domingo, 25 de outubro de 2015

APRENDA EXERCÍCIOS PARA RONCOS E APNÉIAS


Sono do apneico


Tire suas dúvidas sobre apneia do sono


APNEIA DO SONO – Causas, Sintomas e Tratamento

A apneia do sono, também conhecida como síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), é um distúrbio provocado por frequentes obstruções parciais ou completas das vias respiratórias durante o sono, o que leva a episódios repetidos de cessação da respiração enquanto o paciente dorme.
Qualquer pessoa pode desenvolver apneia obstrutiva do sono, embora ela seja muito mais comum em indivíduos com mais de 60 anos, obesos ou fumantes.
Se você ronca muito, acorda subitamente durante a noite com sensação de estar engasgado e sente-se muito sonolento durante o dia, existe uma grande chance de você estar sendo acometido pela síndrome da apneia obstrutiva do sono.
Neste artigo vamos explicar a apneia obstrutiva do sono, dando ênfase às causas, fatores de risco, diagnóstico, sintomas e opções de tratamento.
Se você procura informações sobre o ronco simples, aquele que ocorre sem que exista a síndrome da apneia obstrutiva do sono, acesse o seguinte artigo: COMO PARAR DE RONCAR.

O que é a apneia obstrutiva do sono

A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio caracterizado por interrupções curtas e repetidas da respiração durante o sono. Ela ocorre quando os músculos das vias respiratória alta relaxam enquanto dormimos, fazendo com que os tecido moles na parte de trás da garganta colapsem, bloqueando a passagem do ar em direção aos pulmões (veja a ilustração abaixo).
Apneia-do-sono 

O relaxamento e o consequente colapso dos músculos da faringe podem provocar reduções parciais ou totais da respiração, eventos que recebem, respectivamente, os nomes de hipopneia e apneia. Os episódios de obstrução respiratória costumam durar entre 10 e 30 segundos, mas alguns podem persistir por mais de um minuto, provocando importantes reduções na saturação de oxigênio no sangue.
A queda abrupta na taxa de oxigenação do sangue alerta o cérebro, que responde provocando uma súbita interrupção do sono para que o indivíduo possa voltar a respirar. Esse padrão de obstrução das vias aéreas seguida de interrupção do sono pode ocorrer centenas de vezes em uma noite.
O paciente pode acordar subitamente, com sensação de estar sufocado ou engasgado, contudo, em casos menos severos, a superficialização do sono pode ser tão efêmera, que o indivíduo volta a dormir imediatamente e depois não se recorda de ter acordado.
O resultado da apneia do sono é um padrão sono fragmentado, não restaurador, que muitas vezes resulta em um excessivo nível de sonolência durante o dia. E o mais curioso é que muitos dos pacientes nem sequer desconfiam que a causa do seu sono excessivo seja o fato de dormirem mal, já que eles não se lembram de acordar várias vezes durante a noite.

Causas da síndrome da apneia obstrutiva do sono

A síndrome apneia obstrutiva do sono é um distúrbio extremamente comum. Estima-se que cerca de 20 a 30% da população adulta masculina e 10 a 15% da população adulta feminina sofram desse mal. Apenas uma minoria desses indivíduos, porém, tem o diagnóstico corretamente estabelecido por um médico.
O relaxamento da musculatura respiratória é comum durante o sono, e na maioria das pessoas ele não é intenso o suficiente para causar obstrução ao fluxo aéreo. Para que a síndrome da apneia obstrutiva do sono ocorra, alguns outros fatores precisam estar presentes. A obesidade, a idade avançada, o tabagismo, a história familiar e alterações da anatomia das vias respiratória costumam ser os fatores de risco mais importantes. Mas eles não são os únicos.
A seguir, vamos descrever os fatores de risco mais comuns para a SAOS.
  • Idade → a apneia do sono é rara em crianças e vai ficando cada vez mais comum conforme envelhecemos. A partir dos 50 anos, ela se torna bastante prevalente.
  • Obesidade → provavelmente o fator de risco mais importante é excesso de peso. Apenas 10% dos homens com IMC normal têm SAOS, enquanto entre os homens com IMC maior que 30 kg/m² essa taxa é superior a 60% (leia: IMC | Como calcular o índice de massa corporal).
  • Gênero → a SAOS é 2 a 3 vezes mais comum em homens. Porém, a partir da menopausa, essa diferença reduz-se bastante.
  • Anormalidades anatômicas → alterações nos ossos do crânio, principalmente uma mandíbula ou maxilar curtos, hipertrofia das amígdalas, hipertrofia das adenoides, desvio de septo, pólipos nasais ou ter um pescoço pequeno e largo são fatores que favorecem o aparecimento da apneia obstrutiva do sono.
  • Congestão nasal → indivíduos que apresentam o rinite frequente também estão sob maior risco .
  • Cigarro → a SAOS é 3 vezes mais comum em fumantes do que em não-fumantes (leia: DOENÇAS DO CIGARRO | Como parar de fumar).
  • Álcool → O consumo de álcool aumenta o relaxamento da musculatura da faringe durante o sono, favorecendo o aparecimento da obstrução das vias aéreas.
  • Dormir de barriga para cima → a posição que mais favorece a obstrução das vias áreas é a chamada posição supina, que é a posição de barriga para cima. Desta forma, além do colapso da musculatura da faringe, há também grande risco de queda da língua em direção à garganta.

