terça-feira, 4 de março de 2014

O que é hipopnéia?

hipopnéia=Apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono afeta uma pequena parcela da população mas é associada a altos índices de morbi-mortalidade, principalmente por doença cardiovascular. Recente artigo publicado no Lancet apresentou uma análise dos efeitos cardiovasculares a longo prazo da doença.

Foi realizado um estudo observacional para comparar a incidência de eventos cardiovasculares fatais e não fatais em pacientes que apresentavam apenas roncos (n=377), pacientes com apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono não tratada (n=403), pacientes com apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono tratados com pressão respiratória positiva contínua (CPAP) (n=372) e homens sadios recrutados da população (n=264). O diagnóstico de apnéia-hipopnéia foi realizado através de polissonografia e a gravidade medida por média de apnéia-hipopnéia por hora.

Os pacientes foram acompanhados por um período médio de 10,1 anos, e os desfechos finais fatais foram mortes por infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral, e os não fatais foram infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, cirurgia de revascularização do miocárdio ou coronarioangioplastia.

Pacientes com doença severa não tratada apresentaram maiores incidências de eventos cardiovasculares fatais (1,06 por 100 pessoas/ano) e não fatais (2,13 por 100 pessoas/ano) do que os não tratados com doença moderada (0,55 , p=0,02 e 0,89, p< 0,0001), pacientes com apenas roncos (0,34, p=0,0006 e 0,58. p<0,0001), pacientes tratados com CPAP (0,35. p=0,0008 e 0,64, p<0,0001), e homens sadios (0,3, p=0,0012 e 0,45 p< 0,0001).

A análise multivariada ajustada para potenciais variáveis de confusão mostrou que a apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono severa não tratada aumenta significantemente o risco de eventos cardiovasculares fatais (OR=2,87. IC 95% 1,17-7,51) e não fatais (OR=3,17, IC 95% 1,12-7,51) se comparado a homens assintomáticos. O tratamento com pressão respiratória positiva contínua (CPAP) reduz o risco cardiovascular associada a doença.

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