
O inverno chega oficialmente em 21 de junho.  Nessa mesma data é 
comemorado o Dia Nacional da Prevenção à Asma. No frio, a baixa umidade 
do ar, as mudanças bruscas de temperatura e o aumento da poluição do ar 
são os principais motivos de preocupação, especialmente para quem já tem
 doenças respiratórias crônicas. A época também provoca queda da 
imunidade das pessoas, tornando-as mais predispostas a desenvolver a 
asma. A doença atinge aproximadamente 16 milhões de brasileiros, com 
índice de mortalidade que chega a 3 mil pessoas por ano, segundo a 
Organização Mundial da Saúde. Para entender melhor sobre as doenças 
respiratórias e como evitá-las, confira a entrevista com o médico 
pneumologista da Secretaria de Estado da Saúde, Roberto Hess de Souza.
Quais são as doenças respiratórias mais freqüentes no inverno?
Rinite alérgica, asma, sinusite, bronquite crônica e enfisema.
Por que no inverno?
Nessa estação do ano há fatores que estimulam a ocorrência das 
doenças respiratórias como baixa umidade, resfriamento do ar, o contato 
com ácaros de roupas guardadas. Ambientes fechados e ventilação reduzida
 facilitam a transmissão dos agentes como o vírus, que fica suspenso no 
ar até 24 horas, e os bacilos até 48 horas. Se o ambiente for úmido 
favorece a proliferação do fungo.
Quais são as doenças respiratórias mais freqüentes no inverno?
Rinite alérgica, asma, sinusite, bronquite crônica e enfisema.
Qual a causa dessas doenças?
Os responsáveis pelas infecções respiratórias agudas são os vírus 
(mais de 90% dos casos) e as bactérias. As reações alérgicas (rinite, 
por exemplo) são causadas, em sua grande maioria, pelos ácaros – 
microorganismos encontrados na poeira. A asma, doença genética, não tem 
cura, mas sim controle.
Qual a diferença entre gripe e resfriado?
A gripe é causada pelo vírus da influenza. Caracteriza-se por um 
quadro de infecção mais intenso. Pode apresentar febre alta, dores no 
corpo, dor de cabeça e calafrios. Os sintomas de coriza, tosse e 
faringite podem ficar em segundo plano frente às manifestações 
sistêmicas mais intensas. Febre, diarréia, vômitos e dor abdominal são 
comuns em crianças mais jovens. Uma gripe mal curada pode resultar em 
sinusite ou pneumonia.
 O resfriado tem os mesmos sintomas, mas aparecem de uma forma mais branda.
Qual a eficácia e a importância da vacina contra a gripe?
A vacina é eficaz e efetiva. Só para se ter uma idéia, no ano de 
2009, em Santa Catarina, 149 pessoas morreram com o vírus H1N1. Destas, 
31 eram grávidas. Em 2010, depois da realização da campanha da vacina 
contra a gripe, morreram duas pessoas, uma delas, um jovem de 18 anos 
que se recusou a tomar a vacina. Em 2011, até o momento, não tivemos 
registro de morte em função da gripe. Com a campanha tivemos uma 
diminuição em torno de 35% em relação às doenças respiratórias.
A vacinação deve ser obrigatória em pacientes com asma, doenças 
cardiopulmonares crônicas, doenças renais, doenças que necessitam de uso
 contínuo de aspirina ou imunodeficiência.
Quem recebeu a vacina pode ter gripe?
A vacina da gripe objetiva imunizar contra a infecção de um 
determinado tipo de vírus, o Influenza, infecção das vias aéreas 
superiores com maior repercussão clínica. No entanto, existem vários 
sorotipos. Só a gripe tem três tipos. Por isso, todos os anos a 
Organização |Mundial de Saúde descobre o vírus que está circulando e 
elabora a vacina para proteger a população.
Qual a população mais atingida?
Geralmente idosos e crianças. Na Terceira Idade apresenta-se a 
imunidade mais baixa, diabetes, doenças cardíacas, enfisema e bronquites
 crônicas.
As crianças são mais suscetíveis devido ao convívio em creches, onde uma contamina a outra, além do ambiente fechado.
 Dicas para prevenir doenças respiratórias
•     Sempre deixar o ambiente ventilado
•     Lavar as mãos freqüentemente durante todo o dia
•     Beber bastante água, mesmo sem sentir sede
•     Etiqueta da tosse (tossir no punho e no dorso)
•     Evitar o contato de crianças sadias com pessoas com infecção respiratória;
•     Evitar o acúmulo de poeira em casa;
•     Lavar e secar ao sol mantas, cobertores e blusas de lã guardadas por muito tempo
 
 
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