Sintomas da apneia obstrutiva do sono

A sonolência diurna é um dos sintomas mais comuns da SAOS, sendo frequentemente o motivo pelo qual o paciente procura ajuda médica. É importante saber distinguir a sonolência da fadiga (cansaço). A primeira é uma incapacidade de permanecer completamente desperto ou alerta durante o dia, enquanto a fadiga é uma queixa subjetiva de falta de energia física ou mental.
Inicialmente, a sonolência diurna pode passar despercebida ou ser subestimada, pois o quadro costuma evoluir muito lentamente ao longo de meses ou anos. O paciente pode não descrever o sintoma como sonolência, utilizando outros termos, tais como fadiga, cansaço, desânimo ou falta de energia. Contudo, se o paciente for questionado de forma cuidadosa, geralmente revela-se um padrão de sonolência excessiva, com adormecimento frequente durante situações passivas ou monótonas, como leituras, aulas, missas, assistir televisão, ir ao cinema ou até mesmo durante a condução de um carro. O consumo desmedido de café durante o dia também pode ser um sinal de sonolência diurna excessiva.
Alguns pacientes queixam-se mais de insônia do que da sonolência diurna. Geralmente isso ocorre nos indivíduos com episódios repetidos de apneia durante o sono, o que impossibilita a entrada do paciente no estágio de sono profundo. Este tipo de queixa é mais comum nas mulheres.
O ronco durante o sono é a outra característica típica da apneia obstrutiva do sono. Cabe aqui um esclarecimento, nem todo paciente que ronca tem SAOS, porém mais de 90% dos pacientes com SAOS roncam. Portanto, dito de outra forma, a existência de ronco não é suficiente para fechar o diagnóstico da apneia do sono, mas a sua ausência torna a SAOS uma hipótese pouco provável.
A síndrome da apneia obstrutiva do sono não deve ser a primeira hipótese diagnóstica em indivíduos magros com ronco leve, mas é um cenário bastante provável no caso de pessoas obesas que roncam alto.
A presença do parceiro(a) ou de algum familiar que durma na mesma casa costuma ser importante durante a consulta médica, pois eles habitualmente têm um conhecimento sobre o padrão do sono melhor que o próprio paciente. Eventos associados ao sono, tais como roncos, períodos de interrupção da respiração, agitação noturna, engasgos ou episódios súbitos de despertar sobressaltado são mais facilmente constatados por quem está ao lado.
Além de sonolência diurna e dos roncos, há outros sinais e sintomas frequentemente associados à síndrome da apneia obstrutiva do sono. São eles:
  • Despertar subitamente com uma sensação de asfixia, engasgo ou sufocamento.
  • Despertar frequentemente com a boca seca ou com dor na garganta.
  • Períodos de interrupção da respiração durante o sono, que duram pelo menos 10 segundos.
  • Mau humor ou irritabilidade frequentes.
  • Falta de concentração.
  • Lapsos de memória.
  • Dor de cabeça matinal.
  • Diminuição da libido ou impotência (leia: IMPOTÊNCIA SEXUAL | Causas e tratamento).
  • Despertar com dor no peito (leia: DOR NO PEITO | Sinais de gravidade).
  • Pesadelos frequentes.
  • Necessidade frequente de urinar durante a madrugada.
  • Sintomas da fibromialgia (leia: FIBROMIALGIA | Causas, sintomas e tratamento).

Complicações da apneia obstrutiva do sono

Pacientes com apneia obstrutiva do sono apresentam um maior risco de acidentes ou de desenvolvimento de doenças clínicas.
Acidentes – Acidentes de trânsito são duas a três vezes mais comuns entre pacientes com SAOS do que na população em geral. Indivíduos com apneia do sono não devem conduzir veículos, operar máquinas pesadas nem receber responsabilidades que exijam atenta vigilância.
Doenças cardiovasculares – Pacientes com SAOS, particularmente nos casos moderados a grave, estão sob risco aumentado de desenvolverem uma ampla gama de complicações cardiovasculares, incluindo hipertensão arterial, hipertensão pulmonar, doença coronariana, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca e AVC.

Diabetes e síndrome metabólica – Pacientes com apneia obstrutiva do sono apresentam uma maior prevalência de pré-diabetes, diabetes e síndrome metabólica. Embora estas doenças estejam nitidamente relacionadas à obesidade, a existência da SAOS é um fator de risco adicional.
Depressão – Vários estudos têm mostrado que os pacientes com SAOS apresentam uma incidência aproximadamente duas vezes maior de depressão do que o resto da população (leia O QUE É DEPRESSÃO?)
Complicações operatórias – Pacientes com apneia obstrutiva do sono, que precisam ser operados por qualquer motivo, estão sob maior risco de complicações cirúrgicas, tais como insuficiência respiratória aguda, eventos cardíacos no pós-operatório ou necessidade de condução do pós-operatório em unidades de terapia intensiva.
Mortalidade – Pacientes com SAOS grave e não tratada têm duas a três vezes maior risco de mortalidade, por qualquer causa, quando em comparação com indivíduos sem esse distúrbio.

Diagnóstico da apneia obstrutiva do sono

Pacientes com história clínica que levante a suspeita de apneia do sono devem ser avaliados com um exame de polissonografia, que costuma ser realizado em centros especializados em tratamento dos distúrbios do sono.
A polissonografia é um exame não invasivo, no qual o paciente dorme enquanto a equipe médica faz um registro completo da atividade do organismo, incluindo a atividade elétrica cerebral, ritmo respiratório e cardíaco, tônus muscular, movimentos oculares e taxa de oxigenação do sangue.
Nos adultos, o diagnóstico da SAOS costuma ser confirmado se pelo menos uma das duas situações a seguir existir durante a polissonagrafia:
1- Cinco ou mais eventos respiratórios obstrutivos, tipo apneias, hipopneias ou despertar súbito com falta de ar, a cada hora de sono, associados a pelo menos um sintoma típico de SAOS descrito no tópico anterior.
2- Quinze ou mais eventos respiratórios obstrutivos por hora de sono, independentemente da presença de outros sintomas de SAOS.

