Sempre se associou doenças como, diabetes, hipertensão, gordura no 
fígado e colesterol alto às pessoas obesas, mas essa mulher desafia a 
ciência.
 
  
- O New York Times, em julho deste ano, trouxe uma reportagem desconcertante. Pessoas magras com problemas de saúde iguais aos dos obesos.
 Sempre
 se associou doenças como, diabetes, hipertensão, gordura no fígado e 
colesterol alto às pessoas obesas. Inclusive o conselho comum a todas 
essas doenças é perder peso. No entanto, alguns pacientes têm desafiado a
 tradicional lógica médica.
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Uma paciente atípicaClaire Walker Johnson, 
moradora do Queens em Nova York, pesa apenas 53 kg, e apresenta todas as
 doenças acima e se tornou um ponto de interrogação sobre a cabeça dos 
pesquisadores.
 A reportagem informa que "um em cada três 
americanos e um em cada quatro adultos no mundo tem pelo menos três 
condições associadas à obesidade, como diabetes, colesterol alto e 
pressão arterial elevada" combinação mórbida que duplica o risco de 
infarto e derrames.
 Porém, esses dados até então não combinavam 
com a magreza excessiva da Sra. Johnson, e seus sintomas similares aos 
que pessoas obesas podem desenvolver - gordura no fígado, cistos 
ovarianos, altos níveis de triglicérides, dados estes que levaram um 
grupo de cientistas curiosos a debruçarem-se sobre o assunto.
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Afinal, como é possível uma pessoa magra ter doenças de gente obesa?Para
 o médico da Sra. Johnson, isso não fazia o menor sentido, já que parte 
do tratamento é perder peso, o que absolutamente não se aplicaria a ela.
 Ele acabou por desistir e dizer a ela que não podia ajudá-la.
 Sua
 nova médica, Dra. Maria New, passou anos investigando o problema até 
que encontrou o Dr. Simeon Taylor, chefe do setor de diabetes no 
Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais, que já 
tinha encontrado vários pacientes com o mesmo problema e descobriu que 
esses têm um problema genético chamado lipodistrofia, cuja 
característica principal é uma terrível resistência à insulina, e 
pasmem, sem serem gordos. É uma mutação genética tão rara, que a 
incidência estimada é de uma em 10 milhões de pessoas.
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O que é resistência à insulina?Segundo o site Minha vida, a resistência insulínica
 é uma situação onde a quantidade de insulina produzida pelo pâncreas 
não é suficiente para colocar a glicose dentro das células, o que faz 
com que essa glicose fique circulando no sangue (hiperglicemia). O 
motivo dessa resistência é o excesso de peso, pois quanto mais tecido, 
mais células, mais necessidade de insulina para distribuir a glicose, 
levando o pâncreas a não conseguir produzir mais insulina ou não atender
 à demanda e então surge o diabetes tipo 2.
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Em que consiste a lipodistrofia?Segundo o 
Departamento de DST, Aids e hepatite viral do Ministério da Saúde, as 
lipodistrofias são desordens do tecido gorduroso que causam uma 
alteração seletiva de gordura de várias partes do corpo. Causa também 
perda descontrolada deste tecido adiposo, que faz com que os pacientes 
ganhem um aspecto envelhecido e provoca graves alterações metabólicas.
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Uma solução para os "magros mórbidos"?O Dr. 
Simeon Taylor e sua equipe apostaram em uma versão sintética de um 
hormônio chamado leptina. O estudo começou em 2000 com a Sra. Johnson 
sendo um dos seus primeiros participantes.
 A leptina é um hormônio
 produzido pelas células de gordura. De acordo com a quantidade de 
leptina circulante, o cérebro diz se você está com fome, se o corpo deve
 armazenar gordura ou utilizá-la. Quanto mais gordura corporal, mais 
leptina é liberada. Quando a pessoa tem baixos níveis de gordura no 
corpo, a produção é mínima, o que faz o cérebro aumentar o apetite. No 
caso da Sra. Johnson, ela recebia contínuos "avisos" para comer e comer.
 Ao tomar o medicamento composto por leptina, seu corpo reagiu como se 
ela fosse obesa e o apetite diminuiu. Com isso, a gordura no fígado, o 
açúcar no sangue, os triglicérides e colesterol normalizaram.
 Os 
estudos da equipe do Dr. Simeon Taylor continuam no sentido de se 
explicar a síndrome metabólica que é a doença causadora de tais 
distúrbios como o dos obesos e também dos magros como a Sra. Johnson. A 
ideia é produzir medicamentos que controlem a distribuição de gordura e 
evitem o diabetes tipo 2 entre outros.
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