domingo, 9 de novembro de 2014

Todas as crianças que roncam frequentemente devem passar por triagem para apneia do sono

Distúrbio respiratório pode causar complicações mais sérias, como doenças cardiovasculares, atraso no crescimento e problemas de apendizagem

Criança

Para especialistas da Academia Americana de Pediatria (AAP, sigla em inglês), todas as crianças e adolescentes que roncam regularmente devem passar por exames periódicos para a prevenção da apneia obstrutiva do sono. Essa condição ocorre quando a respiração é bloqueada enquanto o indivíduo dorme, provocando sintomas como falta de ar, interrupção do sono e dificuldades de aprendizagem. A recomendação, publicada nesta segunda-feira na revista Pediatrics, faz parte de uma revisão da AAP sobre diagnóstico e tratamento da apneia infantil.

De acordo com os autores do artigo, é importante que os jovens que apresentam algum sintoma da apneia obstrutiva do sono passem por um exame feito em laboratório e durante uma noite inteira que avalie o sono do paciente. Assim, segundo os especialistas, é possível evitar diagnósticos tardios e sequelas deixadas pela falta de tratamento adequado do problema - como distúrbios de comportamento, doenças cardiovasculares e atraso no crescimento e no desenvolvimento da criança.
Atualmente, segundo o artigo, os tratamentos disponíveis para apneia do sono melhoram significativamente os sintomas da condição. A cirurgia de retirada da adenoide (adenotonsilectomia) é eficaz para tratar o problema e deve ser considerada como primeira linha de tratamento, de acordo com os autores. Além disso, como a obesidade é um importante fator de risco para a apneia do sono, a redução de peso pode ser fundamental para a terapia contra a condição.

Revisão - As recomendações se basearam nos dados de 350 pesquisas de relevância feitas entre 1999 e 2010, e é uma atualização das diretrizes estabelecidas pela AAP em 2002. As recomendações não valem para crianças menores do que um ano de idade e para pacientes que apresentam apneia do sono associada a outras complicações graves de saúde, já que esses grupos “são muito complexos para serem discutidos no âmbito desse artigo”, escreveram os autores.

 

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