Gravidade da apneia do sono

Os pacientes que satisfazem os critérios para o diagnóstico de SAOS são tradicionalmente classificados como portadores de doença leve, moderada ou grave, com base nos seus sintomas e nos resultados da polissonografia.
Apneia obstrutiva do sono leve – Pacientes com 5 a 15 eventos respiratórios por hora de sono. Esses pacientes costumam ter poucos sintomas e a sonolência diurna é branda, não sendo capaz de afetar a qualidade de vida. Complicações cardiovasculares não costumam ocorrer.
Apneia obstrutiva do sono moderada – Pacientes 15 a 30 eventos respiratórios por hora de sono. Esses pacientes costumam notar relevante sonolência diurna, que é capaz de interferir nas atividades diárias. Neste grupo, já há um aumento da incidência de acidentes automobilísticos, e complicações, como a hipertensão arterial, já podem existir.
Apneia obstrutiva do sono grave – Pacientes com mais de 30 eventos respiratórios por hora de sono ou que apresentam à polissonografia quedas importantes na taxa de saturação de oxigênio no sangue (oximetria abaixo de 90%) em pelo menos 1/5 do tempo do exame. Esses pacientes têm grande sonolência diurna e tendem a cair no sono muitas vezes durante o dia, mesmo sentados. Pacientes com SAOS grave têm um risco aumentado de mortalidade por complicações cardiovasculares ou acidentes.

Tratamento da Apneia obstrutiva do sono

O tratamento da SAOS visa acabar ou amenizar os episódios de apneia ou hipopneia e melhorar a saturação de sanguínea de oxigênio no sangue durante o sono. Nos casos leves, medidas simples podem ser efetivas. Na formas mais graves, aparelhos respiratórios podem ser necessários.
1- Mudanças de estilo de vida
A atitude mais importante é emagrecer, caso o paciente tenha uma IMC acima de 25 kg/m². A prática de exercício físico regularmente também ajuda. Diminuir o consumo de bebidas alcoólicas e suspender o cigarro são essenciais.
Evitar dormir de barriga para cima pode ajudar a reduzir o número de eventos respiratórios  durante o sono.
Medicamentos para dormir, como os ansiolíticos, não devem ser usados sem orientação médica, pois estes podem aumentar o risco de apneia do sono.
2- CPAP
O CPAP é uma sigla em inglês que significa Continuous Positive Airway Pressure (pressão positiva contínua nas vias aéreas). É um método bastante eficaz para as formas moderadas e graves da apneia do sono.
O CPAP é um tratamento que consiste no uso de uma máquina ventilatória que fornece ar sob pressão através de uma máscara que deve ser acoplada ao paciente antes de dormir. O CPAP reduz o número de eventos respiratórios à noite, reduz a sonolência diurna e melhora a qualidade de vida do paciente.
Embora o CPAP seja o método mais bem sucedido e mais comumente utilizado para o tratamento de apneia obstrutiva do sono, algumas pessoas acham que a máscara é desconfortável ou máquina barulhenta. As máquinas mais recentes, no entanto, são menores e produzem bem menos ruídos que máquinas mais antiga.
3- Aparelhos orais
Para os pacientes com SAOS leve ou moderada que não toleram ou não querem tratamento com CPAP, um aparelho oral que acerta o posicionamento da mandíbula e da língua é uma alternativa possível. A pressão positiva de vias aéreas é geralmente mais eficaz, mas a maioria dos pacientes acabam se adaptando melhor aparelho oral. Como a adesão ao tratamento é um aspecto essencial de sucesso, o uso de aparelhos orais acaba sendo uma alternativa aceitável.
Nos casos de SAOS grave, porém, somente o CPAP é uma opção eficaz.
4- Cirurgia
Se nenhum dos tratamentos funcionar, a cirurgia para correção de alterações anatômicas pode ser a solução. A cirurgia, porém, fica reservada para casos específicos e só é indicada após cuidadosa avaliação médica.

domingo, 18 de outubro de 2015

Aceitar a chegada da terceira idade

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A terceira idade é um novo momento na vida do ser humano. Mudanças no cotidiano e algumas limitações, podem até levar à depressão.
Existe um mito de que a velhice seja uma etapa de restrições, privações e sofrimentos, o que é uma inverdade. O importante é que as pessoas continuem cheias de objetivos, aproveitem o tempo para viajar, realizem sonhos e desejos antigos, cuidem bem de sua saúde e valorizem aquilo é qualidade exclusiva dos idosos: a larga experiência de toda uma vida que jamais poderia ser deixada de lado. Além disso, é importante fazer parte de grupos com características semelhantes às suas, praticar exercícios, ler bons livros, passear, mantendo sua independência e dignidade, ocupando-se com atividades que tragam prazer, alegria e satisfação, para uma vida plena, saudável e feliz!.

