domingo, 6 de julho de 2014

Solução para ronco e apneia pode estar na cadeira do dentista; entenda

Reprodução

Dormir bem é sinônimo de saúde, logo quem tem dificuldades para embalar num sonho bom, ronca e sofre com respiração aos soquinhos durante o sono, precisa se cuidar. Hipertensão, arritmias cardíacas e até o acidente vascular cerebral (AVC) podem estar associados a esses distúrbios. 

O ronco atinge cerca de 40% da população masculina adulta e 35% da feminina. Mas há solução. Segundo a dentista Débora Ayala, da Clínica Debora Ayala Estética e Odontologia Integrada, pesquisas atuais demonstram eficácia comprovada no tratamento da doença com aparelhos intraorais. Normalmente esses aparelhos são dispositivos ou placas colocadas no interior da boca. A especialista lembra, porém, que o cirurgião dentista deve analisar o tema de forma ampla e multidisciplinar antes dos procedimentos. 

Vilões conhecidos 

A ingestão de bebidas alcoólicas, comida pesada, alguns antidepressivos e a obesidade favorecem a doença. Esses agravantes ampliam a condição de desorganização do ambiente da orofaringe. Durante o sono, quando o tônus dos músculos da boca diminui, o próprio estado de relaxamento os aproxima, o que resulta no bloqueio da passagem do ar. Se não reparado, o problema tende a crescer e atrapalhar seriamente a qualidade de vida das pessoas acometidas. Associada a outros fatores, a apneia pode levar o paciente a desenvolver insuficiência cardíaca. Segundo Ayala, além da obesidade, questões relacionadas à funcionalidade das mandíbulas determinam ou agravam o caso. 

Tipos de apneia 

A dentista ainda explica os tipos de apneia, que os leigos chamam de "falta de ar e fadiga" durante o sono: "Existe a central, de origem neurológica, quando não há esforço respiratório, e a obstrutiva, causada por flacidez dos tecidos que compõem as vias aéreas respiratórias. Tecnicamente a interrupção total do fluxo de oxigênio através do nariz ou pela boca acontece numa frequência de 5 a 10 vezes por hora de sono e dura 10 segundos. Já a hipopneia compromete o fluxo de ar em 50%. Relacionamos também a apneia mista, que combina as duas anteriores juntas e alternadas", diz a doutora. 

Estudiosos dos distúrbios do sono elaboraram um índice para aferir a gravidade dessa bagunça de movimentos respiratórios. Pessoas com índices maiores do que cinco (paradas respiratórias por hora dormida) são consideradas portadoras de apneia. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário