30 de novembro de 2014

ALIMENTOS PARA O BOM FUNCIONAMENTO DA TIREÓIDE


Sabia que alguns produtos podem alterar a tireóide e até mudar o sexo do bebê?

Aquecer alimentos em recipientes de plástico, por exemplo, pode representar um risco à saúde e está sendo associado a várias doenças. Entre os artigos considerados perigosos, também estão listados alguns produtos de limpeza e até maquiagem

Limpar a casa, aquecer a comida ou se maquiar são ações do cotidiano que parecem inofensivas. Mas, vários produtos industrializados, como os de limpeza, vasilhas de plástico e algumas maquiagens, contêm substâncias que podem causar doenças que vão de câncer até alteração do sexo do bebê em formação. Esses compostos químicos que afetam nosso organismo e causam até alterações são chamados de desreguladores endócrinos. Ou seja, eles atuam imitando ou inibindo os hormônios que o ser humano produz naturalmente pela tireóide.

Por exemplo, o sexo de um bebê é definido geneticamente no momento da fecundação pelos cromossomos X e Y. Porém, seu sistema reprodutor pode ser alterado durante a gravidez, pelos hormônios produzidos pelas glândulas endócrinas ou por sustâncias artificiais em contato com a mãe.

De acordo com endocrinologista Adauto Versiani, diretor do departamento de endocrinologia da Associação Médica de Minas Gerais, tais alterações causadas por desreguladores endócrinos ainda é recente na literatura médica. "A comunidade científica está preocupada, pois estão registrando cada vez mais casos de pessoas afetadas por esses compostos. O maior problema é que, no Brasil, ainda não há ampla regulamentação dos produtos, para que tragam informações de alerta no rótulo, especialmente quando tiverem um desregulador em potencial", afirma.

Os produtos mais comuns, segundo o médico, são os utensílios de cozinha feitos de plástico. A recomendação é não usar essas vasilhas para guardar alimentos, muito menos aquecê-las no micro-ondas. "O bisfenol A é a sustância mais comum presente em nosso cotidiano, e pdoe ser encontrada nas embalagens plásticas. Se aquecido, esse composto descola e passa para a comida", explica Versiani.

Uma das poucas regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária direcionadas a esse assunto foi publicada em 2011, proibindo a comercialização de mamadeiras que contenham bisfenol A em sua composição.

Em 2013, a organização norte-americana Environmental Working Group, que trabalha para valorizar as empresas e produtos que fazem bem ao meio ambiente, mapeou substâncias consideradas desreguladoras endócrinas, que foram listadas em seu site (em inglês).





Estudo Pessoas com Diabetes tipo 2 devem ter atenção ao sono

As pessoas que padecem de Diabetes tipo 2 devem ter atenção ao sono. Segundo um estudo do ‘Projeto Consciência Nacional do Sono Saudável’, citado pelo Huffington Post, sete em cada dez pessoas com este tipo de diabetes sofre de apneia obstrutiva do sono.

Pessoas com Diabetes tipo 2 devem ter atenção ao sono

A apneia obstrutiva do sono é associada, erradamente, apenas a pessoas com excesso de peso ou já com alguma idade. Contudo, existe um grupo de risco que tem vindo a ser esquecido dos alertas e dos aconselhamentos.
De acordo com o estudo do ‘Projeto Consciência Nacional do Sono Saudável’, citado pelo Huffington Post, sete em cada dez pessoas com este tipo de diabetes sofrem de apneia obstrutiva do sono. E esta condição pode ser fatal, uma vez que obstrui as vias respiratórias superiores durante o sono e tem ainda fortes consequências a nível de obesidade e doenças cardíacas.
O alerta foi dado durante os congressos do ‘Mês Nacional da Diabetes’, celebrado este mês um pouco por todo o mundo, e aconselha aos portadores desta doença a consulta junto de especialistas em sono, de forma a ficarem cientes do alto risco de sofrerem de apneia do sono.
De acordo com a publicação, se a pessoa diabética for ainda portadora desta condição respiratória, pode optar por tratamentos a longo prazo já que, além de controlarem os sintomas de apneia do sono, ajudam a melhorar os níveis de glicose produzidos à noite a sensibilidade à insulina. Aliás, um recente estudo da Universidade de Chicago, e citado pelo Huff. Post, indica que os tratamentos para a apneia do sono podem ser tão ou mais eficazes do que os medicamentos orais no controlo da Diabetes.

domingo, 9 de novembro de 2014

Todas as crianças que roncam frequentemente devem passar por triagem para apneia do sono

Distúrbio respiratório pode causar complicações mais sérias, como doenças cardiovasculares, atraso no crescimento e problemas de apendizagem

Criança

Para especialistas da Academia Americana de Pediatria (AAP, sigla em inglês), todas as crianças e adolescentes que roncam regularmente devem passar por exames periódicos para a prevenção da apneia obstrutiva do sono. Essa condição ocorre quando a respiração é bloqueada enquanto o indivíduo dorme, provocando sintomas como falta de ar, interrupção do sono e dificuldades de aprendizagem. A recomendação, publicada nesta segunda-feira na revista Pediatrics, faz parte de uma revisão da AAP sobre diagnóstico e tratamento da apneia infantil.

De acordo com os autores do artigo, é importante que os jovens que apresentam algum sintoma da apneia obstrutiva do sono passem por um exame feito em laboratório e durante uma noite inteira que avalie o sono do paciente. Assim, segundo os especialistas, é possível evitar diagnósticos tardios e sequelas deixadas pela falta de tratamento adequado do problema - como distúrbios de comportamento, doenças cardiovasculares e atraso no crescimento e no desenvolvimento da criança.
Atualmente, segundo o artigo, os tratamentos disponíveis para apneia do sono melhoram significativamente os sintomas da condição. A cirurgia de retirada da adenoide (adenotonsilectomia) é eficaz para tratar o problema e deve ser considerada como primeira linha de tratamento, de acordo com os autores. Além disso, como a obesidade é um importante fator de risco para a apneia do sono, a redução de peso pode ser fundamental para a terapia contra a condição.