Mudar a velocidade durante a caminhada ajuda a queimar mais calorias

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Estudo mostrou que mudanças de ritmo podem aumentar o gasto de energia em até 20%

A caminhada é um dos exercícios mais populares, principalmente em quem quer perder peso. Até porque ela é um exercício eficaz e de baixo impacto, ideal para quem está acima do peso. Mas muitas pessoas acreditam que ela pode não ser suficiente para queimar calorias, e acabam evoluindo para a corrida, em busca de melhores resultados.
No entanto, cientistas descobriram que existe uma forma bem simples de aumentar o gasto calórico das caminhadas simples: mude de velocidade! De acordo com pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, perceberam que essa variação de velocidade pode aumentar em 20% o gasto calórico, enquanto parar de andar e retomar a caminhada aumenta em 8% a queima de calorias.
Para chegar a estas conclusões, os especialistas pediram para voluntários andarem em esteiras ergométricas no laboratório e monitoraram o custo metabólico dessas mudanças. Mas, em vez de mudar a velocidade da esteira, eles pediram para os próprios voluntários mudarem o ritmo de suas passadas, ora andando próximos ao apoio frontal da esteira, ora indo mais para a ponta traseira do aparelho.
Eles perceberam que ao fazer essas mudanças de ritmo, o custo metabólico dos pacientes, ou seja, o casto calórico envolvido nessa atividade, era maior do que só andar no mesmo passo constantemente. É como se você estivesse pressionando o pedal para acelerar o carro, ou seja, isso demanda mais energia do corpo. As conclusões foram publicadas na edição de outubro do Biological Letters.

Amnésia Global Transitória: perda temporária de memória é comum a partir dos 50 anos

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Por não causar sequelas ou alterações em exames, este tipo de amnésia é de difícil diagnóstico


Diversas doenças neurológicas têm como sintoma alterações transitórias da cognição, mas sem dúvidas a amnesia global transitória costuma ter um diagnóstico desafiador, pois, muitas vezes, sequer o médico que se depara com o paciente com perda de memória irá suspeitar deste tipo de amnésia. Essa dificuldade se baseia em vários fatores, como ausência de alterações nos exames de imagem, terem uma duração relativamente curta e ausência de sequelas após os episódios.

Sinais e sintomas

De uma forma geral, a amnésia global transitória manifesta-se em indivíduos com mais de 50 anos e pode lembrar muito um ataque de epilepsia ou um princípio de Acidente Vascular Cerebral (AVC) mas, na verdade, a amnésia global transitória não é nem um tipo de epilepsia e nem um tipo de AVC.
A maioria dos pacientes não se recorda o que estava fazendo, ou como veio parar onde está e por isto perguntam constantemente a mesma coisa, por exemplo: "onde estou" e "o que estou fazendo aqui".
Embora haja dificuldade para recordar eventos recentes, a cognição está preservada e, após menos de 24 horas, este episódio termina sozinho, gradualmente. Isto quer dizer que a amnésia global transitória melhora sozinha, sem necessidade de intervenção, e não deixa sequelas.

Exames e fatores de risco

Os exames de imagem como tomografia, ressonância magnética de crânio e eletroencefalograma usualmente não apresentam alterações em pacientes com amnésia global transitória, assim como exames de laboratório e líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor.
Acredita-se que portadores de enxaqueca estão mais sujeitos a desenvolver amnésia global transitória. Outros fatores que podem desencadear os sintomas são contato com água muito quente ou fria, atividade sexual, reações emocionais fortes e trauma crânio-encefálico.
Enfim, é importante entender como funciona a amnésia global transitória e compreender que, apesar de seu prognóstico benigno, existem diagnósticos diferencias - outros problemas neurológicos - que são necessários levar em conta, assim como o que está ocasionando os sintomas.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Apnéia do sono grave e não tratada , pode aumentar o risco de morte em até 3 vezes , aponta estudo

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A síndrome da apnéia obstrutiva do sono é caracterizada por um estreitamento recorrente , completo ou parcial , das vias aéreas respiratórias superiores , durante o período do sono. O resultando deste processo são períodos de apnéia ( falta total da respiração ) , queda dos níveis de oxigênio no sangue , despertares freqüentes e, como conseqüencia , sonolência e fadiga ( cansaço fácil ) durante o dia.
Durante o sono , as alterações da respiração devem durar pelo menos dez segundos , podendo ser de três tipos : apnéias obstrutivas ( ocorre uma completa obstrução das vias aéreas superiores e o fluxo de ar é interrompido , mesmo com um esforço respiratório contínuo ) , apnéias centrais ( falta um estímulo do sistema nervoso central para que a respiração ocorra ) e as hipopnéias ( ocorre uma redução transitória e incompleta do fluxo de ar em pelo menos 50%, em relação ao fluxo aéreo normal , podendo ser de causa central ou obstrutivas ). A apnéia do sono é uma doença comum , que afeta cerca de 50% dos hipertensos.
Pesquisadores da Universidade de Wisconsin ( Estados Unidos ) acompanharam por cerca de 18 anos , 1.522 pacientes portadores de síndrome da apnéia obstrutiva do sono , de variáveis graus de intensidade. Ao término do período de acompanhamento , os autores do estudo observaram que havia um aumento da mortalidade de causa cardiovascular , mas também , por outras causas , nos indivíduos com síndrome da apnéia do sono que não eram tratados.
O risco de mortalidade era proporcional ao grau da severidade da apnéia , apresentando um aumento de cerca de três vezes naqueles pacientes com apnéia de grau severo e, que não eram tratados. Os autores concluem que a presença de sintomas de apnéia , devem ser investigados e tratados , pelo fato de haver um risco aumentado de mortalidade à longo prazo.
O conteúdo das matérias da Cardiograph são de caráter informativo e ilustrativo. Nenhuma informação obtida a partir de nosso conteúdo deverá substituir, do ponto de vista ético ou legal, a orientação de um médico ou de outro profissional da saúde.

