Distúrbio respiratório pode causar complicações mais sérias, como doenças cardiovasculares, atraso no crescimento e problemas de apendizagem
Para especialistas da Academia Americana de Pediatria (AAP, sigla em inglês), todas as crianças e adolescentes que roncam regularmente devem passar por exames periódicos para a prevenção da apneia obstrutiva do sono. Essa condição ocorre quando a respiração é bloqueada enquanto o indivíduo dorme, provocando sintomas como falta de ar, interrupção do sono e dificuldades de aprendizagem. A recomendação, publicada nesta segunda-feira na revista Pediatrics, faz parte de uma revisão da AAP sobre diagnóstico e tratamento da apneia infantil.
 De acordo com os autores do artigo, é importante que os jovens que 
apresentam algum sintoma da apneia obstrutiva do sono passem por um 
exame feito em laboratório e durante uma noite inteira que avalie o sono
 do paciente. Assim, segundo os especialistas, é possível evitar 
diagnósticos tardios e sequelas deixadas pela falta de tratamento 
adequado do problema - como distúrbios de comportamento, doenças 
cardiovasculares e atraso no crescimento e no desenvolvimento da 
criança.
 Atualmente, segundo o artigo, os tratamentos disponíveis para apneia do
 sono melhoram significativamente os sintomas da condição. A cirurgia de
 retirada da adenoide (adenotonsilectomia) é eficaz para tratar o 
problema e deve ser considerada como primeira linha de tratamento, de 
acordo com os autores. Além disso, como a obesidade é um importante 
fator de risco para a apneia do sono, a redução de peso pode ser 
fundamental para a terapia contra a condição. 
Revisão - As recomendações se basearam nos dados de 350
 pesquisas de relevância feitas entre 1999 e 2010, e é uma atualização 
das diretrizes estabelecidas pela AAP em 2002. As recomendações não 
valem para crianças menores do que um ano de idade e para pacientes que 
apresentam apneia do sono associada a outras complicações graves de 
saúde, já que esses grupos “são muito complexos para serem discutidos no
 âmbito desse artigo”, escreveram os autores.
 

 
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