Revisão - As recomendações se basearam nos dados de 350 pesquisas de relevância feitas entre 1999 e 2010, e é uma atualização das diretrizes estabelecidas pela AAP em 2002. As recomendações não valem para crianças menores do que um ano de idade e para pacientes que apresentam apneia do sono associada a outras complicações graves de saúde, já que esses grupos “são muito complexos para serem discutidos no âmbito desse artigo”, escreveram os autores.

 

Apneia do sono ajuda a propagar tumores e aumenta o risco de morte por câncer

Essas são as conclusões de duas pesquisas diferentes feitas na Espanha e apresentadas em um congresso médico europeu

Falta de sono

Dois estudos apresentados nesta semana no encontro anual da Sociedade Europeia Respiratória, em Viena, na Áustria, apontaram para as graves consequências da apneia do sono grave - distúrbio no qual a respiração de um indivíduo é bloqueada durante o sono — sobre o câncer. Segundo as pesquisas, o distúrbio respiratório não só pode fazer com que a doença se propague mais rapidamente, mas também eleva o risco de morte por todos os tipos de câncer.

Em um dos trabalhos, cientistas da Universidade de Barcelona, na Espanha, induziram ratos de laboratório a desenvolver melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. Eles, então, observaram que a disseminação dos tumores (metástase) foi mais grave e frequente entre animais que tiveram a respiração interrompida em determinados períodos do sono - o que imita o sono de uma pessoa que sofre de apneia - em comparação com ratos que respiraram normalmente enquanto dormiam

Mortalidade - A segunda pesquisa apresentada no encontro revelou que pessoas que sofrem de apneia do sono e que passam ao menos 14% do tempo em que dormem com baixos níveis de oxigênio, provocados justamente quando a respiração é interrompida, chegam a apresentar o dobro de risco de morrerem por câncer do que indivíduos que não sofrem do distúrbio. Ainda de acordo com os resultados, a associação foi maior entre homens e pacientes mais jovens.
Esse estudo foi feito no Hospital Universitário La Fe, na cidade de Valência, na Espanha, e se baseou nos dados de 5.600 pacientes que passaram por exames em clínicas especializadas em sono. Segundo o coordenador da pesquisa, Miguel Angel Martinez - Garcia, embora essa relação encontrada seja significativa, “isso não quer dizer que a apneia do sono provoque diretamente o câncer”.

Estudo relaciona apneia do sono a diabetes

Maior pesquisa a analisar a relação entre a interrupção da respiração durante o sono e o diabetes mostrou que pessoas com apneia severa têm 30% mais riscos de ter a doença

 A descoberta da relação entre as duas doenças pode incentivar a prevenção precoce 

Quem tem apneia do sono tem mais chances de desenvolver diabetes - e quanto mais severas as interrupções da respiração durante a noite, maior a chance de desenvolver a doença. A conclusão é de um estudo feito por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, e publicado nesta sexta-feira no periódico American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.
A pesquisa é a maior a reunir dados relacionando a apneia do sono a diabetes, confirmando evidências de estudos anteriores e menores. Os cientistas analisaram dados de 8 678 adultos com suspeita de apneia do sono e sem diabetes entre 1994 e 2010 e acompanharam esses pacientes até maio de 2011. Nesse período, 11,7% deles desenvolveram diabetes. Os que tinham apneia severa apresentavam 30% mais riscos de desenvolver a doença, enquanto aqueles com interrupções classificadas como leves ou moderadas tinham 23% mais probabilidade de ter o diabetes.

Outros fatores de riscos para diabetes, além do número de paradas totais e parciais de respiração, também foram levados em conta, como idade, sexo, índice de massa corporal (IMC) insônia, tabagismo ou elevação da frequência cardíaca durante o sono.
"Depois de ajustar causas potenciais, conseguimos demonstrar uma associação significativa entre apneia do sono severa e o risco do diabetes", afirma Tetyana Kendzerska, principal autora do estudo. "A relação da apneia do sono com o aumento do risco de diabetes que encontramos em nosso estudo pode permitir a prevenção precoce."

 

domingo, 2 de novembro de 2014

Hipertireoidismo e Hipotireoidismo

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Conheça, abaixo, alguns sintomas de hipertireoidismo:
  • Dificuldade de dormir
  • Aceleração dos batimentos cardíacos
  • Intestino solto
  • Agitação
  • Muita energia, apesar de muito cansaço
  • Queda de cabelos
  • Calor e suor exagerado.
  • Menstruação irregular
Confira alguns sintomas do hipotireoidismo:
  • Depressão
  • Desaceleração dos batimentos cardíacos
  • Intestino preso
  • Menstruação irregular
  • Diminuição da memória
  • Cansaço excessivo
  • Dores musculares
  • Sonolência excessiva
  • Pele seca
  • Queda de cabelo
  • Ganho de peso
  • Aumento do colesterol no sangue

A causas mais comum do hipertireoidismo é uma doença autoimune (o próprio corpo produz proteínas que “atacam” o órgão) chamada Doença de Graves. Outra doença da tireoide chamada Bócio multinodular também pode produzir hormônios em excesso. Como causas do hipotireoidismo temos a Tireoidite de Hashimoto (também de causa autoimune), retirada cirúrgica da tireoide ou tratamento com iodo radioativo. Algumas crianças nascem com hipotireoidismo porque não têm a tireoide ou porque a mesma não funciona bem. O popular teste do Pezinho faz o diagnóstico e a criança deve ser tratada o mais rápido possível. O tratamento é para a vida toda.

