O ronco é um problema comum, principalmente em pessoas com mais de 55 anos. Segundo Eliza Mendes, otorrinolaringologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, o som resultante da obstrução parcial da passagem do ar pela via área superior tem três intensidades – leve, moderado ou grave - e pode ser sinal de apneia do sono.
A especialista garante que o ronco não interfere na estrutura e na qualidade do sono. “O problema acontece quando o ronco está acompanhado de episódios de apneias ou hipopnéias”, explica ela.
Apneia e hipopneia
A apneia é a pausa do fluxo aéreo por dez segundos ou mais durante o sono, enquanto a hipopneia consiste na diminuição do fluxo de ar associado à diminuição de oxigenação - a nível maior ou igual a 3% da saturação basal e/ou despertar, com duração maior ou igual há dez segundos.Sintomas
Os sintomas mais comuns de apneia ou hipopneia obstrutiva do sono são sonolência diurna excessiva, engasgos durante o sono, despertares recorrentes, sono não reparador, fadiga diurna e dificuldade de concentração. “Esse fatores acabam diminuindo a qualidade de vida da pessoa”, diz Eliza.Causas
Segundo a otorrinolaringologista, existem diversos fatores que podem causar o ronco acompanhado de apneias e hipopneias.Envelhecimento: com o avançar da idade, a ação da musculatura da via aérea superior diminui, o que facilita o ronco.
Fatores anatômicos: situações como micrognatia ou hipoplasia de mandíbula estão associadas ao posicionamento posterior da base da língua, com o estreitamento das vias aéreas superiores.
Posição durante o sono:
 ao deitar de barriga para cima, a língua se posiciona na região 
posterior, reduzindo a área da orofaringe o que dificulta ainda mais a 
passagem do fluxo de ar. 
Síndrome dos ovários policísticos:
 nesta doença ocorre maior nível de androgênios circulantes, os quais 
propiciam um maior depósito de gordura e maior relaxamento dos músculos 
dilatadores da faringe. 
Diagnóstico
De acordo com a 
especialista, o primeiro passo do diagnóstico é verificar se o ronco 
está ou não associado a apneias ou hipopneia. “É feito um exame físico 
para buscar as causas possíveis do ronco e um exame criterioso da 
orofaringe e a avaliação da posição da língua, do tamanho das tonsilas 
palatinas, da úvula e do palato mole”, esclarece ela. 
Tratamento
Segundo
 a médica, as medidas clínicas simples que podem ser indicadas para 
evitar o problema são a perda de peso em paciente, orientações para 
evitar bebidas alcoólicas,
 cafés, chá preto, verde ou mate, se alimentar e realizar exercícios 
físicos antes de deitar, assistir televisão, escutar rádio ou usar o 
computador. 
“É indicado uso de aparelho intra-oral que corrige os
 sintomas de ronco e apneias. Em casos mais, é indicado uma máscara 
facial de pressão positiva que impulsiona o ar para a via aérea 
superior”, completa.
 


 
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