Para aprofundar as causas e consequências desse transtorno, que muitas vezes também desencadeia alterações cardiovasculares, o Bem Estar desta terça-feira (31) convidou o cardiologista Roberto Kalil e a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A apneia também leva a microdespertares, uma forma de o cérebro forçar o
indivíduo a respirar. Alguns têm flacidez nos músculos da faringe e,
quando deitam, o palato mole (“campainha”) vai para trás e obstrui ainda
mais a passagem do ar.
Beber demais e estar cansado pode piorar o ronco, pois há um maior
relaxamento dos músculos da garganta. Um exame chamado polissonografia,
que grava e monitora o sono, é o mais indicado para diagnosticar apneia.
Ele é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas as filas
costumam ser grandes.
Dormir com um oxímetro (aparelho que mede a oxigenação) já ajuda o
médico a verificar se o paciente tem falta de oxigenação durante a
noite. Casos graves podem ser resolvidos com o uso de um aparelho que
fornece oxigênio por meio de uma máscara. Mas esse equipamento é de
difícil acesso pelo SUS e até pelos planos de saúde. As cirurgias de
garganta, por sua vez, são eficientes apenas em casos bem específicos e
com a técnica adequada.
Deitar de lado em geral ajuda a melhorar a apneia. Já a posição de
barriga para cima favorece a obstrução do ar. Uma dica é usar um
travesseiro comprido (aquele de abraçar com braços e pernas) e prender
uma bolinha de tênis nas costas do pijama, para que a pessoa se sinta
desconfortável e durma sempre de lado.
O programa desta terça também mostrou a história do motoboy Sandro
Serrano, que parava de respirar 582 vezes por noite, o equivalente a 77
vezes por hora e mais de uma vez por minuto. A mulher dele se assustava
com a cena repetida, que sempre era seguida por um ronco alto.
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