Dados Estatísticos

Cerca de 10% das mulheres acima de 40 anos e em torno de 20% das que têm acima de 60 anos manifestam algum problema na tireoide. Porém é importante estar atento pois todas as pessoas, independente de sexo e idade, estão sujeitas a alterações desta glândula.

Algumas estatísticas demonstram que 1 em cada 5 mulheres que procuram seus ginecologistas para iniciar a terapia de reposição estrogênica apresentam, na verdade, problemas tireoidianos.

Histórico

A palavra tireoide é originária do latim e significa forma de escudo. Em 1656, Thomas Warton escolheu essa denominação porque acreditava-se que a única função da tireoide era estética, tornando o pescoço mais bonito.

Tireoide: autoexame

Se você apresenta um conjunto de sintomas, como os descritos a seguir, aprenda a fazer um autoexame.

O material necessário: Copo com água e um espelho (se possível, de cabo).

1. Segure o espelho e procure no seu pescoço a região logo abaixo do Pomo de Adão (popularmente conhecido como gogó). Sua tireoide está localizada aí.
2. Estenda a cabeça para trás para que esta região fique mais exposta. Focalize-a pelo espelho.
3. Beba um gole de água e engula.
4. Com o ato de engolir, a tiróide sobe e desce .Observe se há alguma protrusão ou nódulos na sua tireoide. Atenção: Não confunda a tireoide com seu Pomo de Adão. Repita este teste várias vezes até ter certeza.
5. Ao notar protrusões, procure seu endocrinologista.

Hipertireoidismo: como tratar?

Muitos pacientes têm dúvidas quanto ao significado do hipertireoidismo e suas consequências. Leia a seguir, o texto explicativo, produzido pela American Association of Clinical Endocrinologists (AACE).

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O que é Hipertireoidismo?
O hipertireoidismo se desenvolve quando há uma produção excessiva dos hormônios da tireoide (T3 e T4).

Quais os Sintomas do Hipertireoidismo?
Em sua forma mais suave, o hipertireoidismo pode não apresentar sintomas facilmente reconhecíveis ou apenas cursar com sintomas inespecíficos, como sensação de desconforto e fraqueza. Mas o hipertireoidismo pode ser uma doença grave e séria e até mesmo colocar em risco a vida da pessoa.

Quando o hipertireoidismo se desenvolve, há um aumento na tireoide, que pode ser associado aos vários sintomas:
  • aceleração dos batimentos cardíacos, mais de 100 por minuto (chamada taquicardia);
  • irregularidade no ritmo cardíaco, principalmente em pacientes com mais de 60 anos;
  • nervosismo, ansiedade e irritação;
  • mãos trêmulas e sudoreicas;
  • perda de apetite;
  • intolerância a temperaturas quentes e probabilidade de aumento da sudorese;
  • queda de cabelo e/ou fraqueza do couro cabeludo;
  • rápido crescimento das unhas, com tendência à descamação das mesmas;
  • fraqueza nos músculos, especialmente nos braços e coxas;
  • intestino solto;
  • perda de peso importante;
  • alterações no período menstrual;
  • aumento da probabilidade de aborto;
  • olhar fixo;
  • protusão dos olhos, com ou sem visão dupla (em pacientes com a Doença de Graves);
  • acelerada perda de cálcio dos ossos, com aumento do risco de osteoporose e fraturas.

Quais são as causas de hipertireoidismo?

Conheça, abaixo, as principais caisas do hipertireoidismo. 
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Doença de Graves: é uma doença autoimune (o organismo produz anticorpos que atacam o próprio organismo), que resulta em aumento do volume da tireoide e do hipertireoidismo. Em alguns pacientes, pode ocorrer edema (inchaço) dos músculos e outros tecidos ao redor dos olhos, causando protrusão do globo ocular, desconforto local e visão dupla. Como outras doenças autoimunes, o hipertireoidismo tende a afetar várias pessoas de uma mesma família. É mais comum em mulheres do que em homens.

Bócio multinodular tóxico: bócio é o aumento do volume da tireoide. Em algumas situações, a presença de vários nódulos na tireoide pode causar aumento do volume e levar a uma produção excessiva de hormônio tireoideano, causando o hipertireoidismo. É mais frequentemente diagnosticado após os 50 anos de idade e pode afetar a frequência cardíaca. Em vários casos, a pessoa pode ter o bócio há vários anos antes dele se tornar hiperfuncionante.

Nódulo tóxico: um único nódulo na tireoide também pode produzir mais hormônio tireoideano que o necessário, causando o hipertireoidismo. Esta doença não tem caráter familiar.

Tireoidite subaguda: esta doença não tem causa conhecida e é caracterizada por inflamação importante da tireoide, que resulta em um aumento doloroso da glândula e na liberação de grandes quantidades de hormônio no sangue. Felizmente, esta situação geralmente se resolve espontaneamente.

Tireoidite pós-parto: Cerca de 5 a 10% das mulheres desenvolvem hipertireoidismo leve a moderado alguns meses após o parto. O hipertireoidismo nesta situação, geralmente, dura 1 a 2 meses, e frequentemente é seguido por vários meses de hipotireoidismo (diminuição da atividade da tireoide), o qual se recupera em grande parte das mulheres. Entretanto, em alguns casos, a glândula não se recupera, e o hipotireoidismo se torna permanente, sendo necessária a reposição hormonal ao longo da vida.