Doença da Tireóide

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Doenças da tireóide são bastante comuns no nosso meio. Estão relacionadas com fatores genéticos (familiares), geográficos (ocorrem mais no interior do continente, longe do mar, por falta de iodo) e dietéticos (principalmente a quantidade de iodo, que é adicionado ao sal de cozinha).

Tipos de alterações da tireóide:
As alterações da tireóide podem ser da sua morfologia (da forma da glândula) ou da sua função (problemas na produção dos hormônios tireoidianos). Não é obrigatório que ambos os tipos de alteração ocorram ao mesmo tempo – isto é, o paciente pode apresentar nódulos e ter hormônios normais, ou ter alteração dos hormônios com a glândula de aspecto normal ou levemente alterado.
As alterações da forma podem ser difusas, isto é, toda a glândula apresenta-se com aspecto anormal, ou podem existir nódulos. Os nódulos podem ser sólidos (como um caroço de abacate), císticos (como uma bolha, contendo líquido) ou mistos (sólido com partes líquidas no meio). Em ambos os casos, a tireóide pode crescer, com aparecimento de um bócio (papo), ou apresentar-se com tamanho reduzido.
As alterações do funcionamento da tireóide são o aumento ou a redução da quantidade de hormônios no sangue – hipertireoidismo ou hipotireoidismo, respectivamente.

Diagnóstico das doenças da tireóide:
Para o diagnóstico das doenças da tireóide são realizados basicamente exames de sangue, que verificam o funcionamento da glândula e a presença de anticorpos anti-tireoidianos, e a ultra-sonografia da tireóide, para avaliação do tamanho e da presença de nódulos ou outras alterações.
Os resultados destes exames dependem muito da qualidade dos equipamentos utilizados e da experiência dos profissionais que os realizam, sendo muito importante que o seu médico conheça e confie no laboratório onde você vai fazer os exames. Sempre pergunte para o seu médico se ele confia no laboratório onde você vai fazer os exames. Como estas doenças necessitam de acompanhamento, com a realização de exames periódicos para controle da sua evolução, é bom fazer os exames sempre no mesmo lugar, se possível com o mesmo examinador e no mesmo aparelho. Guarde todos os seus exames e sempre os leve quando for fazer exames de controle, para comparação.
Conforme explicado anteriormente, é necessária a avaliação dos resultados de todos os exames, em conjunto, para um diagnóstico correto e a escolha do melhor tratamento para cada caso.

Alterações mais comuns da tireóide:
1- Nódulos:
Trabalhos científicos mostram que após os 40 anos até 50% da população apresenta nódulos na tireóide, mesmo sem ter doença clínica, isto é, sem sintomas ou alterações nos exames de sangue. Eles ocorrem mais em mulheres do que em homens. Estes nódulos geralmente são descobertos pela ultra-sonografia da tireóide, pois são pequenos.
De todos os nódulos da tireóide, 5% são malignos (câncer), por isso existem critérios para a indicação da realização de uma biópsia dos nódulos suspeitos. A biópsia é realizada através de uma punção (PAAF), isto é, com uma agulha fina de injeção e uma seringa, o médico, guiado pelo exame de ultra-som, vai espetar o nódulo e recolher material para exame microscópico das células (citologia), a fim de verificar a presença de células potencialmente malignas. A ultra-sonografia serve para ajudar o médico a achar o nódulo e confirmar que o material foi coletado do seu interior, pois permite a visualização da ponta da agulha. Este exame é bastante incômodo e desagradável, mais do que doloroso, porém é rápido e geralmente não deixa marcas, podendo o paciente retornar às suas atividades normais.

2- Tireoidite:
A tireoidite é uma inflamação crônica da glândula, que ao longo de vários anos leva a uma parada lenta e progressiva do seu funcionamento e ao hipotireoidismo. Esta doença tem grande incidência familiar e poucos sintomas, geralmente sendo feito o diagnóstico após os 50 anos, quando as alterações causadas pelo hipotireidismo já estão bem instaladas – obesidade, queda de cabelos, unhas e cabelos fracos e secos, pele seca e enrugada, falta de disposição geral, depressão, mau humor. As primeiras alterações já podem ser diagnosticadas na adolescência, e o acompanhamento é importante para se determinar quando o tratamento medicamentoso deve ser iniciado – antes da instalação dos sintomas do hipotireoidismo. Ainda não existe um tratamento que cure esta doença, que impeça a progressão da inflamação, e o medicamento é uma reposição dos hormônios que a tireóide deixou de produzir, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente.
Caso você note alguma alteração no pescoço (na frente, abaixo do gogó), ou haja algum caso de doença da tireóide na sua família, não deixe de comentar o seu médico.

domingo, 4 de outubro de 2015

Problema na tireóide engorda ou emagrece?

