Ela não tem cura, mas tratamento garante qualidade de vida do paciente
A tireoide é uma glândula endócrina que 
existe para harmonizar o funcionamento do organismo. Localizada no 
pescoço, é responsável pela produção de dois hormônios o T3 
(tri-iodotironina) e o T4 (tiroxina), que estimulam o metabolismo e 
interferem no desempenho de órgãos como coração e rins, chegando a 
alterar o ciclo menstrual. 
De acordo com o IBGE, as doenças 
endócrinas, como diabetes, obesidade e disfunções na tireoide respondem 
pela segunda causa que mais mata mulheres no país (7,8%), atrás apenas 
das doenças cardiovasculares.
Por toda essa importância, a glândula tireoide precisa estar em perfeita ordem. Quando isso não acontece, o próprio corpo dá o alerta. Os tipos mais comuns de disfunção da tireoide são:
1. hipertireoidismo (liberação de hormônios em excesso, que aceleram muito o metabolismo);
2. hipotireoidismo (a glândula libera o T3 e o T4 em menor quantidade do que o necessário). No segundo caso e mais comum, o hipotireoidismo, os sintomas mais frequentes são desânimo, cansaço, sonolência, pele seca, inchaço dos olhos, lentidão física e mental. A doença costuma atingir vários membros de uma mesma família. Porém, o diagnóstico nem sempre é fácil, pois os sintomas podem ser atribuídos a outras doenças que se manifestam de forma semelhante, como depressão e anemia. A seguir, a endocrinologista Laura Ward, da Unicamp, esclarece oito dúvidas mais comuns sobre o hipotireoidismo.
Por toda essa importância, a glândula tireoide precisa estar em perfeita ordem. Quando isso não acontece, o próprio corpo dá o alerta. Os tipos mais comuns de disfunção da tireoide são:
1. hipertireoidismo (liberação de hormônios em excesso, que aceleram muito o metabolismo);
2. hipotireoidismo (a glândula libera o T3 e o T4 em menor quantidade do que o necessário). No segundo caso e mais comum, o hipotireoidismo, os sintomas mais frequentes são desânimo, cansaço, sonolência, pele seca, inchaço dos olhos, lentidão física e mental. A doença costuma atingir vários membros de uma mesma família. Porém, o diagnóstico nem sempre é fácil, pois os sintomas podem ser atribuídos a outras doenças que se manifestam de forma semelhante, como depressão e anemia. A seguir, a endocrinologista Laura Ward, da Unicamp, esclarece oito dúvidas mais comuns sobre o hipotireoidismo.
1.Os sintomas podem ser identificados com clareza?

                                 Os sintomas, infelizmente, são pouco 
específicos e se instalam lentamente, o que pode confundir as pessoas. 
Além disso, podem atingir vários órgãos, pois a tireoide
 é importante para regular o funcionamento de alguns sistemas do corpo, 
como cardiovascular, gástrico e nervoso. São: sentir frio, mesmo quando a
 temperatura não está baixa; desânimo; falta de interesse de todos os 
tipos, incluindo interesse para atividades corriqueiras ou prazerosas; 
lentidão de fala, de pensamento e de batimentos cardíacos; problemas no 
intestino (constipação, prisão de ventre), lentidão de reflexos; pele 
ressecada; cabelos e unhas quebradiços. 
 
                            
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2.Por que o hipotireoidismo ocorre mais em mulheres e se manifesta predominantemente a partir de certa idade?
                                 Não se sabe com exatidão por que o 
distúrbio afeta mais mulheres, mas acredita-se que um dos fatores seja a
 maior incidência, na fase da menopausa, da doença de Hashimoto ou 
tireoidite crônica, doença autoimune da tireoide em que o corpo produz 
anticorpos que atacam a tireoide, fazendo deste distúrbio a principal 
causa do hipotireoidismo. Durante o climatério, período em que as 
doenças autoimunes são mais frequentes, é possível que o metabolismo de 
hormônios, como estrógeno, esteja produzindo fatores desencadeantes para
 doenças autoimunes, entre as quais a doença de Hashimoto. 
                            
3.Como saber se estou no grupo de risco da doença?
                                 São fatores de risco para o 
hipotireoidismo: a existência de outras doenças autoimunes (lúpus, 
artrite reumatoide, vitiligo, diabetes de tipo 1), a presença de bócio 
(aumento de volume da tireoide) e a existência de doença de tireoide na 
família. 
                            
4.Quais exames costumam ser feitos para o diagnóstico?

                                 Eles devem ser feitos periodicamente?
O exame mais comum para identificar os níveis dos hormônios da tireoide 
chama-se dosagem de TSH sérico. Recomenda-se que todas as pessoas acima 
de 60 anos realizem uma dosagem de TSH anual e que mulheres, 
particularmente aquelas que apresentam fatores de risco, dosem o TSH a 
partir dos 30 anos. Além disso, gestantes também devem realizar o exame 
periodicamente.  
                            
5.O hipotireoidismo tem cura?
                                Não existe uma cura definitiva para a 
doença, mas o controle pode fazer com que o paciente leve uma vida 
normal. O tratamento mais comum é feito com reposição hormonal, 
geralmente com hormônio sintético da tireoide, em geral, na forma de 
comprimido, que deve ser tomado diariamente pelo resto da vida. Mas vale
 o alerta: se estiver com falta ou excesso de medicação, podem aparecer 
os sintomas opostos, de hipertireoidismo. Os mais comuns são: agitação física e mental, insônia, irritação e perda de peso. 
                            
6.Quais são as possíveis consequências mais graves, se não houver tratamento?
                                 A falta do hormônio tireoidiano pode 
levar ao coma mixedematoso, que é quando o paciente tem queda da 
temperatura corporal e ocorre a  lentidão de todas as funções do 
organismo. Isso acarreta uma fragilização do sistema imune, facilitando a
 instalação de outras doenças, como pneumonia e infecções. O 
hipotireoidismo também pode afetar de forma importante o coração e os 
ossos, por isso é importante seguir o tratamento prescrito pelo médico.
 
                            
7.O hipotireoidismo provoca aumento de peso?
                                 Existe uma relação complexa entre as doenças da tireoide, o peso corporal e o metabolismo.
 Os hormônios tireoidianos também regulam o metabolismo, e a taxa 
metabólica basal também pode diminuir na maioria dos pacientes com 
hipotireoidismo, devido à baixa nos hormônios. No entanto, esse ganho de
 peso é menor e menos dramático do que o ocorre nos pacientes com 
hipertireoidismo.  
                            
8.O que é essencial para controlar o hipotireoidismo?
                                 Se o paciente estiver com a medicação 
ajustada adequadamente, sua rotina não será muito afetada. A 
recomendação é a mesma válida para pessoas sem a doença, que é seguir 
hábitos de vida saudáveis. É fundamental manter uma alimentação 
equilibrada, rica em vegetais e frutas. Também é essencial praticar 
exercícios físicos regulares para a manutenção do peso para afastar a 
obesidade e seus efeitos negativos, como hipertensão, diabetes, aumento 
do colesterol e problemas cardiorrespiratórios. Não há grandes 
restrições em relação às atividades físicas, mas antes de começar a se 
exercitar o paciente deve sempre consultar seu médico.  
                            
 
 
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