Tireoidite silenciosa: hipertireoidismo transitório pode ser causado por uma tireoidite silenciosa, uma condição que parece semelhante à tireoidite pós-parto, mas não está relacionada à gestação e não é acompanhada de dor na glândula.

Ingestão excessiva de iodo: várias substâncias com altas concentrações de iodo, tais como comprimidos de alga, alguns expectorantes e amiodarona (uma medicação utilizada no tratamento de arritmias cardíacas) podem, ocasionalmente, causar hipertireoidismo.

Superdosagem de hormônio tireoideano: pacientes que recebem doses excessivas de hormônio tireoideano podem desenvolver hipertireoidismo. Esses pacientes devem ter uma avaliação da dosagem do hormônio tireoideano pelo médico no mínimo uma vez ao ano e jamais se automedicarem.

domingo, 26 de outubro de 2014

Tirando Dúvidas Sobre Tireoide e Gestação

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Veja abaixo o esclarecimento das principais dúvidas sobre a relação entre os problemas da tireoide e a fertilidade feminina ou a gestação. As questões foram feitas pelos internautas e respondidas pela equipe do Departamento de Tireoide. Caso tenha alguma dúvida além das aqui esclarecidas, entre em contato com a Redação Online da SBEM.

Hipertireoidismo

1. Qual a relação da gravidez com o hipertireoidismo?

Resposta: O hipertireoidismo não tratado pode impedir a ovulação, causar alterações no feto ou mesmo o abortamento. As pacientes hipertireoideas grávidas devem ter o acompanhamento de um endocrinologista.

2. Tenho hipertireoidismo e gostaria de saber se passando para hipotireoidismo, corre risco de não ter filhos?

Resposta: A disfunção da tireoide deve ser tratada. Com a normalização da função tireoidiana não haverá problemas para engravidar.

3. Qual o tratamento indicado para hipertireoidismo antes e durante a gravidez?

Resposta: O ideal seria que o hipertireoidismo estivesse resolvido antes que a gravidez fosse desejada. Entretanto, se isto não for possível, ou se a gravidez acontecer, a gestante deverá usar o mínimo de drogas antitireodianas possível, devido à passagem placentária das mesmas. A gestante deverá ter um acompanhamento frequente com o endocrinologista.

4. É verdade que mães com hipertireoidismo não tratado durante a gestação, podem ter filhos com problemas mentais? Por que isso acontece?

Resposta: Não existem evidências que o hipertireodismo materno afete o desenvolvimento mental de seus filhos. O mesmo não se pode dizer quanto ao hipotireoidismo materno, pois existe uma série de estudos que apontam que filhos de mães hipotireoidianas podem ter problemas cognitivos e até redução de QI.


Hipotireoidismo

1. De que maneira o hipotireoidismo afeta a fertilidade da mulher?

Resposta: Existe uma interação importante entre os hormônios tireoidianos (HT) e os ovários. Assim, receptores tireoidianos, que são estruturas através das quais os HT atuam, são expressos nos oócitos e células da granulosa do ovário. Os HT sinergizam com FSH (hormônio hipofisário que estimula o ovário) para exercer efeitos estimulatórios diretos nas células da granulosa incluindo diferenciação morfológica. Estudos experimentais mostram que o T4 (hormônio da tireoide) é necessário para taxas máximas de fertilizações e desenvolvimento do óvulo fecundado.

2. Quais os cuidados necessários durante a gravidez, nos casos de mãe com hipotireoidismo?

Resposta: Durante a gravidez, as mulheres portadoras de hipotireoidismo devem ter a sua dose diária de T4 aumentada. Não é bom para o desenvolvimento do bebê se o T4 estiver baixo. Além disto, as mulheres com hipotireoidismo podem ter dificuldade de engravidar e tem maior risco de abortamento.

3. Em mulheres que engravidam durante o tratamento de hipotireoidismo a dosagem do hormônio pode prejudicar o bebê?

Resposta: O ideal é que a mulher hipotireoidiana tenha a gravidez planejada e engravidem com concentrações normais de T4 no sangue. Entretanto, assim que souberem da gravidez devem procurar o seu endocrinologista, o qual, possivelmente, terá que ajustar a dose da medicação. O hipotireoidismo bem controlado não trará qualquer prejuízo ao feto.

4. A mulher que está amamentando pode continuar fazendo sua reposição de hormônios da tireoide sem causar danos ao bebê? Existe algum medicamento específico neste caso?

Resposta: A mulher hipotireoidiana poderá amamentar o bebê sem qualquer problema, mas deverá ajustar a dosagem da medicação, de acordo com as recomendações médicas.



Hipertireoidismo Congênito (no Recém-Nascido)


1. O que a mulher hipertireoidiana pode fazer durante a gravidez para evitar o hipertireoidismo no recém-nascido?

Resposta: O hipertireoidismo no recém-nascido não é comum, documentando-se incidência menor que 1% nas crianças nascidas de mães hipertireoidianas. É causado pela transferência pela mãe de anticorpos estimuladores da tireoide. Quando a mãe é tratada com drogas antitireoidianas, o feto se beneficia do tratamento materno e permanece eutireoidiano durante a gestação. Entretanto, o efeito protetor da droga é perdido após o parto e o hipertireoidismo clínico poderá se desenvolver poucos dias após o parto, podendo requerer tratamento com drogas antitireoidianas. Altos títulos de anticorpos estimuladores identificados no terceiro trimestre da gestação são preditores de hipertireoidismo neonatal.

2. Existe algum risco de uma mulher sem problemas na tireoide ter um filho com hipertireoidismo?

Resposta: Existe o hipertireodismo congênito decorrente de alterações no gene que expressa o receptor de TSH (hormônio que estimula a tireoide), mas é uma condição clínica muito rara.