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A tireóide (ou tiróide) é uma pequena glândula que todos temos  e que fica localizada na base do pescoço, na frente. Fica um pouco a baixo do“gogó” ou  “pomo-de adão”.  Tem a forma de uma borboleta!  Ela produzsubstâncias (hormônios) que agem em todos os órgãos  e controlam praticamente todo o nosso metabolismo, dando o ritmo a ele.  Os hormônios que a tireóide produz são : o T3 ,e principalmente, o T4.  Além desses, para avaliar alterações da glândula, pede-se também o TSH (hormônio que vem do cérebro e que controla a tireóide). Esses hormônios (TSH , T3 e T4) são dosados pelo sangue, numa coleta normal, como qualquer outra. Existem, basicamente, dois problemas que podem aparecer numa pessoa: o Hipotireoidismo e o Hipertireoidismo.
No Hipotireoidismo, que é o problema mais comum dentre eles, a tireóide da pessoa funciona a menos do que deveria. Produz menos hormônios de que o organismo necessita. Como esses hormônios dão ritmo ao organismo, e como  estão baixos aqui, a pessoa pode ter, por exemplo: fraqueza, sonolência, falta de apetite, intestino fica preguiçoso, pele seca e fria, o coração pode bater com menor frequência, inchaço e ganho de peso…Este ganho de peso é mais por inchaço, por acúmulo de líquidos (já que os rins funcionam mais “ lentos “ aqui). Geralmente, se a pessoa ganha peso por problema na glândula, esse aumento de peso não é maior que 4 ou 5 quilos. Então, se uma pessoa engordou uns15 quilos, por exemplo. Não dá para culpar só a tireóide, ela não faz engordar tudo isso! Desses 15 quilos, vamos dizer que, se a pessoa tem Hipotireoidismo, só uns 5 quilos, no máximo, é pelo problema na glândula. Tratando a tireóide ela vai perder uns 4 ou 5 quilos. O restante (outros 10 ou 11 quilos),é  tratamento para emagrecer  normal. Só para ilustração, a causa mais comum de Hipotireoidismo é aTireoidite de Hashimoto (lê-se “rachimôto”), que o Endocrinologista faz o diagnóstico , trata e acompanha. Uma observação importante: mulher que queira engravidar ou no começo da gestação é muito importante procurar seu médico e conversar com ele sobredosar hormônio tireoidiano. Hipotireoidismo pode dificultar para engravidar. E mulherjá grávida com a doença tireoidiana, pode ter problemas na gravidez ou, pior, problemas na formação do feto (principalmente  no Sistema Nervoso Central, na parte de inteligência da criança…)
Outra situação é o Hipertireoidismo. Aqui, a tireóide funciona a mais do que deveria. Produz mais hormônios do que se necessita . Só pensar o contrário do que acontece no  Hipotireoidismo para entender! Se os hormônios agora estão altos, e eles  que dão ritmo ao organismo, a pessoa pode ter : agitação, perda de peso, aumenta o apetite, insônia, coração pode ficar mais rápido, tremores, pele quente e úmida, olhos podem ficar saltados (como se a pessoa tivesse levado um susto) etc.  A principal causa aqui é a Doença de Graves (lê-se “greives”). Também cuidada pelo Endocrinologista .
Vimos, com isso, que a tireóide é uma glândula muito importante para o bom funcionamento e andamento do organismo, dando ritmo aos órgãos e sistemas. Disfunções (ou problemas) nela, podem trazer desde sintomas leves e inespecíficos há sintomas clássicos, como os citados acima. Qualquer sinal ou sintoma de problema no  funcionamento da tireóide, procure um Clínico-Geral ou o Endocrinologista para avaliação melhor do quadro clínico! Se for doença tireoidiana existe tratamento e geralmente é eficaz (a pessoa fica bem e leva uma vida normal!).

Dr. Fábio Laurentino de Oliveira
CRM : 18.757
Médico pela Universidade Estadual de Londrina – UEL
Especializado em Medicina do Trabalho e Saúde Ocupacional – UNOESTE- Presidente Prudente-SP
Fazendo especialização em Endocrinologia e Metabologia – Instituto de Pesquisa e Ensino Médico  – São Paulo – SP

Quer emagrecer? Saiba quais Profissionais Consultar

Emagrecer parece ser um objetivo de quase todo mundo hoje em dia. É comum ver pessoas fazendo promessas de Ano Novo sobre comer menos fritura, beber menos refrigerante e por ai vai. Mas, antes de você sair aderindo qualquer dieta milagrosa que garanta um emagrecimento, é melhor buscar ajuda de um profissional de verdade para não prejudicar a sua saúde enquanto busca um corpo mais esbelto. Os profissionais indicados são os nutricionistas, endocrinologistas e nutrólogos.

Quer emagrecer? Saiba quais Profissionais Consultar

Por mais que você pense que eles fazem quase a mesma coisa, é bom saber que são profissionais diferentes. O endocrinologista verifica se há alguma alteração hormonal. O nutrólogo vai te orientar sobre como manter uma alimentação equilibrada, além de ter um controle dos distúrbios metabólicos e investir no cardápio feito pelo nutricionista.
De acordo com o médico André Veinert, nutrólogo da Clínica HealthMe Gerenciamento de Perda de Peso, o nutricionista, o endocrinologista e o nutrólogo têm conhecimento sobre a propriedade de cada alimento, porém, a estratégia que cada profissional usa para emagrecer é diferente. “O nutrólogo é o médico que se dedica à prevenção, diagnóstico e tratamento de patologias ligadas ao comportamento alimentar. Profissional formado em medicina e especializado em nutrição, ele estuda os alimentos e seus nutrientes”, explica.

Quer emagrecer? Saiba quais Profissionais Consultar

O médico afirma que, apesar de algumas semelhanças na atuação desses profissionais, as funções são bem distintas. De acordo com André Veinert, a atuação de cada um deles e como esses profissionais podem contribuir para o emagrecimento. Por isso, se puder escolha ter um acompanhamento desses três profissionais.
“O processo de emagrecimento deve ser enfrentado com determinação. É preciso ter cautela antes de incluir qualquer produto com propriedades que ajudem a perder peso ou medidas na alimentação. Para uma dieta atender suas necessidades e expectativas, o paciente deve consultar um profissional qualificado para orientar qual é a melhor maneira de proceder com uma dieta”, destaca Veinert.

Quer emagrecer? Saiba quais Profissionais Consultar

Recomendamos que você leia também o nosso artigo sobre chás para emagrecer. Outra dica é nosso artigo sobre ginástica aeróbia, pois como todos nós sabemos os exercícios físicos ajudam muito na hora de você emagrecer.

Nutrólogo

É a especialidade médica que se dedica ao diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças relacionadas à alimentação. “O nutrólogo é capaz de avaliar possíveis carências nutricionais no organismo, prescrever medicamentos e dar orientações sobre uma alimentação mais equilibrada”, ressalta o médico. Além disso, esse profissional trabalha com a reeducação alimentar de acordo com o metabolismo de cada pessoa, buscando o crescimento e desenvolvimento saudável através de hábitos alimentares mais corretos.


Procure um nutrólogo quando você precisar tratar de obesidade, transtornos alimentares como anorexia e bulimia. Esses profissionais também trabalham com nutrição esportiva em atletas, nutrição preventiva, dicas de alimentação na terceira idade. E fazem avaliação, acompanhamento e tratamento nutricional em patologias como câncer, cardiopatia, hipertensão, hipercolesterolemia, diabetes, osteoporose, pré e pós-operatórios de cirurgia bariátrica, má absorção, alcoolismo, desnutrição entre outras, além de acompanhamento de pacientes que necessitem de nutrição parenteral e enteral.

Nutricionista

A diferença de um nutrólogo para um nutricionista é a formação acadêmica. O nutricionista é um profissional formado em nutrição. A função do nutricionista é criar cardápios balanceados para o metabolismo de cada paciente, com o objetivo de emagrecimento ou aumento de peso. A maioria de suas dietas é estabelecida a partir do histórico do paciente, hábitos alimentares e estilo de vida. “O nutricionista não tem autorização para receitar remédios e internações. Somente o nutrólogo pode indicar o uso de medicamentos para o paciente”, esclarece Veinert.

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Procure um nutricionista quando você precisar optar por uma alimentação coletiva (restaurantes, serviços de alimentação em hotelaria e buffet) e saúde coletiva (alimentação e nutrição em programas institucionais e políticas de atenção básica e vigilância sanitária). Somente o nutricionista pode montar cardápios para esses setores.
O nutricionaista também trabalha com nutrição em esportes, desenvolvendo uma alimentação especializada para atletas de clubes esportivos; com a docência, no ensino, na pesquisas e até mesmo cna oordenação da área de Nutrição; além da nutrição clínica, direcionada para o setor de alimentação e nutrição em clínicas e hospitais.

Endocrinologista

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O médico endocrinologista identifica os problemas que interferem na perda de peso e estuda as doenças hormonais, como hiper ou hipotireoidismo, além de  obesidade, diabetes ou hipercolesterolemia. Esse profissional cuida de todos os distúrbios e alterações hormonais. Ele é habilitado para indicar medicamentos redutores de apetites ou reguladores. O endocrinologista e o nutrólogo podem prescrever medicamentos e dar orientações sobre como manter uma alimentação equilibrada.
Procure um endocrinologista quando você precisar tratar de obesidade, tireoide, andropausa, excesso de pelos e problemas com reposição hormonal ou menopausa. Além de, outras doenças como hipófise, problemas no crescimento infantil, glândulas supra-renais e distúrbios da puberdade também devem ser tratados com um endocrinologista.

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Como esses profissionais podem ajudar no emagrecimento?

O nutricionista auxilia na construção de um cardápio ou de uma dieta. Ele é o responsável pela sua reeducação alimentar. Já o nutrólogo ajuda no processo de emagrecimento saudável e na manutenção dos bons resultados alcançados. “O nutrólogo precisa conhecer os hábitos alimentares do paciente para poder diagnosticar possíveis erros e então corrigi-los, buscando a saúde e o bem-estar da pessoa. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos ou intervenções cirúrgicas”, orienta o André Veinert. Por fim, o endocrinologista analisa a possibilidade de haver alguma deficiência hormonal que pode impedir a perda do peso excessivo.

