Algumas mulheres só de pensarem no parto sentem ansiedade e pânico, o 
coração e respiração se aceleram, sentem náuseas, choram e até gritam.
 
 
- Embora a maternidade seja algo natural e atenda a uma das 
necessidades básicas do ser humano (perpetuação da espécie), nem todas 
as mulheres se sentem preparadas para ela. Às vezes chega a tornar-se um
 grande problema e algumas mulheres só de pensarem no parto, por 
exemplo, chegam a sentir ansiedade e pânico, o coração e respiração se 
aceleram, sentem náuseas, choram e até gritam.
 Entre as situações 
que causam medo a mais comum é o medo do parto, que pode se tornar uma 
fobia (tocofobia - transtorno psicológico identificado em 2000 pela 
psiquiatra Kristina Hofberg e Ian Brockington). Em seguida vem o medo 
pós-parto de amamentar e de machucar o bebê, o que faz com que algumas 
mães se recusem a tocar seus filhos e, finalmente, o medo de longo 
prazo, de não ser boa mãe ou não saber criar bem o filho.
 Seja 
qual for o medo, geralmente tem raízes psicológicas associadas a vários 
fatores como dificuldade em aceitar a própria feminilidade, memórias 
inconscientes negativas do próprio nascimento, instabilidade social ou 
financeira, abuso ou outros problemas associados a partos anteriores, 
aborto espontâneo, a idade da mãe - tanto muita quanto pouca, por ser 
primeira gravidez e muitos outros. As consequências costumam ser 
devastadoras para a autoestima da mulher que sofre com esse mal.
- 
Há tratamentoSeja qual for a origem do medo, 
este é tratável e de acordo com a psicóloga Anabela Araújo Pedrosa, o 
ideal é uma intervenção multidisciplinar com a ação conjunta de 
obstetras, serviço de enfermagem, psicologia e psiquiatria. É melhor que
 seja antes de engravidar e que a participação seja do casal e não 
somente da mulher.
 Fran Benson, jornalista britânica que sofria desse problema e conseguiu superar, recomenda:
 "Cerque-se
 de profissionais com quem se sinta confortável e de alguém de confiança
 para lhe apoiar durante o parto - alguém que possa ser seu porta-voz se
 você começar a entrar em pânico".
- 
Para se ter em mente na hora do partoBuscar 
ajuda profissional é certamente o melhor caminho, porém a mulher que 
sofre com essa fobia, deve também buscar abrir a mente e o coração para a
 mudança. É necessário que ela tenha o desejo de perder o medo. Para 
isso aqui vão algumas ponderações da blogueira Jenna Karvunidis que podem ajudar:
 - 
- Quem
 conta um conto aumenta um ponto - ou seja, nem tudo é exatamente como 
contam. Muitas mulheres aumentam ou focam apenas no sofrimento e acabam 
por superdimensioná-lo.
- Muitas mulheres lidam bem tanto 
com o parto quanto a amamentação. E, sendo algo natural, seu corpo 
saberá como fazê-lo e o número de mulheres que têm complicações ou 
grande sofrimento durante o parto é mínimo atualmente.
- Muitas
 mulheres também gostam da maternidade e sentem muita alegria no 
processo, o que pode testemunhar que a coisa não é tão ruim quanto 
parece.
- Existem opções de parto sem dor. Se a gestante 
realmente não consegue superar o medo, uma cesariana pode ajudar, embora
 não seja o melhor para mãe e bebê, mas será melhor para garantir um 
parto sem traumas.
 
- 
Para a hora de amamentarO pediatra Moises 
Chencinski, aconselha às mães que têm medo de amamentar buscar 
informação. Conversar com o seu obstetra, participar de grupos de mães 
antes do bebê nascer.
 Quando o bebê nascer, simplesmente dê o 
peito a ele e a natureza se encarregará do resto. Não existe leite fraco
 e se a mãe acha que o leite é pouco porque ela aperta o seio e não sai 
quase nada, o pediatra esclarece que o leite "desce" com a proximidade 
do bebê. E ainda segundo o Dr. Chencinski, as mães que aderem à 
amamentação logo veem os resultados e tornam-se praticantes e defensoras
 da prática.
- 
Medo de não ser boa mãeSiga sua intuição, seja a
 mãe que você é; essa é a boa mãe que seu filho precisa. O novo, o 
desconhecido sempre assusta. Uma boa dica é pensar em sua mãe - ou seu 
referencial de mãe: Ela foi boa? Você acredita que ela fez um bom 
trabalho criando você? Siga os passos dela. Ela foi ruim? Abusiva? Faça 
diferente.
 Com amor, compreensão, carinho, cuidados e limites, seus filhos terão a melhor mãe do mundo. Pode acreditar.
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