Nódulo Tireoideano

1. “Durante a gestação eu tive um aumento de peso em torno de 40 kg, e no final dela foi descoberto um nódulo no meu pescoço. Cheguei a fazer a biopsia, mas só agora vou começar a fazer o tratamento, pois estava amamentando e eu estou com a doença de Plummer. Eu gostaria de saber se esse aumento de peso pode ter sido decorrente do desarranjo hormonal ou não teria nenhuma ligação?"

Resposta: A doença de Plummer é um nódulo tireoidiano único e hiperfuncionante, que geralmente causa hipertireoidismo. O hipertireoidismo causa perda de peso e não ganho. Assim, creio que o seu ganho de peso não esteja relacionado ao desenvolvimento da doença tireoidiana.

Fonte: Respostas do Departamento de Tireoide

Tireoide

Tirando dúvidas


A tireoide ou tiroide é uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), que fica localizada na parte anterior pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão (ou popularmente, gogó). É uma das maiores glândulas do corpo humano e tem um peso aproximado de 15 a 25 gramas (no adulto).
Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais; na fertilidade; no peso; na memória; na concentração; no humor; e no controle emocional. É fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo.

Comparada a outros órgãos do corpo humano é relativamente pequena ela. É responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo.

Quando a tireoide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (hipertiroidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).
Hipotireoidismo
Se a produção de “combustível” é insuficiente provoca hipotireoidismo. Tudo começa a funcionar mais lentamente no corpo: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória; cansaço excessivo; dores musculares e articulares; sonolência; pele seca; ganho de peso; aumento nos níveis de colesterol no sangue; e até depressão. Na verdade, o organismo nesta situação tenta "parar o indivíduo", já que não há “combustível” para ser gasto.
Hipertireoidismo
Se há produção de “combustível” em excesso acontece o contrário, o hipertiroidismo. Nesse caso, tudo no nosso corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara; o intestino solta; a pessoa fica agitada; fala demais; gesticula muito; dorme pouco, pois se sente com muita energia, mas também muito cansada.

Tanto no hipo como no hipertireoidismo, pode ocorrer um aumento no volume da tireoide, que chama-se bócio, e que pode ser detectado, através do exame físico. Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres.

Diagnosticar as doenças da tireoide não é complicado e o tratamento pode salvar a vida da pessoa.

Nódulos de Tireoide

Um dos problemas mais frequentes da tireoide são os nódulos, que não apresentam sintomas. Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. O que não significa que sejam malígnos. Apenas 5% dos nódulos são cancerosos. O reconhecimento deste nódulo precocemente pode salvar a vida da pessoa e a palpação da tireoide é fundamental para isso. Este exame é simples, fácil de ser feito e pode mudar a história de uma pessoa. Uma vez identificado o nódulo, o endocrinologista solicitará uma série de exames complementares para confirmar a presença ou não do câncer.

Protetores solares químicos e físicos funcionam de formas diferentes

Veja como cada um deles protege a pele contra a ação do sol e para quem são mais indicados

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O primeiro protetor solar disponibilizado comercialmente surgiu em 1928, nos Estados Unidos. Porém, durante muito tempo pouca ou nenhuma atenção foi dada aos agentes fotoprotetores. Apenas em 1943, um filtro químico, o PABA (ácido para-aminobenzoico) foi patenteado como primeiro filtro solar estabelecido. No entanto foi na década de 1970 que ocorreu a popularização dos agentes fotoprotetores, primeiramente do tipo UVB. Os filtros protetores para UVA surgiram na década de 1980 e 1990, com os filtros físicos: dióxido de titânio e óxido de zinco, respectivamente. 
O protetor solar é um produto destinado a bloquear o sol e proteger ou abrigar as células da pele contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta, dentre os mais importantes deles: a queimadura solar e o câncer de pele. Essas medicações de uso local apresentam diversas formulações diferentes que contêm produtos e ingredientes que são capazes de reduzir os efeitos danosos da radiação solar. 
Os mecanismos básicos através dos quais essas substâncias agem são: reflexão, dispersão e absorção da luz ultravioleta. Além disso, podem ser classificados em filtros físicos e químicos. 

Entenda a diferença

Os filtros físicos, também conhecidos como inorgânicos, são partículas derivadas de metais, ou óxidos metálicos, que atuam através de mecanismos ópticos, refletindo ou dispersando os raios solares. Os principais filtros físicos são o óxido de zinco e dióxido de titânio. Atualmente, eles estão disponíveis também em nanopartículas, o que confere uma coloração mais discreta do que a das formulações anteriores, que deixavam a pele com aspecto esbranquiçado ou acobreado. Em geral, eles são associados aos filtros químicos ou orgânicos para uma melhor cobertura em relação ao espectro de raios ultravioleta. A vantagem desse tipo de filtro é que são mais estáveis e pouco penetram a pele, sendo ideais para os pacientes alérgicos e com sensibilidade cutânea elevada. 
Já os filtros químicos são moléculas que absorvem a radiação ultravioleta, através de reações químicas, "entrando" na frente dos pigmentos cutâneos em sua avidez por energia solar. Dessa maneira, eles absorvem essa radiação, impedindo que ela atinja as células da pele. Dependendo da faixa que cada molécula atue, ele será considerado um filtro solar de amplo espectro (atua na faixa do UVA e UVB) ou exclusivo UVA ou UVB. Em geral, os filtros solares comercializáveis contêm mais de uma molécula para atuarem em uma faixa mais ampla. No entanto, em relação aos filtros físicos, eles possuem uma menor estabilidade, visto que "saturam" a sua capacidade de absorver energia ao longo do tempo, necessitando reaplicações frequentes, caso a exposição se prolongue. Além disso, esse filtro solar pode penetrar a pele e reagir com ela, levando a reações alérgicas e fotoalérgicas (deflagradas pelo próprio sol). 

