 
 
A apneia do sono é uma doença que ataca durante a noite, e a pessoa 
muitas vezes nem sabe que tem, mas o corpo vai sofrendo aos poucos, e o 
sistema circulatório pode ficar comprometido. Apesar dessas 
características, a apneia não pode ser considerada uma doença 
silenciosa, já que o seu principal sintoma é o ronco – repetido e bem 
alto.
 Apneia, literalmente, é a ausência de respiração. Se ocorre quando o 
indivíduo dorme, é chamada de apneia obstrutiva do sono, pois a passagem
 do ar é dificultada. A falta de oxigênio leva a pessoa a acordar várias
 vezes durante a noite, muitas vezes sem perceber.

 Em determinados momentos, o paciente literalmente para de respirar. As 
asfixias duram pelo menos 10 segundos, mas podem ser bem mais longas. 
Quando o cérebro percebe a falta de oxigênio, o corpo libera adrenalina e
 a pessoa acorda para respirar. Nesse processo, a pressão arterial sobe e
 o coração dispara.
 Esse é o grande risco oferecido pela doença. A pessoa fica com arritmia
 cardíaca, que é quando o coração se acelera muitas vezes, e então ele 
corre maior risco de falhar. Além disso, a constante falta de oxigenação
 faz aumentar a pressão sanguínea, e com isso crescem os riscos de 
infartos e de acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
 O ronco é o principal sinal da apneia, mas nem todo mundo que ronca tem
 a doença. Outros sinais são cansaço e sonolência durante o dia, falta 
de energia, baixa concentração, perda de memória, pressão alta, dores de
 cabeça matinais, irritação e até impotência sexual.
 O principal fator de risco é a obesidade, mas é cada vez mais comum 
encontrar o problema em quem não é obeso. Mulheres depois da menopausa e
 crianças com amídala ou adenóide aumentada também podem sofrer apneia. 
Além disso, pessoas com alguma alteração de mandíbula, como queixo para 
trás, têm mais propensão a ter a doença.
Para detectar a apneia, existe um exame chamado polissonografia. Ele mede quantas vezes por hora a pessoa deixa de respirar durante o sono. Quando isso acontece mais de 30 vezes por hora, o caso é considerado grave.
Para melhorar a respiração durante o sono e evitar a apneia existe um aparelho chamado CPAP – é a sigla em inglês para pressão positiva contínua do ar. O paciente tem que dormir com uma máscara que puxa o ar de fora e o lança para dentro das vias respiratórias.
O aparelho é regulado com uma pressão diferente para cada paciente. Isso é importante, porque se a pressão for forte demais, pode provocar irritação nas vias respiratórias.
O exame de polissonografia é oferecido gratuitamente pela rede pública em alguns lugares, mas o tratamento com CPAP não. O aparelho custa por volta de R$ 1 mil.
 
 
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