domingo, 22 de novembro de 2015

Como diagnosticar o ronco e a apnéia do sono?

 O primeiro passo é realizar uma avaliação com um médico especialista. No primeiro momento, o médico examinará atentamente a boca, nariz, faringe, língua, mandíbula, pescoço e arcabouço ósseo da face em busca de alterações que estejam relacionadas ao ronco e/ou apnéia. Deverá ainda avaliar a presença de outros problemas médicos como obesidade, alterações hormonais (tireóide, p ex), hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, etc.
O médico realizará o diagnóstico do ronco e apnéia do sono, bem como a medida da gravidade do distúrbio, através de um exame chamado polissonografia. Além desta, outros exames podem ser solicitados como tomografia computadorizada, nasofibro-laringoscopia, prova de função pulmonar, gasometria arterial e outros exames laboratoriais. Estes exames complementares podem ser úteis para a escolha do tratamento ideal.

Como é realizada a polissonografia?

A polissonografia é realizada à noite em um laboratório de sono sob a supervisão de técnico ou enfermeiro capacitado. O paciente deve dormir com sensores fixados no corpo que permitem o registro da passagem do ar pelo nariz/boca, oxigenação sanguínea, frequência cardíaca, movimentos do tórax, posição do corpo na cama, além de outros dados. Os sensores são fixados de maneira a permitir ao paciente movimentar-se durante o exame, não atrapalhando assim o sono. Em casos selecionados, o exame pode ser realizado no próprio domicílio do paciente através de aparelhos portáteis. O laudo do exame deverá ser realizado por médico especialista em medicina do sono.

É possível dispensar a avaliação médica e/ou polissonografia e ir direto ao tratamento?

Buscar o tratamento ideal através da "tentativa e erro" sem ajuda médica pode trazer riscos à saúde, além de ter custo mais elevado à médio e longo prazo. Vários fatores devem ser levados em consideração na escolha do tratamento ideal. Casos de pacientes que são aparentemente "semelhantes" podem merecer tratamentos bem diferentes.
Enquanto o ronco é facilmente notado por todos, as apnéias, hipopnéias (até mais comuns que as apnéias), RERAs (Related Effort Respiratory Arousal), a queda da oxigenação e outros pontos são impossíveis de serem visualizadas e quantificadas adequadamente, durante toda uma noite, sem a realização de uma polissonografia. Até 30% das pessoas que roncam apresentam apnéia do sono e, até 70% das pessoas que recebem este diagnóstico não acreditava ser portador deste distúrbio até a realização de uma polissonografia.

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