Quem deve usar cada um dos tipos

Pelo exposto acima, fica claro que os filtros físicos são os mais adequados para gestantes e crianças, além de os já mencionados pacientes com alergia prévia a filtros solares e aqueles de pele sensível ou sensibilizada por procedimentos dermatológicos. 
No entanto, para os pacientes que não tenham esse tipo de restrição ou que apresentem doenças cutâneas tais como: câncer de pele prévio, urticária solar, lúpus, manchas de pele e pele muito clara, que sofre com queimaduras solares, o filtro solar de amplo espectro pode ser mais indicado, e os filtros químicos, associados ou não aos físicos, são uma alternativa mais interessante. Pacientes com pele morena, ou extremamente oleosa, se beneficiam dos filtros químicos, sendo que, nesses últimos, podemos optar por uma associação dessas substâncias com ingredientes que absorvem oleosidade, sem comprometimento da ação fotoprotetora. 

Fator de proteção solar

Mas não importa o tipo de protetor, o FPS (fator de proteção solar) segue o mesmo princípio. Ele quantifica a proteção que um determinado produto é capaz de oferecer, em termos de tempo de exposição, contra a queimadura solar se comparado à exposição desprotegida. Assim, se um determinado protetor apresenta o valor de FPS 30, isso significa, na prática, que é necessária uma exposição solar 30 vezes maior para produzir vermelhidão na pele, quando comparada à situação em que este usuário estaria sem o produto. 
No entanto, esse tempo sofre forte influência de fatores pessoais e ambientais, como a resposta individual à queimadura, na qual o tipo de pele é importante ? peles mais claras reagirão antes do que peles mais escuras, por exemplo. Ainda devem ser levados em consideração: o índice ultravioleta (IUV) daquele dia, o horário da exposição, a região do corpo e o tipo de solo onde está o indivíduo (areia fina e branca reflete mais o sol do que o piso da piscina, por exemplo). 
Por esse motivo é fundamental atentar para a orientação médica sobre a necessidade de reaplicação do filtro solar, que deve ser individualizada de acordo com os fatores mencionados acima e também de acordo com a presença ou não de doença ou condição da pele do paciente.

 

domingo, 19 de outubro de 2014

Siga sete cuidados com o corpo nos dias de calor intenso

Saiba como evitar desidratação, suor excessivo e problemas para dormir

 mulher bebendo um copo d'água - Foto Getty Images

Dias de calor intenso podem causar danos à saúde se não forem tomados os cuidados adequados. "O organismo perde líquidos naturalmente ao longo do dia e esse quadro se agrava nos dias quentes, podendo causar alterações metabólicas", explica a nutricionista Flávia Ferazzo, de Goiânia. A seguir, confira como passar qualquer dia de calorão sem ficar no sufoco! 

Dias de calor intenso podem causar danos à saúde se não forem tomados os cuidados adequados. "O organismo perde líquidos naturalmente ao longo do dia e esse quadro se agrava nos dias quentes, podendo causar alterações metabólicas", explica a nutricionista Flávia Ferazzo, de Goiânia. A seguir, confira como passar qualquer dia de calorão sem ficar no sufoco!

Alimente-se bem
Algumas frutas e vegetais apresentam grandes quantidades de água em sua composição. A melancia, por exemplo, tem mais de 90% do seu peso em água, assim como as folhas verdes. "Outra fonte importante é o leite, que possui mais de 80% de água em sua composição", declara Flávia Ferazzo. Além de serem ricas em líquidos, as frutas e verduras são fonte de potássio, mineral que precisa ser resposto quando há uma produção de suor muito intensa. "Portanto, invista também nos sucos de frutas para repor a água e os sais minerais perdidos em dias quentes", recomenda a nutricionista.

O consumo de gorduras deve ser evitado em dias muito quentes, pois elas não são bem metabolizadas, por conta da perda de líquidos do organismo. O resultado de um almoço cheio de frituras, por exemplo, pode ser uma sensação de mal-estar e desconforto algum tempo depois.  


Exercícios físicos
Durante a atividade física, a pessoa se desidrata e perde muito sódio e potássio. É preciso ingerir líquidos: "Apesar de não fornecer todos os nutrientes que os isotônicos possuem, a água já pode ser suficiente para controlar a temperatura corporal, retardar fadiga, prevenir câimbras e evitar o aumento da frequência cardíaca", conta.

Nos dias quentes, a perda de fluídos no suor é ainda maior e pode variar conforme a intensidade do exercício. Quanto mais intensa e longa for a atividade física, maior deverá ser a quantidade de água ou bebida isotônica ingerida. Confira a dica da nutricionista Flávia Ferazzo para manter a hidratação antes, durante a após a atividade física nos dias quentes:

- Antes do exercício: tome de 400 a 600ml de água no mínimo duas horas antes de iniciar o exercício;

- Durante o exercício: caso o exercício tenha mais de uma hora de duração, tomar de 150ml a 350ml a cada 20 ou 30 minutos;

- Após o exercício: beba o suficiente para matar a sua sede. 


Use roupas leves
A dermatologista Sara Bragança, membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, explica que o ideal é usar tecidos de algodão e malha - que absorvem o suor - e evitar tecidos sintéticos, que atrapalham a evaporação da transpiração. "Também é importante evitar roupas de cores escuras, que absorvem mais o calor por não refletir a luz solar", conta. Para evitar alergias e outros problemas de pele, procure lavar as roupas sempre que usá-las, sem repeti-las, e não usar peças de outras pessoas. 


