O tormento dos roncos altos vivido pelo casal é mais comum que se
pensa e pode afetar a saúde não só da pessoa que sofre do distúrbio. Uma
pesquisa da British Lung Foundation revelou que uma em cada três
pessoas perde o equivalente a 23 dias de sono por ano, por conta do
ronco barulhento do companheiro ou companheira. O problema atrapalha as
noites de 39% dos adultos ouvidos pelo estudo.
Durante a pesquisa foram analisados casais na faixa entre 20 e 50
anos e, em alguns deles, descobriu-se que quem ronca é a mulher. Na
maioria dos pares, porém, o problema é apresentado exclusivamente pelo
homem. Para evitar conflitos, certas parceiras até se mudam para outro
quarto a fim de conseguir descansar. Não raro, o distúrbio imprime um
efeito devastador sobre as relações e pode levar maridos e esposas ao
divórcio.
Apesar disso, convencer quem ronca a procurar um médico em busca
de tratamento, não é tarefa fácil. É comum o roncador não dar ouvidos
as reclamações do cônjuge, mas o problema pode deixar a relação
estremecia e acarretar até no divorcio.
Mudar de quarto resolve o problema?
Por outro lado, as esposas que tentam, insistentemente, conseguir
dormir com o marido na mesma cama podem sofrer as consequencias das
noites de sono mal dormidas como o estresse, ansiedade e até depressão,
que podem ser devastadoras para o relacionamento.
“Recebo diariamente casais à beira do divórcio. Na maioria das vezes,
as esposas são as vítimas do ronco. O marido roncador, apesar de poder
estar sofrendo de apnéia do sono, geralmente diz que dorme bem a noite
inteira e que não ronca tanto", explica o Dr. Marcelo Andrade,
especialista em medicina do sono pela Associação Brasileira do Sono.
Atualmente, existem várias opções de tratamento para o ronco e, após
uma boa avaliação médica, o ronco pode ser solucionado em praticamente
100% dos casos com a escolha do tratamento ideal. "É uma pena ser ainda
tão comum que as pessoas busquem ajuda médica apenas após o divórcio,
quando já estão preocupados em preservar os futuros relacionamentos que
virão", afirma Andrade.
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