Alimentar-se de forma equilibrada é importante para a manutenção de peso ideal e da saúde plena. O mesmo se aplica para as pessoas com algum distúrbio na tireoide, seja ele hipotireoidismo ou hipertireoidismo. De acordo com a Dra. Laura Ward, presidente do Departamento de Tireoide da SBEM
 (Gestão 2011-2012), embora certos alimentos, quando ingeridos em 
excesso e por longos períodos, possam interferir com o metabolismo da 
tireoide, sua proibição não é usual para quem tem problemas com a 
glândula. “Apenas em situações especiais, como antes da realização de 
alguns exames ou tratamentos específicos, é que uma dieta direcionada é 
orientada. No geral, o ideal é que se mantenha uma alimentação saudável e
 balanceada em todos os nutrientes”, afirma.
Segundo a especialista, quem tem problemas na glândula deve ficar 
atento a excessos de determinados tipos de alimentos. “O ideal é que o 
paciente não coma sal em grande quantidade, já que o sal é iodado e o 
excesso de iodo pode piorar um distúrbio de tireoide 
latente (não manifestado clinicamente ainda) ou já em tratamento. Isso 
desregula totalmente o metabolismo do indivíduo”, alerta.
A endocrinologista chama atenção ainda para os 
alimentos que podem causar bócio, os chamados bociogênicos, ou que 
contenham isoflavonas em grande quantidade. “Alimentos como repolho, 
nabo, soja e couve podem ser consumidos uma ou duas vezes por semana, 
mas não todos os dias”, alerta Dra. Laura.
Atenção para a Soja
De acordo com Dra. Tânia Bachega, presidente da Comissão Nacional dos
 Desreguladores Endócrinos da SBEM, a partir da aprovação da rotulagem 
de alimentos com soja como protetores para doença coronariana pelo Food 
and Drug Administration (FDA), em 1999, o consumo destes produtos vem 
aumentando a cada dia. “Com o aumento no consumo de soja, cresceram as 
preocupações se este alimento poderia afetar o equilíbrio da função 
tireoidiana. Estudos in vitro demonstraram que os fitoestrógenos 
presentes na soja, além de diminuírem a ação periférica dos hormônios 
tireoidianos, também afetam a sua síntese por inibição da 
tireoperoxidase, uma enzima chave na síntese dos hormônios tireoidianos.
 Eles induzem ainda a proliferação dos tireócitos, predispondo ao 
hipotireoidismo e bócio”, explica. “É muito discutida a hipótese de que a
 ingestão da soja por indivíduos predispostos ao desenvolvimento de 
doença tireoidiana poderia desencadear ou acelerar a evolução para 
franco hipotireoidismo”, alerta.
Segundo dados de uma pesquisa, comentados pela especialista, em uma 
análise de mulheres com hipotireoidismo subclínico, observou-se que o 
consumo diário de 16 mg/dia de isoflavona, equivalente ao ingerido pelos
 vegetarianos, aumentou em três vezes o risco para o desenvolvimento de 
hipotireoidismo franco. “Este hipotireoidismo não foi reversível com a 
suspensão da ingestão de soja, sugerindo que as isoflavonas também 
possam atuar através da modulação do processo autoimune”, explica. 
“Outro aspecto importante que merece ser enfatizado é que os 
fitoestrógenos podem diminuir a absorção tanto do hormônio tireoidiano 
como do iodo, havendo a necessidade de um fino ajuste da dose da terapia
 com levotiroxina, especialmente nos portadores hipotireoidismo 
congênito”, reitera.
Em relação ao consumo ideal de soja, Dra. Tânia explica que não é possível determinar qual seria a dose isenta de efeitos nocivos: “Baseando-se no mecanismo de ação dos desreguladores endócrinos, doses pequenas podem alterar o funcionamento da tireoide, especialmente nos indivíduos de maior suscetibilidade: fetos, lactentes e adolescentes”, explica. Os fitoestrógenos podem também ser encontrados em outros alimentos como cevada, centeio, ervilha e algas.
Em relação ao consumo ideal de soja, Dra. Tânia explica que não é possível determinar qual seria a dose isenta de efeitos nocivos: “Baseando-se no mecanismo de ação dos desreguladores endócrinos, doses pequenas podem alterar o funcionamento da tireoide, especialmente nos indivíduos de maior suscetibilidade: fetos, lactentes e adolescentes”, explica. Os fitoestrógenos podem também ser encontrados em outros alimentos como cevada, centeio, ervilha e algas.
 

 
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