Para dormir fresquinho
Um dos maiores incômodos dos dias quentes é a hora de dormir, principalmente para pessoas que não têm um ventilador no quarto. A dermatologista Sara Bragança aconselha tomar um banho frio antes de deitar e evitar alimentos como chás e leite quente. "O ideal é usar roupas de dormir frescas, manter o quarto arejado com as janelas abertas e não usar qualquer tipo de cobertor", diz.  


Transpirando demais?
Para manter o efeito do desodorante o dia inteiro, a dermatologista Sara Bragança recomenda aplicar um antitranspirante logo após o banho, pois ele obstrui os ductos das glândulas sudoríparas, reduzindo a produção de suor. Manter axilas e virilha também depiladas ajuda a evaporar o suor e diminuir a proliferação de bactérias, responsáveis pelo mau cheiro. Caso você sofra com suor nos pés, é possível usar talco ou mesmo o antitranspirante usado nas axilas, que funcionará reduzindo a transpiração dessa área também.  


Fuja do sol!
A temperatura corporal interna de uma pessoa deve ser de 37º C, independente do horário do dia. Para que o corpo não perca muito líquidos no esforço de se manter essa temperatura ideal, evite ficar exposto ao sol, principalmente, das 10 às 16 horas.

A exposição excessiva ao sol pode causar hipertermia, que é quando o corpo não consegue mais estabilizar o calor interno. "Nesse estágio, o organismo direciona toda sua energia para tentar dissipar o calor e, assim, algumas células param de funcionar, podendo causar desmaios graves", diz o fisiologista do esporte Daniel Portella, da Secretaria de Esportes de São Caetano do Sul. 

Os sete principais cuidados com a criança na piscina

Especialistas alertam que uso de boias pode passar falsa impressão de segurança

 Menina com boias de braço - Getty Images

Por volta dos seis meses de vida, o bebê já pode ser estimulado na piscina e aproveitar muitos benefícios. Um estudo recentemente divulgado por pesquisadores do Griffith Institute for Educational Research, na Austrália, aponta que quanto mais cedo a criança aprende a nadar melhor é o seu desenvolvimento intelectual. No entanto, pais e responsáveis precisam ter muito cuidado para evitar acidentes. Segundo o Ministério da Saúde, em 2010, 1184 crianças e adolescentes de até 14 anos morreram vítimas de afogamento no Brasil, o que representa quase três óbitos por dia. Para acertar nas medidas protetoras e garantir um verão divertido e seguro para o pequeno, confira os maiores cuidados que os especialistas recomendam.

Uso de boias

A necessidade de usar boias vai depender muito de quanto a criança está acostumada a nadar. Um profissional especializado em natação infantil poderá ajudar a determinar isso. "Nas aulas de natação, fazemos uma ambientação aquática de modo que a criança tenha segurança e capacidade de nadar sem a boia, mas isso só acontece com o tempo", conta a professora e especialista em natação infantil Mari Ferreira, da Escola Mundo Azul, em São Paulo.

Usando ou não as boias, é fundamental que os pais fiquem sempre atentos quando as crianças estiverem na praia ou na piscina. "As crianças devem ser supervisionadas a cada segundo e sempre por um adulto que não tenha medo da água e que saiba como proceder em casos de emergências", afirma a fisioterapeuta Paula Olinquevitch, especialista em estimulação pré-natal e infantil do Instituto Little Genius de Pesquisa e Estimulação. Há o risco, por exemplo, de a criança com boias nos braços se desequilibrar e ficar com o rosto na água, podendo se afogar.  

Piscinas com grande profundidade

Não sustente a falsa impressão de que não há problemas quando a criança consegue ficar de pé - há risco de afogamento em qualquer área da piscina, mesmo na parte mais rasa. Mas é verdade também que nadar em piscinas de maior profundidade exige uma atenção ainda maior dos pais. "Preferimos fazer com que a criança se adapte primeiro ao ambiente aquático com auxílio dos pais até que consiga se descolocar sozinha para só então ir a uma piscina mais profunda", conta a professora Mari Ferreira. Para crianças que já sabem nadar bem, o cuidado é o mesmo do que o uso de boias: os pais devem estar por perto e sempre a postos para entrar na água a qualquer momento. 

Pais e responsáveis precisam entrar na piscina?

Bebês com até dos dois anos sempre devem estar acompanhados, mesmo que estejam em uma piscina de 10 centímetros de profundidade. "Esse cuidado deve ser redobrado quando outras crianças estão compartilhando a piscina, já que podem afundar o bebê sem querer ou formar ondas na água que cubram o rosto dele", alerta a fisioterapeuta Paula.

Já as crianças mais velhas e acostumadas com a água podem ter a supervisão de fora - sempre com cuidado. Na praia, por exemplo, não adianta ficar sentado embaixo do guarda-sol observando a criança distante nadando no mar. "Fique atento para não cochilar, não dar as costas para a criança, evitar atender telefonemas que possam distraí-lo ou sair para buscar algo e deixá-la sem supervisão, mesmo que por alguns minutos", acrescenta Paula.

Brincadeiras na borda da piscina

Na escola que Mari Ferreira dá aula, são feitas algumas brincadeiras para conscientizar as crianças sobre o perigo que brincar na beira da piscina representa. "Pedimos, por exemplo, que elas tragam uma camiseta para sentirem como é difícil nadar de roupa e aprenderem a tirá-la se algum dia acontecer o acidente de caírem na piscina", conta a especialista.