Atenção na hora de praticar exercícios físicos no verão

exercicios-emagrecerNesta época do ano, com o aumento da temperatura e o tempo bom, é comum o aumento do número de pessoas praticando atividades físicas. O calor e sol são convidativos para praticar esportes, ainda mais com a proximidade do verão. O que se percebe é uma grande quantidade de pessoas ansiosas para entrar em forma e são levadas a cometer exageros na hora de praticar atividades físicas.  O que a maioria das pessoas esquecem é que é necessário tomar alguns cuidados especiais na hora de praticar esportes nesta estação do ano. O verão exige cautela, pois câimbra, fraqueza, tontura, desmaio e até mesmo hipertermia, aumento de temperatura corporal são os maiores vilões desta época do ano. Praticar exercícios quando o clima está quente exige muito mais do sistema de refrigeração corporal. O organismo passa a produzir cada vez mais suor. Isso diminui o volume do plasma sanguíneo, comprometendo também o sistema cardiovascular e a própria capacidade de realizar exercícios. Câimbra, fadiga, tontura e desmaio são sinais de que a temperatura do corpo está passando do ponto.
As altas temperaturas e o sol forte fazem o corpo suar para manter a temperatura de 37° Celsius. Isso é uma estratégia do corpo para resfriar a pele e, em alguns casos, a pessoa pode perder um litro e meio de água do corpo, fazendo uma hora de atividade física moderada. Caso o descuido seja muito grande, o indivíduo pode sofrer hipertermia, um problema grave que pode levar o indivíduo à morte por desnaturação da estrutura de proteína do corpo. Por isso, se a pessoa não está acostumada a malhar, deve tomar uma série de medidas preventivas.
De acordo com médico fisiologista do Hospital Santa Cruz, Dr. Rodrigo Camargo, para evitar esse tipo de problema, o segredo é diminuir o ritmo e fugir dos horários mais quentes do dia. Outro cuidado importantíssimo é a hidratação. “Todos os dias, o indivíduo deve beber pelo menos dois litros de água, e quando se exercitar, deve-se tomar mais 600 mililitros de água a cada hora de exercício físico. Essa medida evita que a desidratação ocorra e faz com seja reposto o líquido e os sais minerais perdidos durante a transpiração”, explica o médico. Para aqueles que fazem atividades físicas com muita intensidade, é interessante trocar a água por isotônicos, ou água de coco, que possui uma quantidade maior de sais minerais, evitando a diminuição do volume de plasma no corpo.
Quem não está habituado a praticar exercícios físicos, outro cuidado essencial, segundo Dr. Camargo, é procurar um médico especialista em esporte, para avaliar qual o melhor exercício que a pessoa deve fazer. “Um médico poderá avaliar corretamente qual a melhor opção para pacientes que sofrem riscos de ter acidentes cardiovasculares ou musculoesqueléticos”, diz.
O especialista lembra que não há esporte melhor ou pior, mas sim aquele que o paciente se identifica mais, salvo se ele não tiver nenhuma predisposição a alguma doença.
Outra questão importantíssima é a cerveja ou outras bebidas alcoólicas que não devem ser consideradas como um meio de hidratação. A ação diurética dessas bebidas faz com que a pessoa perca mais líquidos do que ingeriu, prejudicando a saúde.
Há cuidados especiais também para com as roupas na hora de praticar os exercícios. Tirar a camiseta para correr ou andar, não alivia o calor. A radiação do sol direto na pele esquenta ainda mais o corpo. Para se proteger, o ideal é usar roupas claras, pois refletem os raios solares e são leves. Se o calor for muito intenso, uma opção é molhar com água uma camiseta de algodão ou vestir peças de tecidos hi-tech com mecanismos que facilitam a transpiração, pois algumas têm furinhos em formato de cone que auxiliam na evaporação do suor.
Para aqueles que viajarão para locais em que o clima seja diferente do que está habituado, o ideal é deixar o organismo se acostumar ao ambiente antes de começar a se exercitar. Além da temperatura, o corpo precisa se acostumar à umidade relativa do ar, que varia de cidade para cidade. Durante viagens, é bom esperar uns três dias para retomar a rotina de exercícios.

Orie
ntações do especialista:
O que pode acontecer se você não tomar cuidado ao se exercitar no calor:
• Câimbras: A perda de sais minerais na transpiração perturba o chamado equilíbrio eletrolítico, que garante o bom funcionamento dos músculos. Daí surgem os espasmos, mais frequentes no abdômen e na panturrilha (batata da perna).

• Síncope: Na falta de bons goles de água ou suco para reforçar a hidratação, o volume de sangue diminui. A pressão arterial cai, gerando fraqueza generalizada, tontura, palidez e desmaio.

• Exaustão: Se o volume sanguíneo cai demais, o sistema cardiovascular não consegue garantir o fluxo de sangue para todo o corpo e entra em pane. As células em geral ficam desidratadas, o que provoca descoordenação, vertigem, dor de cabeça, náuseas e vômito.

• Choque térmico: Se a desidratação é intensa, o suor diminui e a pele fica seca e quente. A temperatura ultrapassa os 39° C e danifica os mecanismos termorreguladores. Há risco de morte.

Primeiros socorros no processo de hipertermia
• Remova a pessoa para a sombra ou para um local com ar refrigerado;
• Retire as roupas e resfrie o corpo dela com ventilador ou compressas de água gelada, começando pela cabeça;
• Se a pessoa estiver lúcida, force-a a ingerir água, soro caseiro ou suco de frutas;
• Mantenha os pés elevados acima da cabeça;
• Não use antitérmicos;
• Monitore a temperatura. Se estiver acima dos 39° C, é hora de correr para o hospital.

Como o organismo reage diante do calorão.
• Suor: O hipotálamo, região do sistema nervoso, estimula as glândulas sudoríparas a retirar água e sais minerais do plasma sanguíneo para jogá-los na pele através dos poros. Ao entrar em contato com a pele quente, o suor se evapora, o que ajuda a dissipar o calor. Por isso, se você enxugar o suor, impedindo que haja a evaporação, vai continuar esquentando.

• Vasodilatação: Há sensores de temperatura por toda a pele. Eles avisam ao cérebro que o corpo está aquecido. Ao receber essa mensagem, o hipotálamo aumenta o fluxo sangüíneo nas regiões superficiais do corpo para que o sangue se resfrie — é por isso que o rosto fica avermelhado. Daí, mais fresco, o sangue circula pelo organismo ajudando a abaixar sua temperatura.