As
altas temperaturas e o sol forte fazem o corpo suar para manter a
temperatura de 37° Celsius. Isso é uma estratégia do corpo para resfriar
a pele e, em alguns casos, a pessoa pode perder um litro e meio de água
do corpo, fazendo uma hora de atividade física moderada. Caso
o descuido seja muito grande, o indivíduo pode sofrer hipertermia, um
problema grave que pode levar o indivíduo à morte por desnaturação da
estrutura de proteína do corpo. Por isso, se a pessoa não está
acostumada a malhar, deve tomar uma série de medidas preventivas.
De acordo com médico fisiologista do Hospital Santa Cruz, Dr. Rodrigo Camargo,
para evitar esse tipo de problema, o segredo é diminuir o ritmo e fugir
dos horários mais quentes do dia. Outro cuidado importantíssimo é a
hidratação. “Todos os dias, o indivíduo deve beber pelo menos dois
litros de água, e quando se exercitar, deve-se tomar mais 600 mililitros
de água a cada hora de exercício físico. Essa medida evita que a
desidratação ocorra e faz com seja reposto o líquido e os sais minerais
perdidos durante a transpiração”, explica o médico. Para aqueles que
fazem atividades físicas com muita intensidade, é interessante trocar a
água por isotônicos, ou água de coco, que possui uma quantidade maior de
sais minerais, evitando a diminuição do volume de plasma no corpo.
Quem não está habituado a praticar exercícios físicos, outro cuidado essencial, segundo Dr. Camargo, é procurar um médico especialista em esporte, para avaliar qual o melhor exercício que a pessoa deve fazer. “Um médico poderá avaliar corretamente qual a melhor opção para pacientes que sofrem riscos de ter acidentes cardiovasculares ou musculoesqueléticos”, diz.
Quem não está habituado a praticar exercícios físicos, outro cuidado essencial, segundo Dr. Camargo, é procurar um médico especialista em esporte, para avaliar qual o melhor exercício que a pessoa deve fazer. “Um médico poderá avaliar corretamente qual a melhor opção para pacientes que sofrem riscos de ter acidentes cardiovasculares ou musculoesqueléticos”, diz.
O
especialista lembra que não há esporte melhor ou pior, mas sim aquele
que o paciente se identifica mais, salvo se ele não tiver nenhuma
predisposição a alguma doença.
Outra
questão importantíssima é a cerveja ou outras bebidas alcoólicas que
não devem ser consideradas como um meio de hidratação. A ação diurética
dessas bebidas faz com que a pessoa perca mais líquidos do que ingeriu,
prejudicando a saúde.
Há
cuidados especiais também para com as roupas na hora de praticar os
exercícios. Tirar a camiseta para correr ou andar, não alivia o calor. A
radiação do sol direto na pele esquenta ainda mais o corpo. Para se
proteger, o ideal é usar roupas claras, pois refletem os raios solares e
são leves. Se o calor for muito intenso, uma opção é molhar com água
uma camiseta de algodão ou vestir peças de tecidos hi-tech com
mecanismos que facilitam a transpiração, pois algumas têm furinhos em
formato de cone que auxiliam na evaporação do suor.
Para
aqueles que viajarão para locais em que o clima seja diferente do que
está habituado, o ideal é deixar o organismo se acostumar ao ambiente
antes de começar a se exercitar. Além da temperatura, o corpo precisa se
acostumar à umidade relativa do ar, que varia de cidade para cidade.
Durante viagens, é bom esperar uns três dias para retomar a rotina de
exercícios.
Orientações do especialista:O que pode acontecer se você não tomar cuidado ao se exercitar no calor:
• Câimbras: A perda de sais minerais na transpiração perturba o chamado
equilíbrio eletrolítico, que garante o bom funcionamento dos músculos.
Daí surgem os espasmos, mais frequentes no abdômen e na panturrilha
(batata da perna).
• Síncope: Na falta de bons goles de água ou suco para reforçar a hidratação, o volume de sangue diminui. A pressão arterial cai, gerando fraqueza generalizada, tontura, palidez e desmaio.
• Exaustão: Se o volume sanguíneo cai demais, o sistema cardiovascular não consegue garantir o fluxo de sangue para todo o corpo e entra em pane. As células em geral ficam desidratadas, o que provoca descoordenação, vertigem, dor de cabeça, náuseas e vômito.
• Choque térmico: Se a desidratação é intensa, o suor diminui e a pele fica seca e quente. A temperatura ultrapassa os 39° C e danifica os mecanismos termorreguladores. Há risco de morte.
Primeiros socorros no processo de hipertermia
• Remova a pessoa para a sombra ou para um local com ar refrigerado;
• Retire as roupas e resfrie o corpo dela com ventilador ou compressas de água gelada, começando pela cabeça;
• Se a pessoa estiver lúcida, force-a a ingerir água, soro caseiro ou suco de frutas;
• Mantenha os pés elevados acima da cabeça;
• Não use antitérmicos;
• Monitore a temperatura. Se estiver acima dos 39° C, é hora de correr para o hospital.
Como o organismo reage diante do calorão.
Como o organismo reage diante do calorão.
•
Suor: O hipotálamo, região do sistema nervoso, estimula as glândulas
sudoríparas a retirar água e sais minerais do plasma sanguíneo para
jogá-los na pele através dos poros. Ao entrar em contato com a pele
quente, o suor se evapora, o que ajuda a dissipar o calor. Por isso, se
você enxugar o suor, impedindo que haja a evaporação, vai continuar
esquentando.
• Vasodilatação: Há sensores de temperatura por toda a pele. Eles avisam ao cérebro que o corpo está aquecido. Ao receber essa mensagem, o hipotálamo aumenta o fluxo sangüíneo nas regiões superficiais do corpo para que o sangue se resfrie — é por isso que o rosto fica avermelhado. Daí, mais fresco, o sangue circula pelo organismo ajudando a abaixar sua temperatura.
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