Para os pais que não têm filhos matriculados em escolas de natação, vale a pena investir em uma conversa cuidadosa para que eles entendam quais são as regras ao usar a piscina. O cuidado é o mesmo para brincadeiras dentro da água: abraçar, afundar o amiguinho e outras atitudes não devem ser aceitas.

Deixar boias e pranchas espalhadas é mais seguro?

Na verdade, a principal forma de segurança é a atenção constante dos pais ou responsável. "Boias podem dar a falsa impressão de que a criança está segura e não precisa de supervisão, o que não é verdade", conta a professora Mari Ferreira. Se a criança engolir muita água e se afogar por conta de uma brincadeira ou um desequilíbrio, dificilmente conseguirá chegar até uma boia para se segurar.

Cloro da piscina

Apesar de a natação e as atividades aquáticas serem recomendadas para o desenvolvimento da criança, a água da piscina precisa ser adequadamente higienizada para preservar a saúde dela. "O cloro irrita a pele e as mucosas do nariz e dos olhos, podendo desencadear crises de asma, rinite alérgica e dermatite", explica a fisioterapeuta Paula. Bebês são ainda mais sensíveis ao cloro. Por isso, o ideal é procurar uma academia de natação ou uma piscina que tenha um tratamento menos agressivo, como:

- A radiação ultravioleta, que é capaz de inativar microrganismos;
- O uso de ozônio (gás natural) que combate bactérias, algas, fungos e vírus e é considerado o mais eficaz e seguro método de tratamento de água para crianças;
- Uma associação de vários métodos, com a aplicação mínima de cloro.

Brincadeiras com baldes e bacias

Essa é para os bebês: parece que não há perigo algum deixar a criança pequena brincando com um balde de água, mas muitos dos afogamentos nessas situações podem acontecer durante os poucos segundos que os pais se distraem para atender um telefonema. A ONG Criança Segura, que tem o objetivo de orientar os pais dos maiores acidentes dentro de casa com a criança, indica que a maioria desses acidentes ocorre por descuidos, como: deixar o portão da piscina destrancado, sair para atender a porta da frente ou pegar a toalha enquanto o bebê está sozinho brincando com baldes ou na piscina, deixar a porta do banheiro aberta e a tampa da privada destampada (na faixa etária até dois anos, até vasos sanitários podem ser perigosos), entre outros. 

domingo, 5 de outubro de 2014

O que é Nódulo na tireoide?

Um nódulo na tireóide é um caroço na glândula tireóide. A glândula tireoide localiza-se na base do pescoço.

Causas

Nódulos na tireoide são agrupamentos de células na glândula tireoide. Esses agrupamentos podem ser:
  • Não cancerígenos (benignos) ou câncer da tireoide
  • Cistos cheios de fluído ou compostos por células da glândula tireoide
  • Um nódulo ou um grupo de pequenos nódulos
Nódulos na tireoide são mais comuns em mulheres do que em homens. A chance de uma pessoa desenvolver um nódulo na tireóide aumenta com a idade.
Apenas alguns nódulos na tireoide se devem ao cancer da tireoideUm nódulo na tireóide tem maior probabilidade de ser um câncer se você:
  • Tiver um nódulo duro
  • Tiver um nódulo preso nas estruturas próximas
  • Tiver histórico familiar de câncer da tireoide
  • Tiver voz rouca
  • Tiver menos de 20 anos ou mais de 70 anos
  • Tiver um histórico de exposição à radiação na cabeça ou pescoço
  • For homem
As causas dos nódulos nem sempre são encontradas, mas podem incluir:
  • Doença de Hashimoto
  • Deficiência de ferro na dieta

Exames

Muito frequentemente, os nódulos não produzem sintomas. O médico irá detectar nódulos na tireoide somente durante um exame físico de rotina ou exames de imagem feitos por outro motivo. No entanto, nódulos grandes o suficiente para serem sentidos em um exame físico aparecem em poucas pessoas.
Se o médico detectar um nódulo ou se você tiver sintomas de um nódulo, os seguintes exames podem ser feitos:

  • Nível de TSH e outros exames de sangue associados à tireoide
  • Ultrssom da tireoide
  • Exame da tireoide
  • Biópsia por aspiração com agulha fina

Sinônimos

Tumor na tireoide; Adnoma da tireoide; Carcinoma da tireóide; Incidentaloma da tireoide

Mais sobre Nódulo na tireoide

Consulte seu médico se sentir ou observar um caroço no pescoço, ou se apresentar sintomas de um nódulo na tireoide.
Se você tiver sido exposto à radiação na área do rosto ou pescoço, consulte seu médico. Um ultrassom do pescoço poderá ser feito em busca de nódulos

Sintomas de Nódulo na tireoide

A maioria dos nódulos na tireoide não provocam sintomas.
Nódulos grandes podem ser pressionados contra outras estruturas no pescoço, ocasionando sintomas como:

  • Bócio ou glândula tireoide aumentada ou caroços no pescoço
  • Rouquidão ou mudança de voz
  • Dor no pescoço
  • Problemas para respirar
  • Problemas para engolir
Nódulos que produzem hormônios da tireoide provavelmente ocasionarão sintomas de glândula tireoide superativa, incluindo:

  • Pele úmida
  • Pulso rápido
  • Apetitie aumentado
  • Nervosismo
  • Agitação
  • Vermelhidão ou rubor da pele
  • Perda de peso
Nódulos na tireoide podem ser encontrados em indivíduos portadores da doença de Hashimoto, que podem causar sintomas de glândula tireóide superativa, como:

  • Pele ressecada
  • Inchaço facial
  • Fadiga
  • Perda de cabelo
  • Intolerância ao frio
  • Ganho de peso sem motivo