O corpo dá sinais de que algo não está bem. Quando isso acontecer é preciso procurar ajuda médica.

Falar a palavra câncer, em muitas famílias, é quase proibido. Não é à
toa que existem vários adjetivos para o problema: "doença ruim",
"aquela doença", "fulano está doente. Você sabe...". O diagnóstico do
câncer não é algo fácil de receber. O medo, a angústia, e, na maioria
das vezes, a falta de informação faz com que o desespero tome conta da
vida da pessoa, de familiares e amigos, pelo menos no primeiro momento.
Mas, todo o avanço da medicina tem dado grande esperança para quem está
na batalha e a doença não precisa mais ser vista como uma sentença de
morte. Os tratamentos avançados têm ajudado significativamente os
doentes.
Além disso, algumas medidas preventivas podem auxiliar
para que o câncer não acometa a população. E uma vida saudável é a
principal forma. O Instituto Nacional do Câncer (INCA)
diz que algumas atitudes diárias podem ajudar na precaução desse mal
que - segundo levantamento da instituição - deve afetar quase dois
milhões de brasileiros entre o ano de 2016 e 2017:
- Não fumar.
- Ter uma alimentação saudável. Frutas, legumes, verduras, cereais integrais e feijões são os principais alimentos protetores, de acordo com os especialistas.
- Manter o peso adequado.
- Fugir do sedentarismo e praticar diariamente atividades físicas.
- Amamentar. O leite materno pode proteger as crianças da obesidade e as mães do câncer de mama.
- Realizar exames de prevenção, como os ginecológicos para as mulheres, por exemplo.
- Evitar bebidas alcoólicas.
- Proteger-se do sol entre as 10 e 16 horas e não deixar de usar protetor solar, óculos e chapéus.
- Vacinar meninas entre nove e 13 anos contra o HPV - o vírus relacionado ao câncer de colo de útero.
Apesar
de muitas pessoas seguirem esses conselhos, o câncer se faz presente na
vida de milhares de pessoas. Diariamente essa "bomba" cai bem no meio
de uma família brasileira. Já que isso também não é uma garantia de que a
saúde estará 100% segura. A blogueira
Amanda Almeida, que convive com o câncer de mama, afirmou: "Nós, que
fomos diagnosticados um dia, não procuramos ficar doentes. Não me
alimentei mal, fumei por anos, pratiquei pouca atividade física. Talvez
tenha guardado algumas mágoas, bebido um pouquinho além da conta, mas
tenho certeza que o que trouxe os meus cânceres foram as minhas células,
que por motivos naturais e conhecidos pela ciência, sofreram mutações e
se reproduziram enlouquecidamente", disse.
Amanda também
aconselha as pessoas que convivem com familiares e amigos que estão
lutando contra a doença. Para ela, o câncer de mama é mais do que um
laço rosa - símbolo da luta. "Não é nada fácil o que vem com ele. Para
quem acha que o "cabelo é o de menos", por exemplo, está muito enganado.
Por que você não fica careca antes de fazer essa pergunta?", escreve em
um dos textos. Usar lenços, perucas ou colocar apliques também são
atividades que tornam o dia a dia estressante. "Além de não ter mama,
não ter cabelo fica muito pior. Essa é a verdade", afirma. Fique atento
com o que você fala, os comentários sobre "quem você conhece que morreu
com câncer" também não são nada motivadores para quem está batalhando
para se livrar da doença.
Nas mulheres, o câncer de mama é o mais
comum. De acordo com o INCA, 25% de novos casos a cada ano é direcionado
a ele. Para a estimativa 2016-2017 o número será de quase 58 mil
mulheres diagnosticadas com a doença. Os homens também podem sofrer com
esse tipo de câncer, mas a porcentagem é bem menor, algo como 1%.
Os principais sintomas do câncer de mama são:
- Nódulo fixo e geralmente indolor na mama, nas axilas ou no pescoço;
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
- Alterações no bico do peito;
- Saída de líquido anormal das mamas;
- Inchaço da pele;
- Dor na mama ou mamilo.
Depois
de sentir um desses sinais é importante buscar ajuda médica imediata.
Segundo informações do INCA, existem vários tipos de câncer de mama e
por isso apenas um especialista pode realizar o diagnóstico final. Além
disso, os mesmos sintomas também podem estar relacionados a doenças
benignas da mama.
O autoexame é uma forma de conhecer o próprio
corpo e assim poder reconhecer quando alguma coisa está errada. Ele deve
ser feito uma vez ao mês - três a cinco dias depois da menstruação. As
mulheres que não menstruam mais devem marcar um dia específico a cada
mês para isso. Clique aqui para aprender a fazer o autoexame.
O diagnóstico precoce poderá ser a chave para o tratamento correto e um final feliz.
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