 
 
Doenças da tireóide são bastante comuns no nosso 
meio. Estão relacionadas com fatores genéticos (familiares), geográficos
 (ocorrem mais no interior do continente, longe do mar, por falta de 
iodo) e dietéticos (principalmente a quantidade de iodo, que é 
adicionado ao sal de cozinha).
Tipos de alterações da tireóide:
          As alterações da tireóide podem ser 
da sua morfologia (da forma da glândula) ou da sua função (problemas na 
produção dos hormônios tireoidianos). Não é obrigatório que ambos os 
tipos de alteração ocorram ao mesmo tempo – isto é, o paciente pode 
apresentar nódulos e ter hormônios normais, ou ter alteração dos 
hormônios com a glândula de aspecto normal ou levemente alterado.
As alterações da forma podem ser difusas, isto 
é, toda a glândula apresenta-se com aspecto anormal, ou podem existir 
nódulos. Os nódulos podem ser sólidos (como um caroço de abacate), 
císticos (como uma bolha, contendo líquido) ou mistos (sólido com partes
 líquidas no meio). Em ambos os casos, a tireóide pode crescer, com 
aparecimento de um bócio (papo), ou apresentar-se com tamanho reduzido.
As alterações do funcionamento da tireóide 
são o aumento ou a redução da quantidade de hormônios no sangue – 
hipertireoidismo ou hipotireoidismo, respectivamente.
Diagnóstico das doenças da tireóide:
Para o diagnóstico das doenças da tireóide 
são realizados basicamente exames de sangue, que verificam o 
funcionamento da glândula e a presença de anticorpos anti-tireoidianos, e
 a ultra-sonografia da tireóide, para avaliação do tamanho e da presença
 de nódulos ou outras alterações.
Os resultados destes exames dependem muito da
 qualidade dos equipamentos utilizados e da experiência dos 
profissionais que os realizam, sendo muito importante que o seu médico 
conheça e confie no laboratório onde você vai fazer os exames. Sempre 
pergunte para o seu médico se ele confia no laboratório onde você vai 
fazer os exames. Como estas doenças necessitam de acompanhamento, com a 
realização de exames periódicos para controle da sua evolução, é bom 
fazer os exames sempre no mesmo lugar, se possível com o mesmo 
examinador e no mesmo aparelho. Guarde todos os seus exames e sempre os 
leve quando for fazer exames de controle, para comparação.
Conforme explicado anteriormente, é necessária a avaliação dos resultados de todos os exames, em conjunto, para um diagnóstico correto e a escolha do melhor tratamento para cada caso.
Conforme explicado anteriormente, é necessária a avaliação dos resultados de todos os exames, em conjunto, para um diagnóstico correto e a escolha do melhor tratamento para cada caso.
Alterações mais comuns da tireóide:
1- Nódulos:
Trabalhos científicos mostram que após os 40 
anos até 50% da população apresenta nódulos na tireóide, mesmo sem ter 
doença clínica, isto é, sem sintomas ou alterações nos exames de sangue.
 Eles ocorrem mais em mulheres do que em homens. Estes nódulos 
geralmente são descobertos pela ultra-sonografia da tireóide, pois são 
pequenos.
De todos os nódulos da tireóide, 5% são 
malignos (câncer), por isso existem critérios para a indicação da 
realização de uma biópsia dos nódulos suspeitos. A biópsia é realizada 
através de uma punção (PAAF), isto é, com uma agulha fina de injeção e 
uma seringa, o médico, guiado pelo exame de ultra-som, vai espetar o 
nódulo e recolher material para exame microscópico das células 
(citologia), a fim de verificar a presença de células potencialmente 
malignas. A ultra-sonografia serve para ajudar o médico a achar o nódulo
 e confirmar que o material foi coletado do seu interior, pois permite a
 visualização da ponta da agulha. Este exame é bastante incômodo e 
desagradável, mais do que doloroso, porém é rápido e geralmente não 
deixa marcas, podendo o paciente retornar às suas atividades normais.
2- Tireoidite:
A tireoidite é uma inflamação crônica da 
glândula, que ao longo de vários anos leva a uma parada lenta e 
progressiva do seu funcionamento e ao hipotireoidismo. Esta doença tem 
grande incidência familiar e poucos sintomas, geralmente sendo feito o 
diagnóstico após os 50 anos, quando as alterações causadas pelo 
hipotireidismo já estão bem instaladas – obesidade, queda de cabelos, 
unhas e cabelos fracos e secos, pele seca e enrugada, falta de 
disposição geral, depressão, mau humor. As primeiras alterações já podem
 ser diagnosticadas na adolescência, e o acompanhamento é importante 
para se determinar quando o tratamento medicamentoso deve ser iniciado –
 antes da instalação dos sintomas do hipotireoidismo. Ainda não existe 
um tratamento que cure esta doença, que impeça a progressão da 
inflamação, e o medicamento é uma reposição dos hormônios que a tireóide
 deixou de produzir, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida 
ao paciente.
Caso você note alguma alteração no pescoço 
(na frente, abaixo do gogó), ou haja algum caso de doença da tireóide na
 sua família, não deixe de comentar o seu médico.
 
 
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